MARISA MAIA

SECRETARIA DA SAÚDE DE BOM JESUS SC

Levantamento de Demandas
apresentado à disciplina de Estágio
II do Curso de Serviço Social – do
Centro Universitário Leonardo da
Vinci – UNIASSELVI, como requisito
parcial para avaliação.

Nome do Tutor Externo – Poliana

Aparecida Da Silva
Nome do Supervisor de Campo –
Adriane Veloso

Xanxerê/SC, 2020
Sumário
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................3
1. A INSERÇÃO DA ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE...............................................4
2. LEVANTAMENTO DE DEMANDAS..............................................................................4
3. DESCRIÇÃO DO PROCESSO.......................................................................................5
4. DEMANDA A SER TRABALHADA................................................................................6
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................9
 INTRODUÇÃO

A área da saúde, para os profissionais de Serviço Social é vista como

um desafio profissional por conta das vulnerabilidades sociais e econômicas
apresentadas como demandas diárias. É necessário que esse profissional
conheça as políticas que norteiam a área e as referências específicas como as
principais patologias, para compreender o contexto o qual está inserido.
Segundo Martinelli (2007, p.23) o assistente social trabalha com pessoas
vulnerabilidades que pedem um gesto humano: um olhar, um sorriso, uma
palavra, uma escuta atenta, um acolhimento, para que possam se fortalecer na
sua própria humanidade.
Abordar sobre o profissional de Serviço Social na saúde é necessário,
levando em conta todo o processo de trabalho que envolve sua atuação.
O trabalho em saúde, por fazer parte do setor de serviços e ser
compreendido como um trabalho que se efetiva no momento do encontro entre
trabalhador e usuário, apresenta peculiaridades e o assistente social, inserido
nesse processo, se apresenta como profissional que tem uma intervenção de
natureza essencialmente política.
Nesse ponto, segundo Mioto & Nogueira (2006, p. 282), evidenciamos
que por estar situado no processo de trabalho coletivo em saúde, o assistente
social, pautado na lógica dos direitos e da cidadania, a organização do seu
trabalho “abarca os fatores de ordem política, econômica e social que
condicionam o direito a ter acesso aos bens e serviços necessários para se
garantir a saúde, bem como exige uma consciência sanitária que se traduz em
ações operativas na concretização dos direitos.”.
 1. A INSERÇÃO DA ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE

A inserção dos assistentes sociais na área da saúde deu-se no final da

década de 60, período em que ocorreu a unificação dos Institutos de
Previdência Social – IAPS e a criação do Instituto Nacional de Previdência
Social – INPS, logo depois surge o Instituto Nacional de Assistência Médica de
Previdência Social – INAMPS consolidando-se assim, o serviço social na
saúde.
Nessa época, a assistência social não era destinada a todos. Os
usuários de serviço social eram chamados de “beneficiários” e buscavam
atendimento médico nas Santas Casas de Misericórdia.
Segundo Bravo (2009, p.35) o serviço social na área da saúde chega à
década de 1990 ainda com uma incipiente alteração da prática institucional;
contínua como categoria, desarticulada do Movimento da Reforma Sanitária, e,
com isso, sem nenhuma explicita e organizada ocupação na máquina do
Estado pelos setores progressistas da profissão.
O estágio II está acontecendo na saúde no município de Bom Jesus-SC,
localizado na microrregião de Xanxerê. Como responsável de estagio
obrigatório a profissional Adriane Veloso de Linhares que atua com Assistente
Social da saúde do município de Bom Jesus. Apresentaremos o levantamento
das demandas existentes do município no âmbito assistência social/saúde.

2. LEVANTAMENTO DE DEMANDAS

Os Levantamentos de demandas são desenvolvidos para identificar

quais as principais demandas e atividades desenvolvidas pela profissional de
Assistência Social da Saúde.
Assistente Social oferta serviços para fortalecer a Saúde dos usuários.
“A profissão de assistente social surgiu no Brasil na década de 1930. O curso
superior de Serviço Social foi oficializado no país pela lei n 1889 de 1953. Em
27 de agosto de 1957, a lei 3252, juntamente com o Decreto 994 de 15 de
maio de 1962, regulamentou a profissão”.
Neste período de estagio II na saúde de Bom Jesus, utilizamos
instrumentos como visitas domiciliares, entrevistas, relatórios, pareceres,
encaminhamentos, acolhimento, diário de campo, acompanhamento familiar,
escuta, mediação, entre outros: As demandas atendidas pela equipe da saúde:
 Proteção e atendimento integral a família;
 Atendimento;
 Garantia de direitos de pessoa idosas e com deficiência;
 Amparo as famílias, crianças e adolescentes;
 Gestantes e idosos acamados;
As formas de defesa e garantia de direitos aos usuários é
encaminhamentos para os serviços oferecidos pela saúde, serviço assistencial
é oferecidos as famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social em
decorrência de dificuldades vivenciadas por algum de seus membros, pessoas
com deficiência, ou pessoas idosas acamadas que vivenciam situações de
vulnerabilidade e risco social

3. DESCRIÇÃO DO PROCESSO

Ações de
Atores
Demanda Causas Consequências Enfrentamento e
Envolvidos
Estratégias
 BPC (Beneficio  Desemprego  Depressão  Visitas  Assistente
de Prestação  Vulnerabilidade  Álcool  Acompanhament Social
Continuada da  Problemas de  Problemas de o  Psicólogo
Assistência Saúde saúde  Encaminhament  Médico
Social)  Falta de dialogo os para  Enfermeir
 Genitor Incapaz  Vergonha avaliação médica a
de trabalhar e  Encaminhament  Farmacêu
promover o o BPC tica
sustento da  Equipe
família NASF
 Todos são (Núcleo
participativos de Apoio
à Saúde
da
Família)
Recursos
Pontos fortes Pontos fracos Responsáveis Prazos
Necessários
 A equipe  Não sabia  Veículo da  Assistente Social  O
trabalha em como saúde  Psicólogo usuári
conjunto encaminhar  Combustível  Médico o tem
 Procuram um BPF.  Papel  Enfermeira proble
dialogar e  Família em  Caneta  Farmacêutica mas
participar das situação de  Computador  Equipe NASF de
visitar e vulnerabilida  Reuniões (Núcleo de Apoio saúde
acompanhament de sem com a à Saúde da o
os salário fixo Equipe do Família) prazo
 Promover a  Não NASF é
 garantia de procuraram  Telefone perm
Direito dos ajuda da  Impressora anent
Usuários assistente epela
social e da equip
equipe e de
 Foi realizado saúde
busca ativa e
através de NASF
denúncia dos .
vizinhos.

Ações de
Atores
Demanda Causas Consequências Enfrentamento e
Envolvidos
Estratégias
 Falta de  Abandono  Depressão  Mediação  Assistente
Cuidados  Conflitos  Abandono Familiar Social
básicos para a Familiares.  Família com  Visitas  Psicólogo
proteção física  Vulnerabilidade necessidades Domiciliares  Médicos
social e  Idoso sem básicas  Acompanhament  Enfermeir
emocional do condições de desprovidas de o com a família as
idoso promover seu recursos.  Monitoramento e  Estagiaria
 Negligência próprio alimento. avaliação de de
familiar e casos do idoso. Serviço
situação de risco Social
do idoso.

Pontos Pontos Recursos Responsáve

Prazos
fortes fracos Necessários is
 A equipe da  Os filhos  Veículo da  Assistente Social  Acom
saúde e a Rede maiores têm saúde  Psicólogo panha
de Assistência o dever de  Combustível  Médicos mento
Social do ajudar e  Papel  Enfermeiras perma
Município de amparar os  Caneta  Estagiaria de nente
Bom Jesus, pais na  Computador Serviço Social com a
apoiou realizar velhice.  Reuniões Famíli
as ações com a  Dificuldade com a a e o
família do Idoso. de Equipe Idoso.
 O grupo é de compreensã  Mediação
fácil aceso e o dos filhos Familiar
participativo. do genitor.  Telefone

4. DEMANDA A SER TRABALHADA

A demanda escolhida neste período de estagio obrigatório II, é o BPC as

pessoas que têm direito de receber o BPC, são os idosos acima de 65 anos ou
o deficiente que comprove não ter meios de prover a própria manutenção ou de
tê-la provida por sua família.
 Veja abaixo os requisitos que precisam ser cumpridos: 

 Idoso: É necessário ter mais de 65 anos e comprovar a

necessidade ou pobreza;

 Deficiente: Para eles é necessário comprovar qual a

deficiência, gravidade e também se ela contribui para a não
participação na sociedade.

 De acordo com o artigo 20 § 3°, Lei 8.742/1993, para requerer o BPC,
era necessário que a renda per capita não ultrapassasse ¼ do salário mínimo,
mas esta regra era válida para 2020, este ano em 2021 a regra é outra.
Vejamos: 

 Até 31/12/2020, a renda deveria ser igual ou inferior a ¼ do

salário mínimo per capita.

 Em 2021, a renda deve ser inferior a ¼ do salário mínimo

per capita.

O valor do benefício é de um salário mínimo e por ser de caráter

assistencial, não há pagamento do 13° salário. Ressaltando que não é
necessário ter contribuído para o INSS para der direito do benefício
como já citamos acima. Vejamos como requerer o beneficio
primeiramente é necessário estar cadastrado no CadÚnico, o mesmo é
feito de forma presencial. 
Para requerer tal benefício é necessário procurar o CRAS (Centro
de Referência de Assistência Social) da sua cidade, levando as
seguintes documentações:

 Documentos de identidade (Titular e dependentes);

 Título de eleitor de todos os membros da família maiores

de 18 anos.
 Uma vez realizado o cadastramento, o agendamento pode ser feito pela
internet, no site do INSS, telefone 135, aplicado MEU INSS ou até mesmo na
agência da Previdência Social.  Vamos listar as documentações necessárias
para requerer o BPC. 

 Documento de identificação e CPF do titular (ao requerente

maior de 16 anos de idade será solicitado documento de identificação
oficial com fotografia);

 Termo de Tutela, no caso de menores de 18 anos filhos de

pais falecidos ou desaparecidos ou que tenham sido destituídos do
poder familiar;

 Documento que comprove regime de semiliberdade,

liberdade assistida ou outra medida em meio aberto, emitido pelo
órgão competente de Segurança – — Pública estadual ou federal, no
caso de adolescentes com deficiência em cumprimento de medida
socioeducativa;

 Documento de identificação e procuração no caso de

Representante Legal do requerente (familiar ou advogado).

O assunto é pauta frequente nas discussões relacionadas à

assistência social no Brasil, sendo de interesse, além de operadores do
direito, de todos agentes envolvidos nestas políticas. Isso porque o
Benefício de Prestação Continuada se apresenta como uma das
principais ferramentas do atual sistema de assistência no país.

O grande objetivo da equipe da saúde com a assistente social da saúde

é de dar uma maior qualidade de vida para os usuários do benefício e todos
recebem acompanhamento psicológico, Médicos, assistência social da equipe.
 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho propôs uma reflexão sobre a experiência de estágio de

Serviço Social II na área da saúde, aonde os profissionais fazem um trabalho
continuo com as famílias e os usuários com a finalidade de proporcionar e
contribuir para melhorar a qualidade de vida dos usuários.

Uma das grandes demandas trabalhadas e que cada vez mais estamos
com famílias que precisão ser encaminhadas pra o BPC pois se encontram em
situação de grande vulnerabilidade social e com deficiência precisando ser
acompanhada pela equipe do social e saúde. Jamais a família pode ser vista
fora do contexto da desigualdade social, a função protetiva da família atravessa
as interfaces da estrutura da saúde, social, política, econômica e cultural.

Sendo assim, ao analisarmos a atuação profissional do assistente social

no Serviço da saúde, percebemos o seu compromisso ético-político com
aqueles que demandam por sua intervenção. Diante das intervenções
realizadas e observação do Estagio, é notório que os resultados das ações
Sociais dependem do trabalho continuo e permanente de toda equipe,
alcançando resultados desejados. O presente trabalho nos apresentou as
demandas atendidas no município, e a realidade do profissional de serviço
social sendo de grande importância para o funcionamento da SAÚDE e para
programas ofertados.