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O Impacto Do Neoliberalismo Na Educação Brasileira
O Impacto Do Neoliberalismo Na Educação Brasileira
Resumo
1
Doutorando em Educação pelo programa PPGE – Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná – PUCPR. E-mail: filinto.neto@pucpr.br.
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Mestre em Educação pelo programa PPGE – Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná – PUCPR. E-mail: gabriela.campos3@gmail.com.
ISSN 2176-1396
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INTRODUÇÃO
A dispersão dos ideais liberais como uma ideologia dominante, muito além de um
liberalismo utópico da burguesia revolucionária do século XVIII, se deu no século XIX e tais
ideais penetraram nas instituições jurídicas, educacionais, religiosas e familiares europeias,
norte-americanas e dos países de capitalismo periférico.
Segundo Mesquida (1994), foi nos Estados Unidos, contudo, “que os dois postulados
fundamentais do liberalismo, a liberdade e o individualismo, penetraram mais
profundamente” (p. 70). Para o autor, é na civilização norte-americana dos cem últimos anos
que a liberdade (principalmente a liberdade de mercado) e os ideais individualistas atingiram
sua mais alta expressão.
Nessa direção, a visão de mundo liberal foi usada como justificativa para o
expansionismo dos Estados Unidos e sua ampla presença nas esferas da vida política,
econômica, social e cultural de outras nações, como o Brasil.
Nessa direção, conforme Almeida et. al. (2015), depreende-se que o mundo social se
apresenta através de duas ideias concorrentes: uma que representa o projeto da expansão das
relações econômicas a partir de uma lógica capitalista liberal; e outra que valoriza as
perspectivas sobre as diferenças e as singularidades sociais.
Almeida et. al. (2015) pressupõe que “na contemporaneidade, destitui-se o
absolutismo da verdade técnica como parâmetro, apresentando-se ao lado do Estado e [...] dos
agentes definidores de políticas públicas, trazendo ao debate novas lutas sociais, como é o
caso do resgate do sujeito e das identidades sociais”
Diante desse cenário dinâmico, se faz indispensável aguçar o debate acadêmico
centrado na função precípua da educação com sua respectiva relação social, cultural, política e
econômica. A educação, em seu papel singular de destaque no desenvolvimento social,
cultural, não pode ser subjugada predominantemente ao domínio da lógica de mercado, muito
menos às diretrizes universais que o modelo neoliberal impõe, principalmente, aos países
periféricos do mundo.
A questão norteadora do presente estudo refere-se aos impactos da globalização na
educação. Para esse fim, utilizou-se da pesquisa bibliográfica e da hermenêutica para a
interpretação dos fenômenos políticos, econômicos, culturais e sociais. A bibliografia
utilizada foi de autores de referência sobre os temas centrais do estudo: globalização,
neoliberalismo e educação.
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Educação e cidadania
léxico liberal, trata-se de fazer com que as escolas preparem melhor seus alunos para
a competitividade do mercado nacional e internacional. De outro, é importante
também utilizar a educação como veículo de transmissão das idéias [sic] que
proclamam as excelências do livre mercado e da livre iniciativa. Há um esforço de
alteração do currículo não apenas com o objetivo de dirigi-lo a uma preparação
estreita para o local de trabalho, mas também com o objetivo de preparar os
estudantes para aceitar os postulados do credo liberal (p. 12).
Globalização e Neoliberalismo
O grande debate dos últimos 40 anos sobre política externa mundial focaliza duas
ordens de ideias: o equilíbrio do poder assentado na soberania nacional e o internacionalismo
liberal que objetiva o desaparecimento do Estado-nação. Ao longo deste período, forças
transnacionais foram configurando arranjos federativos de ordem política, social, cultural e
econômica.
No final da década de 90, um grupo de neoliberais representativos dos países centrais
do capitalismo reuniu-se em Washington com representantes do Banco Mundial, do FMI e do
BID e com representantes da América Latina. A reunião foi promovida pelo Institute from
Internactional Economics e visava avaliar as reformas econômicas realizadas em países da
América Latina.
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Considerações Finais
REFERÊNCIAS
GHIRALDELLI, P. História Essencial da Filosofia Vol. 1. São Paulo, SP: Universo dos
Livros, 2009.
SANTOS, B. S. et. al. A Globalização e as ciências sociais. 4ª ed. São Paulo, Cortez, p.49,
2011.