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Estruturas de Concreto e Fundações

Estruturas Especiais
Torção

Prof. D.Sc. Roberto Chust Carvalho


Prof. M.Sc. Antonio de Faria
Prof. M.Sc. Matheus Marquesi
1
• Capítulo 3 -RESERVATÓRIOS
• 3.1. Introdução
Obra recorrente a atividade humana são os reservatórios de água sempre
necessários pois o homem depende de grande quantidade de água potável e
tratada para sobreviver. Perto de uma edificação ou próxima dos arredores das
cidades é sempre necessário se ter pequenos reservatórios para unidades de
edificações (que podem ser inclusive pré-moldados); reservatórios de tamanho
médio para abastecer uma edificação coletiva (prédios residenciais, escolas etc); ou
ainda reservatórios de grandes dimensões para abastecimento de cidades, regiões,
indústrias etc.
Para efeito de análise pode-se
classificar os reservatórios de concreto
armado em reservatórios em cascas e em
forma de paralelepípedos chamados de
paralelepipédicos. Os primeiros são aqueles
que têm pelo menos em uma parte dos
mesmos um elemento trabalhando como
casca (estrutura de forma delgada cujo eixo
médio não contido em um plano). Estes
não fazem parte deste trabalho. Um
esquema de um reservatório com parede
cilíndrica e cobertura em casca esférica é
mostrado na figura 3.1. 2
• Reservatórios Paralelepípedos
RESERVATÓRIO ELEVADO
Os reservatórios FACE 3
podem ser (posterior)

classificados
em: FACE 4 FACE 4
(lateral esquerda)
P3(20X30)

FACE 1 FACE 2
(frontal) (lateral direita)

-Elevados; P2(20X30)
P1(20X30)
- De Superfície;
FACE 3
- Enterrados; RESERVATÓRIO SUPERFICIAL (posterior) RESERVATÓRIO ENTERRADO

FACE 4
(lateral esquerda)
nível do solo FACE 1 FACE 2
(frontal) (lateral direita)

(frontal)
Substituído por reservatórios de Fibra
Duas fases
Teste com água sem terra
Vazio com colocação de terra
Misturador Decantador

Desinfecção Aerador Filtro


Reservatórios Paralelepípedos
• Os reservatórios com formato de paralelepípedos são
bastante utilizados para instalações de edifícios comerciais
e residenciais;
• Para outros tipos de edificações como indústrias por
exemplo, pode-se utilizar reservatórios em casca,
aproveitando inclusive o efeito estético dos mesmos;
• Com relação as formas dos reservatórios paralelepípedos,
podem ser utilizadas as deslizantes, trepantes ou
reaproveitáveis;
• Nesta disciplina, somente serão tratados os reservatórios
em forma de paralelepípedos que são denominados a
partir de agora apenas de “reservatórios”;
Reservatórios Paralelepípedos
• Os reservatórios podem ainda serem classificados quanto
a proporção das dimensões da cuba (h), do comprimento
(b) e da largura (a);
• Cúbicos: são aqueles onde os dois lados e a altura são da mesma
ordem de grandeza, ou seja: a  b  h;
• Achatados: são aqueles onde a altura é muito menor do que as
duas outras dimensões: h << a e b;
• Alongados: onde o comprimento é bem maior do que a largura e
a altura, ou seja: a >> b e h;
• Nas edificações residenciais ou comerciais, em geral os
reservatórios são elevados ou enterrados, os de
superfície são mais utilizados para sistemas de
abastecimento de água e portanto, em geral, de maior
porte;
Reservatórios Elevados

400 FACE 3
500 (posterior)

FACE 4
(lateral esquerda) FACE 4
P3(20X30)

FACE 1 FACE 2
250

(frontal) (lateral direita)

P2(20X30)
P1(20X30)

Desenho esquemático de um reservatório


de água elevado em forma de paralelepípedo
Reservatórios Elevados
PLANTA 500

400

h
CORTE 11 (plano ) CORTE 22 (plano )
500 Laje da tampa
400 Laje da tampa

h
h
250
250

h Laje do fundo
h

Laje do fundo

Desenho esquemático de um reservatório


de água elevado em forma de paralelepípedo
Reservatórios Elevados
PERSPECTIVA ESQUEMÁTICA PERSPECTIVA ESQUEMÁTICA
ELEMENTO PLANO PLANO MÉDIO

PERSPECTIVA ESQUEMÁTICA PERSPECTIVA ESQUEMÁTICA


CHAPA LAJE

Elementos Planos: Chapa (quando as ações contém o plano médio)


Laje (quando as ações são perpendiculares ao plano médio)
Reservatórios Elevados
400 FACE 3 400 FACE 3
(posterior) (posterior)
0
50

FACE 4
FACE 4 FACE 4

0
(lateral esquerda)

83
P3(20X30) FACE 4 P3(20X30)
(lateral esquerda)

FACE 1 FACE 2 FACE 2


250

(frontal) (lateral direita) (lateral direita)

P2(20X30) FACE 1
P1(20X30) (frontal)

P2(20X30)

P1(20X30)

Reservatórios típicos de edifício alto na situação de elevado, com pequeno


comprimento (curtos) e grande comprimento (alongados);
Reservatórios Elevados
• Modelo de Cálculo dos reservatórios curtos:
• Flexão  De uma maneira geral os modelos dos reservatórios
consistem em considerar o empuxo hidrostático;
• todos os elementos trabalhando como placas, (a tampa embora não
sujeita a pressão hidrostática também trabalha como placa);
• Paredes laterais trabalhando como vigas-parede apoiadas nos pilares e
recebendo a ação da tampa e da laje do fundo;

Quadro 2.1 – Características dos principais elementos de um reservatório elevado


e curto
ELEMENTO AÇÃO TIPO MODELO
Tampa Peso próprio, impermeabilização, uniforme Placa
acidental
Fundo Peso próprio, impermeabilização, água uniforme Placa
Paredes Ação da água linear Placa
Paredes Peso próprio, ação da tampa e fundo Uniforme(*) Viga-parede
* As reações das lajes nas paredes são consideradas, como usualmente, lineares embora
a distribuição real seja bem diferente.
Reservatórios Elevados
• A tampa funciona como placa apoiada no
seu contorno nas paredes verticais que
devido a rigidez à flexão podem ser Tampa
consideradas como apoios indeslocáveis na
vertical; 400 FACE 3
(posterior)

• Tem-se um elemento com duas dimensões

0
maiores que a espessura do mesmo e as

50
FACE 4
(lateral esquerda) FACE 4
P3(20X30)
ações atuante neste elemento são FACE 1 FACE 2

250
perpendiculares ao plano (definido pelo (frontal) (lateral direita)

plano médio horizontal que contem os dois P1(20X30)


P2(20X30)

lados);
• Ainda como as cargas são uniformes e os
apoios no contorno indeslocáveis podem
ser usadas as tabelas do capítulo 7 de
CARVALHO & FIGUEIREDO FILHO (2007);
Reservatórios Elevados
• Idem para laje de fundo com a diferença que a
carga acidental neste caso é composta pelo
peso da água armazenada. Neste caso mesmo
que haja especificações par evitar o Fundo
transbordamento do reservatório é comum
usar-se toda a altura do reservatório para 400 FACE 3
(posterior)

considerar para o peso da coluna d`água..

500
• A outra diferença é que as paredes devem FACE 4
(lateral esquerda) FACE 4

absorver as cargas verticais da laje do fundo P3(20X30)

através de “suspensão” das cargas, ou seja, FACE 1 FACE 2

250
(frontal) (lateral direita)

funcionam como vigas-parede invertidas e para P2(20X30)

tanto precisam de armadura que conduzam as P1(20X30)

reações da laje do fundo na parte inferior da


parede para a parte superior.
Reservatórios Elevados
• Paredes Laterais: parede funciona, geralmente, como placa
para as ações laterais provocadas pela água e como viga parede
para absorver as ações verticais da tampa e laje do fundo.
• Se o reservatório for muito cumprido as lajes laterais, a tampa
e o fundo passam a trabalhar com o comportamento de lajes
armadas em uma direção (a menor) e assim passa a ser mais
realístico trabalhar com um “pórtico plano fechado” composto
por lajes laterais, a tampa e o fundo.
Reservatórios Elevados
Laje da tampa Parede 3
Tração na parede 3
Paredes Laterais
Pp3
400 FACE 3
Pt (posterior)
Empuxo de água na parede 1

Parede 1

500
FACE 4
(lateral esquerda) FACE 4
P3(20X30)
H

Pp2
Pf FACE 1 FACE 2

250
(frontal) (lateral direita)

Parede 2 Tração na parede 2 P2(20X30)


Laje do fundo P1(20X30)
p=h a
a

CORTE 22 (plano ) CORTE 11 (plano )


c b

1 1
2 4 a 2 4
3 3

p= h a
Laje do fundo Laje do fundo
Reservatórios Elevados
Paredes Laterais

400 FACE 3
(posterior)

500
0
50

PLANTA - Laje do Fundo PLANTA - Laje do Fundo

ateral esquerda) FACE 4


P3(20X30) 400

FACE 1 FACE 2
250

1
(frontal) (lateral direita)
Viga parede 1 Viga parede 1

Esquema estrutural da Viga parede 1


P2(20X30) g
1, parede
P1(20X30) L

g 1, laje+q

Viga parede 1
Reservatórios Elevados
• Condições de contorno das placas em relação a rotação, lembrando
que pelas soluções clássicas se tem apenas a possibilidade de giro
totalmente impedido (apoio com engaste) e giro totalmente livre
(apoio simples).
• Considerando um reservatório curto cortado pelo plano  vertical
tem-se esquematicamente a situação de ações como a
representada na figura a seguir;
• Nesta mesma figura indica-se como ocorreriam as rotações
relativas (se houvesse rótula) nas ligações dos elemento de parede
com a tampa e o fundo.
Piscinas
Determinação da espessura da parede, em função da escolha da armadura a ser
utilizada;
Utilizando  = 6,3 mm a cada 15,0 cm, chega-se à: As = 2,13 cm2/m;

Assim :
Fs  As  fyd
50 kN
Fts  Fcc Fs  2,13   92,61
1,15 m
Fcc  0,85  b  0,8  x  fcd 2,0
92,61  0,85 100  0,8  x   x  0,953 cm
Md  Fts.z 1,4
z  d - 0,4  x 1,4  562,5  92,61.z  z  8,50 cm
d  h - c - 8,50  d - 0,4  0,95  d  8,88 cm
2
8,88  h - 2,5 - 0,63  h  11,7 cm
2
Reservatórios Elevados
CORTE 11 (plano ) CORTE 11 (plano )
Detalhe 1
Laje da tampa

Parede lateral
Parede

h
H

lateral

p= h a Laje do fundo
p= h a
Detalhe 2
Detalhe 1

Detalhe 2
Reservatórios Elevados
• No caso da tampa o detalhe da rotação (detalhe 1 da figura
anterior) da mesma, sob ação das cargas gravitacionais (peso
próprio, impermeabilização e acidental) se faz no sentido horário
(ângulo ).
• O giro da parede sob a ação do empuxo da água (ângulo ) também
ocorre no mesmo sentido de giro. Assim é mais próximo da
realidade considerar a tampa ligada à parede lateral sem
impedimento de giro, ou seja, simplesmente apoiada.
Reservatórios Elevados
Laje da tampa
Tampa
Parede lateral
Parede
h
H

lateral

p= h a Laje do fundo
p= h a

b
Detalhe 2
Detalhe 1

Detalhe 2 a
Reservatórios Elevados
• Para a laje do fundo o detalhe da rotação (detalhe 2 da figura
anterior) da mesma sob ação das cargas gravitacionais (peso
próprio, impermeabilização e água) se faz no sentido horário
(ângulo ), o giro da parede sob a ação do empuxo da água (ângulo
) ocorre no sentido anti-horário.
• Assim há uma tendência de impedimento de giro que pode ser
retratado mais fielmente pela consideração de um engaste, para o
contorno da laje de fundo.
Reservatórios Elevados
Laje da tampa

Parede lateral
Parede
h
H

lateral Fundo
p= h a Laje do fundo
p= h a
Detalhe 2
Detalhe 1

b
Detalhe 2

a
Reservatórios Elevados
• Para analisar as paredes do reservatório sob a ação da pressão da
água, faz-se um corte horizontal no reservatório onde são indicadas
também a tendência de deformação das mesmas;
CORTE EM PLANTA ESQUEMA DA ESTRUTURA
APÓS A DEFORMAÇÃO

Parede lateral

Detalhe 1

ESTRUTURA DEFORMADA

Detalhe 1
Reservatórios Elevados
CORTE 22 (plano ) CORTE 11 (plano )
c b

Parede frontal e posterior

a
Paredes laterais

p= h a
Laje do fundo Laje do fundo
Reservatórios Elevados
500

PLANTA - Laje do Fundo PLANTA - Laje do Fundo


400

Viga parede 1 Viga parede 1

Esquema estrutural da Viga parede 1


g
1, parede
L

g +q
1, laje

Viga parede 1
Reservatórios Elevados
• Vigas-Parede
• De acordo com a Norma Brasileira (ABNT NBR 6118:2014) são
considerados como elementos especiais os elementos
estruturais que se caracterizam por um comportamento que
não respeita a hipótese das seções planas, por não serem
suficientemente longos para que se dissipem as perturbações
localizadas. Vigas-parede, consolos e dentes Gerber, bem como
sapatas e blocos, são elementos desse tipo.
• Os elementos especiais devem ser calculados e dimensionados
por modelos teóricos apropriados, quando não contemplados
pela NBR 6118:2014. Tendo em vista a responsabilidade desses
elementos na estrutura, deve-se majorar as solicitações de
cálculo por um coeficiente adicional n, conforme ABNT NBR
8681 item 5.3.3.
Reservatórios Elevados
• Vigas-Parede – NBR 6118:2014 – item 22.4.1
• São consideradas vigas-parede as vigas altas em que a relação
entre o vão e a altura /h é inferior a 2 em vigas biapoiadas e
inferior a 3 em vigas contínuas.
• A referidas vigas, podem receber carregamentos superior ou
inferior (ver figura abaixo).
Reservatórios Elevados
Armação típica de viga-parede com h  
Reservatórios Elevados
Formulário para verificação de viga-parede:

 a distancia entre os eixos dos apoios


Vão efetivo:   
a distância livre entre as faces dos apoios multiplicada por 1,15

 o vão 
Altura efetiva: h e  
a altura total h
 0 qd
 3
Espessura mínima da parede 8 f cd  h e
Para se evitar flambagem lateral: b
 5   0  qd
 f cd  h e

Compressão diagonal cortante: Vd  0,10  b  h e  f cd


Reservatórios Elevados
Formulário para verificação de viga-parede:
Md
Resultante de Compressão e Tração: DT
ze
Braço de alavanca para vigas bi-apoiadas: z e  0,2(  2  h e )

Braço de alavanca para vigas contínuas: z e  0,2(  1,5  h e )


T
Armadura de tração na flexão: As 
f yd

Armadura transversal para barras lisas: A h  0,0025  b  sh

Armadura transversal para barras nervuradas: A


h  0,0020  b  sh
Reservatórios Elevados
400 FACE 3
(posterior)

Exemplo numérico:

0
50
Verificação da viga parede FACE 4
(lateral esquerda) FACE 4
P3(20X30)

FACE 1 FACE 2

250
(frontal) (lateral direita)

P2(20X30)
P1(20X30)

0,30
 - distância entre apoios    5,0 - 2   4,70 m
2
 0 - distância entre as faces dos apoios   0  5 - 2  0,30  4,40 m

 4,70 m   4,70 m
    4,70 m h e    he  2,50 m
1,15  4,40  5,06 m  h - 2,50 m
Reservatórios Elevados
Verificação da espessura mínima necessária da parede - bnec

0 qd 440 1,4  46,65


bnec   3    6,73 cm
8 f cd  h e 8 3 20000
 2,5
1,4
5   0  q d 5  440 1,4  46,65
bnec    4,02 cm
f cd  h e 20000
 2,50
1,4
Verificação do cisahamento
20
Vd  0,10  fcd  b  he  0,10  18  250  942,0 kN
1,4
1,4  46,65  4,40
Vd   143,0 kN  942 - atendido!
2
Reservatórios Elevados
Verificação da flexão:

p   2 46,65  4,7 2
M   128,81 kN.m
8 8

ze  0,2    2,0.he   0,2.4,7  2,0  2,5  1,94 m

Md 1,4.12881
As    2,14 cm 2  2  12,5 mm
ze  fyd 194  50
1,15
Reservatórios Elevados
Verificação da tração na parede:
A1 
1  5  2  6,0 m 2
500 2
PLANTA - Laje do Fundo Nt  A  h  c  he.água 
Nt  6,0  0,18  25,0  2,5 10,0
Nt  177,0 kN
400

Nt 177,0 kN
1 p   35,4
 5,0 m
Viga parede 1
1,4  p 1,4  35,4 cm 2
As, t    1,14
fyd 50,0 m
1,15
Obs:- esta armadura deverá ser somada à armadura utilizada para combater os
esforços de flexão da laje ou colocada em forma de estribos;
Reservatórios enterrados
Piscinas
400 FACE 3
500 (posterior)

FACE 4
(lateral esquerda)

FACE 1 FACE 2
250

(frontal) (lateral direita)


Piscinas
SEÇÃO TRANSVERSAL DE PISCINA ESCAVADA Ps= peso do solo retirado

Laje do fundo

Pc= peso da estrutura de concreto


Pa= peso da água

Se Ps > Pa+ Pc é possível usar fundação superficial em caso contrário não.


Piscinas
CORTE LONGITUDINAL
CORTE LONGITUDINAL c
c Terreno natural

Terreno natural
estaca

PLANTA Laje do fundo PLANTA

estaca
estaca

Caso 1 parte da piscina em aterro;


Caso 2 solo não homogêneo sujeito a recalques diferenciais;
Piscinas
400 FACE 3
(posterior)

Dependendo da relação entre os lados


deve-se considerar placa ou viga
500

FACE 4
(lateral esquerda)

FACE 1 FACE 2 Lembrar que a carga atuante é triangular


250

(frontal) (lateral direita)

CORTE 22 (plano ) CORTE 11 (plano )


c a b

Laje do fundo Laje do fundo


c < 2a c < 2a c < 2a
Piscinas
400 FACE 3
(posterior)

0
50

FACE 4
(lateral esquerda)

FACE 1 FACE 2
250

(frontal) (lateral direita)

CORTE 22 (plano ) CORTE 11 (plano )


c b

a
Laje do fundo Laje do fundo

Situação das lajes – bordas engastadas e a superior borda livre


Piscinas
CORTE 22 (plano )
Terreno natural

Laje do fundo

laje sobre base elástica

Laje do fundo

Molas

Consideração do esquema estrutural da laje do fundo como uma laje sobre base
elástica.
Piscinas
CORTE 11 (plano )

H
E= p . __ H
E= p . __

h
H

2 2

p= Ka H s p= Ka H s
p= h a Laje do fundo

Obs: convém considerar cada uma das ações atuando separadamente


Piscinas
CORTE 11 (plano ) CORTE 11 (plano )

P parede P parede P parede P parede


ppeso da laje

págua

M M M M

págua p =2P parede/a

ppeso da laje a

p =2P parede /a

• Ações a serem consideradas na laje do fundo;


• Peso próprio da laje;
• Água;
• Peso das paredes;
• Momentos provenientes dos empuxos de água e de terra;
• Reação do solo;
Piscinas
CORTE 22 (plano )
Terreno natural PLANTA

a b

Laje do fundo

Consideração da laje de fundo:


Modelo de laje sobre base elástica ou grelha equivalente
com apoios de mola
Piscinas
400 FACE 3
(posterior)

0
50
FACE 4
(lateral esquerda)

FACE 1 FACE 2

150
(frontal) (lateral direita)

CORTE 11 (plano ) CORTE 22 (plano )


500 Laje da tampa
400

h h
H

250
E= p . __

p= Ka H s
Laje do fundo

h
h

Laje do fundo

PLANTA 500

h
400

h
Exemplo - Piscinas
Dimensionar a piscina cujos elementos geométricos são dados na abaixo.
Concreto: fck= 20 MPa – cobrimento = 2,5 cm Aço CA-50; Revestimento 5,0 kN/m2
Solo s = 18,0 kN/m3 ∅=300 Ka= 0,333

CORTE 11 (plano ) CORTE 22 (plano )


500 Laje da tampa
400

h h

H
H

150
E= p . __

p= Ka H s
Laje do fundo

h
h
Laje do fundo

400 FACE 3
(posterior)
PLANTA 500
500

FACE 4
(lateral esquerda)
h
400

FACE 1 FACE 2
150

(frontal) (lateral direita)

h
Exemplo - Piscinas
Parede
H/3

H/3
H
E= p . __ Ea= p . H
__

H
2 2

p= Ka H s
Laje do fundo
p=h a
a
Figura 11- Esquema estrutural para o cálculo das paredes.
Água : Solo :
h h h h3 h h3
Magua  Ea   a  h    a  Msolo  Es   s  ka 
3 2 3 6 3 6
1,53 kN  m 1,53 kN  m
Magua  10   5,625 Msolo  18  0,333   3,375
6 m 6 m
Piscinas
400 FACE 3
(posterior)

Md 1,4  337,5
500

kMd    0,042
FACE 4
(lateral esquerda) b  d 2  fcd 100  8,882  2,0
1,4
FACE 1 FACE 2
150

(frontal) (lateral direita)


kMd  0,042  kz  0,975

Md 1,4  337,5 cm 2
As    1,26
kz  d  fyd 0,975  8,88  50,0 m
1,15

Armadura calculada:  6,3 mm a cada 25,0 cm


Armadura adotada:  6,3 mm a cada 20,0 cm
Piscinas
Laje do fundo 400 FACE 3
(posterior)
A laje do fundo recebe a
mesma armação que as paredes, pelo
menos na extremidade. Se for

0
50
FACE 4
considerada muito rígida haverá ainda (lateral esquerda)

o efeito do peso das paredes que o


solo resistirá considerando uma FACE 1 FACE 2

150
(frontal) (lateral direita)
tensão uniforme.

gparede  2 9,0  4,0 kN.m


Mmenor dir     4,50
kN  8 8 m
gparede  2  0,12 1,5  25  9,0
m gparede  2 9,0  5,0 kN.m
Mmaior dir     5,625
 8 8 m
Mom.Fletor As
Vão (m) kMd kz Armadura
(kN.cm/m) (cm2/m)
4,0 450,0 0,054 0,967 1,67  6,3 mm cada 17,5 cm
5,0 562,5 0,068 0,958 2,10  6,3 mm cada 15,0 cm
Piscinas
488 488
28N2Ø6,3 -485- C/17,5 2x25N5Ø6,3 C/20
PLANTA 2x17N3Ø6,3 C/30 PLANTA
armadura negativa 2x17N4Ø6,3 C/30 armadura positiva

N5Ø6,3 C/20 N5Ø6,3 C/20


N3Ø6,3 C/30
N4Ø6,3 C/30

N4Ø6,3 C/30
26N1Ø6,3 -485- C/15 N5Ø6,3 C/20 N5Ø6,3 C/20
26N1Ø6,3 -485- C/15
2x13N3Ø6,3 C/30
2x13N4Ø6,3 C/30

28N2Ø6,3 -485- C/17,5

2x18N5Ø6,3 C/20
388

388
N3Ø6,3 C/30

N4Ø6,3 C/30
N4Ø6,3 C/30

N4Ø6,3 C/30

N3Ø6,3 C/30
N4Ø6,3 C/30

Armação da laje do fundo


Armação
das paredes.
2X7N6Ø5-corrido c/20 N5Ø6,3- 280 c/20

157 150
2X7N6Ø5-corrido c/20
N3Ø6,3- 296 c/30

125
N4Ø6,3- 296 c/30
N3Ø6,3- 296 c/30
7

3N6Ø5-corrido N3Ø6,3- 296 c/30


N4Ø6,3- 296 c/30 7
157
125
ARAMADURA DAS PAREDES - CORTE

N4Ø6,3- 220 c/30


7

3N6Ø5-corrido
80
ARAMADURA DAS PAREDES - ELEVAÇÃO
Piscinas

125

N5Ø6,3- c/20

150 N8Ø6,3- 250 c/20


7N8Ø6,3- c/20
125
7N9Ø6,3- c/20
4X

125

N9Ø6,3- 264c/20
7

7
125
3N6Ø5-corrido

2X7N6Ø5-corrido c/20
125
CANTO ENTRE PAREDES (PLANTA)
Piscinas
C A N T O E N T R E P A R E D E S (P L A N T A )
A R A M A D U R A D A S P A R E D E S - C O R T E 4X

N9Ø6,3- 264c/20
N4Ø6,3- 220 c/30
N3Ø6,3- 296 c/30

157

125
2X7N6Ø5-corrido c/20

N8Ø6,3- 250 c/20


7
– 7 125

7
80
150

125
7
125

7
125

7
N5Ø6,3- 280 c/20

125
157

3 N 6 Ø 5 -c o rrid o

7N8Ø6,3- c/20
7N9Ø6,3- c/20
125

150
A R A M A D U R A D A S P A R E D E S - E L E V A Ç Ã O

2X7N6Ø5-corrido c/20
2X7N6Ø5-corrido c/20

N4Ø6,3- 296 c/30

N4Ø6,3- 296 c/30


N3Ø6,3- 296 c/30

N3Ø6,3- 296 c/30

N5Ø6,3- c/20
3 N 6 Ø 5 -c o rrid o 3 N 6 Ø 5 -c o r rid o

Função
posição
N1 e N2 posições para resistir a ação do peso da parede na laje do fundo
N3 e N4 empuxo dá água e colocados próximos a face em contato com a água
N5 empuxo de terra e colocados próximos a face em contato com a terra
N6 corridos no pé da parede e na parede (secundários)
N8 e N9 para absorver momentos entre laje do fundo e parede

Obs- em função da pequena dimensão da piscina desprezou-se o efeito de tração para o dimensionamento da armadura.
Piscinas mistas de alvenaria
Calcular os pilares da piscina do exemplo considerando a utilização de dois
pilares intermediários na parede de 5 m e um na parede de 4m. Usar os
mesmo dado que o problema anterior.

Pilar
H/3

H/3
E= H.e Ea= p . H
__. e
2 p . __
2 H 2

p= Ka H s e
s
Laje do fundo
p = h ae
a
Piscinas mistas de alvenaria
400 FACE 3
(posterior)

500
FACE 4
(lateral esquerda)

FACE 2
(lateral direita)

250
FACE 1
(frontal)

CORTE 11 (plano ) CORTE 22 (plano )


500 Laje da tampa
400

250
H

H
E= p . __ h
h

p= Ka H s
Laje do fundo

h
h

Laje do fundo

PLANTA 500

h
400

h
Piscinas mistas de alvenaria
Considerando o empuxo, no pilar colocado na parede de menor dimensão – 4,0 m
Água : Solo :
h h h h3 h h3
Magua  Ea     a  h      a    Msolo  Es     s  ka   
3 2 3 6 3 6
1,53 1,53
Magua  10   2,0  11,25 kN.m Msolo  18  0,333   2,0  6,75 kN.m
6 6

Utilizando 2. = 12,5 mm, chega-se à: As = 2,50 cm2/m;


Fs  As  fyd
Fts  Fcc
Fcc  0,85  b  0,8  x  fcd l – diâmetro da armadura longitudinal;
Md  Fts.z e – diâmetro da armadura transversal;

z  d - 0,4  x
d  h - c -  - e
2
Piscinas mistas de alvenaria
Assim :
50 kN
Fs  2,50   108,7
1,15 m
2,0
108,7  0,85  25  0,8  x   x  4,48 cm
1,4
1,4 1125  108,7.z  z  14,50 cm
14,5  d - 0,4  4,48  d  16,28 cm
16,28  h - 2,5 - 0,63 - 0,63  h  19,73  20,0 cm
2
Armadura para combater o efeito do solo:
Md 1,4  675,0
kMd    0,10 kMd  0,10  kz  0,938
b  d 2  fcd 25 16,32  2,0
1,4
Md 1,4  675,0
As    1,42 cm 2 Armadura adotada: 2  10,0 mm
kz  d  fyd 0,938 16,3  50,0
1,15
Piscinas mistas de alvenaria
CORTE LONGITUDINAL CORTE LONGITUDINAL
Terreno natural Terreno natural

CORTE LONGITUDINAL
Terreno natural DETALHE 1
parede-laje da piscina
da piscina
DETALHE 1 Manta imoermeável
piso de concreto magro
2
Calha Terreno
recompactado
poço
Piscinas mistas de alvenaria
CORTE LONGITUDINAL DETALHE 1
Terreno natural
Laje do fundo Desmoldante

piso de concreto magro Manta impermeável

DETALHE 2 DETALHE 1 encurtamento encurtamento


DETALHE 2 atrito

parede da piscina

armadura junta de concretagem


superfície
laje da piscina a ser tratada DETALHE 2

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