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Curso: DIREITO NOTA

Disciplina: Teoria Geral do Direito


UNIMES Prof. Dr. Rafael Quaresma Viva
Trabalho: T1 (NOITE) – VALOR: a definir

Nome do aluno: RA: Turma:

Assinatura do aluno: Data do Trabalho:


21/09/2021

INSTRUÇÕES
1. Essa atividade compreende a resolução de casos práticos.
2. Sua duração equivale ao tempo da aula (não sendo permitido tempo adicional).
3. Realize o exercício com a câmera aberta.
4. Essa atividade pode ser feita em dupla, remotamente, e com consulta livre.

TRABALHO

1. Leia e analise os seguintes julgados abaixo, relacionando-os aos ramos do Direito Positivo a
que pertencem. Admite-se mais de um ramo por resposta. Explique, sucintamente, sua
resposta, citando os trechos do julgado que justifiquem a associação ao ramo do direito
escolhido.

“DANO MORAL. ATRASO NO PAGAMENTO DE SALÁRIO E VERBAS


RESCISÓRIAS. INDENIZAÇÃO DEVIDA. São danos morais aqueles que se
qualificam em razão da esfera da subjetividade ou plano valorativo da pessoa na
sociedade, havendo, necessariamente, que atingir o foro íntimo da pessoa humana
ou o da própria valoração pessoal no meio em que vive, atua ou que possa de
alguma forma repercutir. O não pagamento das verbas rescisórias e salários sem
qualquer justificativa ofende o contrato civil, que é, via de regra, de natureza
patrimonial. No caso de contrato de trabalho, contudo, a ofensa transcende a
questão patrimonial e passa a afrontar o meio de subsistência do trabalhador. Não
se pode negar que o não pagamento de salários ou das verbas rescisórias ou o seu
pagamento tardio, viola o princípio da dignidade da pessoa humana e abala a
intimidade do trabalhador, que como qualquer pessoa, tem inúmeras obrigações a
serem saldadas em datas aprazadas, o que é feito com o salário que recebe e com
maior dificuldade ainda com as verbas rescisórias. O não pagamento ou o
pagamento a destempo gera grande aflição moral ao trabalhador. Isto porque o
trabalhador se vê, de uma hora outra, sem condição de cumprir as obrigações
anteriormente assumidas. Ser provedor de uma família é situação pessoal do
empregado demitido que agrava sua lesão moral. Indenização devida” (TRT/SP, 14ª
Turma, 00032262220135020084. Relator Des. Francisco Ferreira Jorge Neto. 14ª
Turma. DEJT 20.03.2015).

“A responsabilidade pelo fornecimento do material de trabalho é da


Administração, assim como a de atender às solicitações de reposição em prazo
razoável, não incumbindo ao policial militar solicitante cobrar o cumprimento de tal
serviço, uma vez que as despesas relativas ao fornecimento das peças e uniformes
obrigatórios para o exercício da atividade policial, cabe exclusivamente à
Administração Militar. Recurso que não comporta provimento. Mantida a Sentença”
(TJM, 2º Câm., Apel. nº 004940/2020, Rel. Des. Avivaldi Nogueira Jr., j. em
11/02/2021).

“APELAÇÃO CÍVEL. Execução fiscal. Auto de infração do exercício de 2001.


Prescrição intercorrente. Inocorrência. Execução proposta após a alteração da
redação do art. 174 do CTN. Interrupção da prescrição pela citação do devedor.
Jurisprudência do STJ firmada no REsp nº 1.340.553-RS, submetido à sistemática
dos recursos repetitivos. Ausência de paralisação do feito por período superior a 5
anos. Inteligência do art. 40 da Lei nº 6.830/80 e Súmula 314 do STJ. Sentença
reformada. Recurso provido” (TJSP, 15ª Câm. de Dir. Públ., Apel. nº 0015349-
27.2006.8.26.0198, Rel. Des. Eutálio Porto, j. em 01/04/2021).

“APELAÇÃO CRIMINAL. RECEPTAÇÃO. Absolvição por insuficiência


probatória ou atipicidade da conduta. Descabimento. Materialidade e autoria
comprovadas. Prova cabal a demonstrar que o recorrente recebeu a motocicleta que
sabia ser produto de crime. Desclassificação para a forma culposa do delito.
Inadmissibilidade. Não se vislumbra quaisquer resquícios de possibilidade de
aquisição do bem de forma lícita. Pena corretamente calculada, de forma
fundamentada e respeitado o critério trifásico. Regime fixado adequado e compatível
com a gravidade do delito perpetrado. Isenção do pagamento das custas
processuais. Descabimento. RECURSO DEFENSIVO NÃO PROVIDO” (TJSP, 9ª
Câm. de Dir. Crim., Apel. nº 1506883-27.2018.8.26.0625, Rela. Desa. Fátima
Gomes, j. em 03/04/2021).

“ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA.


LEI Nº 7.369, DE 20.09.1985, REGULAMENTADA PELO DECRETO Nº 93.412, DE
14.10.1986. EXTENSÃO DO DIREITO AOS CABISTAS, INSTALADORES E
REPARADORES DE LINHAS E APARELHOS EM EMPRESA DE TELEFONIA (DJ
25.04.2007). É devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas,
instaladores e reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia, desde
que, no exercício de suas funções, fiquem expostos a condições de risco
equivalente ao do trabalho exercido em contato com sistema elétrico de potência”.

“AÇÃO CIVIL PÚBLICA. Improbidade administrativa. Insurgência contra


decisão que recebe a petição inicial. Petição inicial que satisfaz os requisitos do art.
319 do CPC. Apresentação de documentação lastreando as alegações. Alegação de
não ocorrência de atos de improbidade. Discussão que abarca as questões de
fundo. Fase processual que possibilita cognição primária e não exauriente da
petição inicial e da resposta preliminar Inteligência do art. 17, §8º, da Lei 8.429/92.
Recurso não provido” (TJSP, 6ª Câm. de Dir. Públ. AI nº 2252442-
27.2020.8.26.0000, Rel. Des. Reinaldo Miluzzi, j. em 29/03/2021).

“Apelação. Prestação de serviços educacionais. Ação monitória. Sentença


julgando extinto o processo nos termos do artigo 485, III, do CPC, em razão do
abandono processual da Autora. Ainda que a intimação da Autora não tenha se
dado nos termos do art. 183, § 1º, do CPC, a extinção da ação deve ser mantida,
embora sob fundamento diverso. Necessidade de reconhecimento, de ofício, da
ocorrência da prescrição do título que embasou a ação. Interrupção do prazo
prescricional que somente ocorre com a citação válida, nos termos do artigo 240, §
1º do CPC. Citação da Ré não efetivada após o transcurso de quase 5 (cinco) anos
do ajuizamento da ação. Desídia da Autora ao deixar de providenciar as diligências
necessárias para a efetivação da citação no prazo legal, inclusive a citação por
edital. Demora da citação que não ocorreu por motivos inerentes a mecanismos da
justiça. Inaplicabilidade da Súmula 106 do STJ. Prescrição consumada. Efeito
translativo do recurso, a permitir o conhecimento das questões de ordem pública,
ainda que não veiculadas no recurso. Sentença reformada, de ofício, para o fim de
se extinguir a ação monitória, com fulcro no artigo 487, II, do CPC. Pretensão
recursal prejudicada. RECURSO NÃO CONHECIDO” (TJSP, 34ª Câm. de Dir. Priv.,
Apel. nº 72-78.2015.8.26.0362, Rel. Des. L. G. Costa Wagner, j. em 29/03/2021).

“Processual civil. Nulidade da sentença. Inocorrência. Sentença proferida com


o rigor processual exigido no Código de Processo Civil e na Constituição Federal.
Preliminar rejeitada. Ação civil pública. Improbidade administrativa. Município de
Leme. Desvio de dinheiro da Superintendência de Água e Esgoto da Cidade de
Leme - SAECIL. Conluio entre os réus. Dolo presente. Ato ímprobo caracterizado.
Recursos parcialmente providos, reexame necessário desprovido” (TJSP, 13ª Câm.
de Dir. Públ., Apel. nº 533-36.2009.8.26.0318, Rel. Des. Borelli Thomaz, j. em
31/03/2021).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO


CAUTELAR ANTECEDENTE. CONCESSÃO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
GRATUITA. INDEFERIMENTO. ELEMENTOS DE PROVA QUE EVIDENCIAM A
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA DO REQUERENTE. DECISÃO MANTIDA.
RECURSO NÃO PROVIDO. Conquanto a norma invocada para a concessão de tal
benesse refira a mero pedido subscrito pelo requerente, é evidente que este fato
não tira o prudente arbítrio do juiz em analisar o pedido ante as circunstâncias
fáticas e as provas produzidas nos autos” (TJSP, 31ª Câm. de Dir. Priv., AI nº
2060337-86.2021.8.26.0000, Rel. Des. Paulo Ayrosa, j. em 03/04/2021).

“APELAÇÃO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. ICMS. CERCEAMENTO


DE DEFESA. Pretensão de extinção do crédito tributário, objeto do AIIM 3.037.639-
7. Juiz que indeferiu a prova de perícia contábil e julgou antecipadamente a lide.
Sentença que julgou improcedentes os pedidos, ao fundamento de que a
embargante não comprovou a regularidade das operações realizadas Cerceamento
de defesa. Ocorrência. Postulada a produção de prova, incabível a sua rejeição,
para na sentença concluir que a parte não tenha se desincumbido de seu ônus
probatório. Impossibilidade de se impedir a produção da prova pleiteada pela parte e
julgar a lide em desfavor dela, por falta de prova. O STJ sedimentou o entendimento
de que há cerceamento de defesa quando o pedido é julgado improcedente por
ausência de provas cuja produção foi indeferida no curso do processo. Cerceamento
de defesa reconhecido. Necessidade de prova pericial contábil. Remessa dos autos
à vara de origem para instrução do feito. Sentença anulada. Recurso provido”
(TJSP, 2ª Câm. de Dir. Públ., Apel. nº 1013918-39.2018.8.26.0482, Rel. Des.
Mauricio Fiorito, j. em 02/04/2021).

“Não é possível conceder o direito de recorrer em liberdade aos réus que


permaneceram presos durante toda a instrução processual, tendo sido determinada
a continuidade da prisão preventiva em face aos arts. 254, “a” e “b” e 255, “a” e “e”,
do CPPM. Delitos graves e penas superiores a 12 (doze) anos, em regime inicial
fechado. Garantia da ordem pública e real necessidade de manutenção dos
princípios de hierarquia e disciplina. Feito que envolve mais de trinta réus e diversos
defensores, tendo sido preenchidos os critérios da razoabilidade no manejo de todos
os recursos interpostos, a justificar a demora mencionada. Ordem denegada.
Decisão unânime” (TJM, 2ª Câm., HC nº 002864/2020, Rel. Des. Avivaldi Nogueira
Júnior, j. em 06/02/2020).

“FGTS. MULTA DE 40%. DIFERENÇAS DECORRENTES DOS EXPURGOS


INFLACIONÁRIOS. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL (mantida) – Res. 175/2011,
DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011. O termo inicial do prazo prescricional para
o empregado pleitear em juízo diferenças da multa do FGTS, decorrentes dos
expurgos inflacionários, deu-se com a vigência da Lei Complementar nº 110, em
30.06.01, salvo comprovado trânsito em julgado de decisão proferida em ação
proposta anteriormente na Justiça Federal, que reconheça o direito à atualização do
saldo da conta vinculada”.

“1. Ação Direta de Inconstitucionalidade. 2. Art. 25, § 2º, da Resolução


23.404, de 05 de março de 2014, do TSE, que dispõe sobre propaganda eleitoral e
condutas ilícitas em campanha eleitoral nas Eleições de 2014. Vedação à realização
de propaganda eleitoral via telemarketing, em qualquer horário. 3. Pressupostos
formais da ação observados. 4. Perda de objeto. Inocorrência. Relevância
transcendente da matéria e produção de efeitos prospectivos. Precedentes. 5.
Usurpação de competência do Congresso Nacional para legislar sobre Direito
Eleitoral. Inocorrência. Competência do TSE editar Resoluções com vistas a
resolver, de forma rápida e eficiente, questões necessárias ao regular processo
eleitoral. 6. Censura. Inexistência. A vedação à veiculação de propaganda política
por meio de telemarketing não configura controle prévio, por autoridade pública, do
conteúdo ou da matéria a ser veiculada. 7. Ação direta de inconstitucionalidade
julgada improcedente” (ADI 5122, Relator(a): EDSON FACHIN, Tribunal Pleno,
julgado em 03/05/2018).

“Direito Constitucional Eleitoral. Cancelamento de título decorrente da sua


não apresentação ao procedimento de revisão eleitoral. Violação ao princípio
democrático e ao direito de voto. Inocorrência. 1. O exercício do direito de voto é
componente essencial da democracia representativa. O alistamento eleitoral e sua
revisão periódica são indispensáveis para que esse direito seja exercido de maneira
ordenada e segura. 2. A revisão eleitoral é estabelecida em lei e se destina a
atualizar o alistamento eleitoral previsto na Constituição. Também o cancelamento
de título não apresentado à revisão tem base legal. Inexiste qualquer elemento que
sugira ter havido direcionamento, quer na revisão eleitoral, quer no cancelamento de
títulos. 3. Tendo lastro constitucional e legal, e não tendo havido vício na sua
concretização, inexiste violação à democracia, à soberania popular, à cidadania ou
ao direito de voto em decorrência do cancelamento do título de eleitor que não
comparece ao procedimento de revisão eleitoral. 4. Tampouco é legítimo falar em
violação à igualdade. Tal como o alistamento eleitoral, a revisão eleitoral é exigida
de todos sem discriminação. 5. Não há violação à proporcionalidade. A medida é
adequada e necessária, não havendo meio substitutivo com eficácia equivalente.
Tampouco há base para afirmar que o benefício de se evitarem fraudes e outros
comprometimentos à regularidade do voto é menos importante do que a participação
dos que não atenderam ao chamado da Justiça Eleitoral. 6. Não há perigo na
demora, tal como alegado pelo requerente. A Lei 7.444/1985 está em vigor há mais
de 30 anos. A biometria está sendo implementada há quase 11 anos. O
procedimento de revisão e de cadastramento biométrico obrigatório é acompanhado
pelo Ministério Público e pelos partidos políticos. O ajuizamento tardio da ação, às
vésperas da eleição e após tantos anos, compromete a alegação de urgência. 7. Há,
contudo, gravíssimo periculum in mora inverso que obsta o deferimento da cautelar.
O restabelecimento dos títulos cancelados para o primeiro ou o segundo turno do
pleito de 2018 comprometeria o calendário eleitoral, segundo informações da
presidência do TSE, colocaria em risco a higidez das eleições e poderia interferir
sobre o seu resultado final. 8. Indeferimento da cautelar por ausência de
plausibilidade do direito alegado, por falta de perigo na demora e pelo gravíssimo
periculum inverso que a medida ensejaria. Encaminhamento pela conversão do
julgamento da cautelar em julgamento do mérito, dada a suficiente instrução do feito
e a importância de encerrar o debate antes do conhecimento do resultado das
eleições. 9. Improcedência da ação. Tese de julgamento: “É válido o cancelamento
do título do eleitor que, convocado por edital, não comparecer ao processo de
revisão eleitoral, em virtude do que dispõe o art. 14, caput e §1º, da Constituição de
1988” (ADPF 541, Relator(a): ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em
26/09/2018).

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO


AMBIENTAL. IBAMA. COMPETÊNCIAS. LEI 6.938/1981 E DECRETO 750/1993.
CONTENCIOSO INFRACONSTITUCIONAL. PRECEDENTES. Agravo regimental a
que se nega provimento” (AI 756053 AgR, Relator(a): JOAQUIM BARBOSA,
Segunda Turma, julgado em 07/02/2012).

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