Você está na página 1de 23

PRÓTESE TOTAL

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PRÓTESE TOTAL

LIMITAÇÕES DA PRÓTESE
- prótese é mucosuportada – osso residual/tecido mucoso
- resiliência do tecido mucoso

SUPORTE DENTIÇÃO NATURAL / SUPORTE DA PRÓTESE


- área de carga – ligamento periodontal/área edêntula (watt – 45cm²-23/12cm²)
- carga mastigatória – 20kgF / 6-8 kgF
- carga mastigatória – vertical/vertical-horizontal-diagonal
- tensão / compressão
Maior tempo de uso da PT maior reabsorção óssea.
Maior área maior distribuição das forças. Maxila tem reabsorção de fora pra dentro
(+estreito) e mandíbula de dentro pra fora (+curta e longa) devido as distribuições
das cargas.
Maior área maior retenção e menor reabsorção.

CONSIDERAÇÕES GERAIS
Sistêmico/psicológico/local
- paciente passou por todas as fases do tratamento
- complexidade das causas das perdas dentais
- envelhecimento geral dos tecidos
- adaptabilidade do paciente a situação
- demanda funcional superior reposição metabólica
- perda dentária relacionada à nutrição
- fatores sistêmicos – diabetes / osteoporose
- realização óssea varia / individual contínua

MODIFICAÇÕES QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS


- quantitativas: perda de dentes em curto espaço de tempo
- qualitativas: modificações do trabeculado ósseo
- maxila – reabsorção – 2 a 4 mm no 1° ano - 0,1 mm
- mandíbula – reabsorção – 2 a 6 mm no 1° ano – 0,4 mm

CONSIDERAÇÕES LOCAIS DA ÁREA BASAL


- pesquisa correta da linha neutra
- maior área / maior retenção
- limites de tolerância gengivolabial e gengivogeniano
- sobre extensão – limites dos movimentos
- sobre extensão – desconforto
- mucosa inserida e mucosa móvel do vestíbulo

INSTALAÇÃO DE APARELHOS BEM PLANEJADOS


- harmonia com o todo
- sincronia com o sistema estomatognático
- conhecimento indispensável dos limites gerais

LIMITES DA ÁREA BASAL


LIMITES ÁREA NASAL MAXILAR
FLANCO LABIAL-LINHA MÉDIA
- m. orbicular dos lábios - elevador da asa do nariz
- elevador lábio superior
- zigomático
- feixe inferior bucinador
- freio labial ou central

FLANCO LABIAL – ARCO ORBICULAR


- m. mirtiforme
- inserção baixa do feixe incisivo superior

FLANCO BUCAL – ARCO BUCINADOR


- inserção do m. bucinador
- processo zigomático
- túber – extensão e espessura / processo coronóide
POSTERIOR
- sulco hamular / sulco pterigomandibular
- zona palato duro / palato mole
- flexão do palato mole - menor ângulo maior movimento
- maior ângulo menor movimento
- m. envolvidos - elevador do palato e tensor do palato

CLASSIFICAÇÃO DE HOUSE (1984)


LIMITES DA ÁREA BASAL MAXILAR
FÓVEAS PALATINAS – classe I, II, e III
- referência limite posterior

TIPOS DE REBORDO E MUCOSA


- mucosa – submucosa – periósteo – osso remanescente
- quadrado (bom) – ovóide (bom grau de retenção) – triangular (pior de todos)
Tipos de musoca: fina (não absorve forças, maior reabsorção óssea, dolorida).
Média (melhor, sofre leve deformação e preenche a prótese). Espessa: falta de
estabilidade, movimento da prótese, não indicada para PT)

PALATO DURO
- arredondado – liso – forma de “V” – forma de “U”. Melhor em forma de U, pior em
forma de V (sem vedamento).

REGIÕES DA ÁREA BASAL MAXILAR


- zona principal suporte – osso residual. Colocar os dentes na zona principal de
suporte, menor reabsorção coloca os dentes.
- zona secundária de suporte – ossos palatinos e maxilares
- zona de alivio – papila incisiva / rafe mediana / torus
- zona de selado periférico – mucosa frouxa
- zona de selado posterior – músculos do palato mole
LIMITES DA ÁREA BASAL MANDIBULAR
FLANCO LABIAL – LINHA MÉDIA
- freio labial inferior
- músculo orbicular dos lábios

FLANCO LABIAL
- inserção dos músculos, borda do mento
- quadrado do mento e triangular dos lábios
- freio lateral / inserção lateral
- forame mentoniano

FLANCO BUCAL
- fibras do músculo bucinador
- pressão fibras anteriores m. masseter / bucinador
-linha oblíqua externa

CASOS DE REABSORÇÃO ÓSSEA ACENTUADA


- fibras do bucinador podem anastomosar com as do milo-hiodeo
LIMITES DA ÁREA BASAL MANDIBULAR POSTERIOR
- papila piriforme, papila retromolar-temporal e bucinador
- imersões do ligamento pterigo-mandibular
- m. palatoglosso / m. palatofaríngeo
Maior área maior retenção maior conforto e menor reabsorção.

FLANCO LINGUAL
- fossa retro-molar
- m. palatoglosso
- linha milo-hioidea / linha obliqua interna / crista

FLANCO SUBLINGUAL
- processo / apófise geni ou geniana / espinha mentoniana
- m. genioglosso
- freio lingual
- bolsa sublingual
REGIÕES DA ÁREA BASAL MANDIBULAR
- zona principal de suporte – osso residual
- zona secundária de suporte – linha obliqua externa e interna
- zona de alivio – linha obliqua interna / torus
- zona de selado periférico – mucosa frouxa vestibular / lingual anterior
- zona de selado posterior – papila piriforme x dobra sublingual

MOLDAGEM ANATÔMICA
Conceito – reprodução de forma negativa dos tecidos da cavidade oral que
constituem a superfície de assentamento da prótese. Conjunto de procedimentos
clínicos que visam obter: impressão da área basal, por meio de materiais e
moldeiras adequadas.

Objetivos:
- obter a cópia da conformação geral da área basal
- observar irregularidades e defeitos ósseos
- promover maior afastamento possível da mucosa móvel
- registrar os tecidos em seu estado de tensão

Finalidades:
- completar o diagnóstico
- visualização da área basal
- identificar a tonicidade das inserções musculares que vem terminar na zona do
selado periférico
- avaliar a necessidade ou não de cirurgia pré-protética
- obter um molde para confeccionar a moldeira individual

Materiais de moldagem (classificados segundo as suas propriedades físicas):


- elásticos: são os que após a presa, apresentam alguma elasticidade mas sem
comprometer a fidelidade do molde e são removidos com facilidade de regiões
retentivas sem causar desconforto.
Hidrocoloides irreversíveis, mercapitanas siliconas
- rígidos: não apresentam elasticidade após a presa e são de difícil remoção de
zonas retentivas, causando desconforto ao paciente no ato da remoção
Godivas

Características ideais:
- consistências adequada
- escoamento suficiente
- consolidação da forma adquirida
- estabilidade dimensional
- sabor, obter a ausência de efeitos tóxicos ou irritantes

Seleção do material:
A resiliência da fibromucosa de revestimento determina as propriedades físicas do
material de moldagem
- mucosa pouco resiliente e bem aderida ao periósteo – pouco escoamento.
- mucosa mais resiliente - maior escoamento.
Materiais: hidrocoloides reversíveis, mercaptanas, siliconas (elásticos). Rígidos:
godiva (difícil remoção de zonas retentivas, desconforto ao paciente na remoção).

Moldeiras:
A moldeira é um dispositivo que serve para levar o material de moldagem
manipulados à boca do paciente.
Tem que ter retenção, colocar cera utilidade nas bordas pra não machucar o
paciente.

Seleção da moldeira
Preparo da moldeira:
- tira de cera utilidade em toda extensão das bordas
- completar a altura e comprimento
- melhorar contorno das bordas
- proporcionar conforto aos pacientes
- aumentar espessura das bordas
- suporte ao material
- manter material na posição até a presa
Moldagem: posição confortável para o dentista
- paciente deverá sentar-se comodamente
- posição do paciente e do operador
- altura ideal do paciente na cadeira
- proteger o paciente com avental

Acidentes que podem ocorrer durante a moldagem:


- náuseas
- queimaduras
- ferimento na comissura labial
- luxação temporo – mandibular

Preparo do material:
- godiva de alta fusão – 54°
- silicone de condensação
- alginato siliconado
manipulação até massa homogênea

Moldagem propriamente dita:


- introdução da moldeira na boca do paciente
- centralização e compressão
- tempo de presa do material
- remoção

Leitura dos moldes – maxila


- superfície geral
- freios > lábios e laterais
- flancos > lábios e laterais
- tuberosidades
- sulcos hamulares

Leitura dos moldes – mandíbula


- superfície geral
- freios > labial, lingual e lateral
- flanco > labial e lateral
- papila piriforme
- borda disto – lingual
- linhas oblíquas > interna e externa

Falhas não corrigíveis:


- molde descentralizado
- molde com báscula
- falta de material no sulco ou alvéolo da palatina
- falta de compressão do molde
- excesso de compressão do molde

Falhas corrigíveis:
- falta de godiva nas regiões do fecho periférico
- falta de godiva no selamento posterior (post damming)
- aparecimento de papilas digitais nas bordar do molde

Desinfecção:
- alginato – borrifar solução de hipoclorito de sódio 1% (deixar fechado por 10
minutos)
- godiva – imergir em solução de glutaraldeido 2% (por 2 minutos)
- silicone – deixar em solução de hipoclorito de sódio 1% ou solução de glutaraldeido
2%
- vazamento em gesso

MOLDAGEM FUNCIONAL
- a extensão da base da prótese é um fator determinante da sua estabilidade e da
reabsorção do rebordo no qual se apoia
- vedamento inadequado facilita a interposição de alimentos entre a base da prótese
e a mucosa que compromete – retenção

Moldeira individual:
- é especifica de determinado paciente
- não deve deformar os tecidos moles
- espaço para o material de moldagem
- confeccionada com resina acrílica autopolimerizável incolor sobre o modelo
anatômico

Vantagem:
- menos trabalhosa, mais rápida e mais econômica
- transparência facilita o ajuste e possibilita visualização de compressão
- possibilita ver interferência das inserções
- permite noção da extensão da fibromucosa da zona de fecho periférico
- menor volume facilita introdução e retirada da boca – conforto
- permite movimentação muscular durante a moldagem
- bordas acompanham as sinuosidades do contorno da área basal

Confecção: alivio na maxila, rafe palatina mediana, papila piriforme, rugorosidade


palatina. Se tiver torus palatino ou muita tuberosidade para que não haja
compressão durante a moldagem. Na mandíbula fazer alivio no rebordo: linha
obliqua interna sempre. Desgaste no freio labial. Manobra de vasalva e linha AH.

Consideramos o ajuste terminado quando a moldeira não interferir nos movimentos


de lábio, língua e bochecha, não apresentar problemas ou dor na introdução,
remoção e acomodação.

Selado periférico:
- representa a influência da musculatura nas bordas da prótese
- todas as forças que se produzem no musculo, atuarão também e com a mesma
intensidade sobre as pontes de inserção e geralmente na superfície da cortical
óssea.

Godiva de baixa fusão:


- fluidez adequada
- adesividade
- rigidez
- estabilidade dimensional
- resistência em áreas retentivas
- acréscimos ou subtrações
- rapidez
Maxila - freio labial
- área orbilcular
- freio lateral
- arco zigomático
- tuberosidade
- sulco hamular
- zona palato duro/palato mole (selado posterior) molda com godiva nos
cantos da moldeira linha AH

Mandíbula - freio labial


- arco orbicular
- freio lateral
- arco bucinador
- região retromolar – oposição ao fechamento

Mandíbula – lingual - freio lingual


- genioglosso
- linha obliqua interna
Molda com godiva nos cantos da moldeira linha AH, movimentar a língua para a
moldagem, na lingual pedir pro paciente colocar a língua pra fora pra ver se a
prótese não é jogada pra fora/frente. (genioglosso)

Moldagem funcional:
- é uma moldagem dinâmica, que registra os detalhes anatômicos importantes e as
inserções musculares
- deve dar as características da área basal, sua forma, contorno e os limites exatos
da futura prótese
- é a moldagem que deverá obter exatamente as características da prótese
terminada:
- bem assentada na área basal
- extensão correta do aparelho
- retenção e conforto ao paciente

Objetivos:
- obter os detalhes anatômicos da área basal
- comprimir as zonas de compressão
- aliviar áreas que não devem sofrer pressões

Finalidades:
- registrar os tecidos com a mínima deformação
- obter intimo contato com os tecidos para reter a prótese
- proporcionar conforto ao paciente
Moldagem - boca fechada (reembasamento)
- movimento de lábios, língua e bochechas
Moldagem - boca aberta

Técnica de moldagem:
- posição do paciente
- maxila: comissura labial na altura da metade inferior do braço do operador
- mandíbula: comissura labial na altura do terço superior do braço do operador
- isolamento dos lábios com vaselina sólida
- para facilitar a remoção do material de moldagem que eventualmente se fixe no
lábio e região peribucal
Moldagem com a boca fechada, movimentos de língua lábio e bochecha, sucção e
deglutição. Boca aberta: compressão, sem compressão e mista.

Material:
- moldeira individual
- lecron
- pasta zinco enólica
- espátula n° 36
- pincel tamanho médio n° 12
- cera de baixa fusão
Inserção / compressão / estabilização da moldeira:
- maxila - tracionamento de lábio e bochecha
- vibração do palato mole
- linha AH – manobra de vassalva
- mandíbula - a posição do fechamento
- tracionamento de lábio e bochecha
- movimentação da língua

Exame do molde:
- todos os detalhes anatômicos recobertos
- sem interrupção do material
- formato do sulco geniano
- negativas de inserções e freios

Os erros que surgirem na região principal de suporte não devem ser corrigidos, pois
podem prejudicar o assentamento do molde.

Moldagem complementar:
- pequenas falhas corrigíveis
- selado posterior na maxila e mandíbula sempre (retenção)
Região retromolar.

Relações intermaxilares:
- estética: é uma ciência das faculdades sensitivas voltada para a reflexão que
determina através da harmonia das formas e/ou cores
- beleza: qualidade atribuída a objetos ou a realidades naturais aprendidas através
da sensibilidade e que promovem a satisfação, emoção ou prazer
- o rosto transmite sensações agradáveis ou desagradáveis dependendo do
equilíbrio das partes que o compõem
- três elementos que compõem as expressões faciais - olhos
- musculatura da face
- cavidade bucal
- a musculatura da face e a cavidade bucal são afetadas substancialmente pela
perda dos dentes
- pessoas mais atraentes são - mais qualificadas
- mais confiáveis
- recebem melhor tratamento
Rodete de cera: anterior (reabsorção por vestibular) posterior (reabsorção por
lingual)

PLANO DE ORIENTAÇÃO
Base de prova / placa base + rodete de cera
- são bases provisórias confeccionadas sobre os modelos obtidos das moldagens
funcionais
- as bases de prova devem ser rígidas e bem adaptadas a área basal
- promovem a recuperação de partes das características estéticas perdidas
- meio de registro e de transferência das relações inter-maxilares para o articulador
- servem para a montagem e prova dos dentes artificiais

PLANO DE ORIENTAÇÃO
Base da prova – materiais

- resina acrílica ativada quimicamente – facilidade de manuseio


- resina acrílica ativada termicamente – checa resultado da moldagem funcional –
estável – prensagem – destruição do molde
- resina acrílica fotopolimerizavel – exatidão dimensional, rapidez na confecção e
facilidade de manuseio – necessita de caixa fotopolimerizadora
- placa de acetato a vácuo – uso de massa de modelar para realizar os alívios em
razão da temperatura distorcer a cera

PLANO DE ORIENTAÇÃO – MAXILA


Rodete de cera
- reabsorção por vestibular – diminuem as dimensões
- o rodete é colocado por “fora” da crista de rebordo
- colocado a frente da papila incisiva - 12 mm
- 8 a 10 mm
- angulação anterior de 75° com o plano oclusal

PLANO DE ORIENTAÇÃO – MANDIBULA


Rodete de cera
- anterior: reabsorção é um pouco por vestibular – o rodete é colocado levemente
para vestibular ou na crista do rebordo
- posterior: reabsorção é por lingual tornando a mandíbula mais larga – o rodete é
colocado sobre a crista do rebordo

PLANO DE ORIENTAÇÃO
- suporte labial
- assimetria
- corredor bucal
- forma do arco
- limite vestibular do arco
- curvas de compensação – Spee / Wilson
- linhas de referência
- DVO
- RC
- OC

INDIVIDUALIZAÇÃO DO PLANO DE ORIENTAÇÃO


- suporte labial – o reposicionamento correto de músculos é essencial para a
recuperação estética
- compensação da perda alveolar
- contorno adequada

Altura incisal
- porção visível dos dentes com lábio superior em repouso
- 1 a 2 mm abaixo da linha do lábio
- posição do tubérculo do lábio na dentição natural: 20% acima
43,3% no nível
36% abaixo (a maioria aparece dente com a
boca em repouso)

Plano oclusal – plano de Camper


- o plano oclusal posterior possui significado estético
- não deve ser posicionado posteriormente mais baixo, criando uma curva reversa
ao arranjo inferior (sorriso invertido)
plano frontal – paralelo a linha bipupilar (linha ou plano FOX)
plano sagital – plano de Camper

→ Plano oclusal – ANATOMIA


- pórion – espinha nasal anterior
- trágus auditivo – asa do nariz
O plano de cera deve acompanhar a curvatura do lábio inferior quando o paciente
sorri.

Corretor bucal
- o espaço existente entre a superfície vestibular dos dentes posteriores e mucosa
interna da bochecha

Linhas de referência
- linha média: possibilita um arranjo harmônico dos dentes anteriores superiores
com a face – mesmo em assimetria / 70% - coincide com o filtrum labial
- linha alta do sorriso: posição cervical dos dentes artificiais
- linha distal de canino: marca a posição da face distal dos caninos
Inferior se monta com base no superior

Dimensão vertical
- dimensão vertical máxima – máxima abertura
- dimensão vertical mínima – fechamento máximo em edentado total
- dimensão vertical em repouso (DVR) - é o espaço intermaxilar de um indivíduo (em
repouso, sem contato) é a posição da mandíbula em que os músculos elevadores e
abaixadores estão em equilíbrio
- dimensão vertical de oclusão (DVO) - espaço entre maxilares quando há contato
nos dentes sup. e inf.

Espaço funcional livre (EFL) 2-3mm


Espaço funcional de pronúncia (EFP) está dentro do EFP
- é a distância intermaxilar que corresponde ao deslocamento da mandíbula da DVR
a DVO
- os músculos estão em estado de tono muscular
- menor: os dentes se tocam durante a conversação / cansaço dos músculos
mastigatórios
- maior: a estética é prejudicada / pronuncia se torna sibilante
-media 3 mm.

Dimensão vertical em repouso (DVR)


O equilíbrio muscular depende:
- estado da ATM
- cansaço muscular
- equilíbrio da cabeça – posição do paciente
- estado psíquico do paciente
- presença de dentes naturais

Dimensão vertical de oclusão (DVO)


- método métrico: através de medidas médias
- método fisiológico: registra-se a altura do terço inferior da face e diminui-se o
valor do espaço funcional livre
- método estético: baseado na reconstituição facial com harmonia do terço inferior
da face com as demais partes do rosto
- método fonético: é um método de aferição da DVO pré-estabelecida

MÉTODO DIRETO
- Boos: bimeter (dinamômetro) – mandíbula é levada em DVO, os músculos
elevadores estariam na posição exata de desenvolverem a potência máxima
- Manson: na deglutição a mandíbula é levada em RC e a DVO está no mesmo
afastamento intermaxilar

MÉTODO INDIRETO
- Willis: distância do canto do olho à comissura labial, em repouso muscular, é igual
a distância entre a base do nariz ao mento (ponto subnasal ao gnátio) > DVR –
diminuir 3mm = DVO
- Silverman: fonético – aferição da DVO estabelecida pela pronúncia de sons
sibilantes (espaço funcional de pronúncia)
- Litle: (Willis modificado) – realizar várias vezes a deglutição e solicitar suave
contato labial – base do nariz ao mento é a DVR > diminuir 3mm = DVO

Relação cêntrica / relação central – RC


Posição mais posterior da mandíbula em relação à maxila no plano horizontal,
determinada pelos músculos e ligamentos que atuam sobre o complexo
côndilo/disco da ATM, independentemente de contatos dentários, estando os
côndilos na posição mais anteriorizada na cavidade glenóide, contra a vertente
posterior da eminência articular.

- método de manipulação: levar a mandíbula para a posição com auxilio de uma ou


duas mãos
- método fisiológico: utilizar parâmetros fisiológicos, contudo, são mais eficazes
quando auxiliares a outros métodos → técnica de levantamento de língua e técnica
de deglutição
- método mecânico: uso de dispositivos → jig de Lucia e leaf gauge – tiras de Long
- método gráfico: dispositivos especiais para determina as trajetórias dos
movimentos mandibulares

Arco facial e montagem em articulador


- mesa de Camper – 15 graus
Curvas de compensação
- método mecânico
- método fisiológico

SELEÇÃO E MONTAGEM DOS DENTES ARTIFICIAIS


Histórico
Forma dos dentes: Teoria dos temperamentos (spurzhein 1850): constituição física,
psíquica e fisiológica. (cor dos olhos, pele e cabelo, traços como cor e forma dos
dentes). Linfático, sanguíneo, biloso e nervoso.
Proporção biométrica - o ICS é 1/6 da largura da face e 1/20 da altura
- forma do incisivo central superior tinha semelhança com o
rosto.
Wood Clap
- Altura – linha do sorriso
- Largura – baseada na largura da boca
James Leon Williams
Forma da face coincide com a forma do ICS: quadrado, ovoide ou triangular (Lei da
Harmonia de Williams)
Formas mistas: Williams
- os dentes naturais não são tipos geométricos perfeitos
- em determinados casos, os dentes não correspondem ao formato do rosto
- os dentes podem modificar a forma com o passar do tempo
Nelson
- a forma do arco dental pode ser dividida em quadrado, triangular e ovoide
(Triangulo estético de Nelson)
Perfil do paciente/ perfil dos dentes artificiais:
- convexo
- côncavo
- reto
Existe harmonia entre a convexidade mesiodistal da superfície vestibular dos dentes
anteriores com a convexidade das bochechas.
Classificação dos dentes artificiais
Quanto ao material - resina acrílica (metacrilato de metila)
- porcelana (feldspato sódio-potássio)
- resina convencional: resina acrílica cruzada de baixo peso molecular unidas
quimicamente entre si através de ligações cruzadas covalentes simples.
- resina de alta resistência: com formulações químicas diferentes em razão do
artificio técnico utilizado > partículas de carga inorgânica: resina acrílica PMMA e
resina composta BisGMA
Quanto a face oclusal - anatômicos 33°
- semi-anatômicos 20°
- funcionais 0°

- todos os princípios e funções mastigatórias são realizadas perfeitamente em todos


os biótipos
- o mais importante são os ajustes cuspidicos realizados no relevo oclusal para
estabelecer uma oclusão harmônica.

Dentes de resina acrílica


Vantagens:
- Facilidade de montagem
- Menor risco de fratura na desmuflagem
- Não desgasta dente antagonista
- Facilidade nos ajustes
- Melhor união a base – sem necessidade de retenção mecânica
- Sem ruído na mastigação
Desvantagens:
- Instabilidade de forma (desgaste – abrasão)
- Instabilidade de cor
- Necessita de maior cuidado de higiene
Indicações:
- rebordo fino
- rebordo baixo
- muito desgaste na montagem
Contraindicações:
- grande esforço mastigatório
- dentes anteriores em fumantes
- função incisiva não funcional dificulta.
Porém não existe contraindicações
Dentes em porcelana:
Vantagens:
- não há desgaste
- mantém a forma
- estabilidade de cor
- permite reembasamento da prótese por manter DVO
Desvantagens:
- ruído na mastigação e conversação
- Abrasão nos antagonistas
- dificuldade na montagem
- dificuldade nos ajustes
- peso interfere na retenção
Características ideais dos dentes artificiais:
- Cúspides não muito altas
- Orientar forcas mastigatórias
- Faces oclusais bem desenhadas
- Satisfazer a estética

Seleção dos dentes artificiais: os dentes artificiais devem se aproximar o mais


possível dos dentes naturais em relação a estética e função.
Anatomia: aspecto e formato
Mecânica: adaptação à base, exigência da forma e relações intermaxilares.

Frusch e Fischer (1955) Teoria dentinogênica: sexo, idade e personalidade.


Sexo: linhas de vigor ou delicadeza (ângulos)
Idade: desgastes, cor (abrasão maior ou menor dos incisivos, pigmentos) ,
diastemas, exposição do cemento radicular.
Personalidade: complementa sexo e idade, individualização da prótese.
Seleção dos dentes artificiais: cor, forma e tamanho.
- Escolha da cor: sexo, idade, cor da pele. Utilização de escala úmida, luz natural
indireta, paciente em posição ereta, profissional em plano perpendicular ao seu
plano de visão.

- Escolha da forma e tamanho: forma – formato do rosto – sexo.

tamanho – altura – largura.

Existem 4 grupos de pacientes:


- com registros > modelos
- com fotografias
- semelhanças com parentes
- sem registro ou orientação.
A parte esquelética é o sustentáculo da postura muscular.
Os dentes são responsáveis pela sustentação dos músculos orbiculares dos lábios e
os outros que nele se inserem. A função faz a forma. A existência da forma garante
a função.

Fatores a serem obervados:


- Disposição: situação individual do dente’
- Alinhamento: forma do arco após a montagem dos dentes
- Posição: conjunto dos dentes em relação a face.
- Articulação: relação entre os arcos nos movimentos excêntricos
- Oclusão: relação entre os arcos na abertura e fechamento
Dentes anteriores: estética: aprovação do paciente
Dentes posteriores: principio biomecânico do sistema mastigatório.

Dentes anteriores superiores:


- Papila incisiva: localização é posterior aos incisivos.
- Posição do ICS: estética: suporte labial, biomecânica, fisiologia, fonética.
- Tipo de rebordo: quadrado: + próximo. Ovoide: distancia media. Triangular: +
distante.
- Quantidade de reabsorção.
Montagem dos dentes superiores:

ICS – incisivo central superior


- Longo eixo paralelo
- Incisal toca no plano de cera
- Mesial toca na linha media
- Vestibular na altura do plano de cera

ILS – incisivo lateral superior


- Longo eixo inclinado para distal
- Incisal não toca plano de cera
- Mesial toca IC
- Vestibular ligeiramente recuada
Canino superior
- Longo eixo sem inclinação
- Cúspide toca plano de cera
- Mesial toca no IL
- Vestibular na altura ou saliente ao plano de cera.
1° pré-molar
- Longo eixo sem inclinação
- Cúspide vestibular toca plano de cera
- Mesial toca o canino
2° pré-molar
- Longo eixo sem inclinação
- As duas cúspides tocam plano de cera
- Mesial toca 1PM
1° molar
- Longo eixo sem inclinação
- Cúspide DV não toca plano de cera

Dentes inferiores:
Incisivo central
- ligeiramente para vestibular
- mesial toca linha media
-incisal toca no ICS, na altura do ¼ incisal
Incisivo lateral:
- ligeiramente inclinado para mesial
- mesial toca o IC
- incisal toca parte no ICS e ILS, na altura do ¼ incisal (não pode ter um contato
muito profundo)
1° molar:
- cúspide MV entre 2° PMS e 1°M
- cúspide mediana e DV no sulco MD no 1°MS
2° molar:
- cúspides vestibulares tocam sulco MD do 2°MS.

Ajuste da oclusão e articulação


- Remontagem dos dentes no plano de cera buscando nova posição – na prova dos
dentes.
- Ajustes oclusais através de desgastes deverão ser realizados após a instalação da
PT – base acrilizada.

Você também pode gostar