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República de Angola

Instituto Nacional de
Petróleos

DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO


“DEM”

Curso: Manutenção Industrial/Electromecânica


Classe: 11ª
Disciplina: Manutenção de Máquinas
Docente: José Kaconda Parelo Júlio
Aula Nº 03 e 04
Unidade II e III – Ligações de peças e acoplamento
Sumário: Embreagens e freios
Definição
A embreagem ou embraiagem é o mecanismo utilizado, para
transmitir a rotação do volante do motor para as
engrenagens da caixa velocidade que, por sua vez, irá
desmultiplicar essa rotação (consoante a engrenagem -
ou mudança - seleccionada) e transferi-la para o
diferencial através do eixo .
Funcionamento da embraiagem
A transmissão entre o volante, fixado por meio de parafusos à
arvore da manivela, e a caixa de velocidades dá-se através
da pressão do disco de embraiagem, um disco delgado de
aço de elevada tenacidade cujas faces estão revestidas
com um material de alta fricção, contra o volante do motor.
Funcionamento do sistema de
embraiagem
Funcionamento do sistema de embraiagem

A embraiagem destina-se a desligar o motor das rodas


motrizes quando se efectua uma mudança de
velocidade ou quando se arranca. Torna-se assim
possível engatar suavemente uma nova engrenagem
antes da transmissão voltar a ser ligada, ou quando
houver um novo arranque, permitindo que o motor atinja
as rotações suficientes para deslocar o automóvel.
Funcionamento do sistema de
embraiagem

O desembraiar faz-se separar três partes do conjunto da


embraiagem: o volante do motor, o disco e o platô, ou
placa de pressão da embraiagem. O volante do motor
está fixado por meio de parafusos ao virabrequim e roda
solidário com este; o disco de embraiagem encaixa, por
meio de estrias, no eixo primário da caixa de cambio e,
assim, roda com este; o platô da embraiagem fixa o
disco de encontro ao volante do motor.
Embraiagem
Embraiagem
A função da embraiagem é a de acoplar/desacoplar dois veios
(motor e movido) dum sistema de transmissão.

Ao contrário das uniões, a ligação por embraiagem tem um carácter


temporário.

A embraiagem deverá sempre ter capacidade para transmitir o


binário máximo do equipamento motor.
Classificação das Embraiagem

As embraiagens na sua maioria estão classificados da seguinte forma:

 Embraiagens por adaptação de forma: são aquelas em que o movimento


é transmitido de uma árvore para outra quando um cubo se conecta ao
outro através do encaixe de um ou mais ressaltos (pinos, dentes, etc).

São usados em aventais (carros de tornos) e caixas de engrenagens de


máquinas - ferramenta convencionais .
Classificação das Embraiagem
 Embraiagens por atrito: São aquelas em que o
acoplamento se faz através do atrito entre duas ou mais
superfícies. Este tipo de embraiagem permite o
acoplamento mesmo sem que haja sincronismo.
 Embraiagem cónica: Possui duas superfícies de fricção
cónicas, uma das quais pode ser revestida com um
material de alto coeficiente de atrito.
Classificação das Embraiagem
 Embraiagem de disco: Consiste em anéis planos
apertados contra um disco feito de material com alto
coeficiente de atrito, para evitar o escorregamento
quando a potência é transmitida.
Tipos de accionamentos para embraiagens

Para que se possa conectar e desconectar as árvores são usados


diversos tipos de accionamento das embraiagens. São eles:

 Accionamento manual: por meio de alavancas ou pedais;


 Accionamento electromagnético: por meio de solenóides ou
bobinas;
 Accionamento hidráulico: por meio de pistões hidráulicos;
 Accionamento pneumático: por meio de pistões
pneumáticos;
 Accionamento por mola: através da pressão de uma mola.
Aplicação das embraiagens

As embraiagens podem ser usadas com diversas finalidades, dentre elas


destacamos:

 Aceleração;
 Reversão de marcha;
 Mudança de velocidade;
 Segurança.
A embraiagem é utilizada para desligar o motor das rodas,
quando há uma troca de marchas ou quando se põe
o carro em movimento. Isso permite que se engate uma
nova engrenagem antes da transmissão voltar a ser
ligada, permitindo que o motor atinja rotações suficientes
para fazer o automóvel andar.

Portanto, devemos sempre evitar:


 Usar o pedal da embraiagem como descanso de pé;
 Segurar o carro no motor, isto é, usar a embraiagem em vez
do freio de mão para segurar o carro em uma subida, através do
uso simultâneo com o acelerador. Para que se cumpra de
forma segura a vida útil do equipamento…
Unidade II e III – Ligações de peças e acoplamento
Sumário: Componentes dos sistemas de freios e suas
funções.

O sistema de freios: é um elemento de segurança do veículo e é muito complexo no que


refere a manutenção. Ele é composto de componentes de fricção e
de sistema hidráulico.

Este sistema funciona, basicamente, por meio da conversão de pressão mecânica em


hidráulica.
Isso ocorre por meio de um circuito fechado de fluido de freio que vai desde o cilindro
mestre, ligado ao servo freio e pedal de frenagem, até os cilindros ou pinças
hidráulicas ligadas às rodas.
.
Sistema de freio( freio a disco e a tambor)
Sistema de freio a disco
Sistema de Freio a tambor
Função do sistema de freio

O sistema de freio: é composto por uma série de componentes


que trabalham em conjunto para desacelerar e parar
completamente um veículo. Além disso, ele também é
responsável por manter o carro parado quando estacionado.
Com excepção dos automóveis adaptados para pessoas com
deficiência, esse sistema tem basicamente dois modos de
accionamento manual: pedal e alavanca.
Constituição e função de cada componente do
S. de freio
Pedal: É a forma de accionamento do sistema de
frenagem. Ele precisa funcionar com um toque sutil e é
um dos componentes mais resistentes, que raramente
precisa ser trocado.
Constituição e função de cada componente do S. de
freio
Servo freio: Funciona como transmissor da força de accionamento do pedal para
o sistema de frenagem, com o vácuo gerado pelo funcionamento do motor. Por
esse motivo, o pedal fica duro quando o carro está desligado. Porém, se essa
sensação for sentida enquanto o carro estiver ligado, é importante verificar se o
servo freio está com problemas. O tempo de vida desse componente é de 120
mil a 200 mil quilómetros percorridos, mas sempre confira no seu manual o
momento de trocar. Ao pisar no pedal, o motorista fecha a passagem entre
as duas câmaras e ao mesmo tempo abre uma passagem de ar
atmosférica que empurra o êmbolo do servo para frente, accionando o
cilindro mestre, que amplifica a força do pedal.
Constituição e função de cada
componente do S. de freio
Válvula de retenção: Sua função é auxiliar a actuação do
freio, mas sem ele é muito difícil parar um veículo
Constituição e função de cada componente do
S. de freio
Fluido: É o óleo de freio, um líquido que circula pela tubulação
e é responsável pela transmissão da pressão que acciona,
tanto o freio a tambor, quanto o freio a disco.

Características do fluido de freio


É um fluído com múltiplas propriedades: resistência a altas e
baixas temperaturas, neutralidade para não atacar os
componentes de borracha, plástico e materiais metálicos.
Constituição e função de cada
componente do S. de freio
Cilindro mestre: Abastece o sistema com o fluido do
reservatório, transformando a pressão mecânica em
hidráulica. Se o pedal do freio estiver baixo, pode ser sinal
de alerta: pode haver corrosão interna por fluido
contaminado ou vencido. Com a manutenção certa, o
cilindro mestre dura até 100 mil quilómetros percorridos.
Constituição e função de cada
componente do S. de freio
Flexíveis: é um produto com flexibilidade para atender a
dinâmica requerida pelo sistema de freio e tem a
finalidade de permitir a passagem de fluído.
Constituição e função de cada componente do S. de freio

Válvula Proporcionadora sensível a carga: Ao frear um veículo, uma


grande parte da carga é transferida do eixo traseiro para o adianteiro
(transferência Dinâmica de carga nos eixos), a função da válvula
equalizador de freio, é de regular a pressão de aplicação do freio
evitando o excesso de força de frenagem nas rodas traseiras, que,
dependendo da situação do peso sobre a roda, das condições de pista,
bem como da intensidade da frenagem, provocariam o perigo do veículo
desgovernar-se, comprometendo sua estabilidade.
Constituição e função de cada
componente do S. de freio
Discos: Ficam nas rodas e fazem o carro parar quando
entram em contacto com as pastilhas. Quando houver
trepidação durante a frenagem, pode ser um sinal de
alerta: os discos do freio podem estar gastos ou tortos.
Constituição e função de cada
componente do S. de freio
Pinça: tecnicamente conhecida como punho ou cavalete.
É um cilindro actuador que recebe a pressão hidráulica
gerada no cilindro mestre e com esta pressão comprime
as pastilhas de freio contra os discos, gerando atrito
suficiente para diminuir a velocidade da roda até parar o
veículo.
Constituição e função de cada componente do S. de freio

Pastilhas: Entram em contacto com o disco de freio para parar o


veículo. Geralmente ficam nas rodas dianteiras. Com o desgaste
das pastilhas de freio, o poder de frenagem do carro vai diminuindo.
Isso faz com que as pastilhas precisem ser trocadas. O prazo de
troca depende muito do motorista, mas ocorre geralmente depois
de 20 mil quilómetros percorridos. Na dúvida, consulte o manual do
seu veículo.
Constituição e função de cada
componente do S. de freio
Sapatas: As sapatas fazem parte do Freio a Tambor e são
classificas em primárias e secundárias. A primária é
quando o sentido de aplicação de força é o mesmo de
rotação do tambor, isso ajuda no melhor contacto entre
lona e tambor. A secundária é quando o sentido é
contrário ao do tambor, reduzindo o atrito.
Constituição e função de cada componente do S. de freio

Lonas: As lonas que trabalham na frenagem com o tambor também são


responsáveis por travar a roda quando accionamos o freio de
estacionamento. As lonas devem ser substituídas quando apresentarem
desgastes, o que diminui a potência de frenagem e, por estar fixa na
sapata, é preciso substituir tanto a lona quanto a sapata. Normalmente
elas passam de 50mil km, mas a vida útil de todos os componentes de
freio vai depender muito do modo como o condutor utiliza esse sistema.
Constituição e função de cada
componente do S. de freio
Cilindro de roda: tem a função de accionar os freios
na roda dos veículos com sistema de freio a tambor. Ele
recebe a pressão hidráulica do cilindro mestre e empurra as
sapatas contra o tambor de freio. O atrito entre tambor e
sapata faz com que a roda freie, parando o veículo.
Constituição e função de cada
componente do S. de freio
Tambor: É o que acciona o freio nas rodas traseiras.
Assim como os discos, não têm um prazo certo de troca.
Portanto, é importante ficar atendo à trepidação e à sua
espessura.
Constituição e função de cada
componente do S. de freio
Válvula equalizador de freio: é responsável pela
regulagem do fluído hidráulico nas pinças de freios
traseiras, distribuindo melhor a frenagem entre a
dianteira e a traseira do veículo evitando que as rodas
travem.
Constituição e função de cada
componente do S. de freio
Freio de estacionamento: O freio de estacionamento (ou
travão de estacionamento, ou freio de mão, ou travão de
mão) é um sistema de frenagem para veículos automotores,
que, na maioria dos modelos, é accionado por uma
alavanca manual. Em outros modelos é accionado por um
pedal à esquerda, com objectivo de segurar as rodas
traseiras do carro a pois paragem.
Constituição e função de cada
componente do S. de freio
Cabo do freio de estacionamento: é um cabo de aço que ao
ser "puxado" pressiona as lonas do freio traseiro contra as
rodas, mantendo-as travadas. Ele só deve ser accionado
com o veículo parado ou pode danificar os pneus e seu
próprio sistema.
Princípio de funcionamento dos freios

Ao pressionar o pedal, o movimento é transferido ao servo freio


por meio de uma alavanca ou accionador electrónico. Ele,
então, amplifica e entrega a força gerada ao cilindro mestre.
Uma vez que isso acontece, o fluido hidráulico é empurrado
e conduzido aos demais componentes pela tubulação do
sistema. Depois da etapa do cilindro mestre, o freio funciona
de duas formas diferentes, dependendo do modelo.

Os sistemas a tambor e a disco, suportam o peso do veículo,


agem em conjunto nas ações de frenagem, os freios a
tambor, nas rodas traseiras e os freios a disconas
dianteiras, ou seja, a função é a mesma, desacelerar o
automóvel, embora diferentes.
Esquema do princípios de funcionamento
Com objectivo de ter um domínio amplo no que concerne à
sistemas de freios a disco e a tambor, nesta aula
tratamos de abordar a constituição e função de cada
elemento do sistema em referência para garantir melhor
entendimento acerca do princípio de funcionamento,
análise de possíveis avarias e propostas de soluções.
Concluímos também que, apesar de utilizarem diferentes
peças, os dois sistemas funcionam com o mesmo
princípio. Ou seja, utilizam pressão hidráulica originada
no cilindro mestre para gerar o atrito necessário de
frenagem nas rodas e, consequentemente, parar o
veículo.
República de Angola
Instituto Nacional de
Petróleos

DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO


“DEM”

MUITO OBRIGADO

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