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Conceitos Básicos da Transmissão

O sistema de transmissão é responsável pela transmissão de força,


rotação e torque do motor para as rodas.
Objetivo da transmissão é adequar o torque e rotação do motor de
acordo com as necessidades de operações do equipamento agrícola,
possibilitar o funcionamento do moto com equipamento parado e inverter
o sentido de rotação do eixo de transmissão em relação ao motor.
As caixas de mudanças manuais são constituídas por engrenagens
de rodas dentadas, para virar o fator de multiplicação, um eixo primário
transmite a força para as engrenagens motoras através de diferentes
relações de engrenagens motoras através de diferentes relações de
engrenagens até as engrenagens movida.
 Engrenagem Motoras (Não é diretamente ligada no motor)
 Eixo Primário (É diretamente ligado a embreagem)
 Eixo secundário
 Engrenagens Movidas

Principal função de um sistema de transmissão é a variação do


torque e a variação de velocidade, para cada velocidade existe um
tamanho de engrenagem, quando maior a engrenagem maior a força
menor a velocidade
Motora e movida, sempre que a engrenagem motora for menor que
a movida existirá uma redução de velocidade e uma multiplicação de
torque na engrenagem movida.
Nm – Newton metro
Quanto menor a alavanca maior é a força que terá que exercer,
quando maior menor a força.
O torque que tiver em uma engrenagem vai ser igual ao torque da
outra engrenagem desde que elas sejam do mesmo tamanho.
R = MOVIDA-> NUMERO DE DENTES
MOTORA -> NUMERO DE DENTES

A cada 10 quilos colocados na motora eu tenho 20 quilos na


movida. (No caso das engrenagens a cima)
Tipos de engrenagens utilizadas em uma transmissão, são de dentes
retos.
Benefícios: Fabricação mais barata, não requerem rolamentos cônicos,
não há carga axial, consome menos potência.
Mal; efícios: Maior ruído.

Engrenagens de dentes helicoidais


Benefícios: Baixo ruído, suporta maior carga.
Malefícios: Maior custo para fabricação, maior consumo e os rolamentos
precisam ser cônicos.

Grupo Planetário, utilizadas em caixa de redução com a finalidade de


realizar redução.
 Anelar;
 Solar;
 Planetárias.
- Calculo da relação de redução
R = n° de dentes do solar + n° de dentes da anelar
n° de dentes do solar

Quando a luva de acoplamento mover para o lado da placa de


bloqueio da engrenagem anela estará travada, obtendo a redução do
grupo planetário.
PEÇAS:
AULA 2

Transmissão Mecânica

O conceito básico para a transmissão mecânica se dá


principalmente pelo acionamento manual das trocas de marchas
realizadas através da alavanca da transmissão e o acionamento do pedal
da embreagem.
Rolamento da embreagem, platô e disco.
Toda vez que um corpo tentar se deslizar sobre outro ocorre o
atrito.
Conjunto de platô e disco mecânico: Utilizados em transmissão
totalmente mecânicas.
Disco de Embreagem: Responsável por receber a força do motor e
transmitir para a transmissão. O conjunto disco possui molas e sua função
é absorver tensões e vibrações entre os conjuntos

Para fazer o acionamento ou acoplamento marchas


 Conjunto de garfos de engate;
 Conjunto de engrenagens da transmissão;
 Conjunto de alavanca de engate.

Alavanca de gamas é um multiplicador de marchas, a quantidade de


marchas que tiver pode multiplicar pelo número de gamas.

 Mecanismo de acionamento de marchas;


 Mecanismo de acionamento das gamas.

Alavanca de marchas e gamas

 Garfo de marchas 1 e 2;
 Garfo de marchas 3 e 4;
 Garfo de marchas | e |||;
 Garfo de marchas || e ré.

Pino de bloqueio da haste: não permite engatar duas marchas


simultaneamente.
Esfera de retenção da posição da haste
Mola de retenção da posição da haste

 Luva de engate (seca);


 Conjunto de engrenagem composta por dentes retas e com uma
luva de engate;
 Sincronizados de engate;
 Conjunto de engrenagem com dentes helicoidais com engates
sincronizados.

Tipos de engrenamentos
Engrenamento com garras constantes: Eixo secundário, luva de engate,
engrenagem secundaria.
Engrenamentos com sincronização: Luva de engate, mola pino esférico e
suporte, anel frio de sincronizado, anel sincronizador anel freio do
sincronizador, cubo de engate anel sincronizado.

Conjuntos Diferencial

 Coroa
 Pinhão
 Calço de ajuste

Coroa e pinhão: Ajuste de proteção, tem por finalidade posicionar o


pinhão e relação a coroa para obter um contato ideal entre os dentes de
ambos
O ajuste de proteção do pinhão é determinado através de calços, para
encontrar a posição medida desejada.
 Aumenta a profundidade inserindo calços -> ->
 Diminui a profundidade retirando os calços <- <-

Coroa e pinhão (ajuste da projeção e profundidade): A projeção


(profundidade) é definida através da medida da base das engrenagens do
pinhão e o centro da coroa. Está medida nominal é encontrada nos
manuais de serviço. É necessário medir a dimensão real do conjunto.

Pré-carga: É a força necessária para girar o componente. A pré-carga


também está diretamente relacionada com o momento de atrito no
rolamento. Quanto maior a pré-carga maior o atrito no rolamento e
quanto menos a pré-carga, menor o atrito no rolamento.

Medida de correção do pinhão


Essa medida é definida após a usinagem e acasalamento do
pinhão/coroa é determinada pelo fabricante.
Podemos encontrar dois tipos de medidas como no exemplo ao
lado.
Existe o fabricante que marca o valor total, enquanto o outro, só
marca a diferença para mais ou para menos.

O diferencial é o elemento mecânico que faz a compensação de


distância entre as rodas quando a direção é esterçada. Em uma curva para
a esquerda, por exemplo, as rodas do lado esquerdo irão percorrer menos
distância que as rodas do lado direito. O diferencial serve para compensar
essa distância através de um sistema de engrenagens cónicas plantearias e
satélites, roda de coroa e pinhão de ataque.
Se não fosse o diferencial a roda que percorre menos distância
começaria a patinar pois não precisa roas tantas vezes como extrema.
Caso seja necessário que as rodas girem na mesma velocidade e
percorram a mesma distancias é possível fazer o bloqueio do diferencial.
O bloqueio do diferencial consiste na ligação da engrenagem lateral
esquerda com a caixa do diferencial. Faz com que as rodas da direita e da
esquerda girem na mesma velocidade. Ele pode ser realizado por
acionamento mecânico ou acionamento eletro-hidráulico. Este artificio
somente pode ser executado com as rodas em linha reta, para não ocorrer
torção e quebra no conjunto.

AULA 3

Transmissão Power Shuttle

Transmissão mecânica Power Shuttle e sua principal diferença é que


utilizam embreagens hidráulicas a transmissão totalmente mecânica.

Modelo power shuttle mecânico, possui embreagens hidráulicas


para a inversão dos sentido frente e ré, as embreagens são controladas
por comandos mecânicos atráves de alavanca e cabos.
O que constituiu a transmissão: Alavanca de inversão manual,
válvula shuttle, pedal de embreagem mecânico, marchas mecânica,
conjunto de embreagens hidráulica.
Componentes da embreagem:
 Cubo;
 Disco de aço;
 Anel de encosto;
 Disco sinterizado;
 Mola velleville;
 Pistão;
 Campana;
 Pino.
A força chega do motor no eixo de entrada transferido para a
carcaça ilustrada em vermelho, chegando nos discos ilustrados em
verde na embreagem par frente e nos discos ilustrados em roxo na
embreagem para ré. Quando é selecionado frente ou ré a força dos
discos é transferida para os cubos que estão ilustrados em verde
após seguem para o eixo de saída do sentido selecionado.

Acionamento da alavanca de inversão


A alavanca de inversão mecânica deslocada a frente, comanda a
haste da válvula shuttle para direcionar p óleo para a embreagem a
frente

Dramper
Utilizados nos modelos da transmissão com embreagens
hidráulicas. A função do dramper a absorver as vibrações naturais
de funcionamento do motor e não permitir que elas afetem os
componentes da transmissão.

Transmissão eletrônica power shuttle


Essa transmissão utiliza acionamentos eletrônicos, alavanca
eletrônica, módulos eletrônicos e válvulas PWM.

Conjunto Reversor Power Shuttle Eletrônico


A inversão de sentido frente e ré neste modulo de transmissão é
efetuado através de uma alavanca eletrônica, módulos eletrônicos e
válvulas PWM sem a necessidade de acionamento de embreagem. O
pedal de embreagens eletrônica deve ser utilizada para manobras
precisas, como acoplar implementos e engate de marchas e gamas
mecânicas. Somente reverter o trator sempre parado para todos os
modelos.
 Alavanca FNR eletrônica;
 Válvula PWM;
 Pedal da embreagem com comando eletrônico.

Transmissão mecânica para engate de marchas e gamas


 Pedal da embreagem com comando eletrônico;
 Modulo;
 Alavanca FNR eletrônico sentido frente;
 Alavanca de marchas e gamas (mecânica);
 Eletroválvulas PWM.

Eletroválvula PWM
Está válvula PWM trabalha com o conceito de frequência que corresponde
ao número de oscilações ondas ou ciclos por segundo variando a tensão
elétrica.
O PWM funciona modulando o ciclo ativo de uma onda quadrada. O
conceito de funcionamento é simples, o controlador entrega uma serie de
pulsos, gerados em intervalos de igual duração que pode ser variada.

Acionamento da embreagem hidraulica na transmissão eletronica Power


Shuttle

As embreagens hidráulicas controladas eletronicamente requerem


calibração. Ao calibrar, o modulo atua na válvula PWM librado passagem
de óleo até o pistão de acionamento dos discos, deslocando o conjunto
até encontrar o ponto correto de contato com os discos. Após essa
verificação, o módulo define e grava em sua memória o valor de
calibração correto, suavizando a saída da máquina e evitando arraste e
desgaste prematuro no conjunto dos discos.
Calibração
O valor de calibração é definido pela corrente em mil-amperes, e quem
define este valor é o módulo. Para essa calibragem sempre deve-se
atentar no passo a passo e respeitando a temperatura correta do óleo na
transmissão. Esses parâmetros de passo a passo e o óleo correto
utilizando afetam diretamente no processo de calibração da máquina, que
se estiver incorreto poderá ocorrer desgaste prematuro de seus
componentes.

AULA 4
Transmissão Semi Power Shift

Esta transmissão é controlada por módulos e componentes


eletrônicos e as marchas e gamas são acopladas através de eletroválvulas
e válvulas PWM.
Para mudança de marchas eu não preciso da embreagem, apenas na
mudança de gamas.
Componentes:
 Alavanca FNR eletrônica;
 Pedal da embreagem;
 Alavanca multi-função;
 Viso digital de marchas;
 Eletroválvula;
 Válvula PWM.

Marchas:
Temos 5 embreagens onde cada válvula controla cada embreagem, para
avançar as marchas se deve combinas as embreagem, e usar os garfos
para acionar as gamas.

Conjunto de embreagens hidráulicas e sincronizadas na posição neutro:


 Saída no pinhão traseiro
 Conjunto Sincronizados
 Embreagens hidráulicas
 Entrada vindo do moto
AULA 05

Transmissão Full Power Shift

Principal diferença do sistema full para o normal:


Esse sistema tem PWM para as gamas e para as marchas, com
sistema eletro hidráulico, equipados nos modelos médios com potência
maior. Diferente do semi power shiffit que tem embreagens para as
marchas.
Temos uma alavanca multinação para controlar a rotação do motor
e temos um visor para mostrar em qual marcha está na máquina.

Temos embreagens das marchas valvula PWM para as marchas e


gamas, e embreagens só para as gamas.

Temos uma embreagem principal para suavizar o sistema e evitar


impactos.
Temos mais duas embreagens para o freio e para a tração.
Drop box tem a função de receber a rotação do motor e ampliar para a
entrada da transmissão, só equipa esses modelos de transmissão, mas só
tem em tratores maiores.
O eixo principal da transmissão não está diretamente ligada ao motor por
causa do drop box.

Conjunto de marchas, para formar as marchas utiliza-se as


embreagens c ½ c ¾ c 5/6 combinada cm as embreagens impar para todas
as marchas impar e par responsável pelas marchas par. Especifico para
este modelo tem a marcha ré e não gama ré como já vimos nos outros
modelos.
Embreagem principal, é especifica desse modelo responsável em
colocar a máquina em movimento independente de qual marcha esta
acoplada ou sentido selecionada, ela é a última a ser acionada para
colocar a máquina em movimento por causa do eixo de saída.
Conjunto de gamas, todas embreagens hidráulicas controladas por
PWM, tem gama baixa-media-alta.
Exemplo de marcha acoplada, a força do motor chega no Drop Box
transferindo a rotação do motor para o conjunto de marchas, quando
selecionamos a 1 marcha é pressurizado a embreagem do impar após a c1.
Gama baixa e por último colocando a máquina e movimento a
embreagem máster principal.

Componentes da transmissão FPS:

 Alavanca de inversão equipada com freio eletrônico Park;


 Pedal embreagem eletrônico;
 Painel de instrumento digital;
 Modulo da transmissão;
 Scroll ajuste fino da velocidade;
 Alavanca multi-função;
 PWM marchas.

Modelo de transmissão FPS composta por todo um conjunto de


embreagens hidráulicas e controlada por PWM, sua grande diferença é a
lógica de funcionamento, combinações de marchas e o formato de
montagem dos conjuntos, sua combinação de marcha é em formato de
cascata entrando RPM do motor no eixo primário e transferido em forma
vertical combinando as relações de marcha até o eixo de saída para ambos
os eixos finais.
PRIMEIRA VELOCIDADE DE AVANÇO
Conforme a alavanca FNRP é deslocada para fora do neutro para avanço,
pressão do óleo é a embreagem 2F no eixo da bomba e a embreagem 5F
no eixo de saída.
A medida que o pedal da embreagem é solto gradualmente, a pressão do
óleo começa a ser aplicada gradualmente a embreagem principal 4F no 4°
eixo. A potência do motor é então gradualmente transmitida ao eixo de
saída. O eixo de saída gira a mesma direção que o motor gira. Ao liberar
totalmente a embreagem, toda a pressão é aplicada a embreagem
principal e toda a potência do motor é transmitida ao eixo de saída.

PRIMEIRA VELOCIDADE DE MARCA RÉ

No momento que a alavanca de modo é deslocada para fora do neutro


para marcha a ré, a pressão do óleo é plicada a embreagem 1F no eixo de
entrada e a embreagem 5F no eixo de saída.
A medida que o pedal da embreagem é solto gradualmente, a pressão do
óleo começa a ser aplicada gradualmente a embreagem principal 4F no 4°
eixo. A potência do motor é então gradualmente transmitida ao eixo de
saída. Neste momento a engrenagem da embreagem 1F no eixo de
entrada está engrenada com a engrenagem no contra eixo, fazendo com
que o eixo de saída gire na direção oposta da rotação do motor.

AULA 6
TRANSMISSÃO CVT

A transmissão CVT 9constant variable transmission) ou seja de velocidade


variáveis constantes, com uma rotação constante do motor, permite ao
operador através de um manche, selecionar velocidade desde zero até a
velocidade máxima que o trator pode atingir, através de um sistema
hidrostático.
Como a transmissão possui várias embreagens de velocidade e também
de inversão, alguns componentes adicionais se tornam necessários, como:
válvula PWM, sensores de velocidade de entrada e saída, bomba
hidráulica hidrostática e motor hidrostático. Tudo isto controlado por
módulo eletrônico.

Só temo uma embreagem nesta transmissão o resto e com engrenagens

Componentes:
 Marchas mecânicas para frente e ré com excelente eficiência;
 Apenas uma embreagem hidráulica dupla controla toda a
transmissão para evitar perdas;
 Conjunto planetário que combina com o motor e motor hidráulico;
de velocidades;
 Bomba hidráulica de fluxo variável e de inversão de fluxo;
 Engrenagens helicoidais oferecem suavidade em as velocidades.

Conjunto espacional vai transferir a rotação para o eixo.


- A bomba hidráulica transforma energia mecânica em energia hidráulica e
o motor hidráulica transforma energia hidráulica em mecânica.

CONJUNTO EPICIFICO
Ele define a RPM , se o eixo de saída está ligada com o eixo principal vai
ter a mesma RPM, para controlar a RPM basta controlar a rotação do
motor.
Ex 1: O eixo de entrada da caixa fica parado, pois o conjunto anelar, anela
a rotação de entrada da caixa.
Ex 2: Neste caso a saída para a entrada da caixa é de 616 RPM
Ex 3: Nos três exemplos citados, foram colocados 3 condições fixas, porém
pode-se obter qualquer velocidade entra a mínima negativa e a máxima
positiva.
A transmissão CVT tem uma excelente eficiência, pouquíssimas perdas,
um funcionamento muito suave e conforto operacional do trator desde a
máquina parada até sua velocidade máxima de operação.

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