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CURSO DE MATERIAL BÉLICO

MANUTENÇÃO DE VIATURA
AUTO
SUB SEÇÃO DE CHASSI
FREIOS
OBJETIVO
- Identificar componentes dos sistemas
de freio das viaturas sobre rodas.
- Descrever o funcionamento dos
componentes e dos sistemas de freio das
viaturas sobre rodas.
- Emitir pareceres sobre panes, suas
causas e correções no sistema de freio
das viaturas sobre rodas, até o 2º
escalão., até 2º escalão de manutenção.
SUMÁRIO
• Introdução:
•Desenvolvimento

- Identificar os componentes;
- Funcionamento;
- Pareceres, Causas, Panes e Correções.

•Conclusão:
Introdução
O sistema de freios constitui uma
das partes mais importantes e vitais
de um veículo, sendo projetado para
dar o máximo de rendimento com um
mínimo de manutenção.
Corretamente conservado e ajustado, o
sistema de freios proporciona ao motorista
a garantia de tráfego, seja ao obedecer a
um semáforo ou ao se deparar com uma
emergência. No uso contínuo de um veículo,
nenhum componente é tão intensamente
sujeito a esforços e altas temperaturas,
quanto o sistema de freios por ocasião das
paradas.
Embora sejam as partes de um sistema
de freios rigorosamente projetadas e
fabricadas, o uso continuado dos freios,
durante um longo período resultará
eventualmente em desgaste natural de alguns
de seus componentes. Uma porção deste
desgaste será compensada por dispositivos de
ajustagem incorporados ao sistema pelo
fabricante, contudo a necessidade de
substituição de certas partes ao longo do
tempo de serviço deve ser prevista.
Finalidade
A finalidade de qualquer sistema de
freios é reduzir a velocidade do veículo,
pará-lo ou imobilizá-lo quando estacionado
em lugares planos ou inclinado. Os freios
devem ter uma organização tal que possam
diminuir prontamente a velocidade do
veiculo sem ocasionar a patinação ou o
travamento imediato das rodas.
Fatores do frenamento
O atrito é a resistência do movimento
relativo entre dois corpos em contato. Se não
houvesse atrito jamais seria possível parar um
corpo em movimento.
A força aplicada para retardar ou parar
um corpo em movimento é conhecida no campo
automotivo como “ação de frenagem em”. Três
fatores governam o aumento de atrito
desenvolvido na ação de frenagem e o quarto
fator existente é resultado do atrito.
Pressão
Quando a pressão for aplicada em duas
superfícies em atrito, fará com que uma
superfície tenda a segurar a outra fortemente
resistindo a qualquer movimento entre elas.
Superfícies de contato
O segundo fator é o aumento da
superfície de contato em atrito. Com efeito,
em dez centímetros quadrados de superfície o
atrito é duas vezes mais efetivo do que em
cinco centímetros quadrados.
Coeficiente de atrito

O terceiro fator é a qualidade do material


usado nas superfícies de atrito. Alguns
materiais requerem mais força para
movimentá-los sobre uma mesma superfície do
que outros, mesmo que a pressão aplicada
sobre eles seja idêntica. Isto significa que
diferentes materiais têm diferentes
características de atrito, o que é conhecido
como “Coeficiente de Atrito”.
Calor

O quarto fator é resultado do atrito.


Os freios utilizados num veículo
transformam energia cinética em calor
quando o veículo está sendo freado.
Assim, os freios devem ser dimensionados
para absorver e dissipar o calor gerado
durante a frenagem.
Conclusão

Vimos então que a efetiva “ação de frenagem “é


exercida pelo atrito entre duas superfícies. Este
atrito está condicionado há três fatores: pressão
exercida sobre as superfícies, tamanho da superfície
de contato e o coeficiente de atrito entre as
superfícies. Temos também que o atrito exercido
transforma a energia cinética em calor e, que a
potência de frenagem, que é a capacidade do sistema
de freio de absorver e dissipar calor, são influenciados
por fatores como peso do veículo e sua velocidade de
descolamento.
Tipos de sistemas de freio
Hidráulico;

* Convencional
* ABS

-Hidráulico servo-assistido por;

* Hidrodepressão
* Hidrocompressão

-Pneumático;
Componentes
mecânicos do freio.
(básico)
- Tambor;
- Sapatas;
- Guarnição das
sapatas (lonas);
- Prato de
proteção;
- Disco de Freio;
- Pastilha de
Freio;
Componentes
hidráulicos do
freio.
- Cilindro
Principal ou
Mestre;
- Tubulações;
- Pinça de Freio;
- Cilindros de
roda.
Função dos Componentes Mecânicos do Freio
I -Tambor 
Os tambores dos freios são feitos de aço, ferro
fundido, ou dos dois metais. Os tambores de ferro
fundido dissipam melhor o calor gerado pelo atrito
que os tambores de aço e tem um coeficiente de
atrito maior com as sapatas. Todavia um tambor de
ferro fundido para ser satisfatoriamente forte, seria
muito mais pesado que o de aço. Para obter-se menor
peso e robustez suficiente, empregam-se tambores
de aço com revestimento de ferro fundido para
superfície de atrito.
II - Sapatas
 As sapatas do freio são feitas de ferro doce, aço
fundido, aço forjado, aço laminado ou alumínio fundido.
O mais usado é o aço laminado, por ser mais
econômica na sua produção em larga escala. As
sapatas de aço, dilatam-se segundo a mesma razão
que o tambor, em face do aquecimento gerado na
aplicação dos freios, mantendo por isso uma pressão
uniforme. A guarnição de fricção, que constitui o
revestimento das sapatas entra em contato com a
superfície interior do tambor.
III - Guarnição das sapatas
  É o revestimento das sapatas, é feito de um tecidos de
cordas de fibra de amianto, de algodão e de fios de bronze ou
cobre. O tecido recebe um tratamento com compostos de goma
ou alcatrão tornando-o impermeável a água e óleo. As
guarnições têm como características: alto coeficiente de
atrito, resistência ao calor e ao desgaste, Para prender as
guarnições usam-se arrebites semi-tubulares de latão ou
alumínio porque estes não arranham o tambor quando se gastam
as guarnições ou são coladas as sapatas.
IV - Prato de proteção
 
É o componente que fica fixo ao eixo da viatura,
centralizado com a roda, e onde são montados os
diversos componentes (sapatas,cilindro de roda, freio
de estacionamento). Montado no lado aberto do
tambor de freio protege a guarnição de corpos
estranhos.
V - Disco de freio
 

A maioria dos carros


modernos tem freios a
disco nas rodas
dianteiras, podendo
também ser encontrados
nas rodas traseiras. Esta
é a parte do sistema de
freio que realmente faz
com que os carros parem.
VI – Pastilhas de freio
São constituías de um composto com fios de bronze ou
cobre presos a uma parte metálica. O tipo de necessidade mais
comum na manutenção de freios é a troca das pastilhas. As
pastilhas do freio a disco normalmente têm uma peça de metal
chamada indicador de
desgaste. Quando muito
material de atrito está
gasto, o indicador de
desgaste vai contatar o
disco e produzir um som
agudo. Isso significa que
é hora de pôr pastilhas novas.
Sistema Hidráulico

Funcionamento
 
No sistema de freio hidráulico a pressão
aplicada ao pedal é transmitida ao
mecanismo do freio por intermédio de um
líquido.
 Função dos componentes hidráulicos

Os sistemas de freios hidráulicos


transmitem a pressão exercida sobre o
pedal de freio às sapatas, de uma forma
ampliada, através dos diversos
componentes, usando o fluido de freio
como condutor desta pressão.
I-CILINDRO PRINCIPAL
  É o componente onde é gerada a pressão
hidráulica. 
Existem vários tipos de cilindro principal:
  - Simples com reservatório integrado, isto
é, fundido no próprio;
- Simples com reservatório em separado;
- Duplo com mola do êmbolo primário livre e
reservatório separado;
- Duplo com mola do êmbolo primário
encapsulada e reservatório separado.
A - Cilindro Principal Simples
 
O princípio de funcionamento dos
cilindros principais é o mesmo, sendo que,
um cilindro principal simples é composto
de um reservatório de fluido, conjunto
de êmbolo, copos primário e secundário,
mola de retorno e válvula de dupla ação.
B - Cilindro Principal Duplo 
O funcionamento do cilindro principal
duplo é idêntico ao do cilindro principal
simples em todas as características de
compensação, etc.
O cilindro principal duplo, entretanto,
possui dois êmbolos, pode possuir dois
reservatórios de fluido ou apenas um,
porém com duas saídas, uma para cada
êmbolo.
Isto faz com que o cilindro mestre
duplo tenha dois circuitos separados de
aplicação, usando-se um circuito para os
freios dianteiros e outro para os
traseiros, possibilitando assim, no caso
de uma falha em um circuito a
continuidade de operação do outro.
2 – Tubulações

São responsáveis por conduzir o


fluxo hidráulico até os atuadores,
podem ser rígidas ou flexíveis.
3 – Pinça de freio

O tipo mais
comum de freio a
disco nos carros
modernos é o de
pinça flutuante de
um pistão.
4- CILINDRO DE RODA
 
É o componente onde a pressão
hidráulica é transformada em força.
 
Existem dois tipos:
 
- Unidirecional (com um êmbolo)
- Bidirecional (com dois êmbolos)
Funcionamento
FREIOS ABS
O sistema de freios ABS
(ANTILOCK BRACKING SYSTEM )
ou Sistema de Freio Antibloqueio,
funciona sob comando de um
microcomputador que, atuando num
solenóide, aumenta, mantém ou diminui
a pressão de frenagem várias vezes
por segundo,automaticamente, evitando
o travamento das rodas.
• Com ele se obtém, nas frenagens:
• Melhor dirigibilidade - controle sobre as rodas
dianteiras.
• Melhor estabilidade - controle sobre as rodas
traseiras.
• Menores distâncias.
É importante frisar que o Sistema Antibloqueio (ABS)
é montado sobre o sistema normal de freio do veículo.
COMPONENTES E SEU FUNCIONAMENTO

1 - Sensor de Rotação das Rodas


Finalidade
Informar à unidade de comando ABS a rotação de
cada roda.
Funcionamento
Os sensores captam as rotações das rodas através
dos anéis de impulso. Estes anéis estão fixos às
juntas homocinéticas externas nas rodas dianteiras
e nos tambores de freio nas rodas traseiras.
O pino de pólo está na extremidade do imã
permanente e permanece quase em contato com o
anel de impulso (folga aproximada de 0,5mm)
Ao girar, o anel de impulso intercepta o campo
magnético e, por indução, gera uma tensão
alternada no enrolamento do sensor que é enviada
à unidade de comando ABS.
A freqüência desta tensão é determinada pela
rotação do anel de impulso.
Cilindro-Mestre
Apesar ABS ser montado sobre o sistema normal de freio, o cilindro-mestre é diferenciado.
Observe que com o ABS ele tem apenas duas saídas e aciona os cilindros de roda através da
unidade de comando do sistema hidráulico.
O ABS só entra em ação em situações anormais (eminência de travamento da roda). Estas situações
são reconhecidas pela unidade de comando ABS através dos sinais, constantemente emitidos pelos
quatro sensores de rotação das rodas.Quando o ABS está atuando, o controle da pressão do fluído
de freio é exercido pelas unidades de comando do sistema hidráulico e de comando ABS. Quando
não está atuando, a pressão do fluído é comandada apenas pelo servo-freio e cilindro-mestre.
Unidade de Comando do Sistema Hidráulico

Controlar a pressão, individualmente, do fluído de cada circuito de freio,


quando o sistema é acionado, quando não acionado, permite a ligação direta do
cilindro-mestre e cilindros de roda.
Unidade de Comando
ABS
Gerenciar o Sistema Antibloqueio (ABS) através das informações de
velocidades das rodas emitidas pelos sensores de rotação, a unidade de
comando ABS escolhe a melhor regulagem, permitindo que o processo de
frenagem seja executado de forma ideal, testa o sistema a cada partida ou
frenagem e ao constatar falha desliga-o, mantendo a lâmpada indicadora do
sistema ABS acesa, para informar ao condutor do veículo que o sistema
está desligado por pane.
Acionamento por Hidrocompressão
Acionamento por Hidrodepressão
Freio de estacionamento 

O sistema de freios deve ser concebido e


realizado, de maneira que um mecanismo auxiliar
fique disponível em condições de ser empregado,
no caso de qualquer eventualidade, avaria ou para
frear a viatura estacionada. Este freio é
normalmente operado por uma alavanca do freio
de estacionamento, colocada ao lado do motorista,
através de pedal abaixo ou no painel. É organizado
para atuar na transmissão ou nas rodas.
Freios Pneumáticos

Nesse sistema o acionamento das sapatas de


freio é feito por meio de um circuito a ar comprimido.
Esse circuito pneumático tem origem no compressor
de ar colocado na lateral do motor. O ar aspirado
pelo compressor é enviado para um ou mais
reservatórios, onde fica armazenado, e é liberado no
decorrer do processo de frenagem.
Freio Pneumático LA 1418
Conexões
1- Entrada;
11- Entrada um;
2 – Saída;
21 – Saída um;
22 – Saída dois;
3 – Descarga;
4 – Sinal;
41 – Sinal um;
45 – Sinal cinco. 
- Pressão de Alimentação

- Pressão de Frenagem

- Pressão de Comando
Componentes
• 1.01 Compressor •8.02 Válvula de Retenção
• 16.01 Válvula Relé do Freio de •33.01 Válvula Eletropneumática
Estacionamento •11.02 Manômetro Duplo
• 2.01 Regulador de Pressão •35.02 Bocal de Engate
• 18.01 Válvula Distribuidora “emergência” Vermelha
• 4.03 Válvula Protetora de 4 Circuitos •13.02 Válvula Pedal do Freio de
• 20.01 Cilindro Pneumático do Freio Serviço
Motor •35.03 Bocal de Engate
• 5.01 Reservatório de Ar Comprimido
“serviço” amarelo
• 20.02 Cilindro Pneumático de •14.01 Válvula Manual do Freio
Diafragma
• 6.01 Válvula de Drenagem Manual de Estacionamento
• 22.01 Cilindro Combinado •38.02 Tomada de Teste
• 6.02 Válvula de Drenagem Automática•15.01 Válvula Manual do Freio
• 28.01 Válvula Bidirecional de Reboque
Linha de Pressão
Linha de Comando
Linha de Frenagem
Drenagem Automática

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