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E.B.M.

Mâncio Costa - Escola do Futuro

Quinzena 15 – 06/09 a 19/09


Dúvidas contatar: alexsandro.fernandes@prof.pmf.sc.gov.br
ou (48) 991667221 (WhatsApp)

Estudante:___________________________________________________________ Turma:
Professor:Alexsandro Fernandes Carga Horária: 6 aulas/4H48min
Disciplina: Ed. Física

Tempo Casa

Goalball

Histórico do Goalball
O goalball foi criado em 1946 pelo austríaco Hanz Lorezen e o alemão Sepp
Reindle, que tinham como objetivo reabilitar veteranos da Segunda Guerra
Mundial que perderam a visão. Nos Jogos de Toronto (1976) sete equipes
masculinas apresentaram a modalidade aos presentes. Dois anos depois teve
o primeiro Campeonato Mundial de Goalball, na Áustria. Em 1980 na
Paralimpíada de Arnhem, o esporte passou a integrar o programa paralímpico.
Em 1982, a Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA) começou
a gerenciar a modalidade. As mulheres entraram para o goalball nas
Paralimpíadas de Nova Iorque, em 1984.

A modalidade foi implementada no Brasil em 1985. Inicialmente, o Clube de


Apoio ao Deficiente Visual (CADEVI) e a Associação de Deficientes Visuais do
Paraná (ADEVIPAR) realizaram as primeiras partidas. O primeiro campeonato
brasileiro de Goalball foi realizado em 1987.

A seleção brasileira masculina conquistou uma medalha de prata no Parapan


de Buenos Aires, em 1995. Na Carolina do Sul, em 2001, as mulheres
conquistaram o bronze no Parapan-Americano, enquanto a seleção masculina
ficou com o quarto lugar. Em 2003, as atletas brasileiras foram vice-campeãs
no Mundial da IBSA, disputado em Quebec, no Canadá. Com isso, o Brasil se
classificou para uma edição dos Jogos Paralímpicos pela primeira vez. Em
Pequim será a estréia da seleção masculina em uma Paralimpíada.

Ao contrário de outras modalidades paralímpicas, o goalball foi desenvolvido


exclusivamente para pessoas com deficiência – neste caso a visual. A quadra
tem as mesmas dimensões da de vôlei (9m de largura por 18m de
comprimento). As partidas duram 20 minutos, com dois tempos de 10. Cada
equipe conta com três jogadores titulares e três reservas. De cada lado da
quadra tem um gol com nove metros de largura e 1,2 de altura. Os atletas são,
ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. O arremesso deve ser
rasteiro e o objetivo é balançar a rede adversária.

A bola possui um guizo em seu interior que emite sons – existem furos que
permitem a passagem do som – para que os jogadores saibam sua direção. O
Goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não
pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o
gol e o reinício do jogo. A bola tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,250 kg. Sua cor
é alaranjada e é mais ou menos do tamanho da de basquete. Hoje o goalball é
praticado em 112 países nos cinco continentes. No Brasil, a modalidade é
administrada pela Confederação Brasileira de Deportos para Cegos (CBDC).
Classificação

Nesta modalidade os atletas deficientes visuais das classes B1, B2 e B3,


competem juntos, ou seja, do atleta completamente cego até os que possuem
acuidade visual parcial. Aqui também vale a regra de que quanto menor o
código de classificação, maior o grau da deficiência. Todas as classificações
são realizadas através da mensuração do melhor olho e da possibilidade
máxima de correção do problema. Todos os atletas, inclusive das classes B2 e
B3 (com visão parcial), utilizam uma venda durante as competições para que
todos possam competir em condições de igualdade.

B1 – Cego total: de nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até a


percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão
a qualquer distância ou direção. B2 – Lutadores que já têm a percepção de
vultos. Da capacidade em reconhecer a forma de uma mão até a acuidade
visual de 2/60 ou campo visual inferior a 5 graus. B3 – Os lutadores
conseguem definir imagens. Acuidade visual de 2/60 a 6/60 ou campo visual
entre 5 e 20 graus.

Este conteúdo foi acessado em 08/01/2010 do sítio: Comitê Paralímpico


Brasileiro. Todas as modificações posteriores são de responsabilidade do
autor da matéria.

Regras Básicas
Quanto às regras, o mais corriqueiro, em se tratando de esportes adaptados,
são as pequenas adaptações em modalidades historicamente tradicionais
como o futebol, o voleibol, o basquetebol, o atletismo, a natação, entre outras,
para atender às especificidades de cada deficiência. O caso do goalball é
diferenciado em relação a estas modalidades. Como visto anteriormente, ele foi
criado para atender às características específicas das pessoas com deficiência
visual, fato que dificulta o seu entendimento e visualização por pessoas que o
desconhecem. Desta feita, essa parte do texto não se prenderá às minúcias da
regra, mas tentará clarificar o entendimento e a compreensão do jogo.

Bola A circunferência da bola oficial de goalball assemelha-se muito à bola de


basquetebol, mas o peso é maior. Pesa 1,250 kg e não possui enchimento
(câmara de ar), fato que a mantém em maior contato com o solo. Ela é feita de
uma borracha espessa, é oca e tem pequenos orifícios em sua superfície para
potencializar o som produzido pelos guizos internos quando entra em contato
com o solo ou quando é rolada.

Quadra As dimensões oficiais da quadra são 18m de comprimento x 9m de


largura em formato retangular. Toda a marcação da quadra no solo é feita em
alto relevo (barbantes sob fita adesiva) para permitir a orientação tátil dos
jogadores. As metas, balizas ou gols ficam sobre as linhas de fundo da quadra
e medem 9m de largura x 1,30m de altura. Cada metade da quadra é dividida
em três áreas de dimensões idênticas: área neutra, área de ataque (ou de
lançamento) e área de defesa.

A área neutra é o espaço que separa as áreas destinadas às atuações das


equipes. A área de ataque (ou de lançamento) limita a ação ofensiva das
equipes. O primeiro contato da bola com o solo, após o lançamento dos
jogadores, deve acontecer obrigatoriamente até a linha que separa a área de
ataque da respectiva área neutra da meia-quadra de cada equipe, para que os
defensores tenham tempo de ouvir e perceber a trajetória da bola lançada.

A área de defesa cerceia as ações defensivas. Somente é permitido aos


jogadores efetuarem a defesa das bolas lançadas pelos adversários com parte
do corpo em contato com esta área. Sendo esta área o principal ponto de
referência para a orientação espacial dos jogadores, existem diferentes
marcações (linhas táteis) em seu interior diferenciando-a das demais áreas.
São as linhas do ala esquerdo, do pivô e do ala direito.

Jogadores Cada equipe é composta de três jogadores em quadra e até três


reservas. São permitidas três substuições, não se contabilizando como parte
dessas três possíveis as substituições realizadas no intervalo. Ao entrarem em
quadra, os atletas devem estar devidamente bandados e vendados para que
não haja desigualdade de condições entre os que não enxergam e os que
possuem algum resíduo visual.

Tempo A duração da partida é de dois tempos de dez minutos com três


minutos de intervalo entre eles. É permitido o pedido de até três tempos
técnicos por equipe, com duração de quarenta e cinco segundos cada um.

Infrações As infrações invertem a posse de bola durante a partida. Elas são


marcadas quando os jogadores:
1) não esperam a autorização do árbitro para lançar após qualquer interrupção
da partida (premature throw – lançamento prematuro);
2) tentam passar a bola para o companheiro e jogam-na para fora da quadra
(pass out – passe fora);
3) defendem a bola lançada pelo oponente, mas ela retorna à meia-quadra
adversária ultrapassando a linha de centro (ball over – bola perdida);
4) outras situações.

Penalidades As penalidades podem ser individuais ou coletivas. Em ambos os


casos, somente um jogador da equipe penalizada permanece em quadra para
defender o tiro livre. Na ocorrência de penalidades individuais, o jogador que a
cometeu deve permanecer em quadra para defendê-la. Em caso de
penalidades coletivas, o jogador que realizou o último lançamento de sua
equipe antes do pênalti deve defendê-la.

São exemplos de penalidades individuais:

1) o lançamento em que a bola tem seu primeiro contato com o solo após a
área de ataque (high ball – bola alta);
2) o terceiro arremesso consecutivo de um jogador da mesma equipe (third
time throw – terceiro arremesso consecutivo);
3) defender a bola fora da área de defesa da meia-quadra de sua equipe
(illegal defense – defesa ilegal);
4) outras.

Penalidades coletivas:

1) Demorar mais de dez segundos para arremessar a bola após o primeiro


contato defensivo (ten seconds – dez segundos);
2) atrasar o início ou o recomeço da partida (team delay of game – atraso de
jogo da equipe);
3) outras.
Arbitragem No goalball, os árbitros têm uma função extra além de apitarem os
jogos. Eles também são responsáveis por comandar o jogo, numa espécie de
narração para que os jogadores compreendam o que está ocorrendo na partida
e para facilitar o entendimento da torcida, que, na maioria das vezes, é formada
por pessoas com deficiência visual. Mesmo que os jogadores mais experientes
saibam o que está se passando em quadra, os árbitros são imprescindíveis
para a reposição rápida da bola e para o saneamento de qualquer dúvida
possível, organizando a dinâmica em quadra.

Na versão oficial, são onze árbitros no total:

1) dois árbitros principais (um de cada lado da quadra);


2) quatro juízes de linha (um em cada quina da quadra), responsáveis pela
reposição de bola;
3) cinco mesários com funções de cronometragem, marcação dos arremessos,
substituições, tempos técnicos, controle de penalidades etc.

São os dois árbitros principais que orientam a dinâmica do jogo, estabelecendo


certa ordem por intermédio de comandos padronizados na língua inglesa.
Mesmo nos campeonatos realizados no Brasil, são utilizados os comandos em
inglês, visando a facilitar o entendimento dos atletas do país em eventos
internacionais. São exemplos da utilização de comandos básicos:

1) iniciar ou reiniciar a partida após qualquer interrupção (play – inicia/joga);


2) indicar que o lançamento foi para fora da quadra sem tocar em nenhum
jogador oponente (out – fora);
3) indicar que a bola lançada saiu de quadra após ser bloqueada pelo defensor.
A posse de bola ainda é da equipe que a defendeu (block out – bloqueio fora).
Este conteúdo foi acessado em 04/09/2021 no Manual de Orientação para
Professores de Educação Física.

Tempo Escola

Reconhecimento da quadra e aquecimento

Alunos em duplas ou trios. Um deles deverá ficar vendado e o outro não.

Ao comando do professor, os alunos andam de frente até sentirem a linha de


três metros, fazem o movimento do arremesso e voltam andando de costas.

Em seguida, andam até a marca dos seis metros, fazem o movimento de


arremesso e voltam de costas para a baliza.

Por fim, repetem todo o exercício correndo.

Treinando os arremessos

Arremesso frontal

Arremesse a bola rente ao chão, dobrando a perna que estiver na frente.

No goalball é possível arremessar a bola de três formas diferentes: frontal,


entre pernas e com giro. Ensine aos alunos cada um desses arremessos,
permitindo que eles pratiquem primeiro sem venda e depois com venda.
Arremesso entre pernas

Realize meio giro e fique de costas para o gol adversário.

Arremesse a bola entre as pernas.

No goalball é possível arremessar a bola de três formas diferentes: frontal,


entre pernas e com giro. Ensine aos alunos cada um desses arremessos,
permitindo que eles pratiquem primeiro sem venda e depois com venda.

Arremesso com giro

No goalball é possível arremessar a bola de três formas diferentes: frontal,


entre pernas e com giro. Ensine aos alunos cada um desses arremessos,
permitindo que eles pratiquem primeiro sem venda e depois com venda.
Entrando em jogo

Um aluno de cada lado da quadra (os dois vendados) e peça que eles
arremessem a bola um para o outro.

Gradativamente, aumente a dificuldade do arremesso: primeiro rasteiro e


depois quicando, por exemplo.

Hora do Jogo

Após o treino, é hora da disputa oficial: três contra três.

Para permitir que toda a turma pratique, a cada gol, troque a equipe.

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