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1. Introdução
O objetivo desta capacitação é introduzir os conceitos e fundamentos mais
importantes a se considerar na hora de todo o desenvolvimento do sistema de freios
a disco de um carro de Fórmula SAE.
Cabe esclarecer aqui que esse sistema possui uma gama muito grande de materiais
de estudo e de conteúdos para sua aprimoração, levando em conta diversos
cálculos, análises estruturais e térmicas, modelagens 3D, dimensionamento ideal,
etc. O foco aqui será em dar uma visão introdutória aos conceitos e componentes de
um sistema de freios.
3. Princípio de funcionamento
Os sistemas de freios evoluíram e continuam evoluindo bastante ao longo do tempo,
sendo que hoje em dia possuímos mecanismos extremamente eficientes. Seu
princípio de funcionamento é simples de se entender. No pedal de freio, existe um
cilindro que se chama “cilindro mestre”. Esta peça está conectada à uma linha,
designada “linha de freio”, onde fica o fluido de freio, que vai ser responsável pela
transmissão hidráulica da pressão no pedal. Ao final da linha de freio, temos o
“cáliper”, onde ficam acoplados pistões que pressionam a pinça no disco de freio.
Para ficar mais ilustrativo, seguem os componentes citados na imagem abaixo:
De maneira geral, quando pressionamos o pedal de freio, o cilindro mestre gera uma
pressão no fluido presente no interior da linha de freio. Essa pressão é transmitida
por toda a linha, já que podemos considerar o fluido de freio como um líquido
incompressível (na teoria). Com o fluido de freio pressurizado, os pistões presentes
no cáliper são pressionados contra o disco de freio que está conectado à roda, ou,
seja, está girando junto com ela. Essa pressão é extremamente forte, o que faz com
que o carro perca energia cinética.
É possível ver claramente que o disco de freio possui uma estrutura que fica
completamente exposta ao ar, e, além disso, possui perfurações para permitir a
passagem do ar e um resfriamento eficiente.
Já o tambor é uma peça fechada, sem muitas possibilidades de arrefecimento. Logo
é possível observar por que o freio a disco possui eficiência muito maior que o freio
a tambor: pois ele esquenta menos.
Isso parece algo que não faz muita diferença na prática, mas é impressionante o
quanto esse pequeno detalhe faz a eficiência de um sistema de freios mudar por
completo, e é possível sentir isso claramente quando se dirige um dois veículos,
cada um com um tipo de freio.
A linha de freio é o componente do carro onde fica o fluido de freio. Por conta disso,
um dimensionamento e uma seleção de material ideais é de extrema importância
para a eficiência na frenagem do veículo.
A linha de freio de um veículo é dividida em duas partes: a linha rígida e a linha
flexível.
A linha rígida tem diâmetro de ⅝ e são de aço inoxidável. Essa é a parte da linha
que passa pelo chassi, e, como o próprio nome diz, é rígida, portanto, não pode
fazer curvas, apenas seguir linhas retas no chassi do carro.
Já a linha flexível é a divisão da linha de freio que liga a linha rígida do chassi até a
roda. Também é feita em aço inoxidável, e possui um revestimento em Teflon.
As linhas rígidas são ligadas as flexíveis por meio de conexões fornecida por
patrocinadores:
Além dessa parte de escolha de material, devemos fazer também uma análise
estrutural e térmica do disco, a fim de ver as tensões e as temperaturas a que este é
submetido.
Podemos, para ilustrar melhor a importância da geometria em um disco de freio,
fazer uma análise de um disco robusto comparada com a de um disco mais refinado.
Seguem as ilustrações abaixo:
6. Conclusão
O objetivo desta capacitação foi mostrar conceitos muito utilizados na célula de freio
da equipe, demonstrando a importância da escolha de materiais, análises
mecânicas, térmica e estruturais, escolha de geometrias, entre outros aspectos da
engenharia.