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Os primeiros tractores
ANTIGAMENTE ERA ASSIM...

de Louis Renault

Louis Renault (1877-1944)

conduzindo o seu primeiro
automóvel nas ruas de Paris.
O carro foi construído em
1898, equipava com um
motor “De Dion” (fabricante
francês de automóveis e de
trens de caminho de ferro),
de 273 c.c., a gasolina.

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A
História dos tractores Renault começou no final do
ano 1918 quando, depois da Primeira Guerra Mun-
dial, o industrial francês de automóveis adaptou os
tanques de assalto (modelo FT) do exército francês, de sua
autoria, convertendo-os em veículos agrícolas de rasto con-
tínuo (versão HI), para acudirem à necessidade imperiosa
de produzir alimentos, numa Europa completamente devas-
tada em milhares e milhares de hectares, por quatro anos de
um conflito bélico arrasador.

Os HI, de lagartas, marco do pioneirismo no fabrico de trac-

tores Renault, depois de sofrerem as alterações que se
impunham para um regular funcionamento em todas as ope-
rações de campo, prestaram um serviço alargado e de pri-
meira classe à lavoura francesa através do apoio que deram,
aos agricultores, as voluntariosas “Baterias de Trabalho”
(“Batteries de Labour”) —, movimento formado por milita-
res do exército francês, constituído por jovens hábeis em
manejar os referidos tanques de assalto e plenamente reali-
zados por, em vez de terem de matar para se defender, pas- Linha de montagem dos tanques de guerra da Renault (1918)
sarem a contribuir para matar a fome dos seus conterrâneos.
Com efeito, os restantes tanques que sobreviveram, aliados
à capacidade de produção dos estabelecimentos fabris da
Renault, acabaram por formar um verdadeiro “exército” de
máquinas de alta produção de alimentos.

Os infatigáveis HI da Renault cobriam

praticamente todas as tarefas de campo
necessárias, desde a mobilização de solos
a operações de transmissão de potência a
máquinas estacionárias, como também
em operações florestais.

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No que respeita ao primeiro tractor de rodas concebido e construí-


do pela Renault, o mesmo data do ano 1921. Trata-se do modelo do
tipo HO, com motor de 4 cilindros 85x140, a gasolina, potência
média de 20 cv às 1.600 rpm e peso em vazio de 2.100 kg. O HO
montava um rodado metálico com garras de tracção para trabalhos
de campo ou, na versão destinada a estrada, com rodas de piso em
borracha maciça.
Do fim da primeira guerra ao início da segunda, a Renault acompa-
nhou o desenvolvimento dos seus tractores com inovações e novos
modelos, tanto na gama de máquinas de rasto contínuo como na de
rodas, indo ao encontro das exigências da época com transmissões
para melhores rendimentos, aumento de potências, conforto de ope-
ração e, por último (1938), com a utilização de motores diesel. Neste
período, a Renault apresenta o tractor concebido para trabalhar em

O primeiro tractor Renault de rodas (HO)

apresentava um design exterior moderno para
a época, especificações ao nível dos tractores
da sua classe e a garantia de qualidade
reconhecida pelo nome da reconhecida marca
Renault (através dos automóveis).

Pela carência e elevada carestia do preço da

gasolina, a partir de uma determinada altura os
tractores de rasto HI passaram a utilizar como
combustível o gasogénio, o que explica o
enorme depósito e a série de tubos que empresta
à foto uma aparência grotesca.

(1920) Imagem exterior da primeira série de tractores, de modelo único HI,

da Renault. Equipava com : motor de 4 cilindros (95x160), a gasolina, para
uma potência média de 20 cv às 1.000 rpm, embraiagem cónica e 3
velocidades para a frente + 1 para trás. O tempo de duração de fabrico do
modelo HI prolongou-se de 1920 até 1927.

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vinhas — o VY —, tornando-se desde então e até aos últimos dias
em que a marca se manteve no mercado como uma referência a
seguir no que concerne a Tractores Especializados para plantações
em linhas estreitas.
O VY da Renault foi fabricado durante seis anos (1933 a 1939),
apresentando-se nas suas últimas versões já com motor diesel de 4
cilindros 95x160, cilindrada de 4.360 c.c., potência média de 30 cv
às 1.200 rpm e com o peso em vazio de 1.450 kg.
Por ordem cronológica entre as duas grandes guerras mundiais, para
além dos modelos indicados, a Renault marcou a sua presença no
mercado com outros novos modelos convencionais e vinhateiros, de
rodas e rastos: séries “PE” – “YI” – “GP” e “AFX”, abaixo ilustra-
dos —, os últimos dos quais já com características definitivas em
séries seguintes, como motorizações diesel e de maior potência (até
50 cv), rodado pneumático, comandos ergonómicos, gama de velo-
cidades…
Depois da Segunda Guerra Mundial , graças ao Plano Marshall de
ajuda americana aos países aliados da Europa, no Programa de
Recuperação Europeia, o parque de tractores de França passou de 40
mil tractores em 1945 para 1 milhão de unidades em 1953 (dos quais
200 mil eram da marca Renault).

a, o
de acção da cultura da vinha em Franç
Com a adequação ao amplo campo
VY da Renault teve de imed iato uma enorme aceitação no mercado
vinhateiro tendo
desenvolvido, no resto da Europa —,
nacional e, posteriormente, depois de de tractores que a Renault veio a
todas as séries Vinh ateiras
servido de modelo para s.
ncia a seguir pelos seus concorrente
fabricar, assim como foi uma referê

Série PE, em várias versões construídas entre 1926 e 1937. Motor a gasolina e/ou
Séries “YI” – “GP” e “AFX” em trabalho de campo.
gasogénio, 4 cilindros (75x120), 20 cv a 1700 rpm e peso em vazio de 1.800 kg.

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OS PRIMEIROS TRACTORES
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