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Resumo
A Norma Regulamentadora – NR-9 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e
implementação, por parte de todos os empregadores, do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais – PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores,
através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de
riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. A Higiene do
Trabalho, segundo a American Industrial Higienist Association – A.I.H.A, é a ciência que se
dedica a realizar todas as etapas supracitadas acima, e ainda quantificar esses riscos através
de medições dos possíveis agentes, comparando-os com os valores dos limites de tolerância
estipulados na legislação. O presente artigo tem o intuito de demonstrar a importância do
PPRA e das análises qualitativas e quantitativas expostas no mesmo no que tange a Segurança
e a Saúde no Trabalho.
Palavras-chave: Norma Regulamentadora nº 9, Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais, Higiene Ocupacional, Análises Qualitativas e Quantitativas
ABSTRACT
1
- Bacharel em Engenharia, especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.
2
Graduado em Engenharia, especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.
3
- Bacharel em Engenharia Florestal, especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.
4
Mestre em Ecologia, especialista em Gestão Ambiental, Educação Ambiental e Direito Ambiental, graduado
em Tecnologia Ambiental.
5
Doutor em Ciência e Engenharia dos Materiais, Mestrado em Ciência e Engenharia de Materiais, Graduado em
Engenharia de Materiais.
REVISTA DON DOMÊNICO
Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Faculdade Don Domênico
7ª Edição – Junho de 2015 - ISSN 2177-4641
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Normas
Assunto abordado
Regulamentadoras
NR – 1 Disposições Gerais
NR – 2 Inspeção Prévia
NR – 3 Embargo ou Interdição
NR – 4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SSMT
NR – 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
NR – 6 Equipamentos de Proteção Individual – EPI
NR – 7 Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO
NR – 8 Edificações
NR – 9 Programas de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA
NR – 10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
NR – 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR – 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
NR – 13 Caldeiras e Vasos de Pressão
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NR – 14 Fornos
NR – 15 Atividades e Operações Insalubres
NR – 16 Atividades e Operações Perigosas
NR – 17 Ergonomia
NR – 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
NR – 19 Explosivos
NR – 20 Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis
NR – 21 Trabalho a Céu Aberto
NR – 22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
NR – 23 Proteção Contra Incêndios
NR – 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
NR – 25 Resíduos Industriais
NR – 26 Sinalização de Segurança
NR – 27 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB
NR – 28 Fiscalização e Penalidades
NR – 29 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
NR – 30 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária,
NR – 31
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
NR – 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
NR – 33 Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
NR – 34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval
NR – 35 Trabalho em Altura
Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e
NR – 36
Derivados.
curto e médio prazo, visem à solução dos problemas ambientais detectados, que venham
trazer riscos à saúde das pessoas, causarem acidentes ou até mesmo causar danos materiais ao
patrimônio da Empresa.
De acordo com a NR-9, item 9.2.2, “o PPRA deve ser descrito num documento-base
contendo todos os aspectos estruturais especificados.” (SEGURANÇA E MEDICINA DO
TRABALHO, 2011, p. 98).
Neste documento-base, além das avaliações qualitativas, devemos realizar avaliações
quantitativas sempre que necessária para:
Como já comentado neste artigo, o PPRA é implementado para controlar os riscos aos
quais os trabalhadores estão expostos. Quando há riscos, significa que o trabalhador está em
um ambiente insalubre, ou seja, contaminado por agentes físicos, químicos ou biológicos, que
pode vir a desenvolver uma doença capaz de incapacitar para o trabalho.
Se tratarmos apenas a consequência, que é a doença, e não a causa básica fundamental,
que é a exposição a ambiente contaminado, o ciclo nunca se encerrará.
A partir disso, devemos tratar também o ambiente; para isso devemos fazer um
reconhecimento para saber quais os agentes prejudiciais presentes nesse ambiente de trabalho,
fazer uma avaliação para saber se existe risco à saúde e adotar uma medida de controle, com o
suporte da Higiene Ocupacional.
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Este estudo de revisão bibliográfica visa à criação de um manual simples e eficaz para
a implementação de um Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais para os profissionais
iniciantes na área de Segurança e Medicina do trabalho, envolvendo desde o documento-base
(documentação necessário para realizar a gestão na Empresa) até as técnicas de análises
quantitativas em campo.
1. Legislação Aplicável
2. Fundamentação teórica
Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise
global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes
necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades;
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Físico
Químico
Biológico
Ergonômico
Acidente
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Barsano (2011) acredita que devem ser adotadas as medidas necessárias suficientes
para a eliminação, a minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem
verificadas uma ou mais das seguintes situações:
2.8.1 Do empregador
2.8.2 Do trabalhador
3. Avaliações Quantitativas
Ruído
Vibrações
Temperaturas extremas
Agentes Físicos
Pressões anormais
Radiações ionizantes
Radiações não ionizantes
Gases e vapores
Agentes Químicos
Aerodispersóides: poeiras, fumos, névoas, neblinas (fibras)
Vírus
Agentes Biológicos Bactérias
Fungos, algas e parasitas
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a) Agentes químicos
Metodologias:
o National Institute for Occupational Safety and Health – NIOSH;
o Occupational Safety and Health Administration – OSHA;
o De fabricantes ou desenvolvidos por laboratórios particulares.
Roteiro:
o Reconhecimento dos riscos;
o Disponibilidade de limite de tolerância;
o Disponibilidade de metodologia;
o Seleção dos meios de amostragem;
o Estratégia de amostragem;
o Análise química;
o Interpretação.
Nota
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Branco de Campo: amostrador idêntico aqueles que serão usados para as amostras de campo,
que é aberto e fechado imediatamente sem exposição ao ar ou passagem de ar com auxílio de
bombas. Finalidade: controle sobre a manipulação das amostras.
Estratégia de amostragem:
Questão Resposta
Onde amostrar? Amostra pessoal, amostra ambiental, amostra junto a fonte
Quem amostrar? Trabalhador envolvido na atividade ou próximo dela
Duração da Amostragem Amostragem de longo ou curto tempo
Trabalhadores de maior risco suspeito, grupo de exposição
Número de Amostras
semelhante e amostras repetidas
Ao longo da jornada, alguma atividade específica, dia da
Período da Amostragem semana, escolha do processo, escolha do produto em
fabricação
Fonte: FERNANDES, 2012.
Exemplos de equipamentos:
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Calibração Amostragem
Figura 2 – Exemplos de Equipamentos
b) Agentes biológicos
Metodologias:
o Organização Mundial da Saúde – OMS;
o Diretiva 90/679 da Comunidade Econômica Européia (CEE).
Roteiro:
o Coleta de amostras;
o Seleção dos exames periódicos;
o Vacinação;
o Análise laboratorial;
o Interpretação.
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Estratégia de Amostragem:
o Tipo de contaminante e efeitos individuais e combinados;
o Causas da contaminação;
o Vias de entrada;
o Tempo real de exposição;
o Tipo de proteção utilizada e sua eficiência;
o Vias de eliminação;
o Melhorias técnicas que se podem adotar;
o Tipo de atividade.
Técnicas de Amostragem:
o Ambiental:
Sedimentação;
Coleta em meio líquido;
Filtração;
Impactação.
o Em superfícies:
Placa de contato;
Esfregaço.
c) Agentes físicos
Metodologias:
o ACGIH – American Conference of Govermental Industrial Hygienists.
o Portaria 3.214/78, NR-15.
Roteiro:
o Reconhecimento dos riscos;
o Disponibilidade de limite de tolerância;
o Disponibilidade de metodologia;
o Seleção dos meios de amostragem;
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o Estratégia de amostragem;
o Análise física;
o Interpretação.
Exemplos de equipamentos:
Conclusão
Referências Bibliográficas
[1] Segurança e Medicina do Trabalho: Manual de Legislação. Editora: Atlas, 67ª Edição.
São Paulo: 2011. 867 p.
[3] BARSANO, Paulo R. Segurança do Trabalho. Editora: Livre Expressão, 1ª edição. São
Paulo: 2011.