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Sistema de freio de automóveis

Com o avanço da tecnologia, os resultados apresentados pelo setor automobilístico são


cada dia mais surpreendentes, tanto em relação ao desempenho das peças quanto à
segurança que oferecem. Contudo, na mesma medida que os resultados melhoram, a
complexidade dos sistemas de freio cresce.
Desse modo, realizar a manutenção preventiva é uma preocupação recorrente entre
todos os motoristas que querem assegurar o bom funcionamento das peças automotivas
e do veículo como um todo — seja em vias urbanas, estradas ou pistas de corrida. Esse
tipo de cuidado garante a minimização de falhas técnicas e mau desempenho do
automóvel.
Ao contrário do que muitos podem pensar, a manutenção preventiva dos freios não é
dispendiosa e tampouco exige muito trabalho.
A importância de uma manutenção preventiva

A quantidade de componentes presentes em um sistema de freios tem sido cada vez


maior. Isso tem como objetivo potencializar os resultados das peças. No entanto, exige
que o proprietário faça check-ups periódicos e esteja sempre atento ao funcionamento de
seu veículo.
Afinal, quanto mais cedo qualquer falha ou dano for detectado, mais fácil será a correção.
Além disso, menores serão as chances de transtorno envolvendo os freios. Por isso,
explicar para os clientes a importância de uma manutenção preventiva é essencial.
Para além dos benefícios envolvendo segurança e eficiência do automóvel, você também
pode apontar a economia que a manutenção preventiva de freios gera ao reduzir — e
muito — as chances de falhas ou acidentes.
Porém, mais do que realizar a avaliação do veículo, é essencial conhecer melhor os
tipos de freio, o funcionamento de cada uma das peças que integra o sistema e escolher
peças de qualidade que garantam bons resultados.

Entendendo melhor os sistemas de freios

O sistema de freio a disco conta com uma série de componentes que atuam em
conjunto de modo a realizar a frenagem, tais como o cilindro mestre (responsável pelo
fornecimento de fluido), os tubos de metal (por onde passa o fluido), o pedal de freio, os
cilindros de roda, as pastilhas e os pistões.
O objetivo do freio é eliminar a energia cinética gerada pelo movimento do carro, para que
ele possa parar. Para tanto, o freio converte a energia cinética em calor, que será
dissipado com mais rapidez.
O disco é, na maior parte dos casos, feito de ferro fundido e acompanha o movimento da
roda. O tipo mais utilizado é o de sistema de pinça flutuante com um pistão, que fica em
uma parte fixa que envolve o disco. Nesse tipo de mecanismo existem 2 pastilhas que
realizam a fricção com o disco e fazem a frenagem.
O funcionamento do freio a disco se dá pelo aperto do pedal de freio, que gera uma
pressão hidráulica que é passada por todo o sistema empurrando o pistão (localizado no
interior da pinça de freio).
Com isso, as pastilhas também são empurradas e provocam a fricção dos discos de freio.
Essa fricção é responsável pela produção da força que reduz a velocidade do automóvel
pela conversão da energia cinética em calor.
O aquecimento é um fator que pode comprometer a eficiência do freio a disco. Contudo,
como esse tipo de sistema é mais exposto ao ar, o arrefecimento do disco é facilitado.
A força hidráulica corresponde à pressão produzida pela carga do condutor sobre o pedal
de freio. Quando acionado, o cilindro mestre gera a pressurização do fluido, conduz a
pressão exercida no pedal até as rodas e aciona os mecanismos de frenagem. Logo, o
freio hidráulico aplica a força de frenagem na mesma proporção em todas as
extremidades do veículo.
É importante ressaltar que a eficiência do freio é o resultado do trabalho conjunto de todas
as peças. Por esse motivo, a manutenção preventiva é imprescindível, além, é claro, da
utilização de peças nacionais ou importadas de qualidade e com tecnologia de ponta.

Freios de mão

O freio de mão, também conhecido como freio de estacionamento ou de emergência, é


uma trava secundária que tem a função de manter o automóvel parado quando ele já está
imóvel, independentemente do motor estar desligado ou não.
Ele tem atuação apenas sobre as rodas traseiras do veículo, por meio do acionamento
mecânico dos cabos que são tensionados pela alavanca do freio. Nele há um botão de
acionamento que deve ser pressionado apenas para destrave. Isso porque puxar o freio
de mão apertando o botão pode gerar estrangulamento.
A alavanca do freio de emergência não deve ser manuseada com muita força, sob o risco
de danificação do sistema interno.

Freio de ar
O sistema de freio de ar é utilizado para suportar cargas maiores, como no caso de trens
e caminhões. Funciona ao gerar mudanças na pressão do ar no interior do cilindro de
freio.
Nesse cilindro existe um pistão que usa a força do ar para movimentar uma haste que é
fixa nas sapatas. Ao acionar o sistema, o ar é pressionado no cilindro, transferindo a sua
força para a haste. Ela gera os movimentos necessários para que o atrito das sapatas de
freio em contato com a roda efetuem a frenagem
Esse modelo apresenta maior segurança, visto que, em sistemas hidráulicos, o carro
pode ficar sem freio caso ocorra algum vazamento de fluído. Já com o freio de ar, mesmo
que ocorra algum problema, o sistema continua funcionando.
No entanto, esse tipo de freio apresenta custos elevados e exige manutenção com maior
frequência.

Sistema de freio REF (Repartidor Eletrônico de Frenagem)


O sistema de freio REF caracteriza-se por atuar em conjunto com o freio ABS. Ele conta
com uma válvula sensível à carga que opera no eixo traseiro do automóvel, que distribui e
regula a força de frenagem adequada para cada roda.
Esse modelo aumenta a estabilidade do automóvel quando está com passageiros ou
bagagens, pois divide a força de frenagem entre as rodas. Outros equipamentos e
sistemas de seguranças também atuam com o ABS.

Sistema de freios ABS e Top Brake


O sistema de freio ABS (Anti-lock Braking System), também conhecido como Sistema
Antibloqueio de Freio, foi desenvolvido para evitar o travamento das rodas, que pode
resultar no descontrole do carro.
Esse sistema trabalha com um conjunto de sensores que monitoram e comparam a
rotação de cada roda com a velocidade do veículo, enviando sinais para a central. Ela,
por sua vez, reduz a pressão do freio para que não haja o travamento.
Já o sistema de freio Top Brake é utilizado em motores de linha pesada. Foi desenvolvido
com o objetivo de otimizar o desempenho do sistema de freio e aumentar a durabilidade
dos seus componentes. Utiliza parte da força do tempo de compreensão, junto com a
força de expulsão do motor, para aumentar a pressão acumulada no coletor do escape.

Sistema de freio a tambor


O sistema de freio a tambor apresenta um funcionamento bem parecido com o disco de
freio, mas utiliza a pinça para pressionar as sapatas. Elas contam com lonas fixas como
material que causa atrito contra o tambor. Esse, por sua vez, fica localizado na ponta do
eixo que é parafusado à roda. Ou seja, ao pressionar a parte interna do tambor, as rodas
do automóvel perdem velocidade.
Ao identificar desgaste nos tambores, é necessário realizar a retificação para que fiquem
lisos novamente. Lembrando sempre de observar a espessura mínima indicada do
fabricante.

Freio a disco
Um sistema de freio a disco costuma ser fabricado em ferro fundido ou cerâmica e é
formado por um conjunto de componentes que operam de modo a promover a frenagem
do veículo. Os principais são:
• pedal de freio;
• cilindro mestre, responsável pelo fornecimento de fluido para o circuito hidráulico;
• mangueiras flexíveis e tubos de metal, nos quais os fluidos de freio circulam;
• pistões;
• alavanca do freio de mão;
• pastilhas de freio.
Ao entrar em movimento, o automóvel gera energia cinética, e o sistema de freios se
ocupa de eliminar essa energia para que o veículo possa parar. Para tanto, o freio a disco
converte a energia cinética em calor (muitos freios a disco são ventilados).
Nos freios a disco modernos o pedal é ligado às rodas, e a alavanca apresenta um
sistema de serrilha que mantém o veículo travado.
O sistema hidráulico de freio apresenta inúmeras vantagens em relação aos acionados
mecanicamente. Além de mais flexível, auto lubrificado e silencioso, o freio hidráulico é
capaz de aplicar a força de frenagem com a mesma intensidade em todos os lados do
veículo.
Caso um dos freios seja submetido a um esforço maior que os demais, ele poderá perder
sua eficiência com mais rapidez, o que gera uma frenagem desigual e pode resultar em
derrapagens.

Conheça os componentes do sistema de freios


Veja, a seguir, quais são os principais componentes que formam o sistema de freios de
um veículo.

Pedal
O pedal é o acionador do freio. Não é comum que esse componente necessite de trocas.
Em casos de acidentes, no entanto, é preciso substituir partes que foram comprometidas.

Servo freio
Com o objetivo principal de auxiliar o funcionamento do freio, o servo volta todo seu
sistema para a força exercida sobre o pedal. Contudo, o maior problema dessa peça
é deixar o pedal do carro mais pesado.
Caso isso ocorra, é necessário trocar a peça. Lembrando que o ideal é que ela seja
trocado sempre que a marca de 120 mil quilômetros rodados for alcançada.

Cilindro mestre
É o responsável pelo abastecimento do cilindro do freio com fluido, que é extraído do
reservatório e transforma a pressão mecânica dos pedais em pressão hidráulica.
O cilindro mestre suporta mais de 100 mil quilômetros rodados desde que a manutenção
preventiva seja realizada corretamente, ou seja: com a troca do fluido a cada 10 mil
quilômetros rodados.

Canos e mangueiras
Os canos e mangueiras são os responsáveis pelo transporte dos fluidos do cilindro mestre
para as rodas. A principal falha que costuma ocorrer nesse tipo de peça é o vazamento de
líquido e, consequentemente, a perda do freio, o que pode gerar sérios acidentes.
Para que isso não ocorra, é necessário checar essas peças em todas as trocas de óleo.

Pastilha
Essas são as peças que entram em contato com o disco de freio e param o automóvel.
Devido ao fato de estarem sempre em atrito com o disco de freio, elas tendem a se
desgastar com mais velocidade, o que reduz o poder de frenagem.
Por esse motivo, sempre que perceber que o veículo está enfrentando dificuldades para
parar, verifique a necessidade de trocar as pastilhas. Não há um prazo de troca
predefinido. Contudo, é recomendado que a substituição seja realizada a cada 20 mil
quilômetros rodados.

Discos
Os discos são uma das mais importantes peças de um sistema de freio e também uma
das que podem apresentar mais diversidade de falhas. Eles podem quebrar, entortar ou
ficar gastos. Caso qualquer uma dessas opções ocorra, é possível haver trepidações, o
que, por consequência, poderá danificar as pastilhas de freio.
Os discos de freio devem ser avaliados em todas as manutenções preventivas. Não há
prazo específico para a troca. Logo, o ideal é investir em peças de alta duração e
qualidade.

Lonas
Presentes nos freios traseiros, as lonas são as responsáveis pelo atrito das rodas com os
tambores de freio. Elas realizam o travamento do carro quando o freio de mão está
acionado.
Quando essa peça se desgasta, a capacidade de frenagem da roda traseira é
comprometida, o que também prejudica o funcionamento do freio de mão.

Tambores
Essas peças ficam posicionadas em volta das lonas de freio, nas rodas de trás do veículo.
Ao acionar o freio, a lona entra em contato com o tambor que, por sua vez, faz com que o
veículo pare.
Os tambores também não apresentam um prazo predeterminado para troca. Portanto,
além de priorizar peças de alta competência, o motorista deve sempre atentar à eficiência
do freio traseiro.

Saiba como realizar a manutenção dos freios de um


veículo
Assim como em qualquer sistema presente no seu automóvel, é imprescindível realizar
manutenções preventivas nos freios. Até porque, trata-se de um sistema essencial para a
segurança dos ocupantes do veículo.
Por ser um sistema que tem como função a ação do atrito para reduzir a velocidade das
rodas, é normal que os componentes e peças apresentem desgaste com o tempo.
A alta temperatura é um dos principais agravantes na deterioração desses elementos.
Tendo isso em mente, é necessário inspecionar o cilindro mestre junto do freio para
verificar se eles não apresentam vazamentos e, por consequência, perda de
desempenho. No geral, quando esses componentes estão manifestando defeitos, é
possível chegar com o pedal de freio até o fundo e não sentir que o automóvel está
freando.
As tubulações e flexíveis também precisam ser observados, para verificar se estão
apresentando vazamentos. Já os flexíveis que executam muito mais trabalho, localizados
próximos às rodas, exigem uma atenção ainda maior na hora da inspeção.
As pinças de freio devem ser verificadas em cada revisão. É preciso inspecionar todos os
componentes e peças, como retentores e coifas, e o estado de lubrificação. Caso seja
necessário, efetue a limpeza nas sedes da pastilha, lubrificando os pinos guias do
cavalete flutuante.
O tambor é outra peça essencial do sistema de freio e deve ser verificado para corrigir
possíveis falhas na lubrificação ou vazamentos do cilindro de roda. Lembrando que é
fundamental efetuar uma boa limpeza do sistema.
E por fim, as pastilhas de freio próximas às lonas traseiras devem ser trocadas no caso de
apresentarem espessura inferior à permitida pelo fabricante na área de contato.
As recomendações dos fabricantes sempre devem ser seguidas para uma boa
manutenção preventiva do sistema de freios.

O impacto de um material de qualidade para uma boa


manutenção
Quando o assunto é qualidade de peças automotivas, a primeira coisa que o motorista
precisa entender é que não é um luxo priorizar itens de alta performance. Trata-se de um
investimento que traz retornos tanto no que se refere ao custo-benefício quanto à
segurança do veículo e de todos que o utilizarem como meio de locomoção.
Além disso, mais do que selecionar peças que garantam um bom funcionamento do
sistema de freio, é importante escolher empresas que se adequem às normas de
segurança e qualidade exigidos pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia).
As vantagens em adquirir peças de qualidade abrangem desde a melhoria do sistema de
freio, até a confiabilidade dos produtos. Além disso, fabricantes sérias
oferecem assistência em caso de qualquer problema.
Entenda os principais sinais para a troca do freio
O primeiro passo para verificar se o sistema de freios está funcionando da maneira
adequada é observar o painel eletrônico no carro — uma luz acenderá em casos de
problemas mais sérios.
Também é importante ficar sempre atento a vibrações no volante ou ruídos no pedal.
Caso isso aconteça, a troca dos componentes deve ser efetuada. Além disso, as pastilhas
de freio apresentam um limite de desgaste que deve ser verificado.
Como não existe um prazo predefinido para substituir os componentes de um sistema de
freios, é imprescindível examinar frequentemente os desgastes das peças de acordo com
o uso do veículo. O ideal é fazer a manutenção preventiva com periodicidade.

Os 3 principais benefícios da manutenção preventiva


dos freios
Existem diversos benefícios na realização da manutenção preventiva dos freios de um
carro. A realidade é que, muitas vezes, esse serviço tem um custo que pode ser
considerado mínimo em relação à segurança que oferece — e é exatamente isso que
você deverá explicar para os seus clientes.
A seguir, veja quais são as 3 principais vantagens da manutenção preventiva de freios e
descubra como convencer seus clientes a revisar o sistema de seus
veículos periodicamente.

1. Mais comodidade e segurança para os seus clientes


Ao realizar a manutenção preventiva do sistema de freios, é possível otimizar o
desempenho do veículo, garantindo que falhas e desajustes não comprometam a
frenagem do automóvel.
Lembre-se que a principal preocupação do motorista é o conforto e a segurança, e
problemas nesse sistema podem gerar graves acidentes.
Por isso, incentivar que seus clientes busquem sempre a manutenção preventiva
assegurará que as chances de riscos ou falhas com o carro sejam minimizadas.

2. Proteção contra imprevistos


Na hora de avaliar o sistema de freios, pergunte ao cliente se ele percebeu qualquer
irregularidade no funcionamento do veículo. Em seguida, faça sua análise de maneira
minuciosa.
Qualquer segundo pode ser essencial quando o assunto é dirigir um automóvel. Reforce
sempre, junto aos seus clientes, a importância de se prevenir, ou seja, verificar com
regularidade os desgastes de todos os componentes do sistema de freios do carro e
efetuar os ajustes e trocas necessárias.
3. Maior economia na hora de trocar peças e componentes
É provável que alguns clientes apresentem uma certa resistência em pagar regularmente
pela sua avaliação profissional do sistema de freios. Porém, o que você precisa fazer é
convencê-los de que ser pego de surpresa e precisar repor uma peça ou componente
pode resultar em gastos muito maiores do que os de uma manutenção preventiva.
Ressalte também que manter uma frequência para a manutenção de freio significa prezar
pela valorização do automóvel. Afinal, cuidar do estado do carro é imprescindível para
que, na hora de revender o veículo usado, não haja prejuízo.
Isso porque as condições do motor e do sistema de freios são tão importantes quanto a
aparência e o modelo do veículo na hora de cotar o seu valor no mercado. Logo, cuidar
do seu sistema de freios é também um investimento.
O sistema de freios é, sem dúvida, um dos componentes de segurança de maior
importância em um automóvel, independentemente da modalidade de uso (urbano,
estrada ou pistas de corrida). Atualmente, o cuidado com esse sistema tem sido ainda
mais crucial devido às tecnologias utilizadas, como o ABS (sistema que impede o
derrapamento em freadas) e o EBD (que possibilita um maior controle de tração por meio
dos freios).
Logo, realizar sempre a manutenção preventiva de modo a detectar falhas ou desgastes
que possam gerar gastos altos ou problemas graves no futuro é oferecer um serviço de
qualidade. Isso será determinante para a fidelização dos seus clientes, que passarão a
confiar ainda mais no seu trabalho e divulgarão sua empresa.
Com isso, você também estará garantindo um transporte confortável e seguro para seus
clientes e todos que eles transportarem em seus veículos, tanto no dia a dia quanto na
hora de passear e pegar a estrada.
Lembrando que a qualidade das peças que você utiliza na sua oficina vão determinar, em
grande parte, a saúde e performance do seu trabalho ao longo do tempo. Os principais
pontos a serem avaliados para definir a qualidade das peças são: alta durabilidade,
confiabilidade, segurança e, claro, preços que representam um bom custo-benefício tanto
para você quanto para seus clientes.

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