MANUAL
DE
MECÂNICA
DE
MOTOS
DIREITOS AUTORAIS
2. MOTORES DE 2 TEMPOS
3. MOTORES DE 4 TEMPOS
4. RETÍFICAS
6. CARBURADORES
7. COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES
9. VELAS DE IGNIÇÃO
11. FREIOS
12. PNEUS
14. APÊNDICES
• NORMAS DE SEGURANÇA
• FERRAMENTAS
• SOLDAS
15. TABELAS
• TABELA 1: VELAS DE IGNIÇÃO RECOMENDAÇÃO DO
FABRICANTE
• TABELA 2: FOLGA DE VÁLVULAS
• TABELA 3: CAPACIDADE DE ÓLEOS DE MOTOR E
SUSPENSÃO
• TABELA 4: MEDIDAS DE PNEUS RECOMENDAÇÃO
DO FABRICANTE
• TABELA 5: TORQUE DE APERTO DE PARAFUSOS
• TABELA 6: CARBURADORES
INTRODUÇÃO
TEORIA BÁSICA DE
MOTORES À EXPLOSÃO
DEFINIÇÃO DE MOTOR
A definição daquilo que, nós, genericamente chamamos de
MOTOR é a de um sistema mecânico capaz de transformar uma
forma de energia em outra.
Desta forma, temos os motores elétricos que transformam a
energia elétrica em energia cinética (de movimento), temos tam-
bém os motores a vapor que transformam energia térmica em
movimento, e assim por diante. As motocicletas vêm equipadas
com motores chamados de "MOTORES À EXPLOSÃO" ou tam-
bém conhecidos como "MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA".
São motores que transformam a energia química de certas subs-
tâncias, tais como a gasolina, o óleo diesel ou mesmo o álcool,
em movimento (trabalho).
Na verdade, o que esses motores fazem é apenas cumprir
a tarefa de provocar uma rápida combustão de um combustível e
aproveitar a energia liberada nesse processo, direcionando-a até
um eixo propulsor. Essa rápida combustão é, por vezes, confun-
1-2 MANUAL DE MECÂNICA DE Moros
1 - PISTÃO
2 - BIELA - VIRABREQUIM
3 -CILINDRO
o o
1 - CABEÇOTE
2 - CILINDRO
3- CÁRTER
1-CABEÇOTE
2 -CILINDRO
3-CÁRTER
CAMISA
't2
'//////.
JANELAS ~
"""'"o~
''-;:t::='====~tro'-======l'~l P9 Po=J
Localização correta
entre o pino e o anel
\ I
POSIÇÕES INCORRETAS
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
ALETAS
YAMAHA DT-180
Aletas de
Refrigeração
~
Ar ~
~
1-14 MANUAL DE MECÂNICA DE MOTOS
CILINDRADA
c = 1r x d 2 x curso x N
4
onde: 1r = constante =
3,14
d2 = diâmetro ao quadrado (cm 2 )
curso = distância entre os pontos mor-
tos (PMS - PM I) (em)
N = número de cilindros
4 = uma constante
TEORIA 8ASICA DE M OTORES À EXPLOSÃO 1- 15
TAXA DE COMPRESSÃO
PMS
Curso 7,2
Espaços
l PMI
_l
o Volume
M orto
1-16 MANUAL DE MECÂNICA DE MoTos
MOTORES DIESEL
MOTORES DE 2 TEMPOS
líquido, você está criando em sua boca baixa pressão, ou, como
dizem, "vácuo". É esse vácuo que é responsável pela sucção.
Quando você assopra dentro de um canudo e o líquido é expeli-
do para fora, você está criando dentro do líquido alta pressão.
Em outras palavras: Ao subir, o pm
stão "suga" a gasolina para
o cárter, e ao descer, a "empurra" para a câmara de combustão.
* No ciclo dos motores DIESEL não existe perda de combustível pela janela de esca-
pe, apenas ar, logo todos os motores 2T Diesel são de médias e grandes potências
também devido à relação peso X potência ser menor, o que faz com que as dimen-
sões do motor sejam também bem menores e mais leves.
2-8 MANUAL DE MECÂNICA DE MOTOS
PALHETAS
Também conhecido pelo nome de "VÁLVULA DE
PALHETAS", esse sistema controla o fluxo de combustível que é
sugado para dentro da câmara de combustão. Colocado na parte
posterior da janela de admissão, entre esta e o carburador (res-
ponsável pela mistura do combustível e do ar), a palheta abre-se
pela ação de baixa pressão, ou "sucção", e fecha-se agora pela
ação de alta pressão (compressão).
Válvula de palheta
LUBRIFICAÇÃO
A lubrificação do motor de dois tempos é muito característi-
ca e conhecida por todo usuário de motocicletas. Consiste num
sistema de lubrificação muito eficiente que requer a entrada do
óleo lubrificante juntamente com o combustível, via carburador
ou não.
Vimos, no decorrer das páginas anteriores, que no cárter se
deposita o combustível que é sugado quando o pistão sobe. Essa
utilização do cárter como receptáculo de combustível impede que
seja utilizado como reservatório de óleo, função esta que melho-
raria em muito a lubrificação das partes inferiores do motor devi-
do ao fato de que essas peças estariam trabalhando praticamen-
te mergulhadas no óleo.
Cria-se, então, um problema: como lubrificar as partes infe-
riores do motor que necessitam de óleo? São elas, o virabrequim,
MoTORES DE Do1s TEMPOS 2-11
ftYAIAHA
SEMI-METADES DO CARTER
Compartimento do cambio
Cárter "sêco" (Lubrificação por imersão)
(Lubrificado
com o combustível)
Bujão
MoTORES DE Do1s TEMPOS 2-13
OBS.:
1 - A proporção correta para mistura de óleo à gasolina é a
de litro de óleo 2T para cada 20 litros de gasolina.
2 - Usar somente óleo especial 2T. Óleo comum, utilizado
em automóveis e motos de 4T, NÃO SERVE para 2T...
..
N
õ
o 120 1
0-1/5 •..... Abertura do Ac:.lerador na uttíma
..... Marcha
"'
E 100: 1
õ
"'
"'
<,:) 80; 1
....
~
..
;i
'tl
60: 1
.~ 40: 1
....
õ
o.
o 20 1
~ M•stura constante
• SISTEMA AUTOLUBE
É um sistema de lubrificação automática que regula a pro-
porção de mistura combustível + óleo para cada rotação do mo-
tor. Dispensa a necessidade de misturar óleo no tanque de com-
bustível, livrando o usuário de cálculo da proporção em relação à
gasolina contida no tanque.
Para tal, o sistema autolube conta com um reservatório pró-
prio para o óleo 2T, externo ao motor de onde uma bomba
(AUTOLUBE) impulsionada pelo mesmo motor, por meio de en-
grenagens ligadas ao manete do acelerador, fornece uma quan-
tidade de óleo correspondente ao regime de rotação do motor.
Esse óleo é injetado na saída do carburador, antes da palheta,
evitando com isso o problema referido no item palhetas.
Quando o motor aspira o combustível leva consigo essa parte
de óleo 2T e essa mistura lubrificará os rolamentos, parte supe-
rior do motor, base da biela, parede do cilindro, camisa e anéis.
O autolube estando ligado ao acelerador, através de um cabo
paralelo ao cabo do acelerador, tem sua ação sincronizada com
o aumento das rotações do motor, ou seja, à medida em que
aumenta a rotação do motor, mais quantidade de óleo é injetado
no coletor e vice-versa.
As vantagens deste tipo de lubrificação são óbvias, vale ci-
ta r:
.YAMAHA
I. Tanql/ff d8 combustlvrtl
2. Tubo do combustlvol
3. Csbo dll bo~
4. T~tnqiHf dtl 6'-o
6. Tubo dlt 6lt10
6. Qlbo do ~rbut»dor B
7. CMburtldor
8. CJbo do CNbut»dor A
9. Tubo
MANUTENÇÃO BÁSICA
SANGRIA DO AUTOLUBE
A bomba de autolube
deve ser sangrada, isto é, ter
seu circuito isento de ar, para ~~11 A
garantir um fluxo constante
de óleo de acordo com a
solicitação do motor. Em ge-
ral, a bomba do autolube
encontra-se localizada atrás
de uma pequena tampa na
lateral direita do motor. Desaparafusando-a tem-se acesso à bom-
ba. O parafuso sangrador é de fácil localização pois, em geral,
ele tem uma arruela de baquelite para evitar que por ele vaze
óleo 2T. Retire o parafuso sangrador e deixe o óleo escorrer até
que elimine todas as bolhas de ar do sistema. Ligue o motor de-
pois e verifique se não surgem novas bolhas.
DESCARBONIZAÇÃO
Consiste na retirada de depósitos de carvão do motor
provenientes da queima do combustível e depositados na câ-
mara de combustão e escapamento, devido à presença do
óleo 2T.
2-18 MANUAL DE MECÂNICA DE MOTOS
1 - PISTÃO
2 - JANELA DE ESCAPE
3 - ESCAPAMENTO
4 - CÂMARA DE COMBUSTÃO
5 - VELA DE IGNIÇÃO
·~
CASEÇOTE
ESCAPAMENTO
QYAMAHA
MoTORES DE Do1s TEMPOS 2-21
OBS.:
1 - Lembre-se de que o mal que causa o carvão é o fato de
ocupar espaço na câmara de combustão diminuindo a
capacidade de entrada de combustível, portanto não é
necessário "polir" os componentes em questão, apenas
tirar delas o indesejável volume maior de carvão.
2 - Sempre que descarbonizar um motor, troque TODAS as
juntas do motor que remover. Troque também o anel de
2-22 MANUAL DE MECÂNICA DE MoTos
SISTEMA DE ESCAPE
Os gases de escape que são expelidos pelo orifício de saída
estão muito quentes e submetidos à altíssima pressão. Eles se
expandem rapidamente quando saem do cilindro, provocando al-
tos índices de ruído o que os impedem de ser expelidos direta-
mente na atmosfera.
O escapamento tem como finalidade encaminhar esse gás
quente, aumentar a curva de potência do motor e diminuir o ruído.
O gás de escape é aspirado para dentro do silencioso para
ser expandido e descarregado na atmosfera depois que a sua tem-
peratura baixou e sua pressão quase que se igualou a atmosféri-
ca. Com a variação dos diâmetros de entrada e saída e dos diâ-
metros internos das seções do escapamento, a misturar de ar+
gasolina poderá ser aspirada com maior ou menor eficiência para
dentro do cilindro.
Tal fato é conhecido como EFEITO DE EXPLOSÃO DOS
GASES POR PULSAÇÃO DO ESCAPE.
A utilização desse efeito no sistema de escapamento dos
motores de dois tempos melhora consideravelmente o rendimento
do motor.
MOTORES DE DOIS TEMPOS 2-23
ESCAPAMENTO COMUM
Os silenciosos de motores convencionais de quatro tempos
com cilindros múltiplos usam um tubo independente para cada
cilindro, mas os modelos mais recentes usam um tubo de esca-
pamento comum para todos.
O novo sistema se caracteriza pela junção dos tubos de
escapamento em uma câmara equalizadora ou pela união direta
dos tubos de escape. Em ambos os sistemas, as pressões dos
gases se equilibram e se misturam. A onda de pulsação no silen-
cioso, que é gerada pela combustão alternada nos cilindros adja-
centes, promove o efeito de expulsão de gases por pulsação, o
que aumenta a absorção de energia de escape e reduz efetiva-
mente o ruído de escapamento: O silencioso tem peso reduzido
e volume menor.
O método de conexão dos tubos de escape depende da
disposição dos cilindros ou das características do motor. Por exem-
plo, um motor de 4 cilindros em linha pode ser ligado com um
sistema 4 em 1 ou um sistema 4-2-2.
Por tudo isso, vemos que a substituição de um escapamen-
to é uma operação simples mas que requer equipamento origi-
nal, devido a ser um sistema complexo e bem projetado. A sua
influência vai muito além do simples "abafar" o som do motor, ou
aumentá-lo de acordo com a vontade do piloto. O seu sistema,
como vimos, influi negativamente na performance do motor, acar-
retando problemas nas regulagens do motor.
Cabo do YPVS
Servo Motor ---1--~
I
Válvula ..
MoTORES DE Do1s TEMPOS 2-27
Segundo a YAMAHA,
ComYPVS
desta forma assegura-se
um tempo de exaustão com Jj
maior eficiência em várias
rotações do motor melho-
rando a combustão e con- ~@
seqüentemente aumentan- ---------+ ROTAÇJI.O
do a potência. 1-ALTA VELOCIDADE
2-SEMYPVS
3- BAIXA VELOCIDADE
UNIDADE
CDI DE SERVO
CONTROLE MOTOR
1. Coletor de admissão,.../
2. Câmara de ar
3. Identificação
4. Tubo de conecção
5. Mangueira
6. Arruela
7. Parafuso Philips
8. Amortizador
9. Protetor da mangueira?
10. Braçadeira ~
11. Braçadeira \. ~
\ ~
MOTORES DE 4 TEMPOS
FASE DE ADMISSÃO
FASE DE COMPRESSÃO
A chamada FASE DE COMPRESSÃO
inicia-se na subida do pistão, em direção ao
PMS, agora com a câmara de combustão
cheia de combustível e ar.
A subida do pistão comprime o combus-
tível confinado dentro do motor que perma-
nece com as duas válvulas fechadas impe-
dindo, portanto, o escape dessa compressão
tão necessária para a rápida combustão ("ex-
plosão") da mistura combustível.
Esse impulso dado pelo piloto no ins-
tante de dar a partida deve, pois, ser sufici-
ente para que o movimento do pistão no
motor faça-o descer (e, portanto, "sugar" a
MOTORES DE QuATRO TEMPOS 3-5
FASE DE EXPLOSÃO
É a fase em que o motor fornece trabalho
positivo ao sistema, ou seja, ao conjunto BIE-
LA-VIRABREQUIM.
A combustão da mistura ocorre quando
salta a faísca da vela de ignição e o pistão che-
ga na sua altura máxima dentro do cilindro. O
aumento da pressão dos gases criados pela
combustão impulsiona o pistão a descer violen-
tamente em direção ao PMI. O combustível, ao
queimar-se, transforma-se em, principalmente,
gás carbônico e fuligem.
A chamada fase de explosão termina quan-
do o pistão chega novamente ao PMI com ambas as válvulas
fechadas.
FASE DE ESCAPE
É a fase em que o gás carbônico e a fuligem são expelidos
para fora do cilindro para que possa entrar nova
porção de combustível e repetir-se o ciclo.
A fase de escape começa quando o pistão
abandona o PMI e sobe.
Neste instante a válvula do escape, que até
então tinha permanecido fechada, abre-se per-
mitindo que os gases de escape sob alta pres-
são sejam expelidos para fora. O pistão, ao su-
bir, expele para fora em direção à janela de
escape, o restante desses gases.
Ao chegar o pistão no PMS, a válvula de
escape fecha-se e começará a abrir-se a válvu-
la de admissão. O pistão descendo e a válvula
3-6 MANUAL DE MECÂNICA DE MoTos
~ANEL SECUNDÁRIO
:l
ANEL DE CONTROLE
DE ÓLEO
ANEL PAIMÂAIO
ANEL SECUNDÁRIO
ANEL DE
CONTROLE
OEOLEO
BASE 00 ASSENTO
~~ .,.__ _ _ RANHURA
HASTE DA VÁLVULA
(Presente em alguns ----+~
modelos)
+--
I
RETENTOR
MOLA INTERNA
+ - - GUIA DE VÁLVULA
MOLA EXTERNA
I
então, servirá como receptáculo do óleo lubrificante. As partes
CABEÇA DA VÁLVULA
RETENTORES DE VÁLVULAS
• A moto quando fria "queima" óleo; quente, não. Quando a
motocicleta é ligada depois de um período parada, de ma-
3-12 MANUAL DE MECÂNICA DE MoTos
ANÉIS DESGASTADOS
• Fumaça em todas as rotações e temperaturas do motor.
• Taxa de compressão abaixo do normal.
• Aumenta consideravelmente a presença de fumaça com
o aumento da rotação. Faça o teste com a moto parada
(sem carga) e acelere-a até 7 ou 8 mil RPM; à medida em
que a rotação aumenta, a fumaça aumenta e torna-se mais
"espessa".
• O nível de óleo na vareta de medida diminui.
• As velas de ignição apresentam carbonização excessiva
e coloração característica (vide capítulo "VELAS DE IG-
NIÇÃO").
VÁLVULAS
A haste da válvula penetra dentro do guia e seu ESPELHO
encosta na SEDE da válvula, também conhecida como ASSEN-
TO. Esse assento embutido ou sede da válvula é uma luva" de
aço colocada no cabeçote do motor, e serve para vedar a câma-
ra de combustão. Vemos, portanto, que um bom assentamento
entre sede e espelho é o responsável pela boa vedação do
cabeçote. De nada
adiantaria um motor
Cabeça Haste Ponta
cujos anéis e cami-
sa estivessem em
bom estado, sem
vazamentos, se a
compressão esca-
Ranhura de fixação
passe pelas válvu-
las .....
MOTORES DE ÜUATRO TEMPOS 3-13
MANUTENÇÃO
Todos os modelos de motocicletas nacionais que a HONDA
fabricou no Brasil possuem motores 4T. A YAMAHA substituiu seus
modelos de dois tempos (DT-180, DT-200, RD 135 entre outros)
por modelos equipados com motores 4T, tais como a XT-600, XT-
225, YBR 125 ....
Todos os modelos SUZUKI, fabricados aqui no país, tam-
bém têm motores de 4T.
Da mesma forma os modelos DAELIM e KASINSKY.
Na década de 90, entraram no país diversas marcas de
motocicletas de baixa cilindrada que também vinham equipadas
com motores 4T, algumas delas ainda as vemos rodar: JIALING,
HYOSUNG, SANGYANG, etc.
Este tipo de motor, embora mais complexo e complicado do
ponto de vista do maior número de peças, requer menos manu-
tenção.
São motores robustos e resistentes pela sua própria con-
cepção mas, quando apresentam problemas, requerem para sua
manutenção uma mão-de-obra mais especializada e bem mais
cara .... Pela descrição do cabeçote, o leitor já teve uma noção
do grau maior de dificuldade.
Uma das maiores dificuldades que sentem os mecânicos,
que não tiverem boa formação teórica e profissional, refere-se jus-
tamente à manutenção desses motores.
Uma falta de solidez nos conhecimentos fundamentais da
mecânica dificulta o seu trabalho sempre que um novo modelo
de motocicleta entra no mercado. É como se tivessem que apren-
der e treinar de novo em alguma moto!
E o aprendizado e o treinamento realiza-se na moto de al-
gum c I.1en t e .....
11
A primeira coisa que um bom mecânico deve fazer numa
motocicleta que apresente sinais de falta de força, de potência, é
verificar a sua TAXA DE COMPRESSÃO que nos motores 2T e
4T é aproximadamente a mesma. Mas as causas que ocasionam
a perda de compressão podem ser diferentes ...
MoToRES DE QuATRO TEMPos 3-15
SOLVENTE
!
CABEÇOTE
SEDE DA VÁLVULA
ESPELHO DA VÁLVULA-------~~~
VERIFIQUE VAZAMENTOS
MOTORES DE QuATRO TEMPOS 3-21
EM RESUMO:
• Certifique-se que as válvulas não estão empenadas AN-
TES de iniciar a operação de polimento (assentamento).
• O polimento de válvulas deverá ser feito em duas etapas:
Primeiramente é utilizada a pasta mais grossa para retirar
possíveis depósitos de carvão, depois o polimento é efe-
tuado DUAS vezes com a pasta polidora mais fina. Essa
operação garante uma perfeita vedação entre as partes.
• Substitua SEMPRE o retentor de válvulas, mesmo que um
diagnóstico anterior indique não ser necessário.
• Limpe cuidadosamente o cabeçote para certificar-se de que
não há resíduos de pasta polidora.
• Meça as molas antes de remontar o conjunto
• Teste o conjunto e certifique-se que a vedação é perfeita.
RETÍFICAS 4-1
RETÍFICAS
AMACIAMENTO DO MOTOR
Quando ligamos um motor novo (ou "OKM",) pela primeira
vez, e acionamos o virabrequim, os anéis sobem e descem pela
RETÍFICAS 4-3
OBS.:
1 -A última sobremedida permitida pela maioria dos fabri-
cantes como segura é a de 1.00 mm. Mesmo que consi-
ga no mercado um pistão 1,25 mm, não o utilize!
2 - Todas as sobremedidas da tabela anterior encontram-se
à venda para motocicletas nacionais.
3 - Somente compre o pistão e os anéis depois de ouvir a
avaliação do profissional. Pode haver salto de retífica!
BRUNIMENTO
É o acabamento final do
processo de retífica na camisa
do cilindro. Pedras de brunir
movimentam-se subindo e des-
cendo pela superfície da cami-
sa após o passe da retífica.
Efetuando uma rotação em tor-
no do seu eixo longitudinal, dão
um polimento no cilindro, crian-
do, na sua superfície, micro-ra-
nhuras favoráveis ao assenta-
mento dos anéis, formando
entre si um ângulo de 60 graus,
melhorando o processo de
amaciamento, além de re-
ter uma película de lubrifi-
cante.
Caso o cilindro fosse
espelhado, o óleo desliza-
ria facilmente, escoando e
não permanecendo na su-
perfície do cilindro.
4-8 M ANUAL DE M ECÂNICA DE M OTOS
3. PRESSÃO DA MISTURA
Quanto menor, menos provável a detonação.
Influem na pressão:
A. A taxa de compressão
B. A pressão da mistura na entrada do motor, que depende
da pressão do ambiente, da abertura da borboleta
aceleradora e da existência de sobre-alimentação.
4. AVANÇO DA FAÍSCA
Quanto mais avançada, mais provável a detonação.
6. QUALIDADE DA MISTURA
Quanto mais próxima da estequiométrica, levemente rica,
mais provável a detonação.
7. TURBULÊNCIAS
7,5x103 kg Pré-Ignição
(1.200 p.s.i.)
5x103 kg ----1---...:tr-----t.._Detonação
(800 p.s.i.)
3,75x103 kg Ignição
(600 p.s.i.) Normal
30 20 10 PMS 10 20 30 40 o/
Avanço
2. DETONAÇÃO
A cabeça do pistão
fica parcialmente des-
truída principalmente
nas bordas. Isso ocorre
pois durante a combus-
tão, quando a mistura
combustível ainda não
queimada sofre com-
pressão devido ao avan-
ço da frente da chama;
ocorre que, em determi-
nado instante, toda a
parcela final da mistura
entra em combustão
espontânea. Se essa
combustão envolver
uma massa combustível
muito grande e o fizer
muito rapidamente, considera-se que ocorreu uma combustão a
volume constante, logo a pressão atingida será muito maior do
que a pressão durante uma combustão normal. Devido à rapidez
4-14 M ANUAL OE M ECÃNICA OE M OTOS
3. PRÉ-IGNIÇÃO
É de certa forma co-
mum. Nota-se mais pela
característica do pistão
apresentar um furo no topo,
embora nem sempre ocor-
ra dessa forma. Algumas
vezes, não chega a furar o
pisão, mas a danificar a ca-
beça e a área dos anéis.
Ocorre pela queima
espontânea do combustí-
vel, não pela ação da cen-
telha, mas ANTES de sua
emissão.
R ETIFICAS 4-15
É relativamente comum
observar que em motores
novos que foram sujeitos a
uma solicitação muito grande,
altos giros em altas velocida-
des apresentem trincas na
parte inferior do pistão (saia).
Este tipo de trinca da
figura é característico de
supersolicitação do motor e
ocorre sempre do lado de
maior pressão, saia, que é
submetida a esforços exces-
sivos.
A trinca ou as trincas
evoluem em direção à saia do
pistão, chegando até a destacar a mesma. Como outras causas
temos:
Combustível de má qualidade
Folga excessiva pistão-cilindro
ANEL TRAVA
VIRABREQUIM
l
PINO DO VIRABREQUIM
ROLAMENTO DE AGULHAS
ROLAMENTO DE
ESFERAS
SISTEMAS DE ABERTURA DE VÁLVULAS 5-1
VARETAS TRANSPORTAM O
MOVIMENTO DO VIRABREQUIM
ATÉ O CABEÇOTE
MOTORESOHV
Todo o sistema de acionamento de válvulas, começa no
virabrequim. A queima do combustível impulsiona o virabrequim
e este define as posições em que as válvulas serão abertas e
fechadas. Então, para cada posição definida do virabrequim, te-
mos também uma posição definida do pistão dentro do cilindro.
BALANCIM
\
5-6 MANUAL DE MECÂNICA DE MoTos
RESSALTO
VIRABREQUIM
FASE DE ADMISSÃO
A válvula de admissão estando aberta, enquanto o pistão des-
ce, significa que o ressalto acionou o braço oscilante para cima, por
sua vez a vareta também foi acionada para cima e o balancim, ao
receber esse movimento, empurra a válvula para baixo abrindo-a.
• Pistao descendo
• Ressalto empurrando Braço
Oscilante para cima
• Vareta subindo
• Balancim pressionando a
válvula para baixo
• Válvula de admissão abrindo
5-8 MANUAL DE MECÂNICA DE MOTOS
FASE DE
COMPRESSÃO
Durante a subida do
pistão, na sua fase de com-
pressão, as válvulas per-
manecem fechadas, isto é
o ressalto está com a sua • Pistão Subindo
• Vélvulas totalmente fechadas
ponta mais excêntrica vol- • Ressalto com a sua parte menos
excêntrica para cima
tada para baixo, não acio- • Braços oscilantes, varetas e
balancins, sem esforços (livres)
FASE DE
COMBUSTÃO
Na fase de explo-
são, o ressalto continua
não excercendo qualquer
•
•
Combustivel queimando
Pistão descendo
ação sobre os balancins,
• Ressalto ainda com a parte
menos excêntrica para cima conseqüentemente as
• Balancins, varetas e braços
oscilantes livres válvulas permanecem fe-
chadas.
FASE DE EXAUSTÃO
Quando, após a quei-
ma da mistura combustível,
o pistão inicia a sua fase de
subida, a válvula de esca-
pe se abre, deixando esca-
par o gás carbônico e os
i• Pistão Subln<lo
produtos da queima desse 1
•
•
Válvula de escape abrindo
Gases de escape &endo
expelídoo
combustível. Para isso o • Res&alto com a sua parte mais
excêntrica para cima
1
ressalto novamente aciona, 1 • Braços oscüanlês a varetas
1 pres&ionando o balaocím,
MOTORESOHC
Os motores OHC são mais modernos e equipam todas as
motocicletas japonesas de última geração. São motores silencio-
sos e precisos quanto à abertura de válvulas, permitindo um maior
aproveitamento da mistura combustível, gerando uma maior po-
tência final.
A sua manutenção é mais delicada e requer um pouco mais
de cuidados por parte do mecânico.
Na lateral esquerda do eixo do virabrequim, encontra-se uma
pequena engrenagem fixa ao mesmo, tal qual no motor anterior.
A diferença consiste em que sobre essa pequena engrenagem
não irá acoplada nenhuma outra engrenagem maior. Sobre ela
será posicionada uma pequena corrente, chamada de CORREN-
TE DE COMANDO.
COMANDO DE
VÁLVULAS~
RESSALTOS
-----.
VIRABREQUIM
5-10 MANUAL DE MECÂNICA DE MoTos
o
o
A engrenagem gira em torno de um eixo de rotação que é
fixo a ela através de dois parafusos. Esse eixo de rotação é cha-
mado de EIXO DE COMANDO DE VÁLVULAS.
No eixo de comando de válvulas, ou simplesmente COMAN-
DO DE VÁLVULAS, encontram-se DOIS ressaltas. Esse ressaltas
impulsionam dois balancins apoiados sobre eles que farão o co-
nhecido movimento de "gangorra" já descrito anteriormente.
Vale lembrar que esse sistema dispensa o uso de varetas,
pois quem transporta o movimento do virabrequim até o cabeçote
é essa pequena corrente colocada entre o próprio virabrequim e
a engrenagem do COMANDO DE VÁLVULAS. Dessa maneira,
os ressaltas do COMANDO fazem o papel dos BRAÇOS OSCI-
LANTES e dos balancins dos motores OHV. Como poderá ser
SISTEMAS DE ABERTURA DE VÁLVULAS 5-11
REGULAGEM DA FOLGA
MOTOCICLETAS EQUIPADAS COM AJUSTADORES HI-
DRÁULICOS (TUCHOS HIDRÁULICOS) NÃO NECESSITAM
DE AJUSTE DE FOLGA.
CÁLIBAE DE
LÂMINAS CONTRA PORCA
OBS.:
• Não tente regular as válvulas com o motor quente, ou
mesmo morno. A folga deixada será uma medida falsa que
implicará o excesso de ruídos e falha no seu funcionamento
com o motor frio.
• Utilize sempre o calibre de lâminas. Não regule as válvu-
las por "estimativa", nem outros objetos que não o calibre
(lâmina de barbear, pedaço de serra, etc.), mesmo acon-
selhado por um "profissional" conhecido.
• A perfeita folga nas válvulas é absolutamente necessária,
pois, como já citamos anteriormente, provoca muitos pro-
blemas no motor.
EXCESSO DE FOLGAS
O excesso de folgas pode ter sido causado por uma
regulagem deficiente por parte do mecânico ou mesmo por des-
gaste da haste da válvula e/ ou do parafuso de regulagem.
O balancim, por decorrência dessa maior folga, provoca um
maior ruído no motor e um maior desgaste na haste da válvula e
no parafuso (o que, por sua vez, provocará maiores folgas e
maiores desgastes ... ).
Quando essa maior folga for muito grande, o movimento do
balancim necessário para poder abrir a válvula poderá ser insu-
ficiente, ou seja, a válvula acabará abrindo pouco e deixando
menos espaço, seja para a entrada de combustível, seja para
saída de gases pelo escape. A menor entrada de combustível
traduz-se por falhas constantes no motor quando em funciona-
mento, chegando até a não "pegar", caso a folga seja excessiva-
mente grande.
Excesso de folga acarreta, a médio prazo, um desgaste
excessivo do parafuso de regulagem além da ponta da haste da
válvula. Esse desgaste da haste, achatando a sua ponta, impedi-
rá a sua retirada pelo guia, quando necessária.
5-16 MANUAL DE MECÂNICA DE MOTOS
POUCA FOLGA
A pouca, ou mesmo nenhuma folga nas válvulas, acarreta
maiores problemas do que os citados para o caso acima.
Quando o motor entra em sua faixa térmica de funcionamento
normal, as válvulas dilatam-se e vão ocupando o espaço da fol-
ga deixada entre o parafuso e a haste da válvula. Se essa folga
não existir, ou mesmo for menor do que o aumento de compri-
mento que a dilatação, a válvula tenderá a comprimir a mola para
baixo, mantendo a válvula aberta. É aí que começam os proble-
mas ...
A válvula permanentemente aberta permite um escape mui-
to grande de compressão, fazendo o motor perder força ou, até
mesmo, não dar a partida.
Válvulas de admissão abertas permitem maior entrada de
combustível, "afogando" o motor, provocando falhas em baixa
rotação, carbonizando o motor e aumentando o consumo.
Válvulas de escape abertas permitem que o combustível seja
expelido pelo escapamento e vaze calor da câmara de combus-
tão diretamente sobre a curva do escapamento. Essa curva de
escape queimada apresenta sinais de ferrugem quando pintada
de preto ou azulamento em sua camada de cromo que reveste o
escapamento.
O calor que vaza pelas válvulas abertas (por falta de folga)
pode desalinhá-las, empenando-as, danificar permanentemente
os GUIAS e os RETENTORES, diminuir a pressão das molas etc.
Uma válvula aberta, que ficou temporariamente exposta aos
gases da combustão, tem depositado em sua SEDE e ESPELHO
resíduos de carvão, que impossibilitarão o seu perfeito assenta-
mento e conseqüente vedação, mesmo depois de sanada a pou-
ca folga ou a temperatura do motor. Uma válvula nessas condi-
ções é chamada de "VÁLVULA QUEIMADA" ou de "VÁLVULA
PRESA", por causa desse sedimento que se depositou em sua
sede e espelho e que impedem a sua total e perfeita vedação.
SISTEMAS DE ABERTURA DE VÁLVULAS 5-17
CARBURADORES
-· - -
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Todo carburador tem como seu componente principal e co-
mum a todos um tubo principal que permite a passagem do ar
externo para dentro do motor. Esse tubo principal tem SEMPRE
um lado maior do que o outro: E é por esse lado maior que entra
o ar. Conseqüentemente, o sentido do movimento do ar dentro
do carburador é SEMPRE do lado MAIOR
para o lado MENOR.
Um filtro de ar é colocado na entra-
O fluido, ao passar de um di- da do ar, ou seja, na abertura de maior
âmetro maior para um me-
nor, aumenta a sua velocida- diâmetro do tubo principal desse carbu-
de de escoamento.
rador, para que o ar que penetra no mo-
CARBURADORES 6-5
No estrangulamento a
presslo diminui
conforme verifica-se
nesta coluna.
t
I A2< A1
1 V2>V1
No estrangulamento (menor
diâmetro), verifica-se o aumento da
velocidade de escoamento do fluido.
6-6 MANUAL DE MECÂNICA DE MOTOS
~:~~~oc~~~:~e~n:~sup~ '1/1
rado para cima de seu
reservatório e fraciona-
do em pequenas partícu-
las dispersas no ar (pul-
verização).
Saída de ar+
liquido
Entrada de AR pulverizado
Cuba ou
reservatório
GICLEUR
CABO DO ACELERADOR
/
PARAFUSO DA ACELERAÇ~O
CABO DE ACELERAÇÃO
PISTONETE
CIRCUITO SECUNDÁRIO
É responsável pela alimentação do motor em marcha len-
ta. São condutores que alimentam de ar e de gasolina o motor
por outras vias que não as já conhecidas e pertencentes ao
circuito primário ou principal.
Este circuito varia de acordo com o modelo de carbura-
dor; cabe ao mecânico distingui-lo.
Consiste, fundamentalmente, em dois GICLEUR'S. o cha-
mado gicleur secundário, que faz a condução da gasolina da
cuba até o tubo principal (lembre-se o gicleur principal está to-
talmente vedado pela ação da agulha dentro dele), e a entra-
da auxiliar de ar, também conhecida como PASSAGEM SECUN-
DÁRIA DE AR.
Para distinguir esse gicleur e essa entrada auxiliar de ar
é muito simples. Na entrada do ar (diâmetro maior), encontra-
mos um ou dois pequenos orifícios que permitem a passagem
do ar pelo interior do carburador, por uma via que não é o tubo
principal. Esse ar que entra por esses pequenos orifícios, e tem
o mesmo sentido de direção que o ar primário, escapa por um
pequeno·orifício que se encontra após o pistonete. Tal afirma-
ção é mais ou menos óbvia, haja vista que a função dessa
entrada auxiliar de ar é justamente a de contornar e desviar o
ar da marcha lenta do impedimento provocado pela vedação
do pistonete em sua posição mais baixa (enquanto o manete
do acelerador não está sendo acionado). Nem sempre é muito
explícita a posição dessa entrada de ar auxiliar! Cabe ao me-
cânico analisar cuidadosamente o carburador e encontrá-la.
Lembre-se de que a entrada desse ar auxiliar é SEMPRE rea-
lizada na abertura MAIOR do carburador.
A saída do ar secundário está localizada SEMPRE após
o pistonete.
6-12 MANUAL DE MECÂNICA DE MOTOS
Válvula
da Cuba
GICLEUR
PRIMÁRIO
CIRCUITOS AUXILIARES
Circuitos auxiliares são circuitos que fazem parte do corpo
do carburador, melhorando o seu funcionamento e auxiliando em
situações onde o simples principio de funcionamento do carbura-
dor não é suficiente para melhorar a performance do motor.
1- Sistema de afogadores.
2- Sistema de nível constante (bóias).
3- Sistema de respiros.
4- Sistemas de válvulas compensadoras.
SISTEMA DE AFOGADORES
O sistema dito "afogado" refere-se a todo sistema que te-
nha por fim promover uma mistura rica (proposital), que deverá
ser lançada ao motor por opção do motociclista, podendo, pois,
ser desativado logo após.
O motivo da necessidade dessa mistura rica ser necessário
no motor frio é compreensível pois nem sempre nosso motor
consegue "explodir" o combustível que nele é lançado, pelo fato
de que nenhuma das inúmeras "gotículas" de combustível con-
seguiu "encostar" na faísca produzida pela vela.
Quando o motor está aquecido tal fato não ocorre, pois, com
a alta temperatura interna das paredes do cilindro, a gasolina que
entra no motor é imediatamente transformada em vapor. Ora, esse
vapor ocupará todo o volume interno da câmara de combustão,
não havendo, pois, possibilidade de não encontro entre a faísca
e alguma partícula de combustível.
Com o motor frio, porém, essa vaporização do combustível
não é possível. A explosão depende exclusivamente da probabi-
lidade de uma gotícula encontrar-se com a faísca da vela. Se esse
encontro não ocorre então a moto não dará a partida. Essa é a
razão pela qual um motor frio tem maiores dificuldades em dar a
partida.
Para facilitar a partida com o motor frio, usamos o sistema
de enriquecer a mistura momentaneamente e com i$SO aumentar
o número de gotículas presentes na câmara de combustão. Com
isso a probalidade de uma delas encontrar-se com a faísca e
"detonar" a explosão é maior.
Nos motores HONDA e na maioria das motocicletas impor-
tadas, o sistema de "afogadores" utilizados consiste de uma
BORBOLETA colocada na entrada do carburador (diâmetro mai-
or), que impede a entrada normal de ar, enriquecendo a mistura
por diminuição da quantidade de ar (consequentemente, haverá
excesso de gasolina). Essa borboleta é acionada manualmente
no local, ou através de um cabo específico para esse fim, como
por exemplo, na CB-450.
6-16 MANUAL DE MECÂNICA DE MoTos
OBS.:
• O sistema de afogador deve ser usado apenas para dar
a partida no motor frio! Evite aquecê-lo com o afogador
acionado.
• Se a sua moto fria só "pega" com o afogador acionado,
não se preocupe: É justamente essa a sua função ..... Pre-
ocupe-se se essa necessidade estende-se quando o mo-
tor estiver quente! Ignição com o motor quente não ne-
cessita de afogador.
RESPIROS
Eis um exemplo bom sobre a diversidade de sistema em
carburadores: Cada modelo de carburador tem seus respiros
dispersos pelo corpo maciço do mesmo, de maneira diferente um
do outro.
CARBURADORES 6-17
PARAFUSO DA
ACELERAÇÃO
ALTURA
DA BÓIA
REGULADOR DA ALTURA
CARBURADORES 6-21
DEFEITOS DE SISTEMA
Os defeitos desses sistemas são muito fáceis de ser detec-
tados e solucionados graças a um pequeno componente que está
presente nos esquemas acima, mas que ainda não foi citado: o
LADRÃO!
O LADRÃO é um pequeno condutor que liga o interior da
cuba ao exterior do carburador, porém a sua altura é sempre
maior do que a maior posição que a bóia pode atingir, de forma
que se por algum motivo a agulha da bóia não efetuar a vedação
do combustível e este atingir o nível do ladrão, este escorrerá
totalmente para fora da cuba e do carburador, impedindo que
esse combustível seja jogado para dentro do motor, inundando
o cárter, diluindo o óleo e danificando retentores, juntas e anéis
o 'ring.
A sua função é a mesma da existente na caixa d'água da
sua casa.
O nível de combustível, antes de atingir o nível do tubo prin-
cipal e ser sugado para dentro do motor, escoa para fora da cuba
pelo ladrão.
No terminal inferior do ladrão, está conectada uma pequena
mangueira de borracha que leva esse excesso de combustível
para fora do motor em geral para baixo da motocicleta. Também
essa mangueira está sujeita a entupimentos por excesso de resí-
duos, devendo ser limpa ou substituída.
Na direção do terminal da mangueira do ladrão, ocorre uma
pequena poça de combustível sempre que a agulha da bóia não
vedar a entrada de combustível, denunciando o fato.
Os defeitos desse sistema são ocasionados por sujeira na
sede e na ponta da agulha, o que faz com que, mesmo pressio-
nada contra a sede, essa agulha não vede a passagem do com-
bustível do tanque. Desgaste na ponta da agulha e/ou na sede
da mesma também são causa do mesmo defeito. Uma limpeza
geral e cuidadosa na sede e na agulha da bóia é sempre reco-
mendada quando da desmontagem do carburador.
As agulhas encontradas hoje em dia no mercado de
motopeças têm a sua ponta confeccionada em borracha, o que
6-22 MANUAL DE MECÂNICA DE MoTos
REGULAGENS
1 - MARCHA LENTA
Um carburador bem regulado tem na sua marcha lenta o seu
cartão de visita. Um motociclista sente que o motor gira "redon-
do" quando, devidamente aquecido, a sua marcha lenta é regular
e com a rotação correta e especificada pelo fabricante. Uma
marcha lenta irregular pode ser indício de problemas maiores no
motor.
A regulagem dessa marcha lenta é feita através de dois
parafusos, já conhecidos: PARAFUSO DA ACELERAÇÃO e PA-
RAFUSO DA MISTURA. Devemos lembrar que desses parafu-
sos apenas um deles influi na proporção de ar que penetra no
motor: É O PARAFUSO DO AR ou da MISTURA.
Se numa motocicleta em funcionamento normal, aperta-se
ou solta-se o parafuso da aceleração, o motor, como o próprio
nome já diz, começará a aumentar ou a diminuir a sua rotação,
devido ao movimento que ele impõe ao pistonete subindo-o. Se
CARBURADORES 6-23
PISTÃO
~PARAFUSO DA
w MISTURA
1 - COMPRESSÃO
2- IGNIÇÃO
3- ALIMENTAÇÃO
CARBURADORES 6-25
1 - COMPRESSÃO
Valores baixos de compressão causam instabilidade na
marcha lenta. Procurar a causa envolve medir essa compressão
e analisar os demais sintomas desse motor, tais como presença
de fumaça no escape (se o motor for de 4 Tempos), difícil ignição
de partida, baixa potencia do motor.....
Válvulas "queimadas" ou
problemas no sistema de
acionamento de válvulas que
podem acarretar essa falta de
compressão também deverão
ser verificadas (Capítulo 5).
Em motores multicilín-
dricos deve-se verificar a com-
pressão em cada um. Variação
de compressão entre os cilin-
dros também causa variações
na marcha lenta que não po-
derão ser sanadas com a
regulagem simples do carbu-
rador. Geralmente a variação
de compressão entre um e outro cilindro não pode variar de 15%.
2- IGNIÇÃO
Forte faísca no tempo certo. Se essa condição não estiver
sendo cumprida, a marcha lenta novamente estará comprometi-
da. Basicamente os problemas podem ser corrigidos analisando
o circuito de ignição primário e secundário, procurando por fuga
ou queda de corrente.
Verificar o estado das velas de ignição (Capítulo 9) e a fol-
ga entre seus eletrodos, limpando-os cuidadosamente.
3- ALIMENTAÇÃO
E, por fim, o sistema de alimentação e o próprio carburador.
O carburador deverá estar limpo e com os GICLEUR'S em
6-26 MANUAL DE MECÂNICA DE Moms
OBS.:
• A rotação da marcha lenta é variável para cada mode-
lo de motocicleta, variando no entanto em 1.000 até
2.000 RPM.
MISTURA RICA
A mistura é chamada de "RICA", quando a parcela de com-
bustível que entra na mistura for MAIOR que os 15:1, ou a parce-
la de ar for MENOR do que a necessária para que essa propor-
ção seja mantida.
CARBURADORES 6-29
MISTURA POBRE
A mistura pobre é mais perigosa para a vida útil do motor
porque causa superaquecimento. Ocorre por entrada menor de
gasolina para dentro do motor (média ou alta rotação), ou por
entrada excessiva de ar (se marcha lenta). Os problemas e os
sintomas que ocorrem no motor são:
1- Superaquecimento.
2- Funde o motor.
3- Fura o pistão.
4- Cria depósitos embranquecidos na vela (vide Capítulo 9).
5- Falhas em altas rotações ("RATEIA")
6- Dificuldade em ultrapassar altas velocidades
COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES
COMBUSTÍVEIS
As motocicletas usam gasolina como combustível que é um
derivado do petróleo.
Após o choque de preços do petróleo entre os anos de 1973
e 1979, alguns combustíveis alternativos como o álcool foram
pesquisados, mas a sua utilização em grande escala foi adotada
somente no Brasil e Nova Zelândia. Alguns modelos da HONDA
e YAMAHA usaram álcool como combustível, mas a sua produ-
ção foi descontinuada e hoje não é mais fabricada no Brasil ne-
nhuma motocicleta que se utilize deste combustível, embora em
automóveis ainda seja um combustível muito usado.
Alguns motivos para isso:
4 - Maior consumo.
5 - Recalibração do avanço da ignição.
6 - Substituição de alguns materiais metálicos que conte-
nham zinco.
7- Partida a frio mais difícil, o que obriga a um sistema au-
xiliar, por exemplo com gasolina.
DESTILAÇÃO FRACIONADA
TORRE DE PETRÓLEO DESTILARIA
~ GÁS
~GASOLINA
~ QUEROSENE
[ } ÓLEOS MINERAIS
~ RESIDUOS
.----'1 PETRÓLEO
GASOLINA
É uma mistura de um grande número de hidrocarbonetos
produzidos por esses processos, visando ajustar as suas propri-
edades ao bom funcionamento em motores de combustão inter-
na. No Brasil, à gasolina são adicionados 22% de álcool etílico
anidro, como aditivo antidetonante, em substituição ao chumbo
tetraetila que foi largamente utilizado, com grande vantagem eco-
nômica sobre outros aditivos, mas que, por ser tóxico e corrosi-
vo, foi sendo eliminado e substituído também pelos seus efeitos
nocivos ao meio ambiente.
Algumas propriedades da gasolina devem ser observadas:
1. QUALIDADE ANTIDETONANTE
A qualidade da gasolina evita o surgimento já descrito da
Auto-ignição e Detonação ("batidas de pino"). Esta qualidade é
designada pelo NÚMERO DE OCTANAS (N.O.) ou octanagem do
combustível.
2. VOLATILIDADE
É o que facilita sensivelmente as partidas nos motores de
motocicletas. Volatilizando-se mais facilmente na câmara de com-
bustão, o combustível mistura-se mais uniformemente ao ar e pre-
enche todos os espaços da câmara. Essa característica é mais
sentida (e necessária) em partida a frio. Isto explica a necessida-
de de aquecimento no sistema de admissão dos motores a álcool.
7-4 MANUAL DE MECÂNICA DE Moms
3. CORROSIVIDADE
Isto é muito importante no Brasil, onde adquirir combustível
é quase uma aventura, devido à enormidade de fornecedores e
origens desconhecidas. Deve-se sempre e na medida do possí-
vel abastecer a motocicleta no mesmo posto de confiança, pois
alguns combustíveis são adulterados com água e álcool em ex-
cesso, além do estabelecido, o que causa sérios danos ao motor
e desgaste devido a corrosão.
LUBRIFICANTES
Os lubrificantes são substâncias que têm a propriedade de
penetrar entre superfícies em contato diminuindo o atrito existen-
te entre elas. Essas substâncias lubrificantes são de extrema im-
portância na mecânica, não só pelo fato de que reduzem o des-
gaste ocasionado pelo atrito, mas também porque reduzem o calor
gerado por esse mesmo atrito.
Além do mais, o fluxo de líquido lubrificante circulando pelo
interior do motor o ajuda a resfriar, daí a necessidade de aditivos
especiais, e promove a limpeza de resíduos de carvão e a retira-
da de partículas metálicas originadas no desgaste do motor.
Os lubrificantes de boa qualidad9 (SF- SG - SH .... ) elimi-
nam também a oxidação e corrosão entre superfícies metálicas
em contato e a limpeza de resíduos de carvão e outras substân-
cias (borras, gomas) provindas do uso do motor.
O atrito surge do fato de que as superfícies metálicas utili-
zadas na mecânica não são exatamente lisas. Por mais lisa que
possa parecer uma superfície metálica, ela contém rugosidades
inerentes ao seu próprio metal. Quando uma superfície, aparen-
temente lisa, desliza sobre outra, suas rugosidades estão em
contato e impedem esse movimento.
COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES 7-5
-·A
Superfícies Aparentemente lisas
-
Película de lubrificante
TIPOS DE ÓLEOS
A enorme importância dos anéis lubrificantes dentro do ci-
lindro faz com que sejam classificados e ordenados dentro de suas
características principais, para que possam ser melhor entendi-
das as suas especificações.
Uma primeira e geral classificação de óleo é quanto a sua
origem. Dessa forma temos:
ÓLEOS VEGETAIS- óleos que são refinados e derivados
de certos vegetais. Não são muit'J usados na mecânica devido
ao seu alto custo. Exemplo: óleo de mamona, óleo de linhaça, de
amendoim, de rícino ... etc.
ÓLEOS ANIMAIS- óleos muito densos e não usados em
mecânica. Geralmente têm funções medicinais e/ ou alimentares.
ÓLEOS MINERAIS- são aqueles derivados e refinados de
extratos minerais. Os óleos comuns que utilizamos em nosso meio
são exemplos de óleos minerais refinados do petróleo.
ÓLEOS SINTÉTICOS- O óleo sintético é elaborado a partir
de processos industriais que utilizam componentes químicos,
completamente isentos de impurezas, e com substâncias não
minerais, ou seja, não derivados do petróleo. Suas moléculas
não contêm os contaminantes encontrados nos óleos minerais
comuns, o que resulta em um óleo de desempenho superior.
Superiores em grande escala aos óleos comuns (minerais),
devido a sua baixa oxidação e alto poder de detergência. Vere-
mos adiante que devem ser utilizados com certa atenção em
motores de motocicletas.
COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES 7-7
VISCOSIDADE
A viscosidade de um óleo é a medida da resistência que esse
óleo opõe a um movimento qualquer. Desta maneira um óleo mais
viscoso é mais demorado para escorrer de sua lata e um óleo
menos viscoso é mais rápido (facilidade em escoar).
Um óleo muito viscoso não é muito bom para superfícies que
deslizam entre si muito rapidamente, pois ele se opõe a esse mo-
vimento, dificultando-o. Da mesma forma também não podemos
utilizá-lo em superfícies muito justas, como, por exemplo, os anéis
e a camisa, pois sua maior viscosidade impediria que ele pene-
trasse entre eles.
Por outro lado, a viscosi-
dade de um óleo é inversamen-
te proporcional a sua tempera-
tura, isto é, um óleo viscoso
terá sua viscosidade DIMINUÍ- ÓLEO
DA com o aumento de tempe-
ratura.
Como vimos, a viscosida-
de de um óleo é sua mais im-
portante característica, sendo,
portanto, necessária a sua exa-
ta determinação para poder ser
bem utilizado em motores de motocicletas. Existem várias formas
para graduar e classificar a viscosidade, porém citaremos breve-
mente apenas aquelas que nos é mais importante e necessária:
a classificação SAE.
SAE (SOCIETY OF AUTOMOTIVE ENGINEERS) é uma or-
ganização americana que gradua a viscosidade dos óleos lubrifi-
cantes e seu sistema é mundialmente aceito. A medida de sua
viscosidade é realizada de acordo com um pequeno dispositivo
medidor chamado de VISCOSÍMETRO. Nesse viscosímetro colo-
ca-se o óleo cuja viscosidade quer determinar-se e, numa dada e
determinada temperatura (lembre-se que a temperatura influi em
sua viscosidade), mede-se o tempo (em segundos) que esse óleo
demora para escorrer de um orifício de diâmetro determinado.
7-8 MANUAL DE MECÂNICA DE MOTOS
ADITJVACÕES DE ÓLEOS
A indústria química evoluiu muito nos últimos anos propor-
cionando, com isso, uma série de substâncias que denominamos
ADITIVOS. Esses aditivos hoje em dia são de enorme valia para
os motores, pois melhoram as características lubrificantes do óleo
e proporcionam ao motor uma série de melhorias adicionais.
Além do mais os motores de motocicletas sofrem enormes
esforços mecânicos devido a suas altas rotações e solicitações,
de forma que os óleos minerais puros não teriam condições de
atendê-las. A aditivação de um óleo lubrificante é muito séria, pois,
da mesma maneira como pode melhorar em muito a característi-
ca do lubrificante e o desempenho do motor, pode danificá-lo
seriamente. A seleção teórica, prévia, é acompanhada de uma
série de desenvolvimentos práticos antes de serem colocados no
mercado para uso normal.
7-10 MANUAL DE MECÂNICA DE MoTos
AÇÃO DO DETERGENTE-DISPERSANTE
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1
..
SH A partir de 1993
SJ A partir de 1996
POSICIONAR
CORRETAMENTE A
MOLA
LAVAR COM
SOLVENTE
NOTAS GERAIS:
• O óleo do motor deve ser substituído sempre com o mo-
tor quente.
• A motocicleta deverá estar em seu cavalete central e na
posição vertical.
• Usar somente óleo de viscosidade recomendada pelo fa-
bricante.
• Troque o filtro de óleo de acordo com o manual do propri-
etário.
• Verifique sempre o nível de óleo através da vareta de ní-
vel. Para essa verificação espere 5 minutos após desligar
o motor e colque a vareta, SEM ROSQUEÁ-LA. O nível
correto encontra-se entre as marcas superior e inferior.
7-18 MANUAL DE MECÂNICA DE MoTOS
1-JUNTAS
Não existe pior cartão de apresentação para um mecânico
que um motor de motocicleta apresentando vazamentos de óleo
ou gasolina por entre suas partes. Além da questão estética, um
motor, escorrendo óleo ou manchado, pode muitas vezes indicar
um defeito mecânico, que muitas vezes influi no desempenho e
até na segurança do veículo.
Uma superfície metálica, aparentemente bem usinada e lisa,
se vista mais atentamente através de instrumento óptico próprio,
apresenta rugosidades na sua superfície. Tal rugosidade é ine-
rente ao metal, e, em alguns casos, aço por exemplo, a rugosidade
será maior.
Quando colocamos em contato duas superfícies metálicas
uma sobre a outra, por maior que seja a tensão entre elas, aper-
to de parafusos, por exemplo, as suas superfícies de contato ja-
mais serão capazes de impedir vazamentos entre si. A não ser
que entre elas coloquemos algum material que permita essa
vedação. E o primeiro material que nos vem a cabeça é a borra-
cha. Por quê?
8- 2 MANUAL DE M ECÂNICA DE M OTOS
o
JuNTAS, RETENTORES E CoLAS 8-3
DEFORMIDADE
Deve ser deformável ao aperto dos parafusos sem, contu-
do, ter suas fibras internas rompidas para não destruir as suas
propriedades vedantes. Daí a necessidade de uso de torquímetro
para o aperto correto ... Pressão demais rompe a junta e sua
deformação excessiva não impede a passagem de líquidos ou
gases que é a sua função principal num motor. Pressão de me-
nos também não a deforma satisfatoriamente e, não preenchen-
do os espaços entre as superfícies metálicas, deixa vazar líqui-
dos, tais como gasolina, que a atacam quimicamente e,
danificando-a, não haverá outra solução do que a troca por outra
nova. O simples reaperto da junta, outrora mal apertada, não
resolve o problema ...
Uma junta de boa qualidade é confeccionada com material
de excelente selabilidade com baixa força de aperto, fato muito
importante em motocicletas, pois utilizam materiais de dureza
muito diferentes (aço- Duralumínio), o que torna perigosa a ope-
ração de aperto com valores muito altos (espanam parafusos).
Além disso uma boa junta deve apresentar boa resistência
química e térmica pois trabalhará em contato com líquidos corro-
sivos e em altas temperaturas (280ºC aproximadamente).
TEMPERATURA
Calor e frio atuam sobre o material da junta e parafusos,
criando contrações e dilatações dos metais. O calor afeta o ma-
terial da junta pela aceleração do "creep-relaxation", que é a de-
formação permanente que sofrem os materiais macios quando
submetidos a esforços mecânicos e térmicos.
8-4 MANUAL DE M EcANICA DE M oTos
FIBRAS
As fibras têm a função de elemento estrutural e de isolante
térmico. Contribuem para a boa resistência mecânica (pressão)
e, dependendo do tipo, possuem resistência ao calor. Os tipos
de fibras mais comumente usados são:
• AMIANTO
• CELULOSE
• ARAMIDA
• LÃ DE ROCHA
• CARBONO
JUNTAS, RETENTORES E COLAS 8-5
BORRACHAS
A borracha liga as fibras entre si, conferindo uma melhor
flexibilidade ao produto final. É responsável, também, pela
selabilidade da junta. Algumas mais usadas:
• BORRACHA NATURAL
• ESTIRENO-BUTADIENO
• NEOPRENE
• HYPALON
TELA METÁLICA
A tela metálica é muito usada em cabeçotes de motores de
motocicletas devido a sua maior resistência térmica.
Algumas juntas podem ser totalmente metálicas, como as
de cabeçote de motores dois tempos que estão sujeitas a maio-
res temperaturas e rotações, ou mistas. Estas são juntas de pa-
pelão com a borda interna de metal. Essa borda interna, também
conhecida como "anel de fogo", serve como proteção à junta dis-
sipando o calor da área interna que penetra na junta, impedindo
que essa alta temperatura danifique as fibras e "queime" a junta
do cabeçote, como é conhecido esse fenômeno.
3 - RETENTORES
Item de maior atenção e cuidados na escolha da marca e
colocação. Diferentemente das guarnições e anéis o'ring, o
retentor tem a função de reter fluidos como óleos, água, fluido
JUNTAS, A ETENTORES E C OLAS 8-7
RETENTOR
DO"PINHÃO"
Reservatório de
Eixos do câmbio lubrificados por
banho de óleo
CUIDADOS NA MONTAGEM
O VEDANTE
PREENCHE
TOTALMENTE
OS ESPAÇOS
VAZIOS
ENTRE AS
SUPERFÍCIES
Ca'pítulo
VELAS DE IGNIÇÃO
. ,,.
LEMBRE-SE SEMPRE, AO TROCARUM~,.VELA DE
MOTOR, DE CALIBRAR AS FOLGA~.EffNJZRESEUS
ELETRODOS, CONFORME A TABELA ESPECÍFICA
DE SEU MODELO DE VELA E DE MOTOR.
~gilt .m ihH
nJh~'u!l! ·§I'Jl!•i. •ocj~l
~1· i h~jl!
o~~~~~,;;
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tt'mperaturas, enes depb<itos 6. Func.. do - . . , m-.rclu 3. Se o motor for 2 tempos. a problt!I'Y\aS no sin~ma de 5. Combustrtel com boixa
tonAm-se e:ondutoreJ. e-&ét:rkos ..,u ou baixa~ <b-ante ~o l>leo;combus.t ível ~•ta i&nição.
o o epr.......amf~no 6..Vd&de~~
~murto IN.
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centeltumento. 7. Veta
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::n::D SOLUÇÁ O SOLUÇÕES SOLUÇOU
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poMm J <T (..oi lli'H>nte
I a 6. Fazer as r<>gulolf:ens
necess~riou.
I. Substituir os anéis ~ou
rretif"tea.r os caindros.
VerirtCat' e corrigir <1
ó>nc>rmalict..de e se "s Yd.u
la4.~~
removidas. Se a \'da estiYer em 7. Substituir as vet..s por tipo 2 .. Re,;isar o estado dos pistões, Htiverem em boos condiç~ S. Utlb:w- ~adequado
p:vaomocor:
()-i boas condições, pode ser usad;o corn:to (indiudo no manu.>J do ...~is e dlindros. efetuar umo boo secagem e
6.~-.s-portipo
)> m- novamente, apó,t; a clevid-. seu -e>eulo ou na Ub<>t.. de
apliaçlio NGK atualiudol).
3. Corrlgir " propor?o oleo/
combu>ttvel.
utiliz.á.-bs nov.unente. """"""' (ndíc:ado no ,...,...., elo seu
::n limpeu. Em caso de reolduo de YeiOJfo ou na t:llbela de oplic::oçioo
s: chumbo, substltuôr a vela por
umanov.a..
NCK awalz:ada).
()
co
o ó,
9-6 MANUAL DE M ECÂNICA DE M OTOS
COMPRIMENTO DE ROSCA
DIÂMETRO DA ROSCA
Outra variável que não pode ser substituída num motor. Se
na tabela de aplicação é destinado a determinado modelo de
VELAS DE IGNIÇÃO 9-7
GRAU TÉRMICO
Uma outra propriedade das velas de ignição diz respeito ao
seu GRAU TÉRMICO. As altas temperaturas de funcionamento
do motor, mais precisamente na câmara de combustão, são oca-
sionadas pela enorme quantidade de calor gerada pelo motor e
que é dissipada pelo sistema de refrigeração e pelas velas de
ignição. Isso mesmo: o calor gerado pelo motor também é dissi-
pado pelas velas de ignição! E por esse motivo podemos classi-
ficar as velas como velas QUENTES ou FRIAS.
VELAS QUENTES são as velas que têm a propriedade de
dissipar pouco calor dentro do motor retendo-o em seu interior.
Essa maior temperatura interna favorece a queima de resíduos
de óleo, combustível, aditivos etc ... São usados em percursos
curtos, no pára-anda das cidades, em dias extremamente frios,
ou em motocicletas que têm facilidade em "encharcar" a vela com
óleo.
VELAS FRIAS são aquelas que têm maior área de dissipa-
ção de calor, ou seja, não retendo o calor dentro do motor, ajudam
na sua refrigeração. A vela fria, acima da especificada, porém,
provoca a partida difícil em dias frios e o possível encharcamento
de seus eletrodos com óleo 2T.
É usada em longos percursos e/ou quando levamos garupa
ou excesso de peso.
O grau térmico de uma vela NGK é dado pelo NÚME-
RO central no código da vela. Quanto maior o número, mais
fria é a vela. Quanto menor o número, mais quente será a
vela. Sempre de acordo com o numero padrão para determi-
nado veículo.
9- 8 MANUAL DE M ECÃNICA DE M OTOS
TERMINAIS SUPRESSIVOS
Mais conhecidos
pelos motociclistas como
"cachimbos", são fabrica-
dos cuidadosamente
para isolar térmica e ele-
tricamente o eletrodo da '\
vela além de proteger o
eletrodo central da umi-
dade externa. E de pro-
dutos químicos que os
usuários insistem em
usar quando lavam suas
motocicletas.
Parecem simples
terminais que são ligados ao eletrodo central ou positivo da bobi-
9-10 MANUAL DE MECÁNICA DE MOTOS
____
....._ Luva dt proteçllo
Ttrwlnal stlodor
Ttrwlnol stlador
Luva de vtdaçóo
TRANSMISSÃO E CÂMBIO
REDUÇÕES
É um pouco difícil para nós ao vermos um produto pronto e
a nosso serviço, imaginarmos que um motor à explosão tem suas
limitações bem definidas e que causaram muita dor de cabeça
aos engenheiros quando, pela primeira vez, quiseram otimizá-los
para uso doméstico e urbano. Na verdade o grande problema era
como "DOMÁ-LOS" .... ou seja, como diminuir a sua rotação sem-
pre tão alta, de modo a poder servir uma roda e movimentar um
veículo em baixas velocidades (mesmo a cerca de 90 km/h uma
roda de motocicleta dificilmente ultrapassa as 800 rotações por
minuto!).
Hoje, para nós, é muito fácil andar devagar em uma motoci-
cleta: Basta engatar uma marcha pequena (ou de alta redução),
e para desenvolvermos altas velocidades basta fazer o contrário:
engatar uma 5ª ou 6ª marcha ... Mas o que significa exatamente
isso?
Se uma pequena engrenagem de digamos 5 em de diâme-
tro está acoplada a uma outra (chamada movida) de diâmetro o
10-2 MANUAL DE MECÂNICA DE MOTOS
\ ),
\~-=--y '--::./
CÂMBIO
Na verdade, o que geralmente conhecemos por câmbio, nada
mais é do que uma série de engrenagens de tamanhos diversos
que podemos acoplar aos pares, de modo a alterar essas relações
de velocidade e força que fornecemos à roda da motocicleta.
Quando queremos subir uma ladeira com alguém na garu-
pa, precisamos que toda a força disponível do motor esteja em
ação na roda para essa tarefa. Não nos interessa o fator velo-
TRANSMISSÃO E CÃMBIO 10-5
EMBREAGEM
(É O MOTOR OUE
IMPULSIONA ESTE ~
FIXO)~ ~ ~<illf---- PINHÃO
ENT::::::::~::::u ~oARIA s•
1
l ENGRENAGEM SECUNDÁRIA 4•
~ ~ ENGRENAGEM SECUNDÁRIA 3•
FI~~
{~ & +
ENGRENAGEM
~ ... SECUNDÁRIA 6"
ENGRENAGEM /W'
AO EIXO PRIMÁRIO A_
ENGRENAGEM / ~ ~
~ ~u
PRIMÁRIA 5•
ENGRENAGEM
PRIMÁRIA 3• 4•
ENGRENAGEM
PRIMÁRIA 6•
~
t ENGRENAGEM
FIXA AO EIXO
SECUNDÁRIO
I
ENGRENAGEM
PRIMÁRIA 2•
I
ÁRVORE SECUNDÁRIA I
Em resumo:
EIXO PRIMÁRIO:
• EIXO MOTRIZ
• EIXO ACOPLADO À CAMPANA DA EMBREAGEM
• EIXO MAIOR COM ENGRENAGENS MENORES
EIXO SECUNDÁRIO:
• EIXO MOVIDO
• EIXO ACOPLADO AO PINHÃO
• EIXO MENOR COM ENGRENAGENS MAIORES
FREIOS
FREIO A TAMBOR
Cada conjunto de freio a tambor é formado por duas sapa-
tas semicirculares, montadas numa placa fixa e localizadas num
cubo de roda que gira conjuntamente com a roda da motocicleta.
Uma extremidade de cada sapata é articulada num eixo ou ponto
fixo, e a outra é mantida em contato, através da ação de uma
mola, com um eixo de carnes acionada por cabo. Essas sapatas
são chamadas de SAPATAS DE EXPANSÃO SIMPLES.
HASTE DE
ACIONAMENTO
EIXOS DE CAtvlES
•
FREIOS 11-3
FREIO A DISCO
O freio a disco surgiu na década de 50, sendo muito comum
em carros esportivos até a década de 70 quando se popularizou
o seu uso. Somente nos anos de 74/76 começaram a chegar
motocicletas com esse tipo de freio e de acionamento hidráulico.
A HONDA CB-350 73 foi a primeira das Hondas CB-350 a serem
equipadas com freio a disco na roda dianteira. Hoje em dia é muito
comum motocicletas, mesmo as de pequena cilindrada, virem
equipadas com freios a disco nas rodas dianteiras.
O freio a disco é formado por um dis-
co de aço sobre o qual atuam pastilhas de
atrito, acionadas por cilindros hidráulicos (a
única motocicleta que tinha freio a disco,
porém de acionamento mecânico foi a pri-
meira HONDA TURUNA 1979). Esse dis-
treloadisco co de aço gira juntamente com a roda da
motocicleta e, em determinado ponto, é
parcialmente circundado por dois suportes
(pinças) que contêm as duas pastilhas,
uma de cada lado do disco. Existem nu-
merosas variações desse sistema, embo-
ra elas sejam de pequena importância para a compreensão de
seu princípio de funcionamento.
A grande vantagem desse sistema a disco é que ele é me-
nos sensível ao efeito calor que os freios a tambor, pois na maio-
ria dos casos são bem ventilados pelo ar que os circunda. Em
casos muito especiais onde a geração de calor desses discos de
frenagem é muito elevada os discos são fundidos em duas finos
pratos metálicos em lugar do conhecido disco único mais grosso,
por onde circula o ar para a refrigeração se tornar mais eficaz e
rápida.
Os discos são geralmente usinados com ranhuras para re-
mover a poeira ou sujeira, impedindo assim ressonâncias. Con-
trário ao imaginado por muitos motociclistas, os orifícios usinados
no disco de freio não auxiliam muito na refrigeração, justamente
por serem perpendiculares ao fluxo de ar.
FREIOS 11-5
SISTEMA HIDRÁULICO
O sistema hidráulico é formado por um cilindro mestre
(burrinho), cilindros das rodas e flexíveis (mangueiras especiais)
de ligação.
~-DIAFRAGMA
SANGRIA
O sistema de frenagem hidráulico só pode transmitir pres-
são normalmente se pelo flexível existir apenas líquido (fluido de
freio) puro, isto é, sem bolhas de ar. Quando isto acontece o
esforço do piloto sobre o manete de freio apenas comprime es-
sas bolhas de ar (o ar é compressível) e surge o sintoma comum
de "freio esponjoso".
Sangria é o processo pelo qual deve-se retirar todo o ar do
sistema para que a compressão do pistão do cilindro mestre seja
feita somente sobre um líquido, transmitindo dessa forma toda a
pressão até o cilindro da roda.
Por vezes o freio está muito baixo e deve-se acionar o manete
com força para que o freio atue satisfatoriamente, ou mesmo che-
gando até o final de seu curso. Para verificar qual a causa deste
problema deve-se acionar por diversas vezes o manete de freio e
verificar se isso aumenta a posição do manete e em seguida apertá-
lo firmemente verificando se ele não desce devagar nem se torna
"esponjoso". Se o manete ficou firme o problema provavelmente
será solucionado trocando as pastilhas que estarão demasiadamen-
te gastas, causa do freio baixo.
Mas se ao apertar, o freio fica mole é indicação clara de ar
no sistema e a primeira coisa a ser feita é uma sangria para a
retirada desse ar, não sem antes tentar descobrir como esse ar
entrou no sistema. Pode ser que esse ar indique a existência de
algum vazamento em flexíveis ou em conexões que além de per-
mitir a entrada de ar provoca vazamentos e perdas de fluido de
freio.
Muitas vezes uma conexão defeituosa não é o problema, mas
sim um nível muito baixo de fluido no reservatório (abaixo do
mínimo, assinalado no reservatório) o que, numa curva mais acen-
tuada onde a moto "tomba " para um dos lados, permite a entra-
da de ar para dentro do sistema pelo pistão.
Outro perigo dessas bolhas de ar é que elas podem entrar
pelo burrinho principal e a motocicleta ficar momentaneamente
sem freio.
Para quem adquire uma motocicleta usada, é sempre reco-
mendável a revisão completa dos sistemas de freio hidráulico antes
de colocá-la em uso normal.
FREIOS 11-7
COMO PROCEDER
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Capítulo
PNEUS
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12- 2 MANUAL DE MECÂNICA DE M OTOS
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PNEUS 12-3
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PNEU COM CÂMARA PNEU SEM CÂMARA
(ESVAZIAMENTO RÁPIDO) (ESVAZIAMENTO LENTO)
OUTRAS MARCAÇÕES
TWI- abreviação de "Tread Wear lndicator", sigla que iden-
tifica o indicador de máximo consumo de rodagem.
NHS- abreviação de "Not For Highway Service", indica que
o pneu é destinado a circuitos específicos, não podendo ser uti-
lizado em vias públicas.
M+S- abreviação de "Mud and Snow" Indica que, na condi-
ção de uso estrada!, o motociclista deverá respeitar a condição
máxima de velocidade de uso do pneu (consultar fabricante).
DP - Dual Porpose
MST- Multi Service Terrain
SR - Steel Radial
CÓDIGO ESTRUTURAL
"-" Indica pneu de construção diagonal
"R" Indica pneu de construção radial
15 69 39 136 63 272
16 71 40 140 64 280
17 73 41 145 65 290
18 75 42 150 66 300
19 77.5 43 155 67 307
20 80 44 160 68 315
21 82.5 45 165 69 325
22 85 46 170 70 335
23 87.5 47 175 71 345
24 90 48 180 72 355
25 92.5 49 185 73 365
26 95 50 190 74 375
27 97.5 51 195 75 387
28 100 52 200 76 400
29 103 53 206 77 412
30 106 54 212 78 425
31 109 55 218 79 437
32 112 56 224 80 450
33 115 57 230 81 462
34 118 58 236 82 475
35 121 59 243 83 487
36 125 60 250 84 500
37 128 61 257 85 515
38 132 62 265
12-6 MANUAL DE MECÂNICA DE MoTos
PRESSÃO DE ENCHIMENTO
Deverá ser aquela indicada pelo fabricante da motocicleta e
do pneu. O controle deve ser feito pelo menos uma vez por se-
mana e com os pneus à temperatura ambiente, porque os mes-
mos se aquecem durante o rodar e o calor provoca o aumento da
pressão inicial. Utilizar nesta operação um calibrador aferido.
A pressão correta, além de proporcionar a melhor relação
de distribuição de carga, também é responsável por uma pilota-
gem segura e pelo desgaste regular da rodagem.
Quando a pressão é insuficiente, como mostra a figura ao
lado, o pneu tende a se apoiar nas laterais da rodagem, aumen-
tando sobremaneira a área de contato no solo, tornando a pilota-
gem imprecisa (devido ao aumento de peso no guidão), insegura
e acelerando o desgaste irregular dos pneus. Tal desgaste ocor-
re devido ao excesso de calor gerado pela estrutura do pneu que
se movimenta exageradamente.
Por outro lado, quando a pressão é excessiva, como mos-
tra a figura, o pneu apóia-se mais
na faixa central da rodagem, a
qual, além de sofrer um desgaste
maior, prejudica a dirigibilidade por
transmitir respostas mais "nervo-
sas" a pilotagem. O conforto e a
estabilidade direcional ficam preju-
dicados.
PNEUS 12-7
REPARO
É sempre desagradável deparar-se com um pneu furado.
Ainda mais em se tratando de motocicleta, que não dispõe de
estepe e obriga o piloto a efetuar a sua desmontagem. Alguns
conselhos, porém, poderão ser bem úteis:
ARMAZENAGEM
Para obter uma boa conservação dos pneus é fundamental
que sejam adequadamente armazenados.
O local destinado à armazenagem deve ser necessariamente
coberto e com as seguintes características:
PNEUS 12-9
A) SECO
Não deve existir umidade que possa prejudicar a carca-
ça. As variações de umidade admitidas são aquelas de-
correntes apenas das estações do ano.
B) FRESCO
As variações de temperatura ambiente devem estar con-
tidas entre +5°C e +40°C.
C) ESCURO
Os vidros das portas e janelas devem ser pintados de
amarelo, com verniz, para limitar a temperatura e filtrar
os raios ultravioleta. É oportuno limitar também o uso de
luzes artificiais às operações de movimento dos pneus.
Evitar também a exposição dos pneus a luz solar, pois a
mesma contribui para o envelhecimento da borracha.
G) PAVIMENTO
A pavimentação deve ser conservada em boas condições,
impermeável à umidade e constituída de materiais que
não formem poeira.
FORMAS DE ARMAZENAGEM
Os pneus devem, de preferência, ser armazenados de pé
(posição vertical), em prateleiras, construídas com armações
metálicas ou em madeira.
Nesta operação é necessário evitar deformações dos pneus
de encontro aos suportes.
C<'lmoro de o r
Hondo Tvffop
Porfu roçóo /
blo~uo.:.do por obõi""'
Fluido Esp<~ciol
1- Pneu estourado
2- Danos em áreas do pneu fora de sua banda de rodagem
3- Danos onde houver atrito por pregos enferrujados
4- Danos muito extensos ou em forma de "L"
Capítulo
SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
c:---~r======~~
_. ,.. ~
-=E
ALETAS
-.- ~-
-.- ~-
~=: f.::~:====::rr~
ALETAS
C L
FLUXOS DE AR
:::::>-
-
_ ..
=:
REFRIGERAÇÃO LÍQUIDA
A refrigeração líquida tem como maior vantagem a de man-
ter uma temperatura de funcionamento controlada, aproximada-
mente constante e dentro do operacionalmente projetado, o que
protege sobremaneira o estado físico do motor e conseqüente-
mente a sua durabilidade.
Ao ligar a motocicleta ainda fria, o motor se aquece mais
rapidamente, dispensando o uso prorrogado de afogadores ou
enriquecedores de mistura enquanto a temperatura normal do
motor não é atingida, mesmo em localidades muito frias. O con-
trole da temperatura do motor, durante o seu funcionamento , gra-
ças à ação de uma válvula termostática que libera o líquido para
o radiador quando a temperatura do mesmo atinge valores onde
a eficiência de refrigeração estaria comprometida, faz este tipo
de sistema ideal contra os perigos de engripamentos que acon-
tecem no tempo quente ou em rotações excessivas. Além do mais,
torna os motores mais silenciosos.
Os maiores inconvenientes das motocicletas equipadas com
refrigeração líquida são o maior número de peças que o sistema
exige: O líquido refrigerante, a válvula termostática, o radiador, man-
gueiras e, ..... o pior de tudo: a necessidade de mão-de-obra especi-
alizada e cara, para eventuais manutenções e periódicas revisões.
SISTEMA DE ARREFECIMENTO
(Por Melo de Liquido)
SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO 13-5
FUNCIONAMENTO
O líquido de arrefecimento é forçado a circular por uma
bomba centrífuga acionada por uma engrenagem montada no lado
direito do motor.
O líquido é puxado pela bomba, da parte baixa do radiador,
através da mangueira de entrada do motor e é descarregado den-
tro do cilindro e cabeçote através da mangueira de união. Quando
o motor está frio, a válvula termostática está fechada. Deste modo
o líquido passa através da mangueira "BY- PASS" para o radia-
dor (vide esquema da YAMAHA RD-350). Quando o motor está
quente, CONSEQÜENTEMENTE NECESSITANDO DE MAIOR
FLUXO DE ÁGUA para resfriá-loJ. a válvula termostática abre-se,
permitindo esse maior fluxo dentro do motor do líquido que sai do
radiador, ou seja, uma vazão maior de água fria. Deste modo o
líquido passa através das galerias de água do cilindro, cabeçote e,
após circular ao redor do cilindro e cabeçote, entra na parte supe-
rior do radiador através da mangueira de saída do motor.
O líquido aquecido do motor passa então para a parte su-
perior do radiador através de tubos finos (serpentina) providos
de aletas (colméia). Estes tubos finos vão resfriando o líquido à
medida em que este se desloca para a parte baixa do radiador.
Como a quantidade de calor retirada do líquido nesta passagem
não é suficiente para diminuir a sua temperatura, essa serpenti-
na é revestida por aletas que direcionarão o fluxo de ar no movi-
mento da motocicleta aumentando consideravelmente a área para
dissipação desse calor. Essa serpentina envolvida por pequenas
aletas (colméia) leva o nome de RADIADOR.
Este sistema isolado não consegue o resultado desejado, pois
ou não consegue manter a temperatura do motor constante ou não
deixa que ele atinja a temperatura de bom funcionamento.
13-6 MANUAL DE MECÂNICA DE MoTos
Aberto
VÁLVULA VÁLVULA
FECHADA ABERTA
1- BOMBA DÁGUA
2-MOTOR
3- VÁLVULA TERMOSTÁTICA ,
4- TAMPA DO RADIADOR ®
5- RESERVATÓRIO
6- MANGUEIRA
7-RADIADOR
8- PARAFUSO DO DRENO
AGRALE
MOTOR VÁLVULA
(LÍQUIDO TERMOSTÁTI CA
REFRIGERANTE)
QUANDOO
l
LIQUIDO
ALCANÇA
90"C
VENTILADOR QUANDO O
LÍQUIDO SAl
COM
TEMPERATU-
RAS ACIMA
DE 100 "C
VÁLVULA TERMOSTÁTICA
1- VÁLVULA TERMOSTÁTICA TRAVADA NA POSIÇÃO
FECHADA: SUPERAQUECIMENTO DO MOTOR
PROCEDIMENTO:
Remova a válvula termostática e, com auxílio de uma vasi-
lha de vidro refratário (becker) preenchida com água, verifique
seu funcionamento aquecendo a água.
13-12 MANUAL DE MECÂNICA DE Moros
TERMOMETRO
RADIADOR
A temperatura do líquido de arrefecimento diminui devido à
dissipação do calor no ar por meio das aletas do radiador quan-
do o líquido de arrefecimento passa pelos tubos internos do ra-
diador.
Quanto maior for a superfície das aletas de refrigeração,
maior será a capacidade de arrefecimento do radiador, portanto
é muito importante que o ar possa passar livremente pelas aletas
do radiador, de modo que o calor seja dissipado do líquido de
arrefecimento para as aletas e daí para a atmosfera. Se as aletas
estiverem amassadas ou torcidas, não permitirão a dissipação do
calor por causa da restrição de passagem do ar através das aletas,
provocando assim uma queda da capacidade de refrigeração. Se
1/3 ou mais das ale tas estiverem amassadas ou torcidas, é
provável que o radiador tenha de ser substituído. Pode-se
tentar reparar as aletas usando-se uma chave de fenda de pon-
ta fina.
SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO 13-13
RADIADOR
COLMÉIA
(Aietasdo
Radiador)
/
SERPENTINA
VENTILADOR DE REFRIGERAÇÃO
O calor é dissipado na
atmosfera devido à diferen-
ça da temperatura entre o ar
e o líquido de arrefecimento
que absorveu o calor do
motor. Se no entanto a mo-
tocicleta não estiver em mo-
vimento (o ar em redor do
radiador não circula) ou
quando a temperatura da atmosfera é elevada, a diferença de
temperatura entre a atmosfera e o líquido de arrefecimento se
torna menor e a dissipação do calor diminui, prejudicando assim
o rendimento do motor.
Nesse momento, acionado por um sensor de temperatura na
saída do líquido refrigerante, o ventilador de refrigeração entra em
ação mantendo a capacidade de arrefecimento. Ele força a circu-
lação do ar pelas aletas do radiador para dissipar o calor do líqui-
do, não importando se o veículo está em movimento ou não.
13-14 ______________________________
M_AN~U_AL_D_E_
M_EC_Ã_NI_CA_D_E_M
_o_TO_S
TAMPA DO RADIADOR
TAMPA DO RADIADOR
M ola de
Retorno - Tanque de
E xpansão
O TANQUE DE EXPANSÃO
Como já foi descrito no parágrafo anterior sobre a tampa do
radiador, o tanque de ex- RADIADOR E TANQUE DE
pansão armazena proviso- EXPAN SÃO
BOMBA DE ÁGUA
A bomba de água au-
xilia a circulação natural do
líquido de arrefecimento
Dreno do Colméia do
que é realizada por con- R.~diodor Radoedor
CAUSAS CONSEQÜÊNCIAS
Saída constante de liquido do tubo de Isto ocorre quando a pressão do cilin-
respiro do radiador para o reservatório dro passa no circuito de água devido à
de expansão falta de retenção do anel de vedação
entre cabeçote e cilindro.
INFORMAÇÕES GERAIS
MONÓXIDO DE CARBONO
Se houver necessidade de ligar o motor para realizar algum
tipo de serviço, certifique-se que o local possui uma boa ventila-
ção: Nunca acione o motor em locais fechados.
PÓ DO SISTEMA DE FREIO
Nunca use um jato de ar ou escova seca para limpar o con-
junto de freios. Use um aspirador de pó ou método alternativo.
Minimize o grave risco da inalação do pó de fibra de amianto.
NORMAS DE SERVIÇOS
Use somente ferramentas com medidas em milímetros,
para efetuar serviços de manutenção e reparos na motocicleta.
Parafusos e porcas com medidas em milímetros não são inter-
cambiáveis com parafusos e porcas em polegadas. Uso incorre-
to de ferramentas para reparos pode danificar a motocicleta.
Ferramentas especiais. Não improvise se você não dispõe
de equipamento especial e adequado para retirar alguma peça
ou componente da motocicleta. Providencie o ferramenta! ade-
quado.
Limpe a parte externa da peça ou do conjunto, antes de
retirá-los da motocicleta ou antes de abrir a tampa para efetuar o
serviço. A sujeira acumulada na parte externa pode cair para
dentro do motor, na parte interna do chassi ou no sistema de
freios, causando danos posteriores.
Limpe as peças após a desmontagem. As peças devem
ser lavadas em solvente não inflamável e secas com ar compri-
midas. Cuidadosamente examinadas e medidas, devem ser dis-
postas em ordem de montagem o que pode ocorrer em alguns
dias se o mecânico estiver esperando peças de substituição.
APÊNDICES A-5
2. SOLDA ELÉTRICA
2. TRANSFORMADOR
3. MÁSCARA DE
PROTEÇÃO
4. PINÇA PORTA
ELETRODO
PRINCÍPIO
Quando se aproxima o eletrodo da peça a ser soldada, cria-
se um curto-circuito: a fonte elétrica desprende uma luz muito
intensa e fortíssima fonte de calor, que provoca a fusão dos metais
envolvidos e conseqüentemente soldados. A solda é efetivamen-
te concluída com a deposição do material de liga que o eletrodo
funde sobre o metal a ser soldado, formando assim a chamada
"ESCÓRIA", provocada pela fusão e oxidação do depósito do
eletrodo.
1- Escória solidificada
2- Escória em fusão
3- Fonte
4- Alma
5- Capa
6- Metal de Base
7- Cratera
8- Metal da peça + Metal depositado
dc~c n c adcam
da fonte
REGRAS GERAIS
1 - Mantenha o comprimento
do curto-circuito constan-
te, mais ou menos o diâ-
metro do eletrodo
2- SOLDAR , puxando o ele-
trodo para si, nunca ao
contrário. É aconselhável
uma inclinação de 60 9 em
relação ao plano de soldagem.
3 - Abaixar a mão à medida que o eletrodo desgastar, cui-
dando de manter o mesmo ângulo de inclinação.
1 à 2 mm 2 mm 52 a 75 A
2 a 3 mm 2,5 mm 75a100A
CHAVE CASTELO 17 mm
(HONDA DREAM/BISS/DAELIM)
CHAVE CASTELO 24 mm
(HONDA CGITITÃ/AERO/STRADNNX200)
CHAVE CASTELO 26 mm
(HONDA CB400/450)
CHAVE CILÍNDRICA
PARA REGULAGEM DE
AMORTECEDORES
CHAVE CILÍNDRICA
UNIVERSAL PARA CAIXA
DE DIREÇÃO
CHAVES DE VELA
YAMAHA
HONDA
DREAM/BISS
~
·:=.· COMPRESSOR DE MOLA DE
-- AMORTECEDOR UNIVERSAL
COMPRESSOR DE MOLA
DE VÁLVULAS
FIXADOR EMBREAGEM DT
FIXADOR DE
EMBREAGEM RD
FIXADOR
UNIVERSAL DE
VOLANTE
MAGNÉTICO
GUIA DO RETENTOR
DE SUSPENSÃO
PUXADOR DE VIRABREQUIM
YAMAHA
PUXADOR VIRABREQUIM
AGRALE
MEDIDOR DE COMPRESSÃO
COM 3 BICOS
(Bicos com medidas para Dream/
Biss, Demais Hondas e Suzuki's,
Yamaha's 2T)
APÊNDICES A-13
REGULADORES DE VÁLVULAS
LONGO
CURTO
A-14 MANUAL DE MECÂNICA DE MoTos
SEPARADOR DE CÁRTER
(Para motores 2T)
SUPORTE DE MOTOR
APÊNDICES A-15
FERRAMENTAS UNIVERSAIS
• MARTELO DE BORRACHA
• CALIBRE DE LÂMINAS COM 20 UNIDADES
• FERRO DE SOLDA ELÉTRICO
• PASTA PARA SOLDAR COM TUBO DE SOLDA
• FITA ISOLANTE - CORES
• JOGO COMPLETO DE SOQUETES DE
CROMO VANÁDIO (10-12-13-14 mm)
• MÁQUINA DE SOLDA - 250 A
• ALICATE UNIVERSAL
• ALICATE DE CORTE
• ALICATE CURVO TRAVA ABRIR
• ALICATE CURVO TRAVA FECHAR
• ALICATE RETO TRAVA ABRIR
• ALICATE RETO TRAVA FECHAR
• ALICATE REBITADOR
• MULTÍMETRO DIGITAL
• PAQUÍMETRO PLÁSTICO
• LÂMPADA DE PONTO ESTROBOSCÓPICA
• SACADOR DE BUCHA DA COROA CG/TITÃ
• CAVALETES ELEVATÓRIOS MECÂNICOS OU
A-16 MANUAL DE MECÂNICA DE Moms
• CHAVES PHILLIPS
PEQUENA 3/16X4
MÉDIA 1/4X6
GRANDE 5/16X8
"TOQUINHO" 3/16 X 1.112
• MARRETA 3 kg
• JOGO DE CHAVES ALLEN 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 1O, 12,
14, 17
• JOGO DE CHAVES COMBINADAS 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
13,14,15,16,17,18,19,20,21,22,24,26,27,28,30,32
• JOGO DE CHAVES FIXAS DE 6 A 22 MM
• ARCO DE SERRA COMUM
• JOGO COM 5 LIMAS RETAS E REDONDAS
• CHAVES PARA FILTRO DE ÓLEO (COM CORRENTE)
• CHAVES DE FENDA CURVA PARA AR DO CARBURA-
DOR
• ESTILETE
APÊNDICES A-17
• FURADEIRA
• JOGO DE BROCAS
• MORSA NÚMERO 6
• ESMERIL
• ESCOVA DE ACO PARA ESMERIL
• COMPRESSOR DE AR COM 20 M DE MANGUEIRA
2 ENGATES RÁPIDOS, BICO PARA ENCHER PNEU,
PULVERIZADOR E JATO FINO
• CABOS PARA LIGAÇÃO PARALELA ("CHUPETA")
DE BATERIA
• MÁQUINA DE LAVAR PECAS À QUEROSENE
• RAMPA HIDRÁULICA
• EQUALIZADOR COM 4 RELÓGIOS MAIS 2 BICOS
LONGOS E 2 CURTOS
• 4 CAVALETES TRIPÉ
• LUBRIFICADOR DE CABOS
• CALIBRADOR DE PNEUS
• MACACO HIDRÁULICO TIPO JACARÉ 2 TONELADAS
• JOGO DE MACHO À ESQUERDA DESATARRACHANTE
• VIRAMACHO
• CALIBRE DE LÂMINAS COMPLETO COM NO MÍNIMO:
0,05 mm
0,08 mm
0,10 mm
0,12 mm
0,15 mm
• BROCAS PARA GICLEUR'S
0,30 mm
0,35 mm
0,40 mm
0,45 mm
• MINILIMAS PARA GICLEUR'S COM 12 UNIDADES
• MINI MANDRIL
• CALIBRE PARA GICLEUR'S
DE 0,45 A 1,50 mm
DE 1,50 A 3,00 mm
TABELAS T-1
TABELAS
T-2 MANUAL DE MECÁNICA DE MOTOS
VELAS
FABRICANTE MOTOCICLETAS
900cc·
750cc:
600cC'
SOOcc:
J60cc:
250cc:
200cc;
AGRALE
ALDEE
AMAZONAS
A . M .C.
BMW
BRANDY
BWT
CALO I
1100cc:
TABELAS T-3
VELAS
FABRICANTE MOTOCICLETAS VELA NGK FOLGA DE
ELETRODOS
CBR 10001
CBX 750F, lndy _________________
Oom1nator __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
CBRGOOF
VT 600C ShAdow_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _J-__:
CB SOO
CB 4SODX. CBR 4SOSR - • 07188
0818::.
8 -t
_:_ _ _ _
HONDA
650<c:
600<c
SOO<e;
400<c
I<AWASAI<I
JOO<c·
250<c
220cc:
lAMBRETA
T-4 MANUAL DE MECÂNICA DE MOTOS
VELAS
FABRICANTE MOTOCICLETAS VELA NGK I FOLGA DE I
~ANDA
======--~~====~
~c: Panda-.::11-:;-------------------TI-~asHS
06
I ELETRODOS
~NT}i~R__~~~c~:-~M~·~~P·~~~~~"~-------------~-~B~M~6A~-~-~0~6~~
l~c: Pau•"9 I * OSEA 0.6
* B1'6HS- 6-
SANYANG
SUNDOWN
110cc.
50cc:
azcc:
49cc:
Hu!ol.y
et.jOy
- Al<ro> ~ f 5j)Ee(l 90
Al<ros ~o
Ergon/Paho
e
1 BR8HSA
B81PP77~55
n
1-
- '-
,-
BP6HS/BP7H L ' --~?·~ ~-~
o
o:6-
00,,77' -
, . - ~-
1 __1~c:
_
GSX-R7SOW -t 95
GSXR750 -t 96
_
_
CR9EK
CR9E
0,~ _
0,~~
1 GSX-7SOF JR9C __(_ 0,7 _
~~OR650RSE. OR6SORE - ; 95 OPR9EA-9 _ 0,9 _
SUZUKI _ 0R650RE 96-t/XF650 CR10E -11 0,7 _
1
__ Salvage L56SO OP8LA·9 - I~ 0.9 _
1
600cc : Rf600R CR9E 0.~-
GSf Bando I N600 CR9EK O.~_
SOOcc: GSSOOE - ~EA-9 0.~ -
l- )sOcc: OR3SO/SE -~EIC 0.~ -
I-
250cc: GN lntrud..- 250
::i60cc:
RMX2SO
LT 160 (Quadriciclo)
08EA
BR9(V
OP7EA·9 *
=I-
I-
- I-
0,7
0,6
0,9
_
_
_
_ 12Scc: GS Katana 125 OBEA _ ._ 0,7 _
1 1
- ~ BPR7HS - ~ ~~·~~
1_ _100cc: AG 100(Scoot0f)
BOcc· lT 80 (Qu.odrocodo) ilf BPR7HS , 0,~ ~
SOcc: _A!-SO(Scoottrl..~ , - ~8Pit7HS ~t-0,7_
t..T 50 (Qu.odrootloJ ------. BP4HS O 7-
TAN I MOTO SHO ' 37tc: "" "romoto Ktnny B6HS O6
~ eox 1600cc: ~o.at;Ma u~1.-';;6=:."'-------------+--,aõ7.PR~Ex o 1 --
- :OOPPRR9 EEAA--~ - 1 -
9 9
~
1_ _1200cc: Oaytono 1200. Trophy 1200 0,, 9
TRfUMPH 900cc: Oaytona Slll, Tiger 900, Trophy 900, Spcro Triple ---~t~ 09
750cc: Tndtnt 750 OPR9EA·!Í ---.- 0,9 -
1300c_c: Roya1 )lAr _ o~~~~ ; ~, _1.1,9
l- l200cc: V-Max - OPII8EA·9 Ú-
:=-llOOcc: XV-1100 • Vtr•go ,_;BPR7ES;.._....l ~0,7 ~
1000cc: FZR 1000 '. -Óf>8EA9 ~·-!-
11oOOcc: Ylf 1000 RI ~CR9E 0,~-
850cc: TOM 850 _ OPR9EA·9 0.~ -
750cc: XTZ 750 Superténéré ,~ ~PR8EA·9 0,~ ~
660cc: Orag Star 0Pit7EA-9 I 0,~ ~
_ 600cc FlR600 CR9E O.~ -
1
XT600E OPRBEA-9 I O,~ -
ª
XT600Z T~r •• XJ6002 Orvtr>IOI\ OP7EA·9 0.9
53Scc: XVSJS · --8PR7E~----L 0,8 _
3SOcc: R0350LC. ROJSOR BR8ES 0,8 _
YAMAHA 250cc: VltlgoXV2505 CR6HS 0,7 _
225c" TOM 225/XT 225 OR8EA 0,7 _
200cc: OT200, OT200R BR9ES 0,8 _
WR200R 8R9ES - : - 0,6 _
__!80cc: RX180Cuitom/Avont,XM,Tnlha B9HS 0,~-
1
1_ 0[180, TOR180 B8ES 0.~-
MX 180 B9EGV . - _0,~-
llScc: R01351Z _ 88HS!BP8HS ~~ 0,6 _
125cc: RS12S. RX. TI. RO, TTM, Tnlha B8HS _ _ 0,6 _
ROZ 125 89HS 0,6
12Scc: YBR125E *CR7HSA - - 0,7 ~
IOScc:
90cc:
Crypton
A>os90
- - - - - - - - - - - - - - - -' C7HSA
8R7HS
1: 0,7
I-0·~-
=
1- ?scc: RX 80 I B8HS 0,6
TABELAS T-5
VELAS
FABRICANTE MOTOCICLETAS VELA NGK FOLGA DE
ELETRODOS
I
TERMINAL SUPRESSIVO I
-.-
FABRICANTE MOTOCICLETAS NGK
600cc: W16·600
LDOSfl'
SOOcc: CanyonSOO
AGRALE 200cc: Ele fantre30.0,0akAr30. O,Eiefantre27 .5,SXT27 .SS/E, Explorer27 .5
12Scc: Elefantre16.S,SST13.S LDOSEP
SOec: CAS~SISIJXT
CALO I SOcc: Mobylete50AV7/AV10/11 *LDOSFP
750cc: CBX750F,Indy
450cc: CB450DX.C8R450SR XDOSF
400tc: (8400,(840011
350cc: Xl350R.NX350
250cc: Xl250R,XLX250R. Twister CBX 2SO,lornado XR 250 SDOSFMGC
HONDA 200cc: XR200R,CBX200Strada,NX200 lD05fP
150cc: C8X150Aero,NX150
12Scc: CG125,Cargo,Today,125ML.Tunma.XL125
Outy/fS125,CH125Spacy LDOSfl'
tOOcc: (100 BiziOream
MONARK SOcc· MSO MSSO MSlSO MonaretaSil *LDOSFP
_M..Q VESPA 200cc: Ve•oaPX200EJGT/S/Eie.tart *l.DOSfl'
1400cc: VS 1400GLP XD05F
1OOOcc: TU 000 S SDOSFMGC
800cc: VS800 GL SDOSFMGC
DRBOOS XDOSF
650cc: OR650 RE/SavagcLS650 XD05F
SUZUKI SOOcc GSSOOE LDOSfl'
250cc: tntrvdet250 XD05F
RMX2SQ/RM250 LDOSEP
-I~~cc: Kiltanal25
RM125 LDOSEP
80cc: RMSO
750cc: XT2750SupertM~r~
GOOcc: XT600ZT•nb•,XJ600ZO.versoon XDOSF
350cc RD350lC,RD350R
200cc: DT200
180cc; RX180Custom,Avant,XM180,0T 180, MX180,Trilha180
YAMAHA 135cc; R0135/Z
LD05EP
125cc: RS12S,RX125,TT12S, TTM12S/Trílha,RDZ125/YBR125E
90cc: Al<i$90
7Scc: RX80,R075
SOcc: An<n 1nr.<~.BWSO
YANMAR Pulverizador Agrlcola LDOSfl'
~
T-6 MANUAL DE MECÂNICA DE Moms
TABELA 2
FOLGAS DE VÁLVULAS
MOTOCICLETAS HONDA
FOLGA (mm)
MODELO
ADMISSÃO ESCAPE
C-100 BIZ 0,05 0,05
CG125 I TITAN I XL125R 0,08 0,08
XL 125S I TURUNA I ML (motor OHC) 0,05 0,07
CBX 150 I NX 150 0,05 0,08
CBX 200 STRADA I NX 200IXR200R 0,10 0,10
XL 250R 0,05 0,08
XLX 250 0,05 0,08
XLX 350 0,10 0,12
NX350R (SAHARA) 0,10 0,12
CB 400 I CB 450 0,10 0,15
VT600 SHADOW 0,15 0,20
TWISTER I TORNADO 0,12 O, 15
CB 500 0,16 0,25
NX-400 FALCON 0,10 0,12
CBR-600F 0,20 0,28
CBR-900 AR 0,16 0,27
I CBR-1100 XX BLACK BIRD 0,16 0,22
MOTOCICLETAS YAMAHA
FOLGA (mm)
MODELO
ADMISSÃO ESCAPE
TDM 225 0,08 0,15
XT 225 0,08 0,15
VIRAGO XV225S O, 10 0,12
CRYPTON 0,08 0,08
XT 600 0,08 0,14
TABELAS T-7
MOTOCICLETAS SUZUKI
FOLGA (mm)
MODELO
ADMISSÃO ESCAPE
DR 350 SE 0,05 -0,10 0,08 -0,13
GS 500 E 0,03 -0,08 0,03 -0,08
DR 650 E 0,08 -0,13 O, 17 -0,22
DR 650 R I DR 650 S 0,08 -0,13 0,08 -0,13
RF 600 R 0,10 -0,20 0,20 -0,30
BANDIT 600 O, 1O -0,15 0,18 -0,23
INTRUDER 250 0,08 -0,13 0,08 -0,13
SAVAGE LS 650 0,08 -0,13 0,08 -0,13
GSX 750 F 0,10 -0,15 O, 18 -0,23
GSX-R750 T O, 10 -0,20 0,20 -0,30
GSX-R750 T 0,10 -0,20 0,20 -0,30
DR 800 S 0,05 -0,10 0,05 -0,1 o
VS 800 GL 0,08 -0,13 0,08- 0,13
VX 800 L 0,08 -0,13 0,08-0,13
RF 900 R 0,10 -0,20 0,20- 0,30
TL 1000 S 0,10- 0,20 0,20 -0,30
GSX 1100R 0,10- 0,20 0,20 -0,30
BANDIT 1200 0,10 -0,15 o, 18 -0,23
VS 1400 GLP TUCHO HIDRÁULICO
MARAUDER 800 0,08 -0,13 0,08 -0,13
KATANA 125 0,08 -0,13 0,08 -0,13
OUTROS MODELOS
FOLGA (mm)
MODELO
ADMISSÃO ESCAPE
DAELIM
DAELIM ALTINO 0,12 0,12
DAELIM VS 125 0,12 0,12
VT 125 MAGMA 0,12 0,12
T-8 MANUAL DE MECÂNICA DE MOTOS
·. .
ADMISSÃO ESCAPE i'
KASINSKI
KASINSKI CF 125 0,05 0,06
MIDAS FX 110 0,05 0,08
CRUISE 125 0,05 0,05
BRANDY
FOSTY 125 A 0,08 0,08
AGRALE
LEGION 0,08 0,08
ROADSTER 200 0,10 0,12
W 16 I CANYON 0,10 O, 15
TABELAS T-9
TABELA 3
MOTOCICLETAS HONDA
MOTOCICLETAS YAMAHA
MOTOCICLETAS SUZUKI
OUTRAS MARCAS
TABELA 4
MEDIDAS DE PNEUS- RECOMENDAÇÃO DO FABRICANTE
·oescrlçio Dianteiro Traseiro
'>
Honda CG 125 Titan 1003700 2. 75 • 18 42P MT 25 (Front) 1003800 90/90- 18 REINF.57P MT 25
0360900 2. 75 • 18 42P MT 39 (Front) 0359800 90/90 • 18 REINF57P MT 15
0346800 2.75 • 18 42P MT 65 0787100 90/90 • 18 REINF57P MT 65
1087300 2. 75 • 18 42P CT 55 (Front) 1087400 90/90 • 18 51P CT 55
0358800 2.75 · 18 REINFA8P MT 15 0246900 90/90- 18 REINF.57P MT 40
Honda C100 Biz 0928700 60/100- 17 33L MT 15 0928400 80/100 • 14 REINFA9L MT 15
Honda XLR 125 0359900 2.25 · 17 REINF.38L MT 15 0360000 2.50 • 17 REINFA3L MT 15
0928900 2.50 · 17 REINFA3P MT 15 0358600 2.75 • 17 REINFA?P MT 15
0344900 2.50 · 17 REINFA3P MT 65 0345000 2.75 • 17 REINFA?P MT 65
Yamaha YBR 125E 1003700 2. 75 - 18 42P MT 25 (Front) 1003800 90/90- 18 REINF.57P MT 25
0360900 2. 75 • 18 42P MT 39 (Front) 0359800 90/90 • 18 REINF.57P MT 15
0346800 2.75 · 18 42P MT 65 0787100 90/90 · 18 REINF.57P MT 65
1087300 2. 75 • 18 42P CT 55 (Front) 1087400 90/90 • 18 51P CT 55
0358800 2.75 · 18 REINFA8P MT 15 0246900 90/90 - 18 REINF.57P MT 40
Honda CBX 250 Twister 1197300 100/80 · 17 M/C 528 TL MT75 Fr 1197400 130/70 • 17 M/C 628 TL MT75
Honda CBX 200 Strada 0346900 2.75 • 18 42P TL MT 65 0347000 100/90 • 18 56P TL MT 65
Honda XR 200R 0352700 2.75 • 21 45R MT 70 0352400 4.10 • 18 60R MT 70
Honda XR 250 Tornado 1004600 90/90-21 M/C 548 MT90 FR A/T 1005200 120/80-18 M/C 628 MT90 A/T
Yamaha Crypton 105 0359900 2.25 · 17 REINF.38L MT 15 0360000 2.50 • 17 REINFA3L MT 15
0928900 2.50 · 17 REINFA3P MT 15 0358600 2.75 • 17 REINFA?P MT 15
0344900 2.50 • 17 REINFA3P MT 65 0345000 2.75 • 17 REINFA?P MT 65
Honda CG 125 Cargo 1003700 2.75 - 18 42P MT 25 (Front) 1003800 90/90- 18 REINF.57P MT 25
0360900 2. 75 · 18 42P MT 39 (Front) 0359800 90/90 • 18 REINF.57P MT 15
I 0346800
1087300
2.75 · 18 42P MT 65
2. 75 • 18 42P CT 55 (Front)
0787100
1087400
90/90 • 18 REINF57P MT 65
90/90 • 18 51P CT 55
li
0358800 2.75 · 18 REINFA8P MT 15 0246900 90/90 • 18 REINF57P MT 40
Honda NX4 Falcon400 1123700 90/90 · 21 548 MT 60 A (Front) 0947500 120/90- 17 648 MT 60
Honda VT600 Shadow 0801000 100/90 - 19 57H TL MT 66 (Front) 0760900 170/80 • 15 77H TL MT 66
Honda CB 500 0318410 110/80 - 17 57 H TL MT 75 (Front) 0699110 130/80 • 17 65H TL MT 75
Kasinski GF125 1227100 100/80 - 17 52P TL MT 75 (Front) 0318500 110/80 • 17 57P TL MT 75
Yamaha XT 225 0283400 90/90 - 21 54T MT 60 0283000 120/90 • 17 64T MT 60
Yamaha Jog Teen 50 0709900 80/90 • 1O 44J TL (TT) SL6 0709900 80/90 • 1O 44J TL (TT) SL6
Kasinski Super Cab 50 0531800 100/80 - 1O 53J TL(TT) SL26 0531800 100/80 - 1O 53J TL(TT) SL26
Kasinski Mirage 250 1016500 110/90 • 16 M/C 598 ME77 FRONT 0747300 140/90 - 15 M/C 70S M E77
Yamaha TDM 225 0282900 90/90 · 19 52T MT 60 0282800 110/80 • 18 58T MT 60
Kasinski Prima 50 0696000 120/70 • 12 51J TL SL 26 0696000 120/70- 12 51J TL SL 26
Yamaha XT600E 0283400 90/90 • 21 54T MT 60 0283000 120/90 • 17 64T MT 60
Kasinski RX 125 0352700 2.75 • 21 45R MT 70 0352400 4.10- 18 60R MT 70
Yamaha XV 2508 Virago 1003500 3.00- 18 478 MT 66 (Front) 1003300 130/90 • 15 668 MT 66
Kasinski Midas 11 O 1124800 80/80- 16 40J TL MT 15 1002300 90/80 • 16 REINF51J TL MT15
Calai Mobilette 50 0244300 2.1/4 • 17 REINF.39J ML 12 0244300 2.1/4 • 17 REINF.39J ML 12
Yamaha XV 535 Virago 0929300 3.00 • 19 49H TL MT 66 (Front) 0800200 140/90 - 15'70H TL MT 66
TABELAS T-13
TABELA 5
TORQUE DE APERTO DE PARAFUSOS
APERTO DE CABEÇOTE
MODELO TORQUE NO APERTO (kgf.m)
HONDA
C-100 DREAM 1 '1
CG 125 2,3 A 2,8
XL 125SS 1,8 A 2 (PORCAS)
CBX 150 2,9 (PORCAS)
NX 150 2,9 PORCAS
XLX 250 R 4,7 A 5,3
NX 350 1,2
cs 450 ex 3 A 3,3
CBR 450 SR 3,3
CBX 750F 2,5 A 3
YAMAHA
RD 135/135Z 2,5
DT 180/TDR 180 2,5
DT 200 2,2
RD 350 R 2,5
XT 800 2 (PORCAS)
2,5 (PARAFUSOS)
AGRALE
TCHAY 1,5A1,7
125CC 2 A 2,2
200CC 3,5 A 3,6
TABELA 6 ~
......
~
CARBURADORES
YAMAHA RX 125 DT 180 RD 125 RDZ 125 RD 135 RD 135Z RD 350 XT 600 TDR1
1. GIGLÊ DE BAIXA 30 25 25 25 27,5 30 27,5 48 30
2. GIGLÊ PRINCIPAL 100 170 160 155 150 145 250 140/155 170/180/1 90
3. NÍVEL DE BÓIA 21 + - 1,5 21 +- 1,5 21 +- 1,5 21 +- 1,5 21 +- 1,5 21+-1,5 2 35 +- 1,O 21+-1,5
4. PARAFUSO DE AR I VOLTAS 1 '1, 1 ,,2 1 '/2 1 '/2 1 '/2 1 '1, 1 '/2 '12 1 '/2
5. POSIÇÃO DA AGULHA 3 3 4 4 4 4 3/5 3/5 3
~
(f)
TABELA HONDA MODELOS NOVOS --l
)>
aJ
m
r
C-100 CG 125 XLR 125/ NX4 VT600 CBR CBR CBR )>
HONDA CBX200S XR 200R CBX250 XR250 CB500 (/)
BIZ/BIZ TITAN 125 ES FALCON SHAOOW 600F (01) 900RR (01 1100XX
GICLEUR PRINCIPAL 92 108 100 120 125 150 142 140 125 102 - - -
GICLEUR M. LENTA 40 38 38 38 42 45 45 48 40 40 - - -
P.ARNOLTAS 1-5/8 2-3/8 1-3/4 2 1-3/4 2-1/4 3 2-1/2 2-3/4 2-1/8 - - -
NIVELBÓIA 10,7mm 14mm 14mm 14mm 14mm 18,5mm 18,5mm 18,5mm 13,7mm 7mm - - -
----
Tipo CV (Vácuo Constante PGM-FI (Injeção de PGM-FI (Injeção de Válvula de pistão Válvula de pistão Válvula de pistão
Combustível Programada Combustível Programada
Número de Identificação I VDF 1P x 2/31,3 mm GQ90A X 4 GQ60A x 4/40 mm PB5BA/16 mm PDC6C/22 mm PDC3B/22 mm
Diâmetro do Venturi
Abertura inicial do
parafuso mistura 2-1/8 voltas - - 1-5 voltas 2-3/8 voltas 1-3/4 voltas
Rotação de marcha lenta 1.00 ± 100 rpm 1.300 ± 100 rpm 1.200 ± 100 rpm 1.400 ± 100 rpm 1.200 ± 100 rpm 1.400 ± 100 rpm
~
__..
(Jl