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PREFEITURA MUNICIPAL DE APERIBE.

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO


PREFEITURA DE APERIBÉ

MANUAL DE OPERAÇÃO E
MANUTENÇÃO DA ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ESGOTO
DO MUNICÍPIO DE APERIBÉ

REATOR ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE (RAFA)


SEGUIDO POR FILTRAÇÃO AERADA SUBMERSA (FAS)
PREFEITURA MUNICIPAL DE APERIBE.

RESPONSÁVEIS LEGAIS:

RESPONSÁVEL TÉCNICO
Jorge Luis Quinhões
CREA: 1987101925-7

DIRETOR DE
CONTRATOS
Jorge Luis Quinhões
CREA: 1987101925-7

APOIO DE

Danilo Prado

BIÓLOGA
Roberta Guarany Oberlaender
CR-Bio: 96578/02-D

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PREFEITURA MUNICIPAL DE APERIBE.

Sumário

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 03
2. OBJETIVO ................................................................................................................................ 03
3. IDENTIFICAÇÃO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DE
APERIBÉ ......................................................................................................................................... 04
3.1. Procedimentos de Isolamento da Estação de Tratamento de Esgoto ................................... 07
4. PARÂMETROS IMPORTANTES ........................................................................................... 08
5. ROTINAS DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO. .................................................................. 09
5.1. Manutenção das Estações Elevatórias................................................................................... 10
5.2. Manutenção do Gradeamento e da Caixa de Areia. ............................................................. 11
5.3. Manutenção do excesso de lodo no RAFA. ......................................................................... 12
5.4. Manutenção dos Filtros Aerados Submersos. ...................................................................... 12
5.5. Manutenção do Leito de Secagem. ...................................................................................... 12
5.6. Manutenção da Eficiência do Grau de Tratamento. ............................................................. 12
6. DEVERES E ROTINA BÁSICA DO OPERADOR NA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO
DE ESGOTO. ................................................................................................................................... 13
7. FERRAMENTAL E MATERIAIS À DISPOSIÇÃO DO OPERADOR. ............................. 14
7.1. Ferramental. ......................................................................................................................... 14
7.2. Equipamentos para Análises. ............................................................................................... 14
7.3. Material de Limpeza e Higiene ............................................................................................ 14
8. PROBLEMAS OPERACIONAIS FREQUENTES ................................................................. 15
8.1. Intumescimento do lodo. ..................................................................................................... 15
8.2. Excesso de Escuma. ............................................................................................................. 16
8.3. Alteração do Índice de Lodo. .............................................................................................. 17
8.4. Aumento da Quantidade de Lodo. ...................................................................................... 18
9. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL. ................................................................................................. 18
9.1. Fatores de Ordem Legal que deverão ser considerados ......................................................... 18
9.2. Legislação de Apoio ............................................................................................................. 19
10. CONCLUSÃO.............................................................................................................................19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 20

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1. INTRODUÇÃO

A principal função de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) é transformar a matéria


orgânica poluidora em subprodutos, de maneira que o efluente despejado no corpo receptor esteja
dentro dos padrões da legislação em vigor, contribuindo, dessa forma, para a redução da poluição do
meio ambiente e para melhoraria da qualidade de vida da população.
A despoluição das águas pode ser realizada através de vários métodos, sendo os principais:
tratamento de esgoto e mudança de hábitos do ser humano.
O tratamento de esgoto pode ser definido como a retirada de poluentes da água, por processos
biológicos, químicos, ou através de operações físicas.
No tratamento biológico, os principais organismos envolvidos no tratamento são bactérias,
protozoários, fungos, algas e vermes, sendo as bactérias, sem dúvida, os mais importantes na
estabilização da matéria orgânica.
Para que uma ETE possa funcionar perfeitamente é necessário que seus parâmetros sejam
monitorados e que seja realizada limpeza e manutenção de seus equipamentos. Neste intuito, é
necessário que ela tenha um operador.

2. OBJETIVO

O presente Manual de Operação e Manutenção descreve as atividades realizadas por


operadores que atuam na operação e limpeza do Sistema de Tratamento de Aperibé, localizado no
município de Aperibé - RJ.
Ele tem por objetivo servir como um guia para auxiliar nas rotinas de operação e manutenção
da ETE. Sendo que as recomendações dos fabricantes dos equipamentos devem ser seguidas, assim
como as peculiaridades desse empreendimento.
Para o funcionamento correto da ETE é fundamental que sejam realizadas todas as
manutenções preventivas e corretivas dos equipamentos, assim como que bem efetuadas todas as
rotinas de manutenção e operação.
Além das atividades que são de responsabilidade do operador, este deve cumprir
rigorosamente seu horário de trabalho, e zelar pela limpeza geral da estação de tratamento, até mesmo
nos aspectos relacionados com higiene.
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3. IDENTIFICAÇÃO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DE APERIBÉ

No Sistema de Tratamento de Esgoto de Aperibé –RJ, foi adotado tratamento do tipo Reator
Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA) seguido por Filtração Aerada Submersa (FAS), também
conhecido como Biofiltro, sendo o sistema constituído por dois módulos idênticos.
Na escolha desse Sistema de Tratamento foi levada em consideração a caracterização abaixo
indicada:
A vazão média de 1.810,08 m3/dia de esgotos a serem tratados na ETE, foi definida conforme
seguinte cálculo:
População permanente: 11313 habitantes
Fluido: Esgoto sanitário bruto
Contribuição de esgoto per capita (população permanente): 160 L/dia
Além da vazão média de esgoto da população, ainda considera-se a vazão de infiltração de
acordo com o comprimento da rede (aproximadamente 20,1 km). Sendo assim, a vazão média total
adotada no projeto foi 1983,75 m3/dia (1810,08 m3/dia da população + 173,67 m3/dia de infiltração).
Vazão de tratamento/hora: 82,66 m3/hora (aproximadamente 41,33 m3/hora por módulo de
tratamento)

DBO: 285,14 mg/L


DQO: 484,7 mg/L

Quanto à caracterização dos despejos consideramos que:


- Não haja esgoto industrial a ser tratado;
- Não haja necessidade de nitrificação e/ou desnitrificação do efluente;
- O sistema garantirá um efluente tratado com redução de DBO de 85%, no mínimo, desde
que mantidas as condições de projeto quanto à caracterização do efluente e operação do sistema.

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O tratamento no Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA) será responsável pela


redução de até 75% da carga orgânica do afluente. Cada RAFA apresenta volume de 352 m 3, tendo
no total 704 m3 de volume disponível para tratamento (levando em consideração os dois módulos
previstos no projeto).
O RAFA é um reator fechado, no qual a decomposição da matéria orgânica se dá por processo
anaeróbio (na ausência de oxigênio).
O esgoto afluente segue uma trajetória ascendente dentro do reator, desde sua parte mais baixa,
atravessando uma zona de digestão (leito de lodo), passando por separador de fases e alcançando a
zona de sedimentação. O separador de fases é um dispositivo que separa a zona de digestão do lodo
(parte inferior do reator), da zona de sedimentação (parte superior do reator).
Com o fluxo ascendente, a estabilização da matéria orgânica ocorre na zona digestão de lodo,
não havendo necessidade de dispositivos de mistura, pois esta é promovida pelo fluxo

ascensional e pelas bolhas de gás formadas na decomposição anaeróbia da matéria orgânica.

Os sólidos que sedimentam no decantador retornam novamente para o compartimento em que


se localiza o manto de lodo. O efluente tratado é retirado do reator através de vertedores localizados
nos decantadores da zona de sedimentação.
A pequena quantidade de gases gerados no reator permite que os mesmos sejam lançados
diretamente à atmosfera, pois sua dissipação é instantânea. Porém, os mesmos poderiam ser tratados
através de lavagem ou queima, de forma a minimizar o incomodo momentâneo que possam vir a
causar à população no entorno do sistema.
As vantagens do RAFA são sua simples construção, sua vantagem econômica por não
necessitarem de equipamentos e praticamente não precisarem de manutenção, e sua baixa geração de
lodo residual (facilitando seu tratamento e disposição final), o que tem levado a grande expansão de
uso deste processo no Brasil. Já que o RAFA não dispõe de equipamentos motores, o afluente deve
ser submetido à remoção de minerais e sólidos grosseiros como tratamento preliminar.
O tratamento preliminar do esgoto bruto é constituído por gradeamento fino, caixas de areia
medidor de vazão tipo Calha Parshall e caixa de gordura. O gradeamento fino, conjunto de barras
com espaçamento de 10 milímetros, tem por finalidade reter sólidos que são carreados juntos do
esgoto. Dessa forma, ficam retidos na grade: papel, estopas, sacos, garrafas, cotonetes, contraceptivos,
dentre outros. A entrada desse material na estação pode danificar a parte interna de bombas,
tubulações, peças e dispositivos mecânicos.

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As caixas desarenadoras (ou caixas de areia) removem areia e materiais semelhantes


prevenindo abrasão de bombas e equipamentos móveis, acumulação no fundo de digestores,
obstrução de canalizações, etc. A velocidade na caixa de areia é regularizada pela colocação, à jusante,
de uma Calha Parshall, que também funciona para medição da vazão.
O objetivo da caixa de gordura é reter gorduras que possam chegar na Estação, a fim de que
elas não prejudiquem a eficiência do tratamento biológico.
Como o RAFA reduz em até 75% a matéria orgânica do efluente, este deve ser seguido por
outra unidade biológica de tratamento e, neste caso, foi utilizado o Filtro Aerado Submerso como
pós-tratamento, atingindo eficiências totais de tratamento de 80 a 95% de remoção de DBO.
O esgoto afluente fica retido no RAFA geralmente de 5 a 9 hs antes de ser lançado no Biofiltro.
O efluente proveniente do RAFA penetra o Biofiltro através de um fundo falso junto ao fundo da
unidade, percola ascendentemente pelo meio suporte e é recolhido por vertedores instalados na parte
superior. Este processo é dotado de aeração por ar difuso, o que garante a manutenção das condições
aeróbias em todo o reator biológico.
No Biofiltro, a matéria orgânica é estabilizada biologicamente pela ação de organismos
aeróbios mantidos em suspensão devido à aeração, e também de organismos aeróbios que aderem ao
meio suporte inerte.
Para esse tipo de processo, os Biofiltros devem ser seguidos de decantadores secundários,
auxiliando na remoção de sólidos sedimentáveis.
Antes da chegada do esgoto na Estação de Tratamento, após o tratamento preliminar, há uma
elevatória de esgoto bruto que bombeia o esgoto acumulado, recalcando-o até a ETE para que o
tratamento tenha início.
A Estação de Tratamento de Aperibé também conta com leitos de secagem, a fim de desidratar
o lodo descartado por meios naturais. Vale ressaltar que o lodo gerado nos RAFAs, nos biolfiltros e
nos decantadores secundários é retornado a elevatória de entrada e, consequentemente, retorna ao
processo de tratamento para estabilização e, somente após isso, é removido e encaminhado para os
leitos de secagem através de uma elevatória de lodo. O lodo seco deverá ser acondicionado em sacos
plásticos e encaminhado a um destino final adequado.
A quantidade e a frequência de descarte do lodo são estabelecidas em função dos requisitos
de performance.

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3.1. Procedimentos de isolamento da estação de tratamento de esgoto

Elevatórias, quando presentes, têm como função elevar o esgoto de uma altura inferior para
uma altura superior, ou seja, são locais onde o esgoto é acumulado e posteriormente recalcado até a
estação - esgoto bruto - para dar prosseguimento ao tratamento ou destino final - esgoto tratado. A
transferência do esgoto é feita através de bombas.
Atendendo a ABNT NBR: 12208, em casos de necessidade de isolamento, a ETE está dotada
de canalização de desvio By Pass, ou extravasor, que evita a inundação pelas tampas das elevatórias;
e é dimensionado de acordo com as seguintes condições:
a) vazão máxima igual à vazão máxima de esgoto afluente correspondente às condições do
final do horizonte do projeto, com acréscimo da contribuição pluvial parasitária quando for o caso;
b) quando o nível máximo de extravasão não evitar remanso no conduto afluente, deve ser
verificada a sua influência na rede situada a montante da ETE;
c) o nível máximo de extravasão não deve permitir inundação de esgoto no local da estação
de tratamento.
O By Pass se dá através de comportas, localizadas no Canal de Distribuição, direcionando o
efluente a um dos módulos de tratamento. O módulo paralisado está desta forma, isolado. Esta
concepção de projeto vem a otimizar e garantir que em caso de necessidade de paralisação da ETE, o
esgoto não seja encaminhado a rede pública “in natura”.
Caso eventualmente todos os módulos precisem de isolamento, situação pouco provável, o
efluente será encaminhado para a rede de saída através do By Pass geral.
Quando há necessidade de isolamento da ETE como um todo, uma comporta é acionada para
bloquear a entrada de esgoto na ETE e o By Pass geral é aberto para desbloquear o canal extravasor
e redirecionar o esgoto retido na Estação de volta ao Corpo Hídrico. Como o descarte é feito
diretamente no Corpo Hídrico e sem tratamento, ele só pode ser realizado sob conhecimento e
autorização direta do órgão competente.
O controle operacional e supervisório do extravasor é realizado na administração da ETE.
Outra forma de isolamento da ETE é sua impermeabilização, pois sem esta barreira, o esgoto,
que contém diversas substâncias nocivas, pode percolar através do solo e degradar a qualidade da
água do lençol subterrâneo.

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Além disso, a ETE conta com procedimentos operacionais como o treinamento de


trabalhadores quanto à adequada sinalização e isolamento de áreas sob içamento, transporte e
empilhamento de materiais, como uma medida de prevenção a acidentes.

4. PARÂMETROS IMPORTANTES

 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) → Quando sofrem tratamento aeróbio, interessa-


nos saber qual a sua DBO, ou seja, a quantidade de oxigênio necessária para que os
microrganismos biodegradem a matéria orgânica. Assim, a DBO depende tanto do teor de
matéria orgânica, como da natureza e quantidade das bactérias presentes, quantidade essa, por
sua vez, em função da temperatura.

Quanto maior a DBO, mais elevado é o teor da matéria orgânica nos despejos. A DBO vai
sendo reduzida gradativamente, à medida que transcorre o processo de tratamento, até anular-se,
justamente quando a matéria orgânica estiver totalmente estabilizada. Normalmente é considerada
para a temperatura de 20º C, e então 20 dias são tidos como suficientes para que sejam estabilizadas
99% da matéria orgânica dissolvida ou em estado coloidal.
A DBO a 20ºC varia geralmente de 100 a 500mg/l. Em outras palavras, o número de
miligramas indica a quantidade necessária de oxigênio para bioquimicamente seja estabilizada a
matéria orgânica presente em um litro de despejo.
A eficiência de um tratamento pode ser medida pela redução que ele causa na DBO, redução
normalmente expressa em percentagem;

 Demanda Química de Oxigênio (DQO) → É definida como a quantidade de oxigênio utilizada


para oxidar quimicamente a matéria orgânica;

 Óleos e Graxas → Caracterizam-se como grande variedade de substâncias orgânicas que são
retiradas das soluções ou suspensões aquosas por hexano ou triclorofluoretano (Freon). Os
esgotos de origem doméstica possuem na sua composição óleos e graxas, que são formados
através da preparação e do uso de alimentos. São conhecidos como “gorduras”;

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 pH → É importante para o controle das operações das ETEs, principalmente na digestão


anaeróbia, e nos processos oxidativos. O pH do esgoto varia normalmente de 6,5 a 7,5. Mas,
a resolução do CONAMA 430 de 2011 estabelece que efluentes devam ter pH entre 5,0 e 9,0;

 RNFT (Resíduos Não Filtráveis Totais) ou (SST – Sólidos em Suspensão Totais) →


Caracterizados como a quantidade de sólidos que fica retida no meio filtrante quando se
submete um volume conhecido de amostra à filtragem (método MF-438.R-1). As unidades
utilizadas são: mg RNFT/litro (em concentração), em kg RNFT/dia (em carga), em mg de
SST/litro (em concentração), e kg SST/dia (em carga);

 Odor → Esgoto fresco apresenta odor semelhante ao mofo, suportável. O esgoto velho, ou
séptico, devido ao elevado grau de decomposição, apresenta odor de ovo podre, devido
principalmente á formação de gás sulfídrico;

 Cor e Turbidez → São devidas á matéria sólida. O esgoto fresco é acinzentado e com alta
turbidez. O esgoto velho, ou séptico, é pardo ou negro. A presença de coloração anormal pode
indicar a presença de despejos industriais.

5. ROTINAS DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

A operação adequada da ETE é decorrente da eficiência de nossos operadores de ETE que


visam seguir as rotinas de operação e manutenção determinadas, para evitar a ocorrência de
problemas.

Os sistemas deverão ser operados da seguinte maneira:


- Com a permanência de 01 (um) operador, das 08 (oito) às 17 (dezessete) h, nos dias úteis;
- Análises diárias de pH, temperatura, resíduos sedimentáveis, realizadas pelo operador. O
operador deverá realizar as análises rotineiras, diariamente, sob orientação do supervisar técnico para:

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- Verificar as condições do material/equipamento necessário, para a realização dessas


análises;
- Análise comprobatória da eficiência do grau de Tratamento da ETE;
- Mensalmente (ou conforme restrições contidas na Licença de Operação – LO) é
obrigatória a realização de coletas de amostras, na entrada e na saída (efluente e afluente) da ETE e o
encaminhamento destas amostras a um laboratório credenciado pela INEA, para a determinação dos
seguintes parâmetros físico-químicos:
 Vazão;
 DBO;
 Óleos e Graxas;
 Detergentes;
 Resíduos não filtráveis totais;
 pH;
 Resíduos sedimentáveis.

5.1. Manutenção das Estações Elevatórias


Os principais cuidados que as elevatórias necessitam são:
- Boias devem estar sempre limpas;
- Analisar se há ruídos estranhos nas bombas;
- Observar se a bomba está realmente jogando esgoto e/ou lodo no tanque de aeração da
ETE;
- Deixar a bomba em funcionamento por períodos, evitando grandes períodos de paralisação
de alimentação da ETE;
- Verificar constantemente a emanação de odores e procurar medidas para a minimização
desse impacto, principalmente em caso da proximidade da ETE com centros populacionais.

Rotina Operacional:
i) Semanalmente
Analisar os mangotes, abraçadeiras e correntes da elevatória. Testar e limpar as boias.
Içar as bombas das elevatórias para limpeza geral das mesmas (desobstrução dos rotores e
limpeza da estrutura);

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ii) Mensalmente
Os sólidos do fundo da estação elevatória são removidos com o auxílio de um caminhão limpa
fossa mensalmente, ou quando houver a necessidade de se realizar essa operação.
iii) Eventualmente
O poço de sucção da elevatória deverá ser limpo, retirando-se o material flutuante sempre que
necessário, para evitar a formação de crostas no mesmo, pois o funcionamento das bombas de recalque
pode ser prejudicado.
A limpeza do fundo da elevatória deve ser feita com os seguintes os procedimentos:
1º) Esperar até que a lâmina d’água alcance o seu nível mínimo, para auxiliar a visualização
do fundo da estação;
2º) Colocar o mangote do caminhão limpa fossa até o fundo, fazendo a limpeza por todo o
fundo da estação;
3º) Encaminhar os resíduos para destinação adequada (aterro sanitário).

OBS.: Não é necessário que se desligue as bombas ou que a entrada de esgoto seja interrompida
para que a limpeza seja feita.

Os procedimentos de limpeza do cesto da elevatória são:


I. Retirar o cesto pela corda de içamento;
II. Retirar os sólidos usando jato d’água e/ou escova;
III. O acondicionamento dos resíduos deve ser feito em aterro sanitário, ou enterrá-los na
própria área da estação (quando possível).

5.2. Manutenção do Gradeamento e da Caixa de Areia


O gradeamento deve ser limpo diariamente, de hora em hora (ou conforme necessidade local),
a fim de que sejam removidos os materiais retidos do afluente líquido que chega à Estação, sem
interferências na velocidade de vazão do mesmo (limpeza no mínimo duas vezes por dia).
Acondicionar o material no cesto de detritos e, após seco, em sacolas plásticas.
Uma vez por semana, remover o gradeamento para limpeza de toda canaleta de entrada.
A operação das caixas de areia consiste em: anotar as quantidades de areia removidas, verificar
a velocidade de deslocamento do liquido, lavar com jatos de água as paredes dos canais

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(evitando a formação de crostas). No caso de saída excessiva de areia, diminuir a velocidade do


líquido, ou aumentar a frequência de retirada do material sedimentado.
A limpeza manual da caixa de areia deve ser realizada diariamente, a cada dois dias, ou
conforme necessidade local, sempre que o material acumulado ocupar a metade da altura da câmara
de armazenamento ou 2/3 de todo seu comprimento.
Encaminhar o material retido para disposição final adequada - valas na área da ETE com
recobrimento diário, ou aterro sanitário, preferencialmente licenciado.

5.3. Manutenção do excesso de lodo no RAFA


Este descarte tem que obedecer duas recomendações básicas: a retirada deve ocorrer quando
a capacidade de retenção do reator estiver exaurida, e o residual deve ficar em um mínimo, de modo
que não haja prejuízo na continuidade do processo de digestão da matéria orgânica afluente.
Recomenda-se mangotes para escoamento do lodo de descarte.
Deve-se inspecionar diariamente a caixa de distribuição de vazão para os tubos, desentupindo-
os para garantir a distribuição uniforme do esgoto no reator; além disso, a calha principal e os
vertedouros devem ser limpos periodicamente e a escuma formada na superfície do reator deve ser
removida.
O material retirado deve ser encaminhado para leito de secagem e, posteriormente, disposto
em valas na área da ETE, com recobrimento, ou em aterro sanitário, preferencialmente licenciado.
São necessárias descargas periódicas de lodo que se acumula em excesso no reator,
possibilitando também a retirada de material inerte que, eventualmente, se deposita no fundo do
equipamento. O lodo retirado nessas descargas também deve ser encaminhado aos leitos de secagem.
No caso de infiltrações, deve-se reparar na estrutura do reator, toda linha de gás deve ser
inspecionada pelo menos uma vez por semana, para descobrir eventuais vazamentos e/ou
entupimentos.

5.4. Manutenção dos Filtros Aerados Submersos

O tanque deve ser lavado periodicamente para eliminação do excesso de biomassa acumulada.
Durante a lavagem, interrompe-se a alimentação com esgoto e são feitas diversas descargas
sequenciais de ar e água de lavagem.
Proceder às descargas nos leitos de secagem, tratando o lodo seco e encaminhando-o para vala
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na área da ETE ou para um aterro sanitário, preferencialmente licenciado, ou, ainda, retornar a
biomassa ao processo.

5.5. Manutenção do Leito de Secagem


O lodo, quando seco, deve ser removido e encaminhado para disposição em valas na área da
ETE, com recobrimento, ou acondicionado em sacolas plásticas e destinado a aterro sanitário
licenciado.
É importante lembrar que o líquido percolado deve ser retornado à fase líquida do tratamento.

5.6. Manutenção da Eficiência do Grau de Tratamento


 Visitas do Técnico (Biólogo ou Sanitarista), cuja finalidade é:
- Determinar as condições biológicas do sistema e, caso necessário, realizar os ajustes
apropriados, inclusive com fornecimento de todos os insumos necessários, pois os sistemas
poderão ser automatizados sob os aspectos hidráulicos, mecânico e eletrônico, porém, não sob
o aspecto biológico;
- Fornecer orientação sobre a operação da estação de tratamento de esgoto, e tratamento
de lodo aos operadores;
- Supervisionar os operadores, conferindo os procedimentos de análises rotineiras
seguidas pelos mesmos e orientando-os no que for necessário;
- Verificar as condições dos materiais e utensílios necessários pra a realização dos
procedimentos acima citados.

Manutenção Eletromecânica:
 Visitas quinzenais de técnico eletromecânico têm como finalidade de:
- Realizar os procedimentos de manutenção preventiva e/ou corretiva nos
equipamentos componentes das Estações de Tratamento de Esgoto e nas Estações

Elevatórias de Esgoto, que se constituem na revisão, conserto e, quando necessário,


substituição e ajustes em todas as instalações eletroeletrônicas, bombas, aeradores,
tubulações, etc.

Devem ser realizadas limpezas periódicas do Sistema e Remoção do Excesso de Lodo,


conforme necessidade local.

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Vale ressaltar a importância da flexibilidade operacional, ou seja, todos os serviços de
operação e manutenção das ETEs supracitados possuem flexibilidade de operação conforme o
comportamento individual e característico da Estação de Tratamento específica. O que foi
apresentado anteriormente não deve ser visto como uma regra, mas sim como um guia que deve ser
adaptado às diversas peculiaridades de rotina que a Estação possa apresentar.

6. DEVERES E ROTINA BÁSICA DO OPERADOR NA ESTAÇÃO DE


TRATAMENTO

 Manter, na entrada, placa de identificação do empreendimento;


 Manter, na ETE, manual de operação e livro de registros de ocorrências e paralisações das
unidades;
 Manter, na ETE, meio de comunicação;
 Manter, na ETE, estojo de primeiros socorros, repondo periodicamente os materiais utilizados
e vencidos; atualizar a vacinação dos funcionários contra tétano, hepatite A e B, e manter cópia dos
cartões de vacinação na ETE;
 Fazer uso rigoroso de EPIs - máscaras, luvas, botas e uniformes -, de modo a minimizar a
possibilidade de contaminação e garantir boa qualidade de trabalho;
 Higienizar diariamente a unidade: limpeza do chão e das paredes da casa do operador, dos
equipamentos de laboratório e, principalmente, das instalações sanitárias;
 Capinar a área para manutenção da limpeza e paisagismo;
 Limpar e desobstruir as canaletas de drenagem de água de chuva;
 Realizar a manutenção da cerca do entorno da estação, evitando o acesso de pessoas não-
autorizadas e animais;
 Limpar as vias de acesso ao corpo receptor e do local de lançamento;

 Proteger as tubulações e o ponto de lançamento do efluente tratado;


 Lavar as ferramentas - pás, enxadas, picaretas, rastelos, etc - em água limpa, não podendo
ser guardadas ou utilizadas, mesmo em caráter de urgência, antes desse procedimento;
 Medir a vazão de entrada e saída durante o tratamento;
 Realizar as leituras horárias/diárias e anotar os valores na Ficha Diária de Controle
Operacional;
 Limpar as tubulações e placas retentoras dos Tanques de aeração;
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 Manter a sala de máquinas bem como todos os equipamentos devidamente limpos;
 Realizar as análises de rotina e registrá-las corretamente no livro operacional;
 Retirar a graxa dos sopradores regulamente;
 Limpar os painéis interna e externamente (verificar sinalização, placas e iluminação);
 Manter a superfície dos decantadores limpas;
 Limpar os vertedouros dos decantadores;
 Realizar a manutenção periódica das bombas, sempre deixando uma bomba de reserva;
 Alternar o uso das bombas, e jamais deixar as bombas reservas paradas por longos períodos;
 Guardar e preservar os EPIs e uniformes (camisas totalmente abotoadas);
 Notificar no livro qualquer visita na ETE, colocando nome, função, matrícula, carimbo e, se
possível, assinatura;
 Solicitar material de limpeza e cloro antes do mesmo acabar (no mínimo 4 dias de
antecedência);
 Não passar informações a visitantes na ETE sem comunicar-se com a Gerência de
Operação;
 Analisar o funcionamento dos conjuntos elevatórios para, caso exista alguma anormalidade,
providenciar os devidos reparos.

Com base nas vistorias realizadas é possível determinar as condições e/ou problemas
existentes quanto ao aspecto operacional da estação e tomar as devidas providências.

7. FERRAMENTAL E MATERIAIS À DISPOSIÇÃO DO OPERADOR

7.1. Ferramental
01 alicate universal de 8”;
01 alicate amperímetro MINIMPA;
01 chave Philips 3/16 “x 6”;
01 chave de fenda 3/16”x 6”;
01 chave de fenda 1/8”x 6”;
01 chave inglesa 8”;
10 m de cabo pp 4 x 2,5 mm2;
01 rolo de fita isolante.

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7.2. Equipamentos para análises
02 frascos em polipropileno coletor tipo leiteira, capacidade 2 litros com alça;
02 provetas graduadas base de polipropileno com bico 1000 ml;
01 bastão de vidro Ø 8mm comprimento 300 mm;
01 caixa de fita pH – faixa 0 a 14 – com 100 unidades;
02 cones de INHOFF de polipropileno capacidade 1000 ml;
01 suporte para 2 cones de INHOFF;
01 régua de madeira com 1,0 m de altura e 3,0 cm de largura;
01 medidor de cloro, tipo piscina.

7.3. Material de Limpeza e Higiene


01 vassoura;
01 balde;
01 pacote de esponja de aço;
01 esponja dupla face;
Detergente líquido;
Sabão em pedra;
Papel higiênico;
Pano de chão.

8. PROBLEMAS OPERACIONAIS FREQUENTES

Com a finalidade de evitar ou corrigir alguns problemas operacionais pertinentes ao processo


de lodos ativados, torna-se oportuno relacionar aquelas que frequentemente incidem na eficiência da
ETE.

8.1. Intumescimento do lodo


Em condições normais o lodo ativado decanta rapidamente, resultando um efluente líquido
final clarificado, sem odor e estável. O floco é granular na aparência, com extremidades afiadas
definidas, marrom escuro e tem odor de mofo. Quando estas características se modificam,
aumentando o índice volumétrico de lodo, sua capacidade de decantação diminui sensivelmente.
Neste caso, ocorre o fenômeno conhecido como “intumescimento do lodo”, na fase de sedimentação.
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Consequentemente parte do lodo flutua e é arrastado junto com o efluente final, reduzindo
consideravelmente a eficiência da ETE, com consequentes prejuízos para o corpo d’água receptor.
Causas Prováveis:
1°) Vazão afluente excessiva e/ou brusca diminuindo o período de aeração e idade do lodo;
2°) Curto-circuito do fluxo no reator;
3°) Despejos industriais inadequados, quantitativa e qualitativa ao processo;

4°) Teor de sólidos demasiadamente elevado ou baixo, no tanque de aeração;


5°) Aeração insuficiente com carência de oxigênio ou agitação excessivamente suficiente
para destruir ou evitar a formação de flocos;
6°) Afluente altamente séptico;
7°) Interrupções ou períodos longos de paralisação da remoção de excesso de lodo;
8°) Predomínio de formação de fungos com filamentos filiformes (forma de fios), no lodo
ativado.
Não há recomendação específica para evitar o fenômeno do intumescimento do lodo, a única
solução prática consiste em pesquisas, entre as causas citadas ou outras, para então corrigir, e ou
tomar alguma medida compensadora no controle operacional. Em resumo, este fenômeno ocorre do
desequilíbrio entre os parâmetros de carga orgânica (DBO), concentração de sólidos em Suspensão
voláteis no reator aeróbio e a quantidade de ar introduzida na massa líquida em aeração. No entanto,
algumas medidas poderão remediar o problema com a finalidade de auxiliar o restabelecimento do
equilíbrio do processo. Entre essas, convêm citar as seguintes:
I) Aumento do valor do pH, sem exceder 7.1, através da adição de cal hidratada no reator
aeróbio. Há a possibilidade de adição de cloro conforme alguns pesquisadores vêm recomendando;
II) Redução de teor de sólidos no tanque de aeração, pelo aumento de remoção do excesso
de lodo ativado;
III) Aeração adicional do lodo ativado, antes de entrar no reator aeróbio;
IV) Cloração do lodo ativado, cuidadosamente controlado para evitar a destruição dos
microorganismos que atuam no processo (10 a 20 mg/l);
V) Aumento do período e da taxa de aeração;
VI) Em caso excepcional, torna-se necessário remover tanto o lodo quanto for possível do
sistema e reiniciar o processo com lodo ativado fresco e adequado.

8.2. Excesso de Escuma


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O excesso de escuma, formando uma camada espessa, na superfície líquida do tanque de
aeração, constitui o problema mais frequente nas instalações de lodos ativados.

Causas Prováveis:
1°) As causas não estão ainda perfeitamente caracterizadas. O excesso de escuma é atribuído
a idade do lodo muito baixa ou ao crescente uso de detergente sintético nas indústrias e residências.
Independente das causas há diversos métodos utilizados para o controle da quantidade de
espuma, tais como;
- Redução do lodo descartado para aumento de sólidos em suspensão no reator aeróbio;
- Emprego de solvente de espuma, através da redução da tensão superficial. Este material,
de custo elevado, torna-se inviável quando o problema exige grandes quantidades;
- Emprego de pulverizadores de água (aspersores). Os jatos são dirigidos diretamente sobre
a camada de espuma, desintegrando-a. A água poderá ser substituída pelo efluente da ETE quando de
boa qualidade. O sistema de aspersores também pode representar custos elevados de operação. Em
alguns casos, usam-se sistemas mistos das soluções apresentadas.

A eliminação da escuma só deverá ser retirada se constituir um problema realmente grave.


Caso contrário, o reator poderá operar com alguma quantidade de escuma, a qual será destruída por
jatos periódicos de mangueiras com água em alta pressão.

8.3. Alteração do índice de Lodo


O lodo ativado não é um material rigorosamente definido, melhor seria dizer tratar-se de
uma classe de material. Suas propriedades específicas não são constantes devido a variação da
natureza dos materiais e as exigências impostas para o seu tratamento. Devido a estas variáveis o
índice volumétrico de lodo modifica de tempos em tempos.
Causas Prováveis: Quando materiais inertes de alta densidade, tais como argila finalmente
dividida ou com alto teor de cinza, são adicionadas nos esgotos afluentes do tanque de aeração, o
índice de lodo aumenta. Quando cargas orgânicas elevadas, particularmente dissolvidas, são
adicionadas, o índice de lodo decresce. O acréscimo do valor do índice de lodo indica que o mesmo
é de fácil decantação e usualmente não apresenta problema na operação. No entanto, quando decresce,
pode criar sérios problemas no manuseio do lodo, principalmente no decantador secundário, o qual
apresentará dificuldades na sua função de separação sólido-líquido. Quando isto acontece em nível
suficiente para causar problemas na ETE, o lodo adquire a propriedade de intumescimento.

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É prática comum quando o índice volumétrico de lodo decresce, diminuir a concentração de
sólidos em suspensão no líquido contido no reator aeróbio. Alguns pesquisadores apontam o
acréscimo do volume de lodo devido ao crescimento da população microbiológica. Quando o índice
decresce, diz-se que é devido ao crescimento do material gelatinoso. Ao contrário, para evitar-se a
tendência de aumento rápido do volume do material gelatinoso, mantêm-se o teor de sólidos em
suspensão no reator aeróbio em altos níveis;
O intumescimento do lodo pode ser evitado de acordo com as recomendações já citadas
anteriormente.

8.4. Aumento de Quantidade de Lodo


Causas Prováveis: É possível devido à excessiva nitrificação e suas desvantagens na
produção de nitrito e nitrato no processo de lodos ativados.

9. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

9.1. Fatores de Ordem Legal que deverão ser considerados:


Em todo o Estado do Rio de Janeiro, a “Regulamentação e Fiscalização” sobre o controle da
qualidade do meio ambiente, são atribuídas à Instituto Estadual do Ambiente (INEA), através do
Decreto-Lei n° 134 de 16 de junho de 1975 – Artigo Oitavo. O INEA regulamenta o sistema de
Licenciamento de Atividades Poluidoras, instituído através do Decreto nº 1633 de 21 de dezembro
de 1977.
No caso específico da normalização dos despejos domésticos, provenientes das várias atividades
humanas, o INEA regulamenta através das seguintes normas:
 DZ-703 – “Roteiro para apresentação de projetos para tratamento de efluentes líquidos”;
 IT-1835-1 – “Instrução técnica para apresentação de projetos de sistema de tratamento
de esgotos sanitários”;
 IT-953-R.2 – “Instrução técnica para regulamentar as publicações das Licenças
Obrigatórias dentro do sistema de licenciamento de atividades poluidoras”;
 NA-052 – “Regulamentação para publicação das licenças obrigatórias e estudo de
impacto ambiental do sistema de licenciamento das atividades polidoras”;
 NA-910 – “Norma para apresentação de formulários e condições gerais de
preenchimento das licenças e requerimentos”;
 IT – 1819-R.4 – “Instrução técnica para apresentação de projetos de parcelamento”;

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 DZ-215-R.04 – “Diretriz de controle de carga orgânica biodegradável em efluentes
líquidos de origem sanitária”;
 NT-202-R.10 - "Critérios e padrões para lançamento de efluentes líquidos industriais";
 DZ-215-R.3 - "Diretriz de controle de carga orgânica biodegradável em efluentes
líquidos de origem não industrial";
 DZ-101 - “Corpos D’Água - Usos Benéficos”;
 MF-438-R.1 - “Métodos de determinação de resíduos não-filtráveis total. Fixo e volátil
(Método Gravimétrico)”;
 MF-439-R.1 -“Método de determinação de demanda bioquímica de oxigênio (DBO)”;
 DZ-942-R.7 - “Diretriz de implantação do programa de autocontrole – PROCON
ÁGUA”.
Caberá a Secretaria Municipal de Meio Ambiente regulamentar o sistema de Licenciamento
Ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local, bem como a correlata
cooperação técnica e administrativa entre os partícipes, instituído através do Decreto Municipal nº
7565 de 10 de novembro de 2006.

9.2. Legislação de Apoio


Resolução CONAMA n20/86 - “Estabelece a classificação das águas segundo os usos
preponderantes”.
Resolução CONAMA n274/2000 - “Estabelece as categorias em que serão avaliadas as
águas doces, salobras e salinas destinadas a balneabilidade”.

10. CONCLUSÃO

Como parte do processo de afastamento dos dejetos humanos de uma comunidade, o


Sistema de Tratamento de Esgotos constitui como objetivo receber o esgoto bruto (afluente) e
submetê-lo a um processo de degradação tal que o esgoto tratado (efluente) chegue ao corpo
receptor sem causar danos ao mesmo.
De acordo com as exigências estabelecidas pelo INEA para a avaliação da eficiência do
sistema de tratamento de esgoto, podemos concluir que a qualidade do efluente gerado pelo
sistema em questão encontra-se em conformidade com a norma, enquadrando-se em todos os
parâmetros especificados e evidenciados neste relatório.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NBR 12208: Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário. Rio de Janeiro, 1992.
NBR 12209: Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário. Rio de Janeiro, 1992.
NBR 9896: Glossário de poluição das águas. Rio de Janeiro, 1993.

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