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ESCOLA AUTOMOTIVA
CURSO COMPLETO DE MECÂNICA AUTOMOBILÍSTICA
PARA MECÂNICOS E ELETRICISTAS
Mecânico Automobilístico
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Mecânico Automobilístico
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MECÂNICO DE AUTOMÓVEL
SISTEMA DE FREIO
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UM POUCO DE HISTÓRIA
“Tudo que se move tem que parar”. Iniciando com essa celebre frase, que nos remete a
uma das grandes leis da física - a Lei da Inércia, veremos que um dos grandes dilemas da
humanidade foi proporcionado pela invenção da roda, que segundo pesquisas
arqueológicas ainda não totalmente confirmadas, remonta o ano 3.0 AC e ligam sua
origem a civilização Suméria
A Roda na Suméria
Se por um lado a roda veio para ajudar e facilitar a vida do homem na locomoção, no
transporte de cargas e outros gêneros e ainda, propiciando uma série de outros inventos
derivados que beneficiaram o desenvolvimento do nosso planeta, por outro ocasionava o
paradoxo citado no início, ou seja, assim que um movimento se iniciava com a facilitação
da roda, o que fazer para interrompê-lo.
Depois, com o passar dos anos, vieram os freios de cinta. Usualmente eram constituídos
por uma roda fixada ao centro do eixo traseiro do veículo e ao redor dela uma cinta era
montada, e sob as mesmas era inserido o material atritante, que no início era o couro.
Esse material apresentava problemas de perda das características de atrito em função da
degradação térmica imposta pela ação de frenagem das sapatas sobre a roda.
Há que se observar que esses freios eram sistemas abertos, sujeitos a intempéries e
elementos como água, barro e areia ocasionavam problemas de contaminação e a
consequente perda de sua eficiência. Outro ponto negativo era que o esforço mecânico
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sobre a alavanca de acionamento era alto para o condutor, não permitindo ação de
frenagem em velocidades muito altas.
Porém, com o passar dos anos os motores foram sendo gradativamente aperfeiçoados, o
que trouxe como consequência o incremento de velocidade dos veículos. Os freios
também foram evoluindo, seguindo, claro, a mesma evolução dos veículos onde eram
montados. O moderno conceito de Freio a Tambor foi inventado em 1902 pelo francês
Louis Renault, desenvolvido a partir de um sistema menos sofisticado que ele mesmo
tinha montado em um veículo Mayback 1901.
Nesses primeiros freios a tambor, que passaram então a serem sistemas fechados e mais
limpos, mas que eram, porém, mais sujeitos a ação da temperatura, a ação das sapatas
sobre o tambor era totalmente mecânica, também operada através de alavancas e hastes
ou mesmo cabos (os antigos varões).
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Em meados de 1930 os freios a tambor começaram a ser acionados por pressão de óleo
através de pequenos cilindros hidráulicos ou mesmo pistões. As sapatas tinham que ser
ajustadas com muita frequência em função do desgaste do material de fricção, porém os
primeiros reguladores automáticos surgiram somente no ano de 1950.
A FUNÇÃO DO FREIO
Freios automotivos possuem três funções básicas: parar o carro rapidamente, fazer com
que fique estacionado na ausência do condutor e diminuir/manter constante a velocidade
num declive.
O funcionamento do freio hidráulico tem por base a aplicação da "Lei de Pascal". O motor
desenvolve uma potência que leva o veículo do estado de repouso até a respectiva
velocidade. Essa potência precisa ser transformada quando se deseja diminuir a
velocidade do veículo ou pará-lo totalmente, tarefa que cabe ao freio. O freio atua no
sentido de transformar a energia cinética do veículo em calor, através do atrito.
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Cerca de 70% do poder de frenagem está concentrado nos freios dianteiros, o que
submete o sistema a temperatura e esforços extremos. Alguns sistemas têm uma
estrutura ventilada para permitir o melhor resfriamento do sistema. No sistema traseiro o
esforço é menor, mas, no entanto, alguns componentes são mais sensíveis e suscetíveis
a falhas.
Devido ao fato de frear ser uma das operações mais repetitivas ao ato de dirigir um carro,
procura-se diminuir esse esforço utilizando sistemas auxiliares. O servo freio utiliza como
fonte de energia o vácuo existente na admissão do motor. Resumindo temos o quadro
abaixo:
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Cilindro Mestre: Cilindro Mestre é acionado através do pedal de freio do veículo, cuja
função é transmitir pressão hidráulica para acionar as pastilhas contra o disco e parar as
rodas do veículo.
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Cilindro de Roda: Sua função é transformar a pressão vinda do cilindro mestre através
do fluído em força mecânica aplicada sobre as sapatas de freio.
Freio a Disco: Para proporcionar uma melhor frenagem foi desenvolvido o Sistema de
Freio a Disco onde os principais componentes são: Disco, Conjunto de Pinça e Pastilha.
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Fundamentos
Para fazer com que o sistema de freios tenha a eficiência necessária, dois princípios de
Física são aplicados em um sistema básico:
Momento
Multiplicação hidráulica
Momento
Este é o primeiro princípio utilizado, assim como no freio da bicicleta, porém de forma
otimizada, ele também é conhecido por "alavanca". Observando a figura, pode-se
entender melhor como se consegue maior um aumento da força empregada no pedal de
freio.
Porém mesmo usando uma alavanca no pedal de freio, o tamanho da alavanca teria que
ser muito grande. Outro inconveniente vem do fato que o curso seria igualmente grande
para gerar a força necessária a frenagem adequada do veículo, já que o deslocamento do
lado mais longo é tantas vezes maior que o presente do outro lado, quantas vezes um
braço é maior que o outro.
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Multiplicação hidráulica
Como a “alavancagem” não gera sozinha a força necessária, este princípio é usado de
forma a multiplicar a força obtida pela aplicação do primeiro.
Sabemos que os automóveis utilizam fluido no seu sistema de freios. Sua utilização vem
sendo pesquisada e aperfeiçoada desde que o Blaise Pascal, estudou pressões
hidráulicas e descobriu fundamentos importantíssimos, denominados "LEIS DE PASCAL".
Uma destas leis diz o seguinte: "A pressão exercida sobre um líquido em câmara selada
transmite-se por igual em todas as direções”.
Imagine dois tubos preenchidos de um líquido pouco compressível (como óleo), em que o
primeiro tenha 2 cm de diâmetro e o segundo, 6 cm de diâmetro e unidos pela sua base
como aparece na animação a seguir.
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Este princípio nos garante que uma força aplicada em um ponto de um líquido
incompressível (em geral óleos no caso dos freios) se transmite aos todos pontos do
fluído. Desta forma, no nosso exemplo - onde os êmbolos apresentam uma relação onde
o segundo tem uma área nove vezes maior (Área = Pi*r²) do que o primeiro - se
aplicarmos uma força de 100 KGF (cem kilogramas-força, ou a força exercida por um
objeto de 100 kg) ao lado esquerdo, seremos capazes de fazer mover um corpo de 900
kg no êmbolo da direita. Este mesmo princípio é utilizado nos macacos hidráulicos.
Com os conceitos acima ficou claro como que a Física consegue ajudar a produzir a força
necessária para fazer o carro parar.
No esquema da figura acima, uma vez que se pressione o pedal do freio, ele faz funcionar
um esquema de “alavanca” com uma relação de 4 para 1. Simultaneamente aciona-se
também o êmbolo do cilindro mestre que possui uma relação de área de 1 para 9 em
relação ao pistão do freio, como na ilustração acima.
Desta forma, para cada 1 kgf aplicado ao pedal, teremos 36 kgf aplicados sobre o disco
de freio, uma multiplicação de força considerável, se pensarmos que com um sistema
destes, com apenas 2 kgf, é possível obter força necessária para levantar um adulto
médio. Obviamente este é um esquema bem simples, mas que ilustra bem o
funcionamento da maior parte dos sistemas de freio convencionais utilizados atualmente.
Peças adicionais, como válvulas e servos, além de outros, fazem parte do conjunto a fim
de garantir um perfeito funcionamento e maior eficiência do sistema.
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FREIO A TAMBOR
Já sabemos que a função do freio é parar a roda. Para isso há necessidade de uma força
oposta a rotação da roda.
Essa força oposta é conseguida pelo atrito entre duas peças. Vejamos como isso é
possível:
Imagine um tambor vazio rolando. Ele poderia ser freado por um dispositivo que aplicasse
uma força na parede interna do tambor. É claro que o dispositivo teria que estar fixo, se
não acabaria rolando junto com o tambor. Daí se conclui que o freio é constituído de duas
partes: uma que gira junto com a roda (que no caso do freio a tambor é o próprio tambor)
e uma fixa ao veículo (que no caso do freio a tambor são as sapatas).
O freio a tambor é basicamente composto das seguintes peças: tambor de freio, sapatas
e espelho.
O pneu, a roda e o tambor são peças que giram juntas, enquanto que as sapatas e o
espelho são peças fixas ao chassi.
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O tambor está preso à roda e gira junto com ela. No interior do tambor estão as sapatas,
as quais estão fixas ao espelho e, portanto, ao veículo. Essas sapatas são recobertas de
um material adequado para aumentar o atrito (lonas). Quando o freio é acionado as
sapatas são comprimidas contra o tambor. O atrito entre as peças causa diminuição da
rotação das rodas.
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Os freios a tambor, como todos sabem, tem múltiplas funções. Além de atuarem como
freio de serviço, sua função secundária, mas não menos importante, é atuar como freio de
estacionamento e como função terciária como freio de emergência, isso em situações
onde há a perda de atuação total ou parcial do freio dianteiro, mesmo porque a ação de
estacionamento é mecânica, efetuada através de uma alavanca interna ao freio, que
recebe a ação de cabos conectados com a alavanca de acionamento no interior do
veículo. Sua construção é bastante simples e esses freios geralmente possuem um custo
menor do que os freios a disco traseiros.
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Temos que observar igualmente que o material de fricção desenvolvido para o freio a
tambor deverá ter um bom nível de atrito estático para com isso corresponder
satisfatoriamente quando solicitado para a função de reter o veículo quando estacionado
em qualquer situação de piso.
Existem vários tipos de freios a tambor, desenvolvidos mediante a atuação das sapatas e
atuadores.
Vamos ilustrar todos, porém analisar somente em detalhes os mais utilizados atualmente
pela indústria automobilística.
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O freio a tambor do tipo simplex é um dos freios mais utilizados no mercado, equipando
preferencialmente o eixo traseiro dos veículos de passeio, que hoje representam cerca de
90% do mercado. Ele é encontrado em vários diâmetros, situados entre 160 à 500 m e
torques de frenagem compreendidos entre 300 e 25.0 N.m.
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Quando o freio é acionado, o tambor tenta arrastar as sapatas junto com ele. As sapatas
só não giram junto com o tambor por estarem apoiadas ao espelho, pela placa de apoio.
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Pela atuação das sapatas no freio a tambor Simplex, a distribuição das forças terá a
conformação conforme demonstrado abaixo. Essa distribuição de forças permite que as
lonas das sapatas primária e secundária possuam o mesmo comprimento de arco.
Força de distribuição
ACIONAMENTO DE SAPATAS
Sabemos que as sapatas devem ser comprimidas contra o tambor. Isso exige uma força
agindo sobre elas. Podemos conseguir essa força através dos cilindros de roda.
CILINDRO DE RODA
É o cilindro de roda, é responsável por acionar os freios de carros que possuam sistema
de freio a tambor. Ao receber a pressão hidráulica do cilindro mestre, o componente
empurra as sapatas contra o tambor de freio, o que gera atrito entre as peças e faz com
que a roda freie e pare o automóvel.
• mola interna;
• capas protetoras;
• gaxetas.
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Quando o freio deixa de atuar, a mola de retorno das sapatas traz os êmbolos para a
posição inicial, forçando o excesso de fluido a retornar.
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Cilindro de roda gasto ou com defeito podem representar um risco sério de frenagem e
minar a capacidade de um veículo ser parado eficazmente. Vazamentos são um problema
comum com o velho, desgastado cilindros de roda traseiros. O revestimento de borracha
e mecanismos de êmbolo interno pode corroer e perder a sua capacidade de selar
efetivamente fluido de freio, quando isso acontece, o fluido de freio derrama e se perde.
Isso reduz a energia de travagem, e que permite a entrada de ar no sistema de frenagem,
o que reduz ainda mais o poder de frenagem e conduz a um pedal de freio “elástico”.
Evite contaminar a superfície de atrito do tambor e das lonas de freio com graxa ou
fluido de freio durante o manuseio, pois a presença destas impurezas reduz o
atrito entre as lonas e o tambor, tornando a frenagem ineficiente;
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FREIO A DISCO
Observe um freio de bicicleta quando acionado. Duas peças, denominadas sapatas, são
comprimidas contra o aro. A força de atrito entre as sapatas e o aro causa a diminuição
da rotação da roda. As sapatas são de borracha para aumentar o atrito. Para que as
sapatas sejam comprimidas contra o aro são utilizados cabos de aço que transmitem a
força da mão do ciclista até as sapatas.
Informações históricas garantem que o Freio a Disco foi originalmente idealizado para
bicicletas em 1876 pelos Ingleses Browett & Harrison. O sistema, que foi patenteado e
chamado de Caliper Brake, proporcionava uma frenagem efetiva em velocidades mais
altas.
Dá para imaginar o que foi desenvolvido a partir do Caliper Brake de Browett & Harrison;
“O nosso conhecido Freio a Disco”.
Em primeiro lugar, seria bastante inconveniente que o freio atuasse diretamente no aro da
roda (1). Por isso um disco é instalado na roda de modo a girar junto com ela. O freio vai
atuar no disco e não no aro (2).
Em lugar dos tradicionais garfos dos freios de bicicleta, são utilizados êmbolos, acionados
pela pressão hidráulica (3). No lugar dos cabos de aço, que transmitem a força da mão do
ciclista até a roda, é utilizada a pressão hidráulica. No lugar das sapatas, são utilizadas as
pastilhas que resistem mais aos esforços de um veículo (4).
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O disco fica encaixado entre as pastilhas, de modo a haver uma pequena folga. Quando o
freio é acionado, o freio a disco recebe pressão hidráulica gerada pelo cilindro mestre,
transformando-a em força mecânica através dos êmbolos, que pressiona as pastilhas
contra o disco. A força de atrito entre as pastilhas e o disco causa diminuição da rotação
da roda.
Por causa de sua concepção, não está sujeito a certos tipos de defeitos que normalmente
ocorrem nos sistemas de freio a tambor, por efeitos como sujeiras, lama, água, etc.
Por ser mais exposto que o freio a tambor, a sua refrigeração é muito maior,
principalmente quando o veículo está em movimento, dissipando o calor rapidamente e
dificultando que o material de atrito (pastilhas de freio) venha a perder sua eficiência por
excesso de calor, quando o freio for muito solicitado.
Freios a disco são sistemas construtivamente mais simples que os freios a tambor, uma
vez que além de utilizarem menos componentes para montagem, possuem melhores
características de performance do que os freios a tambor, melhor resposta de frenagem,
um sistema de auto-ajuste bem dimensionado, menor propensão ao fade do material de
fricção uma vez que possuem maior grau de recuperação térmica, pois dissipam mais
rapidamente o calor para o ambiente em função de serem sistemas abertos.
Os freios a disco são comumente produzidos de em ferro fundido nodular e alguns até
mesmo em alumínio. Os materiais utilizados para a produção de um freio a disco
possuem enorme importância, e o alto módulo de elasticidade é fundamental para que
durante a utilização do freio não haja deformações e flexões, o que resultaria em perda de
eficiência de frenagem.
Os freios a disco foram projetados para equipar os freios das rodas dianteiras dos
veículos, mas devido a sua eficiência, praticidade e baixo custo de manutenção estão
sendo também, largamente empregados nos freios das rodas traseiras dos veículos,
como também em veículos de médio e grande porte.
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Nesse tipo de construção, a pinça de freio não possui movimento relativo em relação ao
disco de freio. Normalmente essa pinça contém 01 ou mais pares de pistões que atuam
de forma simultânea em cada lado do disco. Essa característica construtiva permite que
todos os pistões recebam a mesma pressão de linha uma vez que a pressão é equalizada
entre eles, pois o fluido de freio circula no interior da carcaça do freio. A pinça fixa é mais
complexa, mais pesada e mais cara que o tipo flutuante, além de absorver e também
dissipar mais calor. Ela consome menor volume de fluído de freio em virtude de utilizar
pistões de menor diâmetro, e propicia maior ganho de pressão, e consequentemente, de
força aplicada, em função da sua atuação direta sobre o material de atrito em ambos os
lados do disco.
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Observe que neste caso cada pastilha é acionada por um ou dois êmbolos, como se
observa nas figuras.
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Quando o freio é acionado, o fluido de freio é injetado sob pressão. Essa pressão atua no
êmbolo como também na pinça. O pistão, que é localizado em apenas um lado da pinça
(lado interno da roda), recebe a pressão hidráulica de linha, originando assim a força de
aplicação sobre a pastilha interna. Assim que a pastilha interna toca o disco, por reação
da ponte (reação à força aplicada pelo pistão), faz com que a pastilha externa entre
também em contato com o disco de freio. Suponha que essa última seja livre para se
movimentar. Pela ação da pressão hidráulica, o êmbolo se moveria para um lado
enquanto a pinça se moveria para o outro. Na figura, esses movimentos são exagerados
para facilitar a visualização.
Imagine agora que entre as pastilhas estivesse o disco. Tanto a pastilha fixa ao êmbolo
como a fixa à pinça seriam comprimidas contra o disco.
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O projeto dessa pinça aplica com sucesso o princípio da física que diz “para cada ação,
existe uma reação contrária de mesma intensidade, mas de sentido oposto”. A pinça
flutuante não é uma estrutura rígida, mas desliza para frente e para trás sobre buchas ou
pinos, e uma grande vantagem desse princípio é que um mínimo desgaste do disco de
freio será compensado pela flutuação característica da ponte sem criar nenhuma
instabilidade. Seu design permite uma sangria do sistema mais fácil, porém requer mais
volume de fluido de freio em função do tamanho do pistão, e mais pressão de linha para
efetuar o trabalho de reação da ponte (cerca de 100 psi, ou 7 bar).
10. Coifas dos pinos deslizantes: Revestem as partes devidas protegendo-as da contaminação por sujeiras.
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ANEL DE VEDAÇÃO
Nos freios a disco, o anel de vedação apresenta dupla função:
• fazer o êmbolo retornar quando o freio é desaplicado. Observe que o anel de vedação
fica alojado em uma canaleta na carcaça. Quando o freio é acionado, o êmbolo se
movimenta deformando o anel. Quando o freio é desaplicado a pressão hidráulica se
reduz. O anel volta ao seu formato original trazendo o êmbolo de volta. Esse retorno
afasta as pastilhas do disco que passa a girar livremente.
Assim, temos:
• freio acionado: o anel de vedação se deforma.
• freio desaplicado: o anel de vedação volta ao seu formato original trazendo o êmbolo
com ele.
Em ambos os casos, seja para o freio a disco fixo ou para o freio a disco flutuante, o
processo de regulagem de freio é automático, e realizado através do anel inserido em um
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PASTILHAS DO FREIO
Os esforços de frenagem estão todos concentrados na pastilha. Entre a pastilha e o disco,
há atrito acompanhado de escorregamento. Este faz com que os corpos em contato se
aqueçam. Por isso, as pastilhas devem ser fabricadas de modo a poderem resistir a altas
temperaturas.
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Para aumentar o nível de fricção alguns abrasivos são incluídos nos materiais de fricção.
Alguns destes sãos:
Óxido de cromo: aumenta a fricção mas não é usado devido ao alto custo.
Óxido de zinco: tem algum efeito lubrificante e oferece resistência ao desgaste, porém
pode causar o desgaste do disco.
Óxido de cobre: aumenta o nível de fricção mas não garante a qualidade da superfície do
disco.
Óxido de ferro: os diferentes tipos são usados para aumentar o nível de fricção e dar
alguma estabilidade térmica.
Óxido de ferro vermelho (hematita): é um suave abrasivo, usado como agente polidor da
superfície.
Óxido de magnésio: usado para aumentar a estabilidade térmica das resinas. No estado
fundido aumenta o nível da fricção.
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O Asbesto
Tipos de Disco
Discos ventilados, existe um espaço no meio do disco que permite que o ar entre e ajude
a arrefecer os discos quando solicitados melhorando assim a eficiência dos mesmos.
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Discos com ranhuras, que ajuda a criar a tal superfície "limpa" e permite que os gases
que se criam durante a frenagem se dissipem mais rapidamente. A superfície do disco
não fica muito reduzida devido a esses "rasgos" o que tem vantagens, o que já foi
explicado. Outra vantagem é que duram mais do que os perfurados. Normalmente estes
tipos de discos são preferíveis em relação aos perfurados.
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Disco com furos e ranhuras combinados, juntando as características dos dois tipos.
Não use alavancas ou chaves de fenda para recuar as pastilhas e êmbolos. Deve-se abrir
o sangrador para evitar que o fluído contido nas pinças não retorne para o reservatório;
O ideal é usar o "sargento" para o recuo das pastilhas e êmbolos da pinça, com o
sangrador aberto, recua-se até o fim do curso do êmbolo.
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MOLAS ANTI-RUÍDO
Esse freio utiliza o recurso de molas de fixação da pastilha interna e mola estabilizadora,
que propiciam um funcionamento seguro e silencioso, impedindo assim a geração do
efeito “Rattle”, que consiste na batida da pastilha de freio na pinça quando o veículo
trafega em pisos irregulares.
A trepidação causada pelos pneus passando sobre solo irregular tendem a fazer as
pastilhas vibrarem. Essa vibração causa um ruído. Para evitar esse ruído, as pastilhas
são pressionadas por uma mola.
Existem vários modelos de freios a disco aplicados ao eixo traseiro. No entanto existe,
atualmente, uma tendência mundial em se aplicar esse tipo de freio devido ao projeto dos
veículos.
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Após a pastilha ter-se apoiado na face interna do disco, o eixo continua girando. Agora,
porém, empurra a carcaça na direção oposta fazendo com que a pastilha do outro lado
também seja pressionada contra o disco.
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CILINDRO MESTRE
Na figura abaixo é mostrado, de forma simplificada, o sistema hidráulico do freio de um
veículo. Como vimos, os cilindros de roda acionam as sapatas. Os freios a disco também
são acionados por um cilindro hidráulico. Para o acionamento tanto de um quanto do
outro temos que injetar neles pressão hidráulica. A pressão hidráulica necessária para o
funcionamento do sistema de freio é gerada no cilindro mestre.
Há dois tipos de cilindro mestre: simples e duplo. Logo há vários tipos de circuito de freio:
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Com cilindro mestre duplo por eixo: cada saída alimenta um eixo.
Com cilindro mestre duplo cruzado: uma saída alimenta a roda dianteira
esquerda e a traseira direita e a outra saída alimenta as rodas restantes. Neste caso o
pistão primário do cilindro tem curso útil igual ao secundário e o raio de rolagem deverá
ser negativo na suspensão dianteira.
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Quando o pedal do freio não está acionado, dizemos que o sistema está em repouso.
Todo o sistema está cheio de líquido numa pressão aproximadamente igual à pressão
atmosférica.
Tudo se passa como se fosse um recipiente totalmente cheio de um líquido. Observe que
o líquido passa do reservatório para o sistema através do furo de compensação. Observe
também que o respiro impede a formação de vácuo no caso do nível de líquido baixar.
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OBSERVE QUE:
• na câmara atrás da gaxeta primária o fluido está na pressão atmosférica, pois este está
em contato com o reservatório, através do furo de alimentação. Por isso a gaxeta primária
é forçada para trás. A função da arruela protetora é proteger a gaxeta primária para que
esta não seja danificada.
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Quando o pedal do freio é desaplicado, a força não age mais sobre o êmbolo. Logo, o
êmbolo é empurrado para trás pela pressão hidráulica do circuito e pela mola de retorno.
À medida que o êmbolo do cilindro mestre se movimenta para trás, a pressão no circuito
diminui. Isso permite que as molas de retorno das sapatas empurrem de volta os êmbolos
dos cilindros de roda. A volta dos êmbolos dos cilindros de roda causa o retorno do fluido
para o cilindro mestre.
Para entender melhor o que foi explicado, imagine que se pretenda retirar o líquido de um
recipiente utilizando uma seringa. O furo da agulha sendo pequeno oferece uma
dificuldade para o líquido entrar dentro da seringa. Em consequência, se o êmbolo é
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puxado rapidamente, a pressão no interior da seringa diminui. É por isso que o êmbolo
fica duro. A pressão externa (atmosférica) fica maior que a interna, dificultando o
movimento do êmbolo.
Voltando ao cilindro mestre, sabemos então que, em seu retorno, a pressão na câmara
anterior se torna maior que na posterior. Essa diferença de pressão faz com que o Iíquido
atravesse por um orifício no êmbolo, flexione a gaxeta primária, e passe para a câmara à
frente do êmbolo.
• evita que, numa segunda freada, o motorista sinta uma sensação de vazio, que causaria
insegurança;
• faz com que, numa segunda pisada, o pedal fique mais alto, devido ao excesso de óleo
no sistema. Quando o êmbolo atinge sua posição de repouso, esse excesso retorna ao
reservatório pelo furo de compensação.
A função da válvula de pressão residual é manter uma pressão no circuito hidráulico para
evitar a entrada de ar pelas gaxetas do cilindro de roda. É usada apenas em freios a
tambor pelo simples fato desses possuírem molas de retorno que dão equilíbrio ao
sistema. Nos freios a disco, como não há mola de retorno do êmbolo, se houvesse
pressão residual, o freio ficaria acionado, prendendo as rodas mesmo na condição
desaplicada.
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Imediatamente após o freio ser desaplicado, a pressão do circuito hidráulico é maior que a
pressão no interior da válvula.
O processo continua até que a diferença de pressões não seja suficiente para vencer a
mola principal.
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Podemos dizer que o cilindro mestre duplo é a união de dois cilindros mestres simples,
com o objetivo de aumentar a segurança. Se um falhar o outro garante o funcionamento
dos freios.
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EMERGÊNCIAS
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PRESSÃO ATMOSFÉRICA
Antes de começarmos o estudo sobre o servofreio, é necessário estudarmos um pouco
sobre pressão atmosférica.
Pressão atmosférica é a força que a camada de ar que envolve a Terra exerce sobre sua
superfície.
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Esse número indica que numa superfície qualquer (como uma mesa, por exemplo), o ar
exerce uma força de 1kgf em cada cm2. Se a superfície tiver 600cm2 (área aproximada
da superfície desta página) a força exercida pela atmosfera será de 600kgf.
SERVOFREIO
O servofreio é um equipamento destinado a proporcionar ao motorista um maior conforto
no acionamento do pedal do freio. O servofreio se utiliza da pressão atmosférica
combinada com o vácuo gerado pelo motor.
• TAMPAS
• DIAFRAGMA
• ÊMBOLO DE FORÇA
• HASTE DE ENTRADA
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• HASTE DE SAÍDA
• VÁLVULA DE RETENÇÃO
Mesmo após o motor ter sido desligado essa válvula mantém o vácuo suficiente para
alguns acionamentos.
• DISCO DE REAÇÃO
Haste de
Discoacionamento
de
Mola de
reação
recuperação
FUNCIONAMENTO DO SERVOFREIO
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• Nesse momento há vácuo constante sobre os dois lados do diafragma. Não havendo
diferença de pressão, o conjunto mantêm-se em repouso.
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• Esse aumento de pressão gera sobre o disco de reação uma força de sentido contrário à
aplicada pelo pedal.
• Neste momento o disco de reação está sendo comprimido em suas bordas de tal forma
que seu centro se infla. Isso força o fechamento da entrada de ar. Como a passagem de
vácuo já está fechada, o sistema entra em equilíbrio.
• Quando o equilíbrio é atingido, temos no lado dianteiro vácuo quase total. Do outro lado
do diafragma entrou um pouco de ar enquanto a passagem estava aberta. Por isso, temos
a uma pressão inferior à atmosférica. Desta forma, pelo movimento do pedal podemos
controlar a pressão de um dos lados do diafragma e em consequência controlar a
frenagem.
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Válvula de retenção
Localizada na parte dianteira do servofreio, possui a função de colocar a câmara de vácuo
dianteira em contato com o coletor de admissão. Esse contato, é feito através de uma
mangueira que se liga a válvula de retenção. Esta permite que o fluxo de ar ocorra
apenas em um sentido, do servofreio para o coletor de admissão. No caso contrário, ele
fecha a passagem e isola a câmara dianteira.
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Manutenção e defeitos
O servo freio é um item que não requer cuidados especiais de manutenção. Sua
durabilidade média chega a alcançar os 120 mil km, dependendo da aplicação e das
condições das estradas em que o motorista dirige. Apesar de ser um item fundamental do
sistema, esse é um componente muitas vezes esquecido na hora da manutenção, pois
tem longa durabilidade e muitos motoristas desconhecem sua importância.
O mecânico deve verificar também a mangueira de vácuo, que pode estar obstruída; a
válvula de retenção de vácuo e quanto a vazamentos de ar.
Pedal duro
Possíveis causas Solução
Articulação do pedal emperrada Desemperrar a articulação do pedal
Servo freio com vazamento (danificado) Substituir servo freio
Obstrução na fonte de vácuo ou na entrada Desobstruir os canais, substituindo os
de ar do servo componentes danificados
Cilindro mestre emperrado ou cilindro de
roda / freio a disco emperrado (pinça) Substituir o conjunto hidráulico
Substituir ou desobstruir mangueiras ou
Mangueiras ou tubulações obstruídas tubulações
Lonas ou pastilhas vidradas ou de baixa
qualidade Substituir pastilhas ou lonas
Motor gerando baixo valor de vácuo Corrigir causas no motor
Testes de funcionamento
Com o motor desligado, pise no pedal e libere-o várias vezes para consumir todo o vácuo
do servo. Depois, mantenha o pedal acionado, com força aproximada de 5 Kgf e ligue o
motor. Se o servo está funcionando corretamente, o pedal cede suavemente e se mantém
firme, sendo necessário menor esforço para manter o pedal pressionado. Além disso, o
pedal de freio pode ser acionado cerca de três vezes com o motor desligado, utilizando o
vácuo armazenado dentro dele.
Se durante o teste o profissional perceber ruído como um assopro, significa que o servo
está vazando internamente, pelo diafragma ou pela válvula. Nesse caso é preciso realizar
o teste de vazamento de vácuo, que pode ocorrer devido à defeitos no servo freio (se o
pedal estiver duro), na válvula, trincas ou rachaduras nas mangueiras da tubulação e
trincas nas juntas de fixação. Para saber a quantidade de vácuo que o servo está retendo,
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Teste de vazamento
Acelere fortemente o motor e solte o acelerador para obter um maior valor de vácuo,
aproximadamente 20 a 22 polHg (508 a 559 mmHg), dependendo do tipo do motor e do
local de instalação da mangueira de vácuo no coletor de admissão.
Aguarde 90 segundos e pise no pedal de freios por três vezes, que deverão funcionar
normalmente. Na hipótese de não funcionar, verifique a mangueira de vácuo e a válvula
de retenção de vácuo. Se for preciso desmonte a mangueira.
INÉRCIA
Um corpo em repouso só inicia o movimento se uma força atuar sobre ele. A tendência de
um corpo em repouso é permanecer em repouso. Por outro lado, se um corpo estiver em
movimento, só conseguimos fazê-lo parar aplicando uma força sobre ele. Se o corpo já
estiver a uma certa velocidade, tende manter-se nessa velocidade.
Chamamos de inércia a essa propriedade que corpos têm de tentar manter o seu estado
de repouso ou de movimento. Exemplos dessa propriedade são muito comuns, mas
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vamos discutir apenas o caso do veículo que está a uma certa velocidade e é obrigado a
frear:
• Um veículo que está a uma certa velocidade freia bruscamente. Se os passageiros não
estão usando cinto de segurança, eles tendem a continuar na mesma velocidade.
• Um caminhão que está a uma certa velocidade freia bruscamente. Se a carga não
estiver convenientemente amarrada ao caminhão, ela tende a continuar na mesma
velocidade.
DISTRIBUIÇÃO DE ESFORÇOS
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No caso de uma freada brusca, essa distribuição passaria a ser por exemplo a indicada
na figura abaixo. Essa diminuição do peso nas rodas traseiras faz com que elas sejam
freadas com mais facilidade que as da frente. É como se os freios tivessem que segurar
um veículo mais leve atrás do que na frente. Assim sendo, uma dada pressão hidráulica
no sistema pode causar o travamento das rodas traseiras enquanto as dianteiras
continuam livres.
Tem como finalidade a redução da pressão nos freios traseiros em relação aos dianteiros.
Com isso evita-se o travamento das rodas traseiras numa freada brusca.
Os tipos mais comuns de válvula reguladora de pressão são a válvula sensível à pressão
e a válvula sensível à carga. No primeiro tipo, o acionamento da válvula se dá em função
da pressão hidráulica no circuito. Na segunda, o acionamento depende da carga do
veículo.
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• Posição aberta: a mola principal mantém o êmbolo no fundo da carcaça onde o pino de
poliéster se apóia mantendo-se afastado da vedação. O fluido tem passagem livre para o
eixo traseiro.
• Posição fechada: o êmbolo é dotado de duas faces distintas, ambas guarnecidas por
gaxetas. A área menor é voltada para os freios dianteiros e a maior para os freios
traseiros.
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Quando a diferença entre essas forças (menor e maior) for suficiente para vencer a mola,
o êmbolo será empurrado para trás, movimentando a vedação em direção ao pino. O
fluxo de líquido para os freios traseiros é interrompido no momento em que a vedação se
apóia no pino.
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Vimos que a função da válvula reguladora de pressão do freio é evitar o travamento das
rodas do eixo traseiro. Vimos também que este travamento se dá pela diminuição da
carga no eixo traseiro durante a frenagem.
Essa diminuição é maior se o veículo estiver carregado. A válvula sensível é carga, como
o próprio nome indica, controla a pressão no circuito traseiro em função da carga do
veiculo.
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A instalação da mola é feita de modo que quanto maior é a carga maior é a tensão na
mola.
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DIRIGIBILIDADE
Como já foi explicado, quando as rodas de um veículo estão livres é mais fácil
movimentá-lo para frente ou para trás do que para os lados.
Isso significa que não existe mais uma direção preferencial de movimento: o veículo perde
a dirigibilidade.
A função da roda, a rigor, não é apenas a de reduzir o atrito, mas também de reduzi-lo
numa única direção. Isso, porém, só acontece quando a roda gira.
Suponhamos que durante uma curva as rodas dianteiras do veículo sejam travadas mas
que as traseiras continuem livres. Para as rodas dianteiras, não haverá direção
preferencial.
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ESTABILIDADE DIRECIONAL
Quando as rodas traseiras estão livres, elas impedem qualquer desvio lateral. Isto por
causa da direção preferencial de movimento que elas apresentam. É difícil movimentá-las
lateralmente e fácil movimentá-las longitudinalmente. Assim sendo o carro consegue
manter a direção de movimento. Dizemos que as rodas traseiras garantem a estabilidade
direcional do veículo.
Mas na prática isso não ocorre. Os fatores de desvio (imperfeições da estrada, ventos,
pequenos movimentos da direção, etc.) causariam o desvio lateral do veículo.
Dizemos então que, com as rodas traseiras travadas, o carro perde a estabilidade
direcional (cavalo de pau).
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DISTÂNCIA DE FRENAGEM
Em Resumo
Não se deve permitir que as rodas sejam travadas durante a frenagem pelas seguintes
razões:
O sistema com anti-bloqueio (ABS) tem a finalidade de evitar o travamento das rodas, em
qualquer condição de atrito, piso ou pneu.
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Essas 4 fases representam um ciclo de modulação que é repetido várias vezes por
segundo durante a frenagem em que há possibilidade de travamento.
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ÍNDICE:
SISTEMA DE FREIO
FUNDAMENTOS................................................................................................................11
CUIDADOS.........................................................................................................................22
TIPOS DE DISCOS............................................................................................................33
CUIDADOS.........................................................................................................................35
DEFEITOS.........................................................................................................................38
SERVOFREIO ...................................................................................................................50
VÁLVULA DE RETENÇÃO................................................................................................54
MANUTENÇÃO E DEFEITOS...........................................................................................55
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