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CIRROSE HEPÁTICA

Doença crônica degenerativa caracterizada por substituição do tecido hepático


normal, por tecido fibroso de forma lenta e gradativa causando alterações estruturais
e funcionais;

TIPOS DE CIRROSE:
− Alcoólica: é mais comum; geralmente se desenvolve depois de mais de uma
década de etilismo pesado. Não há relação entre embriaguez e dano hepático.
Ou seja, o fato de a pessoa não ficar embriagada não significa que seu fígado
não esteja sofrendo.
− Pós necrótica: esquistossomótica infecciosa, complicação de hepatite viral ou
exposição a toxinas hepatotóxicas; não se trata de uma doença progressiva.
− Biliar: decorrente de obstrução biliar crônica ou colangite (infecção e
inflamação biliar); menos comum.
− Idiopática: etiologia desconhecida.

SINTOMAS:
− Estágio inicial: sintomas vagos e predomínio de algia abdominal;
− Fase compensada: hipertermia leve, epistaxe (sangramento no nariz),
aranhas vasculares (vasos sanguíneos dilatados na pele ou nas mucosas),
algia abdominal, hepatomegalia (aumento do fígado), flatulência.
− Fase descompensada: ascite, icterícia, hipotensão, unhas esbranquiçadas.

EXAMES PARA DIAGNOSTICAR:


− Raio-x abdominal: hepatomegalia, calcificação hepática, ascite;
− USG: tamanho hepático, nódulos, ascite;
− Eco Doppler: veias hepáticas e porta esplênicas;
− TC abdômen superior: tamanho, massas hepáticas e evidência fluxo
sanguíneo e obstrução;
− Biopsia hepática: evidencia obstrução dos hepatócitos e fibrose.

TRATAMENTO:
− Não tem cura;
− Deter a evolução e prevenir o desenvolvimento de complicações;
− Melhorar estado nutricional com suplemento vitamínico e proteico;
− Antibióticos quando necessário, diuréticos uso criterioso;
− Eliminação do álcool definitivamente;
− Paracentese de alivio;

COMPLICAÇÕES:

− Hipertensão portal: aumento anormal da pressão sanguínea na veia porta e


suas ramificações;
− Miocardiopatias: distúrbios cardiovasculares que afetam o músculo do coração,
impedindo o bombeamento do sangue para todo o corpo;
− Ulcera gastrointestinais, hemorragias esofágicas e gástricas;
− Encefalopatia hepática;
− Morte.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM:

− Higiene oral e cuidados cutâneos rigorosos;


− Mensuração álgica: avaliar e registrar;
− Monitorização rigorosa de sinais vitais, nível de consciência e cognição;
− Balanço Hídrico, peso diário e circunferência abdominal em jejum;
− Registrar icterícia.

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