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MÁQUINAS
Acoplamentos,
freios e volantes
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
O transporte de um peso maior que o do homem foi vencido após a
descoberta da roda. Junto com a invenção da roda veio também a ne-
cessidade de inventar um dispositivo que controlasse a velocidade — e
daí surgiram os freios, para parar algo que se deslocava ou impedir que
algo se deslocasse. Da mesma forma, os volantes surgiram como um
componente no qual o condutor pode conduzir um veículo ou máquina.
O volante consiste, tipicamente, em um aro circular, manipulado pelo
condutor, cujo movimento de rotação (esterço) é convertido em movi-
mentos solidários com as rodas.
Neste capítulo, você vai estudar os acoplamentos, freios e volantes,
entendendo como eles funcionam, como podem ser dimensionados
e como escolher a peça certa, de acordo com o que há disponível no
mercado.
Funcionamento de acoplamentos,
freios e volantes
O acoplamento consiste em um conjunto mecânico constituído de elementos de
máquina, utilizado na transmissão de movimento de rotação entre duas árvores
ou eixo-árvores. É empregado quando se deseja transmitir um momento de
2 Acoplamentos, freios e volantes
Pelo link a seguir, você pode acessar um vídeo que mostra como funciona a direção
veicular de um veículo.
https://goo.gl/V36tru
Acoplamentos, freios e volantes 5
Dimensionamento de acoplamentos,
freios e volantes
Muitos tipos de embreagens e freios podem ser analisados segundo um pro-
cedimento geral, que acarreta as seguintes tarefas, de acordo com Budynas
e Nisbett (2011):
Uma das formas para determinar a capacidade de torque necessário a uma embreagem
ou um freio relaciona a capacidade à potência do motor que aciona o sistema. É
importante mencionar, que potência = torque × velocidade angular (P = Tn).
6 Acoplamentos, freios e volantes
T = C · P · K/n
Onde:
C = fator de conversão para unidade
K = fator de serviço com base na aplicação
Tf = fN (R0 + Ri)/2
Pf = Tf w
Pf = (Tf · n/63.000)hp
WR = Pf /A
Onde:
WR = 0,04 hp/pol2 para aplicações frequentes, uma taxa conservadora.
WR = 0,10 hp/pol2 para serviço médio.
WR = 0,40 hp/pol2 para freios usados raramente e com possibilidade de
resfriamento entre aplicações.
Rm = Tf /fN
Rm = 300 lb · pol / (0,25)·(320 lb)
Rm = 3,75 pol
Rm = (R0 + Ri)/2
Rm = (1,50Ri + Ri)/2
Rm = 1,25Ri
Logo:
Ri = Rm / 1,25
Ri = (3,75 pol) / 1,25
Ri = 3,00 pol
R0 = 1,50Ri
R0 = 1,50·(3,00)
R0 = 4,50 pol
A = π(R02 − Ri2)
A = π [(4,50)2 − (3,00)2]
A = 35,3 pol2
Pf = Tf ·n/63.000
Pf = (300) · (750) / 63.000
Pf = 3,57 hp
Acoplamentos, freios e volantes 9
WR = Pf / A
WR = 3,57 hp / 35,3 pol2
WR = 0,101 hp/pol2
Este vídeo, que você acessa pelo link a seguir, mostra um pouco mais sobre o dimen-
sionamento de volantes.
https://goo.gl/vP1tgv
Mt = Mn · FG
Onde:
Mt = torque calculado
Mn = torque nominal do motor (kw)
FG = fator geral
Acoplamentos, freios e volantes 11
FG = (Fs · Fh · Ft)
Onde:
Fs = fator de serviço
Fh = fator horas trabalhadas
Ft = fator de temperatura ambiente
Alguns casos exigem flexibilidade (como freios de cinta); para esses, os fabricantes
utilizam como material base um tecido em uma trama, muitas vezes reforçados com
fio de metal saturado com uma resina e curado (MOTT, 2015).
12 Acoplamentos, freios e volantes
Grafite/resina 0,10-0,14
Leituras recomendadas
CUNHA, L. B. de. Elementos de máquinas. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
NIEMANN, G. Elementos de máquinas. São Paulo: Blucher, 2014. v. 1.