Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Bioquimica Metabolica 3
Bioquimica Metabolica 3
Unidade III
7 GRUPO HEME
O que será que citocromos, hemoglobina e mioglobina têm em comum? O grupo heme.
Trata-se de um grupo prostético, a porção não peptídica de uma proteína. Algumas proteínas
apresentam grupos químicos além da parte formada pela união entre aminoácidos, e esse grupo
é denominado grupo prostético. E qual é a sua importância? Ele está presente em proteínas
denominadas hemeproteínas. Uma das mais conhecidas é a hemoglobina, que tem a função de
transportar o oxigênio no sangue.
Milhares de moléculas de hemoglobina estão presentes dentro das hemácias, que são as células
mais abundantes do sangue. O grupo heme tem importância biológica, por ser grupo prostético
de proteínas, conhecidas como hemeproteínas. Uma das mais conhecidas é a hemoglobina, que é
responsável por carrear O2 no sangue e pela sua coloração vermelha. Além da hemoglobina, o grupo
heme está presente na mioglobina, nos citocromos, nas catalases e nas peroxidases. Já a mioglobina
é uma proteína de baixo peso molecular, que está presente nos músculos e tem como função o
armazenamento de oxigênio.
112
BIOQUÍMICA METABÓLICA
Figura 95 – Hemácias
113
Unidade III
Molécula de
oxigênio
O
CH CH2 O
H3C
CH3
N
H3C N
Fe
N CH CH2
N
CH2
CH2
CH3
COOH CH2
CH2
COOH
Heme
A síntese do heme ocorre a partir de um conjunto de reações catalisadas por várias enzimas diferentes.
Então vamos estudar suas etapas de síntese.
Observe que cada reação é catalisada por uma enzima e que o ferro é incorporado na última reação.
A síntese do grupo heme é constituída por oito reações que ocorrem no citoplasma (a primeira e as
três últimas reações) e na mitocôndria das células. A síntese do grupo heme depende da participação
de oito enzimas:
• ALA-sintetase.
• ALA-deidratase.
• Porfobilinogênio-deaminase.
• Urobilinogênio-sintetase.
114
BIOQUÍMICA METABÓLICA
• Uroporfirinogênio-decarboxilase.
• Coproporfirinogênio-oxidase.
• Protoporfirinogênio-oxidase.
• Ferroquelatase.
Lembrete
A biossíntese de heme tem início quando uma molécula de succinil-CoA em conjunto com uma
glicina, sob ação da enzima ALA sintase, dão origem ao ácido aminolevulínico (ALA). Duas moléculas
de ácido aminolevulínico, no citosol, são condensadas pela enzima ALA desidratase, dando origem
ao porfobilinogênio (PBG). Quatro moléculas de PBG são convertidas a hidroxometilbilano pela
enzima PBG desaminase. O hidroximetilbilano pode ser convertido a uroporfirinogênio III, através
da uroporfirinogênio sintase, ou a uroporfirinogênio I, através de via não enzimática. O uroporfirinogênio III
é descarboxilado a coproporfirinogênio III através da uroporfirinogênio descarboxilase, e a
uroporfirinogênio I é, por sua vez, convertida a coproporfirinogênio I, o qual não é intermediário para
a biossíntese do heme. O corpoporfirinogênio III, através da coproporfirinogênio oxidade, é transformada
em protoporfirinogênio IX, a qual é convertida a protoporfirina IX pela protoporfirinogênio oxidase.
Finalmente, o ferro é inserido na molécula de protoporfirina IX, através da ação da ferroquelatase,
dando origem ao heme.
115
Unidade III
Mitocôndria Citoplasma
2 x ALA
Glicina + succinil‑CoA
ALA desidratase
ALA sintase
PBG desaminase
Hidroximetilbilano (HMB)
Heme
Uroporfirinogênio III sintase
Protoporfirina IX
Coproporfirinogênio III
Protoporfirinogênio
oxidase
7.3 Porfirias
Caso o indivíduo apresente mutação genética em uma dessas enzimas, haverá acúmulo de
determinados intermediários da síntese do grupo heme na medula óssea ou no fígado. Um
fato importante é que esses intermediários são potencialmente tóxicos, consequentemente,
o seu acúmulo em pele ou vísceras pode desencadear a sintomatologia das doenças que são
denominadas porfirias.
As principais porfirias podem ser classificadas de várias formas: de acordo com a deficiência
da enzima específica, de acordo com os sintomas do paciente (aguda ou crônica) ou baseado
no local de origem dos precursores em excesso (eritropoéticas ou hepáticas). As porfirias
hepáticas agudas são caracterizadas por episódios neuroviscerais, sendo a porfiria aguda
intermitente a mais comum.
116
BIOQUÍMICA METABÓLICA
Glicina Succinil‑CoA
ALA-sintetase Porfiria dominante ligada ao X
ALA
ALA-desidratase Porfiria por deficiência de ALA-desidratase
PBG
PBG-desaminase Porfiria intermitente aguda
Hidroximetilbilano
Uroporfirinogênio Porfiria eritropoiética congênita
sintase
Uroporfirinogênio III
Deficiência Porfiria hepatoeritropoiética
URO descarboxilase Porfiria cutânea tarda Doença
enzimática
Coproporfirinogênio IX
Protoporfirinogênio IX
Quadro 6
O diagnóstico das porfirias é feito a partir da dosagem das porfirinas nas fezes e na urina e por testes
de biologia molecular. A solubilidade na água desses intermediários determina sua forma de excreção:
produtos solúveis em água são excretados na urina, produtos insolúveis em água são excretados nas
fezes e produtos com solubilidade intermediária são excretados tanto na urina quanto nas fezes.
O tratamento apresenta quatro pilares principais: estudo da genética familiar, retirada ou controle
dos fatores precipitantes, condutas gerais e uso de derivados do grupo heme.
Para finalizar, vale a pena ressaltar que em diversas doenças, não relacionadas à mutação dos
genes que regulam a síntese de enzimas, pode ocorrer aumento da quantidade de porfirinas na
urina. Esse fenômeno é descrito como porfirinúria secundária e pode estar associado à exposição ao
chumbo, por exemplo.
Saiba mais
118
BIOQUÍMICA METABÓLICA
As hemácias circulam no sangue por cerca de 120 dias e depois se autodestroem no sistema mononuclear
fagocitário do baço (alguns livros podem trazer a denominação mais antiga; sistema retículo‑endotelial).
Nessa etapa, a hemoglobina é liberada e o grupo heme é transformado pela enzima heme oxigenase em
biliverdina, ferro e monóxido de carbono. Em seguida, a biliverdina, pela ação da biliverdina redutase, é
convertida em bilirrubina livre (figura a seguir). A bilirrubina pode atravessar a barreira hematoencefálica
e provocar danos ao sistema nervoso, por isso a preocupação clínica no tratamento da icterícia.
Grupo heme
Heme‑oxigenase Fe+2
Biliverdina
Biliverdina redutase
Bilirrubina
Vamos dividir o metabolismo da bilirrubina em três fases: captação, conjugação e secreção hepática.
Vejamos os principais eventos de cada fase.
• Captação: a bilirrubina é lipossolúvel e apolar, ligando-se à albumina para ser transportada até o
fígado. Essa fração é denominada bilirrubina indireta ou não conjugada. Aqui ocorre a captação
da bilirrubina pelos hepatócitos, por meio de proteínas de membrana. Apenas a bilirrubina é
captada, a albumina é reutilizada no plasma.
• Secreção: a bilirrubina conjugada é secretada para os canalíbulos biliares que estão em íntimo
contato com os hepatócitos, fica armazenada na vesícula biliar e em seguida participa da digestão
dos lipídios no intestino. No cólon, por ação das glicuronidases bacterianas, a bilirrubina é
desconjugada e forma o estercolbilinogênio (pigmento marrom), que é excretado nas fezes. Parte
desse pigmento é reabsorvido na mucosa intestinal e retorna ao sangue, sendo filtrado nos rins.
Esse pigmento na urina é denominado urobilinogênio e tem coloração amarelada.
119
Unidade III
Fase pré-hepática
Captação Albumina
Bilirrubina conjugada
Fase pós-hepática
Secreção Vesícula biliar (bile)
Fezes
(Estercobilinogênio)
Quando o metabolismo da bilirrubina está alterado, ocorre a hiperbilirrubinemia, que pode ter origem
no aumento da destruição das hemácias, por comprometimento hepático ou ainda por obstrução nos
canalículos biliares, o que compromete a secreção da bilirrubina. Vejamos algumas situações.
Em outros casos, a velocidade de remoção do pigmento está diminuída, com aumento da fração
direta na urina. Essa condição pode ser observada nas hepatites (provocadas por álcool, vírus ou
medicamentos) ou ainda na cirrose (condição mais grave caracterizada pela fibrose do tecido hepático),
o que reflete a perda de integridade e funcionalidade dos hepatócitos. Outras vezes, a presença de
cálculos ou tumores obstruindo os canalículos do fígado ou vesícula biliar dificultam a secreção da
bilirrubina, ocasionando aumento da fração direta ou conjugada.
Para o diagnóstico dessas patologias, além da bilirrubina total e frações, o médico deverá solicitar
outros exames, como hemograma, exames para avaliação da coagulação, enzimas hepáticas (AST, ALT,
gama-GT e fosfatase alcalina), albumina, proteína totais, exames de imagem, entre outros.
120
BIOQUÍMICA METABÓLICA
O assunto vitaminas e sais minerais está sempre presente nas mídias, pois o bom funcionamento
do organismo também depende desses dois micronutrientes. Mas o que eles têm de diferente dos
nutrientes estudados até agora? Vitaminas e sais minerais são micronutrientes, ou seja, são necessários
em quantidades reduzidas e devem ser obtidos por meio da alimentação. Embora as vitaminas e sais
minerais estejam amplamente distribuídos em frutas, verduras, hortaliças, ovos e carnes, infelizmente
os estudos apontam inúmeros casos de hipovitaminose em algumas regiões do Brasil. A deficiência
de micronutrientes é um importante problema de saúde pública que afeta o bem-estar da população
e representa um sério obstáculo para o desenvolvimento socioeconômico na maioria dos países em
desenvolvimento. As principais causas de hipovitaminose estão associadas à deficiência alimentar e à
má absorção dos nutrientes, por causas diversas.
As vitaminas e os sais minerais recebem o nome de micronutrientes. São essenciais para o bom
funcionamento do corpo e para a manutenção da saúde. Diferentemente dos macronutrientes
(carboidratos, proteínas e gorduras) são necessários em quantidade reduzida, obtidos por meio da
alimentação. Vale a pena citar que o consumo alimentar é influenciado por fatores culturais, entre
eles os hábitos alimentares, as preferências individuais e familiares, e por fatores socioeconômicos que
influenciam a escolha e compra desses alimentos.
8.1 Vitaminas
As vitaminas ocorrem na natureza como tal ou sob a forma de precursores, que são ingeridos através
dos alimentos. Diferentemente dos macronutrientes, as vitaminas não produzem energia, portanto não
geram calorias. E por que são importantes? Porque atuam como coenzimas, ou seja, facilitam a ação das
enzimas que transformam os substratos através das reações metabólicas.
Observação
Mas será que todos os indivíduos necessitam da mesma quantidade de vitaminas? As necessidades
diárias variam de acordo com idade, gênero, estado fisiológico e atividade física do indivíduo. Em algumas
situações, a necessidade é aumentada, por exemplo, na fase de crescimento, gestação, lactação ou na
presença de doenças.
Vitaminas
Hidrossolúveis Lipossolúveis:
A
D
Vitamina C Complexo B: E
K
B1 (tiamina)
B2 (riboflavina)
B3 (niacina)
B5 (ácido pantotênico)
B6 (piridoxina, pirodoxal e piridoxamina)
B7 (biotina)
B9 (ácido fólico)
B12 (cianocobalamina)
8.1.1 Vitamina A
Cadeia poliênica
CH3
CH3 CH3 H3C CH3
122
BIOQUÍMICA METABÓLICA
O termo retinoide refere-se à classe de compostos com quatro unidades isoprenoides e inclui retinol
e seus derivados químicos. A indústria de alimentos utiliza o acetato de retinil e o palmitato de retinil
para a fortificação de alimentos. Mas você já ouviu falar que cenoura é rica em vitamina A e é excelente
para a visão? Então vamos entender bioquimicamente essa conversa. Os carotenoides contribuem
significativamente para a atividade da vitamina A em alimentos tanto de origem vegetal como animal.
Na dieta, estão presentes os ésteres de retinol que são hidrolisados na mucosa intestinal e originam
retinol e ácidos graxos livres. O retinol é novamente esterificado a ácidos graxos de cadeia longa na
mucosa do intestino e secretado como componente dos quilomícrons que são transportados para o
sistema linfático.
123
Unidade III
β‑caroteno
Emulsão
Lipases pancreáticas e
sais biliares
Micelas
Lúmen intestinal
Linfa
Sangue
Os ésteres de retinol presentes nos quilomícrons remanescentes são captados pelo fígado
e nele armazenados como ésteres de retinil. Quando as células precisam de retinol, este é liberado
do fígado e transportado para os tecidos extra-hepáticos pela proteína ligadora de retinol (PLR).
O complexo PLR-retinol liga-se a receptores específicos na superfície das células dos tecidos periféricos,
permitindo a entrada do retinol. A partir daí, ocorre a transcrição de genes que originarão proteínas
importantes para o nosso organismo. E quais são essas proteínas? Quais são as principais funções da
vitamina A no organismo?
Lembrete
124
BIOQUÍMICA METABÓLICA
No processo da visão, a vitamina A é importante componente dos pigmentos visuais das células
cones e bastonetes. Os bastonetes da retina contêm um pigmento denominado rodopsina que consiste
em 11-cis-retinal ligado especificamente à proteína opsina. Quando a rodopsina é exposta à luz, ocorre
uma série de reações denominadas isomerizações fotoquímicas, as quais resultam no desbotamento do
pigmento visual e a liberação de trans-retinal e opsina. Esse processo origina um impulso nervoso, que
é transmitido pelo nervo óptico para o encéfalo. A regeneração da rodopsina necessita da isomerização
do trans-retinal, formando novamente o 11-cis-retinal. O trans-retinal, após ser liberado da rodopsina, é
isomerizado a 11-cis-retinal, que se combina espontaneamente com a opsina, para formar a rodopsina,
completando o ciclo.
E quais alimentos são ricos em vitamina A? O fígado e o rim de boi, manteiga e ovos também são
boas fontes de vitamina A. Os vegetais amarelos e verde-escuros e as frutas são boas fontes dietéticas
de carotenos. Alimentos de origem vegetal contêm precursores de vitamina A, que são os retinoides,
particularmente o β-caroteno, com atividade pró-vitamina A de 100%. Vamos verificar a quantidade de
vitamina A em alguns frutos brasileiros? Observe o quadro a seguir.
E a ingestão excessiva? Será que pode provocar danos ao organismo? A resposta é sim, por conta da
hipervitaminose A. Verifica-se pele seca e pruriginosa, aumento do fígado, podendo evoluir para cirrose. E nas
gestantes, a hipervitaminose A pode provocar malformações congênitas no feto em desenvolvimento.
125
Unidade III
8.1.2 Vitamina D
A vitamina D possui diversas formas químicas (figura a seguir), entretanto, as formas principais
são a vitamina D2 (ergocalciferol) e a vitamina D3 (colecalciferol). A vitamina D2 é obtida de fontes
vegetais da alimentação, e suplementos orais. A vitamina D3 é obtida da irradiação ultravioleta B (RUVB)
presente na luz solar do percursor do colesterol, 7-dihidrocolesterol, e pela ingestão de alimentos, tais
como leite e derivados, cereais e soja, suplementos orais e óleos de peixe.
21 22 24 26
18 20
12 23 25
11 17
19
C 27 H
H 13 C D
1 14 D 16
9
2
10 8 H 15
H A B H (b) 7‑deidrocolesterol
3
A B 7 (a) 5‑a‑colestano
5
4 6 HO
H H
(c) Colecalciferol‑D3
(d) Ergosterol‑D2
HO HO
H OH H OH
H H
Figura 105 – Fórmulas esterioquímicas da vitamina D: (a) 5α-colestano, com a respectiva numeração dos carbonos e a denominação
dos anéis do ciclo pentanoperidrofenantreno; (b) 7-deidrocolesterol; (c) colecalciferol (Vitamina D3 ); (d) ergosterol (Vitamina D2 );
(e) 25-hidroxivitamina D [25(OH)D ou calcidiol]; (f) 1α,25-di-hidroxivitamina D [1α,25(OH)2D ou calcitriol]; a: o 5-α-colestano é
um dos esteroides utilizados como referência para numeração dos carbonos, segundo orientações da IUPAC (16); b: as estruturas
apresentadas para a 25(OH)D e 1α,25(OH)2D são aquelas derivadas do colecalciferol
126
BIOQUÍMICA METABÓLICA
As vitaminas D2 e D3 não são biologicamente ativas, mas são convertidas in vivo na forma ativa da
vitamina D por uma série de reações de hidroxilação. A primeira reação ocorre no fígado, e é formada
a 25-hidroxicolecalciferol (25-OH-D3), que é a forma predominante da vitamina D no plasma e o
principal modo de armazenamento da vitamina, que é posteriormente hidroxilada nos rins, resultando
na formação de 1,25-diOH-D3 (vitamina D3 ou calcitriol). Observe a figura a seguir:
Sol
UVB
Pele
Alimentação
Vitamina D2
Fígado Vitamina D3
25(OH)D
Rim
1,25(OH)2D
É possível que você tenha obtido a informação de que a vitamina D é um hormônio. Apesar de não
ser produzida por uma glândula endócrina, estudos recentes demonstraram que a vitamina D participa
de inúmeras funções regulatórias vitais, ou seja, regula a expressão de mais de mil genes e, por isso, é
considerada um hormônio.
Os valores séricos da vitamina D considerados satisfatórios vão de 20 a 100 ng/mL. Valores abaixo de
20 ng/mL resultam em hipovitaminose. Para se atingir valores adequados, é necessária a exposição solar
com duração média de 15 minutos por dia no momento da emissão de RUVB. Entretanto, vários fatores
influenciam os níveis séricos de vitamina D, tais como o uso de protetor solar ou não, pigmentação da
pele, estado nutricional do indivíduo etc.
A forma biologicamente ativa da vitamina D está associada na regulação do crescimento das células,
prevenção do diabetes, prevenção da progressão do câncer a partir da redução da angiogênese, aumento
127
Unidade III
da diferenciação celular e apoptose das células cancerígenas, além de reduzir a proliferação de células
e as metástases.
Caso você tenha algum resultado de exame de dosagem de vitamina D, verifique no laudo qual foi
a forma de vitamina D dosada. Apesar da forma ativa da vitamina D ser a 1,25OH2D3, ela não é utilizada
para avaliar sua concentração sérica, pois sua meia-vida é de apenas quatro horas e sua concentração
é mil vezes menor do que a de 25(OH)D. Além disso, em caso de hipovitaminose D, ocorre aumento
compensatório na secreção do paratormônio (PTH), o que estimula o rim a produzir mais a 1,25OH2D3.
Desse modo, quando ocorre deficiência de vitamina D e queda dos níveis de 25(OH)D, as concentrações
de 1,25OH2D3 se mantêm dentro dos níveis normais e, em alguns casos, até mesmo mais elevadas. Isso
justifica a dosagem da forma 25(OH)D, que representa sua forma circulante em maior quantidade, com
meia-vida de cerca de duas semanas. Verifique no quadro a seguir algumas fontes da vitamina D.
128
BIOQUÍMICA METABÓLICA
Saiba mais
129
Unidade III
8.1.3 Vitamina E
Vitamina E é o termo genérico para dois grupos de compostos que apresentam atividade vitamínica
semelhante: os tocóis e os tocotrienois. Os tocóis apresentam uma cadeia lateral saturada
contendo 16 átomos de carbono. Esse grupo inclui quatro dos oito compostos, sendo eles o α-tocoferol,
β-tocoferol, γ-tocoferol e o δ-tocoferol. A diferença entre essas moléculas reside na quantidade de
grupos metil, que substituem o anel aromático do tocol, (figura a seguir). Já os tocotrieóis incluem:
α-tocotrienol, β-tocotrienol, γ-tocotrienol e δ-tocotrienol. A diferença entre essas moléculas e as suas
homólogas anteriores é o fato de estas possuírem uma cadeia lateral insaturada contendo 16 átomos
de carbono. Todas essas moléculas homólogas possuem atividade biológica.
R1 R1
4 R1 R2
HO 6 5 HO
3 a CH3 CH3
2 R R R β CH3 H 2 R
7
O γ H CH3 O
R2 8 R2
1 4’ 8’ δ H H 3’ 7’ 11’
Tocoferóis Tocotrienóis
Os tocoferóis estão na forma de óleo viscoso amarelo-pálido quando estão à temperatura ambiente.
São muito solúveis em óleos e solventes orgânicos, e pouco sensíveis ao calor e à luz. São constituintes
naturais de todas as membranas biológicas e contribuem para a estabilidade da membrana devido a sua
atividade antioxidante. Os tocoferóis e os tocotrienóis de ocorrência natural também contribuem para
a estabilidade de óleos vegetais. Dessa forma, os tocoferóis são os únicos, entre as vitaminas, que agem
primariamente como antioxidantes, ou seja, diferentemente das demais vitaminas eles não atuam como
cofatores. Primariamente, essa vitamina protege os ácidos graxos insaturados da camada fosfolipídica
da membrana celular e, também, protege a partícula LDL da oxidação. A LDL oxidada é um importante
mediador de aterosclerose. A vitamina E também está associada com melhora da resposta imune e
estudos apontam que a associação dessa vitamina ao selênio mostrou-se benéfica.
8.1.4 Vitamina K
A descoberta da vitamina K tem um aspecto curioso, foi em 1929 que o bioquímico dinamarquês
Henrik Dam observou a presença de hemorragia em galinhas, como sinal característico de uma dieta
livre de gorduras. Posteriormente, em 1935, Dam reportou que o sintoma era aliviado pela ingestão
de uma substância solúvel em gordura, a qual denominou vitamina K ou vitamina da coagulação.
130
BIOQUÍMICA METABÓLICA
Vitamina K Fontes
K1 (Filoquinona) Presente nos vegetais, óleos vegetais e hortaliças
Sintetizada por bactérias, presente em produtos animais e
K2 (Menaquinona) alimentos fermentados
Composto sintético utilizado para terapia, a ser convertido
K3 (Menadiona) em K2 no intestino
A família das menaquinonas é composta por uma série de vitaminas designadas MK-n,
onde o n indica o número de resíduos isoprenoides na cadeia lateral. A menadiona (2-metil-1,4
naftoquinona) é um composto sintético normalmente utilizado como fonte da vitamina para
a alimentação animal. A figura a seguir indica a estrutura química das formas biologicamente
ativas da vitamina K.
O 3
O
Filoquinona O
O 6 O
Menaquinona‑7 Menadiona
[ ] * Número de resíduos isoprenoides das cadeias
131
Unidade III
Pró‑zimógeno Pró‑zimógeno
inativo carboxilado
CO2
O2
Vitamina KH2 Vitamina K epóxido
(hidroquinona)
OH O
CH3 CH3
O
R
OH O O
CH3
Vitamina K R Vitamina K
quinona‑redutase epóxido‑redutase
O
Vitamina K
Inibição pelo
varfarina
As principais fontes de vitamina K são os vegetais e óleos, sendo esses os responsáveis pelo aumento
da absorção da filoquinona. Boas fontes de vitamina K são: brócolis, couve-flor, agrião, rúcula, repolho,
alface, espinafre e outros vegetais verdes. Os óleos vegetais, como o azeite, também contam com o
nutriente. As oleaginosas e o abacate também possuem vitamina K.
Agora vamos resumir as funções e fontes das vitaminas estudadas até o momento.
132
BIOQUÍMICA METABÓLICA
8.1.5 Complexo B
Vitamina B1 (tiamina)
A forma ativa da tiamina é o pirofosfato de tiamina (TPP), formada pela transferência do grupo
pirofosfato do ATP para a tiamina. O pirofosfato de tiamina atua como coenzima na formação ou
degradação de α-cetóis pela transcetolase e na descarboxilação oxidativa dos α-cetoácidos. Também
atua como coenzima na descarboxilação-oxidação do piruvato, com sua conversão em acetil-CoA, e
do α-cetoglutarato no ciclo de Krebs, formando succinil-CoA; e nas reações das transcetolases, na
via das pentoses-fosfato. Desempenha papel importante na maioria das células, mas especialmente
no tecido nervoso, na descarboxilação oxidativa do piruvato e do α-cetoglutarato. A TTP é
importante na transmissão do impulso nervoso: a coenzima se localiza nas membranas periféricas
dos neurônios e é necessária para a biossíntese de acetillcolina e nas reações de translocação de íons
na estimulação nervosa.
A tiamina está presente no fígado e outras vísceras, gérmen de trigo, carnes magras, feijões, peixes,
gema de ovo e amendoim. A absorção da vitamina B1 é diminuída com o consumo de álcool.
133
Unidade III
Vitamina B2 (riboflavina)
A deficiência de riboflavina provoca dermatite, glossite (língua lisa e púrpura) e queilose (fissuras
nos cantos da boca). O FMN e o FAD provenientes dos alimentos são hidrolisados no intestino e liberam
a riboflavina. Esta, por sua vez, é absorvida e transportada pela corrente sanguínea para os tecidos alvos
em associação com a albumina. A riboflavina está presente em laticínios, fígado, rins, cereais, carnes
magras, peixes, ovos, brócolis e folhas verdes.
Vitamina B3 (niacina)
Também conhecida como ácido nicotínico. As formas biologicamente ativas da coenzima são
nicotinamida-adenina-dinucleotídeo (NAD+) e a nicotinamida-adenina-dinucleotídeo-fosfato (NADP+).
A nicotinamida é derivada do ácido nicotínico, que contém uma amida substituindo um grupo carboxila
e, também, ocorre na alimentação. A nicotinamida é desaminada no organismo e é nutricionalmente
equivalente ao ácido nicotínico. O NAD+ e o NADP+ são coenzimas que podem se transformar nas
formas reduzidas NADH e NADPH, respectivamente. Essas coenzimas também já foram estudadas
anteriormente e originam muitos ATP quando reoxidadas na cadeia respiratória.
A niacina está presente em cereais, levedura, amendoim, leite e carnes, principalmente no fígado.
A carência de niacina está associada à pelagra, cujos sintomas compreendem: dermatite, diarreia e
demência. O não tratamento da pelagra pode levar ao óbito.
Vitamina B6
A vitamina B6 pode ser encontrada em carnes, batata, grão-de-bico, cerais e banana. Os casos
graves de hipovitaminose B6 são as neuropatias e a anemia sideroblástica (deficiência na síntese
de hemoglobina).
Vitamina B7 (biotina)
É o grupo prostético de várias enzimas que participam em reações de carboxilação (atua como
carregador do CO2 ativado). As mais importantes dessas enzimas são a piruvato carboxilase (catalisa a
conversão do piruvato em oxalacetato), que participa da gliconeogênese; e a acetil-CoA carboxilase, que
catalisa a conversão do acetil-CoA em malonil-CoA e participa da biossíntese de ácidos graxos.
A deficiência de biotina é rara, pois essa vitamina está amplamente distribuída nos alimentos.
Além disso, as bactérias intestinais também produzem a biotina. Alimentos ricos em biotina incluem
amendoim, avelã, amêndoa, farelo de aveia, ovos e leite.
A deficiência de ácido fólico pode ser causada por aumento na demanda (por exemplo, durante a
gestação e a lactação), absorção deficiente (causada por patologia do intestino delgado), alcoolismo
ou tratamento com drogas que são inibidoras da di-hidrofolato-redutase, como, por exemplo, o
metotrexato. A principal consequência da deficiência de ácido fólico é a anemia megaloblástica, causada
pela diminuição na síntese de bases nitrogenadas, o que leva a uma incapacidade da célula em produzir
DNA, o que consequentemente impede as células de se dividirem.
A deficiência de ácido fólico também pode causar defeitos do tubo neural ao nascimento, como
espinha bífida e anencefalia. Portanto é extremamente importante que as gestantes façam suplementação
de ácido fólico na dieta. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil (MS)
recomendam a dose de 400 µg (0,4 mg), diariamente, por pelo menos 30 dias antes da concepção até o
primeiro trimestre de gestação, para prevenir os defeitos do tubo neural, e durante toda a gestação para
prevenção da anemia. Em casos de antecedentes de malformações congênitas, a gestante deve tomar a
dose de 5 mg/dia a fim de reduzir o risco de recorrência de malformação.
É sintetizada somente por microrganismos. O termo vitamina B12 compreende uma família de
substâncias que apresentam um anel tetrapirrólico, que circunda um átomo central de cobalto,
135
Unidade III
CH3
CH3 NH2
O
H3C
H 2N O
H3C N N
NH2
Co
O O
N N CH3
H2N CH3
H3C O
O
CH3 NH2
N CH3
O O
P N
O CH3
H3C O
OH
HO
Os animais podem obter a vitamina B12 a partir da microbiota ou pela ingestão de alimentos de
origem animal. Essa vitamina não está presente nos vegetais. Os alimentos ricos em vitamina B12 são
fígado, leite e ovos.
136
BIOQUÍMICA METABÓLICA
A vitamina B12 é liberada das proteínas de origem animal e atravessa o estômago ligada ao fator
intrínseco gástrico (FI) produzido pelas células parietais gástricas. Essa ligação também protege a
vitamina B12 da ação das enzimas proteolíticas da luz intestinal. Posteriormente, a vitamina B12 se
adere a receptores específicos das células epiteliais do íleo terminal, onde é absorvida e ligada a um
transportador plasmático e lançada na circulação (figura a seguir). A vitamina B12, absorvida no íleo
terminal, é então ligada à transcobalamina (Tc II), adentra a circulação portal e é distribuída para as
células que expressam receptores específicos, os quais internalizam a vitamina na forma de complexo
Tc-vitamina B12. A presença de anticorpos bloqueadores de FI ou de anticorpos anticélulas parietais
pode levar à anemia perniciosa.
Dieta
B12
B12
Fl
Estômago Para o íleo
B12
Fl
Célula da mucosa
no íleo
B12
Fl
B12
B12
Proteína
ligadora
de B12
137
Unidade III
H2folato
N5, N10‑formil H4folato dTMP
H4folato H4folato
N5, N10‑metileno H4folato Ser
N10‑formil H4folato
Gly
N5‑metil H4folato
Metionina Homocisteína
Figura 113 – Interconversões metabólicas de ácido fólico e vitamina B12; a importante reação,
que depende de vitamina B12 e converte N5-metil tetra-hidrofloato (H4folato) de volta em
H4folato (indicada pela seta tracejada), desoxitimidina 5’ monofosfato (dTMP), serina (Ser) e glicina (Gly)
Especial atenção deve ser dada aos indivíduos que tenham sofrido gastrectomia total ou parcial,
os quais tornam-se deficientes ao fator intrínseco e não conseguem mais absorver a vitamina B12.
Vamos entender esse processo: a deficiência de vitamina B12 ocorre devido à retirada da mucosa
gástrica que produz o fator intrínseco. Esse fator liga-se à vitamina B12 para que ocorra sua absorção
no intestino. Essa falta de absorção pode gerar uma anemia carencial, podendo ser por deficiência de
vitamina B12 (anemia megaloblástica). Por isso é importante a suplementação com vitamina B12 após
a cirurgia bariátrica.
Observação
138
BIOQUÍMICA METABÓLICA
que não come nenhum tipo de carne. O vegano, não consome nenhum
produto proveniente de origem animal. Já os lactovegetarianos consomem
leite e laticínios e os ovolactovegetarianos também incluem os ovos na
sua alimentação. Vale lembrar que ovos, leite e queijos são de origem
animal e contêm essa vitamina. Assim, quem consome esses alimentos
regularmente, talvez não precise de complementação. Vegetarianos estritos
(que não utilizam alimentos fortificados) e vegetarianos que utilizam ovos
e laticínios com pouca frequência, talvez não obtenham a quantidade
diária recomendada de vitamina B12.
Os seres humanos e outros primatas, bem como a cobaia, são os únicos mamíferos que não podem
sintetizar a vitamina C. Esse fato se deve à deficiência genética da enzima gulonolactona oxidase, que
impede a síntese do ácido L-ascórbico a partir da glicose.
A forma ativa da vitamina C é o ácido ascórbico. A principal função do ascorbato é como agente
redutor em diversas reações diferentes. Veja o potencial redutor da vitamina C:
HO HO HO
O O O
O – e–, – H+ O – e– O
.–
HO HO HO
+ e–, + H+ + e–
–
O OH O O O O
A vitamina C tem um papel essencial nas reações de hidroxilação da prolina para formar
hidroxiprolina, necessária para a síntese de colágeno. A deficiência de ácido ascórbico resulta no
escorbuto, uma doença caracterizada por sangramento gengival, dentes frouxos, fragilidade dos
vasos sanguíneos, edemas nas articulações e anemia. Esses sintomas foram verificados na época
das grandes navegações, quando a tripulação permanecia meses no mar. O médico escocês James
Lind foi o primeiro a correlacionar a alta morbidade e a mortalidade dos marinheiros ingleses com a
deficiência da vitamina C.
Outro papel importante da vitamina C é também facilitar a absorção do ferro da dieta no intestino.
Talvez você já tenha escutado que tomar suco de laranja favorece a absorção do ferro do feijão,
e isso é verdade.
139
Unidade III
O quadro a seguir resume as funções e as fontes das vitaminas hidrossolúveis estudadas anteriormente.
Exemplo de aplicação
Estudos mostram que algumas vitaminas podem ser utilizadas no tratamento da dor neuropática.
Pesquise qual das vitaminas estudadas podem ser utilizadas em monoterapia ou combinada a outros
fármacos como os anti-inflamatórios.
140
BIOQUÍMICA METABÓLICA
Os sais minerais são micronutrientes essenciais para as reações metabólicas e atuam como cofatores.
Também participam da regulação dos impulsos nervosos, da atividade muscular e do equilíbrio ácido‑base.
Fazem parte desse grupo cálcio, sódio, iodo, fósforo, entre outros.
E onde estão presentes os minerais? Nos alimentos de origem animal e vegetal. Os minerais podem ser
classificados de acordo com sua necessidade diária em: macrominerais, microminerais e elementos‑traço.
Os macrominerais são aqueles cuja necessidade diária é maior que 100 mg. As principais funções
estão associadas à estrutura e formação óssea, regulação dos fluidos corporais e secreções digestivas.
Fazem parte desse grupo: cálcio, fósforo, magnésio, cloreto, sódio e potássio. Já os microminerais são
aqueles que possuem necessidade inferior a 50 mg por dia, como é o caso de ferro, zinco, selênio, cobre,
iodo e manganês. As funções desses minerais estão relacionadas às reações bioquímicas, ao sistema
imunológico e à ação antioxidante.
8.2.1 Cálcio
A maior parte do cálcio no corpo humano (99%) está sob a forma de fosfato de cálcio na matriz
óssea de ossos e dentes. O restante do cálcio (1%) localiza-se nos meios intra e extracelular. O cálcio
participa de formação óssea, coagulação, transmissão nervosa e, também, contração muscular.
A absorção desse mineral ocorre na borda em escova do enterócito onde se liga a calbindina, de
modo a manter o cálcio em solução, já que é pouco solúvel em meio aquoso. Esse processo é
regulado pela vitamina D, que interage na membrana plasmática da borda em escova, abrindo
canais de cálcio. A vitamina D também atua facilitando a absorção de cálcio nos rins, aumentando a
calcificação e a mineralização óssea. Quando o equilíbrio homeostático do cálcio é rompido, podem
ocorrer quadros de hipercalcemia ou hipocalcemia. E como manter a homeostasia do cálcio? Esse
equilíbrio é realizado pelo paratormônio (PTH) e pela vitamina 1,25(OH)2D. Quando os níveis de
cálcio no plasma diminuem, ocorre aumento da produção de PTH, que age em várias células, entre
elas os osteoclastos, e isso favorece a atividade dessas células, que aumentam a reabsorção óssea
e, consequentemente, ocorre elevação da calcemia. Além disso, o PTH favorece a expressão gênica
de vitamina D, que, na sua forma ativa, intensifica a absorção intestinal do cálcio, por aumentar
a concentração das bombas de cálcio nas células intestinais. Desse modo, PTH e vitamina D estão
relacionados na manutenção da calcemia.
141
Unidade III
UVB
Alimentos
25‑Hidroxilase
Fígado
25(OH)D
Rim
1,25‑Hidroxilase
Paratireoides
PTH – 1,25(OH)D2
Absorção/Excreção
Túbulos renais de
cálcio e fósforo
Osso Intestino
+ +
Homeostase do
cálcio e fósforo
Figura 115 – Fontes e metabolismo da vitamina D: UVB (ultravioleta B); vitamina D3: colecalciferol; vitamina D2:
ergocalciferol; 25(OH)D: 25 hidroxivitamina D; 1,25(OH)2 D: 1,25 di-hidroxivitamina D (calcitriol); PTH: hormônio paratireoidiano
Esse mineral está presente nos alimentos de origem animal e vegetal, no entanto, o cálcio de fontes
vegetais sofre a ação de substâncias, como o oxalato e o fitato, que reduzem sua absorção, sendo o
cálcio de fontes animais mais prontamente disponível. A hipocalcemia está associada à osteoporose, a
fraturas e à fraqueza muscular. Já o excesso de cálcio plasmático está associado à presença de cálculo
renal e insuficiência renal. As principais fontes são: leites e derivados, cereais integrais, castanhas, soja e
derivados, vegetais verde-escuros.
142
BIOQUÍMICA METABÓLICA
8.2.2 Fósforo
Assim como o cálcio, participa da estrutura de ossos e dentes. É essencial na composição das
moléculas de DNA, RNA e ATP. A carência de fósforo é rara, uma vez que está presente na maioria dos
alimentos, mas em casos isolados pode causar fraturas e atrofia muscular. Os alimentos ricos em fósforo
são: leites e derivados, cereais integrais, leguminosas e carnes.
8.2.3 Magnésio
É o segundo cátion em maior concentração no organismo. Participa como cofator de várias reações,
modula a função de canais iônicos e atua em associação ao ATP na ativação ou desativação de vias de
transdução de sinal, por exemplo, na sinalização da insulina. Cerca de 60% do magnésio no organismo
encontra-se nos tecidos mineralizados (ossos e dentes), e o restante distribuído no musculoesquelético
e outros tecidos. Observa-se um crescente interesse na elucidação dos processos bioquímicos regulados
pelo magnésio. A carência de magnésio acarreta fraqueza e hipertensão. Já o excesso causa diarreia.
E as principais fontes são: leite e derivados, castanhas, vegetais verde-escuros, frutas cítricas e
chocolate amargo.
Vamos abordar em conjunto esses três eletrólitos juntos, pois são componentes essenciais de fluidos
corporais, como sangue e urina, e regulam a distribuição de água ao longo do organismo, além de
desempenhar papel importante no equilíbrio ácido-básico. Considerando os fluídos corporais, o sódio
(Na+) é o principal cátion extracelular, o potássio (K+) é o principal cátion intracelular, e o cloro (Cl-) é o
principal ânion extracelular. A bomba de Na-K ATPase das membranas celulares tem a propriedade de
manter as concentrações de Na+ e K+ constantes. Essa bomba transporta de forma ativa o Na+ para o
exterior das células e K+ para o interior.
durante os últimos estágios da digestão no intestino. O cloreto está presente principalmente no sal de
cozinha e nos alimentos processados.
8.2.5 Ferro
Apresenta a propriedade de aceitar e doar elétrons, o que o torna essencial em várias reações
biológicas. Estudamos anteriormente que o ferro está presente na molécula heme e em diversas
proteínas. O ferro utilizado pelo organismo é proveniente da alimentação e da reciclagem de
hemácias senescentes.
O ferro da dieta é encontrado sob duas formas: heme e não heme. A aquisição da forma heme
corresponde a 1/3 do total e é proveniente da degradação da hemoglobina e da mioglobina presentes
na carne vermelha. Os ovos e laticínios fornecem menor quantidade de ferro heme, que é mais bem
absorvido do que a forma não heme. O ferro inorgânico está presente em grãos e vegetais, principalmente
na forma férrica (Fe+3). A absorção do ferro férrico é melhor na presença de vitamina C. A carência de
ferro provoca a anemia ferropriva, o que acarreta fornecimento diminuído de oxigênio para os tecidos e
fadiga, entre outros sintomas. Já o excesso de ferro é tóxico e pode ter origem hereditária ou secundária,
sendo a causa mais comum aquela determinada por condições genéticas.
Na hemocromatose hereditária verifica-se alteração no controle de absorção de ferro pelo intestino que,
além de inapropriada, resulta em acúmulo e toxicidade de diferentes tecidos (coração, fígado e pâncreas.)
prejudicando o seu funcionamento. Além disso, o acúmulo de ferro pode estar relacionado às anemias
hereditárias. As fontes alimentares de ferro são carnes, miúdos, gema de ovo, leguminosas e cereais integrais.
Observação
8.2.6 Zinco
É cofator de várias enzimas, entre elas fosfatase alcalina, anidrase carbônica, carboxipeptidase e
desidrogenase alcoólica. Também é ativador das enzimas DNA e RNA polimerases, estudadas na temática
de ácidos nucleicos. Em caso de deficiência, observa-se diminuição na velocidade de crescimento, perda
do paladar e do olfato.
As principais fontes de zinco são as carnes, frutos do mar, ovos, leguminosas e castanhas.
8.2.7 Selênio
enzima converte o H2O2 em O2 e H2O, com a conversão de glutationa reduzida (GSH) para glutationa
oxidada (GSSG). Essa reação permite a eliminação de espécies reativas de oxigênio das células
e, portanto, protege as células de agentes oxidantes. O excesso de selênio é tóxico e a ingestão
de altas doses promove a perda de cabelo, unhas e dentes. Essa informação é importante, pois o
selênio está presente em grandes quantidades nas castanhas, sobretudo na castanha-do-pará.
E qual é a quantidade de castanhas que podemos ingerir de forma segura? Será que já realizaram
estudos científicos a respeito?
Saiba mais
8.2.8 Cobre
Observação
8.2.9 Iodo
É essencial para a produção dos hormônios tireoidianos: tirosina (T4) e tri-iodotironina (T3) que
controlam o metabolismo da água, das proteínas, dos carboidratos, dos lipídeos e de outros minerais.
A carência do iodo pode resultar em uma patologia denominada bócio, e o excesso resulta no
145
Unidade III
Observação
Resumo
Exercícios
Questão 1. (IBFC 2016) A bilirrubina é o produto catabólico do heme. Cerca de 75% de toda a bilirrubina
é derivada da hemoglobina das hemácias senescentes, que são fagocitadas pelas células mononucleares
do baço, medula óssea e fígado. As concentrações aumentadas de bilirrubina são rapidamente
reconhecidas clinicamente, porque a bilirrubina dá a cor amarela à pele (icterícia). Anormalidades no
metabolismo da bilirrubina são importantes indicadores no diagnóstico da doença hepática. Sobre o
metabolismo, dosagem e significados clínicos da bilirrubina, assinale a alternativa incorreta:
B) Níveis elevados de bilirrubina total e direta podem ser encontrados em doença hepatocelular ou biliar.
C) Aumento isolado de bilirrubina indireta pode ocorrer quando a taxa de produção excede
à de conjugação.
E) A bilirrubina total é formada pela soma da bilirrubina indireta (não conjugada) e da bilirrubina
direta (conjugada).
A) Alternativa incorreta.
147
Unidade III
B) Alternativa correta.
C) Alternativa correta.
Justificativa: os níveis de bilirrubina indireta (não conjugada) ocorrem por alteração no sangue, cuja
substância se forma quando os glóbulos vermelhos são destruídos e depois transportados para o fígado
(causas: anemia hemolítica, anemia perniciosa, transfusões de sangue, hemoglobinopatias), e sua taxa
fica maior que a bilirrubina direta.
D) Alternativa correta.
E) Alternativa correta.
Justificativa: a bilirrubina total e os níveis de bilirrubina direta são medidos no sangue, enquanto
os níveis de bilirrubina indireta são derivados a partir das medições de bilirrubina total e direta.
Questão 2. (UDESC-SC 2014) As vitaminas são compostos orgânicos presentes nos mais
variados tipos de alimentos, e são essenciais ao bom funcionamento do metabolismo humano.
Associe os tipos de vitaminas e as suas funções no organismo.
(1) Vitamina A
(2) Vitamina D
(3) Vitamina E
(4) Vitamina B6
II – Importante oxidante que protege a membrana das células da ação de radicais livres. Está
relacionada à formação dos ossos e proteção da pele. Desempenha função vital no ciclo visual.
Análise da questão
I – (2) Vitamina D: necessária para a manutenção do tecido ósseo, também influencia o sistema
imunológico. É produzida na exposição à luz solar.
II – (1) Vitamina A: essencial para a visão e o crescimento. Pode ser encontrada nos alimentos
de origem animal, na forma de retinoides, e naqueles de origem vegetal, em forma de grupos de
carotenoides, que inclui o betacaroteno.
III – (4) Vitamina B6: também chamada de piridoxina, está presente em alimentos como peixes, fígado,
batata e frutas. Mantém o metabolismo e a produção de energia adequados, protege os neurônios e
produz neurotransmissores, substâncias importantes para o bom funcionamento do sistema nervoso.
V – (3) Vitamina E: é um poderoso antioxidante, que age combatendo os radicais livres e reduzindo
os riscos de doenças cardiovasculares e cerebrais degenerativas.
149
Unidade III
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
MARZZOCO, A.; TORRES, B. B. Bioquímica básica. 3. ed. São Paulo: Guanabara-Koogan, 2011. p. 8.
Figura 2
Figura 10
Figura 11
Figura 18
Figura 19
Figura 33
Figura 34
150
Figura 35
Figura 37
Figura 50
Figura 56
FERREIRA, C. P.; JARROUGE, M. G.; MARTIN, N. F. Bioquímica básica. 10 ed. São Paulo: Luana, 2003.
p. 101. Adaptado.
Figura 58
Figura 64
Figura 65
Figura 66
Figura 67
151
Figura 68
Figura 69
Figura 70
Figura 72
Figura 73
Figura 74
Figura 75
Figura 76
Figura 78
Figura 80
Figura 82
Figura 83
Figura 84
Figura 85
Figura 86
Figura 87
MARZZOCO, A.; TORRES, B. B. Bioquímica básica. 3. ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2011. p. 146.
153
Figura 88
MARZZOCO, A.; TORRES, B. B. Bioquímica básica. 3. ed. São Paulo: Guanabara-Koogan, 2011. p. 259.
Figura 89
Figura 90
Figura 91
Figura 92
Figura 93
Figura 94
Figura 95
Figura 96
Figura 97
FERREIRA, F. R. L.; SILVA, C. A. de A.; COSTA, S. X. DA. Porfiria aguda intermitente, um importante e raro
diagnóstico diferencial de abdômen agudo: relato de caso e revisão da literatura. Revista Brasileira de
Terapia Intensiva, v. 23, n. 4, p. 510-514, dez. 2011. p. 512. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/
rbti/v23n4/a18v23n4.pdf. Acesso em: 14 ago. 2020. Adaptada.
Figura 102
AMBRÓSIO, C. L. B.; CAMPOS, F. de A. C. S.; FARO, Z. P. DE. Carotenoides como alternativa contra a
hipovitaminose A. Revista de Nutrição, v. 19, n. 2, p. 233-243, abr. 2006. Disponível em: https://www.
scielo.br/pdf/rn/v19n2/a10v19n2.pdf. Acesso em: 14 ago. 2020. p. 235.
Figura 103
AMBRÓSIO, C. L. B.; CAMPOS, F. de A. C. S.; FARO, Z. P. DE. Carotenoides como alternativa contra
a hipovitaminose A. Revista de Nutrição, v. 19, n. 2, p. 233-243, abr. 2006. Disponível em: https://
www.scielo.br/pdf/rn/v19n2/a10v19n2.pdf. Acesso em: 14 ago. 2020. p. 234.
Figura 104
YONEKURA, L.; NAGAO, A. Intestinal absorption of dietary carotenoids. Molecular Nutrition &
Food Research, v. 51, n. 1, p. 107-115, jan. 2007. Adaptada.
Figura 105
Figura 106
REKHAWI, H. A. S.; ABU-NASER, S. S.; AYYAD, A. Rickets Expert System Diagnoses and Treatment.
International Journal de Engineering e Information Systems, v. 1, n. 1, p. 149-159, jun. 2017.
Disponível em: https://zenodo.org/record/821188/files/IJEAIS170613.pdf?download=1. Acesso em:
31 jul. 2020. p. 152. Adaptada.
Figura 107
AL REKHAWI, H.; AYYAD, A. A.; NASER, S. S. A. Rickets expert system diagnoses and treatment.
International Journal of Engineering and Information Systems, v. 1, n. 1, p. 149-159, 2017.
Disponível em: https://zenodo.org/record/821188/files/IJEAIS170613.pdf?download=1. Acesso em:
37 jul. 2020. p. 149.
155
Figura 108
BAJ, A. et al. Synthesis, DFT calculations, and in vitro antioxidant study on novel carba-analogs
of vitamin E. Antioxidants, v. 8, n. 12, 589, 2019. Disponível em: https://www.mdpi.com/2076-
3921/8/12/589/htm. Acesso em: 31 jul. 2020. p. 2 Adaptada.
Figura 109
Figura 110
TELES, J. S.; FUKUDA, E. Y.; FEDER, D. Varfarina: perfil farmacológico e interações medicamentosas
com antidepressivos. Einstein, v. 10, n. 1, p. 110-115, fev. 2012. Disponível em: https://journal.
einstein.br/wp-content/uploads/articles_xml/1679-4508-eins-S1679-45082012000100024/1679-
4508-eins-S1679-45082012000100024-pt.x26000.pdf. Acesso em: 14 ago. 2020. p. 111.
Figura 111
PANIZ, C. et al. Fisiopatologia da deficiência de vitamina B12 e seu diagnóstico laboratorial. Jornal
Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 41, n. 5, out. 2005. Disponível em: https://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442005000500007&nrm=iso. Acesso
em: 14 ago. 2020.
Figura 114
Figura 115
INDA FILHO, A. J.; MELAMED, M. L. Vitamina D e doença renal. O que nós sabemos e o que nós
não sabemos. J. Bras. Nefrol., 35(4):323-331, 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jbn/
v35n4/pt_v35n4a12.pdf. Acesso em: 31 jul. 2020. p. 324. Adaptada.
156
REFERÊNCIAS
Textuais
AL REKHAWI, H.; AYYAD, A. A.; NASER, S. S. A. Rickets expert system diagnoses and treatment.
International Journal of Engineering and Information Systems, v. 1, p. 149-159, 2017. Disponível em:
https://zenodo.org/record/821188/files/IJEAIS170613.pdf?download=1. Acesso em: 17 jul. 2020.
ALBERTS, B. et al. Fundamentos da biologia celular. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
ALTMAN, S. Ribonuclease P: an enzyme with a catalytic RNA subunit. Advances in Enzymology and
Related Areas of Molecular Biology, n. 62, p. 1-36, 1989.
AMBRÓSIO, C. L. B.; CAMPOS, F. de A. C. E S.; FARO, Z. P. de. Carotenoides como alternativa contra a
hipovitaminose A. Revista de Nutrição, v. 19, n. 2, p. 233-243, abr. 2006. Disponível em: https://www.
scielo.br/pdf/rn/v19n2/a10v19n2.pdf. Acesso em: 6 ago. 2020.
ARAKI, T. et al. Vitamin D intoxication with severe hypercalcemia due to manufacturing and labeling
errors of two dietary supplements made in the United States. Journal of Clinical Endocrinology and
Metabolism, v. 96, n. 12, 2011.
BAJ, A. et al. Synthesis, DFT calculations, and in vitro antioxidant study on novel carba-analogs of
vitamin E. Antioxidants, v. 8, n. 12, p. 589, nov. 2019.
CAMPANHA Incor de prevenção e controle do colesterol. Incor/FMUsp. 2012. Disponível em: http://
www.incor.usp.br/sites/incor2013/docs/imprensa/2012/Set_2012_Hipercolesterolemia_familiar_
Hipercol.pdf. Acesso em: 6 ago. 2020.
CAMPBELL, M., FARREL, S. Bioquímica. 8. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
157
CARREIRA, R. et al. Distribuição de coprostanol (5β(H)-colestan-3β-OL) em sedimentos superficiais
da Baía de Guanabara: indicador da poluição recente por esgotos domésticos. Química Nova,
v. 24, n. 1, p. 37-42, 2001. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/qn/v24n1/4447.pdf. Acesso
em: 17 ago. 2020.
CHAMPE, P. C.; HARVEY, R. A.; FERRIER, D. R. Bioquímica. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
CHAMPE, P. C.; HARVEY, R. A. Bioquímica ilustrada. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
COZZOLINO, S. M. F.; COMINETTI, C. Bases bioquímicas e fisiológicas da nutrição nas diferentes fases da
vida na saúde e na doença. Barueri: Manole, 2013.
CRUZAT, V. F.; PETRY, E. R.; TIRAPEGUI, J. Glutamina: aspectos bioquímicos, metabólicos, moleculares
e suplementação. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 15, n. 5, set./out. 2009. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rbme/v15n5/15.pdf. Acesso em: 31 jul. 2020.
QUEIROZ, D. et al. Deficiência de vitamina A e fatores associados em crianças de áreas urbanas. Revista
de Saúde Pública, v. 47, n. 2, p. 248-256, jun. 2013.
DENG, Y. et al. Lactose intolerance in adults: biological mechanism and dietary management.
Nutrients, v. 7, n. 9, p. 8020-8035, set. 2015. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/
articles/PMC4586575/pdf/nutrients-07-05380.pdf. Acesso em: 29 jun. 2020.
DEVLIN, T. M. Manual de bioquímica com correlações clínicas. São Paulo: Blucher, 2007.
DINARDO, C. L. et al. Porfirias: quadro clínico, diagnóstico e tratamento. Revista de Medicina, v. 89,
n. 2, p. 106-114, abr./jun. 2010. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/revistadc/article/
view/46282/49937. Acesso em: 31 jul. 2020.
158
DONADIO, J. et al. Influence of genetic variations in selenoprotein genes on the pattern of gene
expression after supplementation with Brazil nuts. Nutrients, v. 9, n. 7, p. 739, 11 jul. 2017. Disponível
em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5537853/. Acesso em: 14 ago. 2020.
EDEL, Y.; MAMET, R. Porphyria: what is it and who should be evaluated? Rambam Maimonides Medical
Journal, v. 9, n. 2, p. e0013, 19 abr. 2018. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/
PMC5916231/. Acesso em: 6 ago. 2020.
GERTY CORI. Biográfico. The Nobel Prize. Nobel Media AB, 2020. Disponível em: https://www.
nobelprize.org/prizes/medicine/1947/cori-gt/biographical/. Acesso em: 30 jun. 2020.
HANS KREBS. Biográfico. The Nobel Prize. Nobel Media AB, 2020. Disponível em: https://www.
nobelprize.org/prizes/medicine/1953/krebs/biographical/. Acesso em: 30 jun. 2020.
HARVEY, R. A.; FERRIER, D. R. Bioquímica ilustrada. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
HOLICK, M. F. Vitamin D deficiency. New England Journal of Medicine, v. 357, n. 3, p. 266-281, 19 jul. 2007.
INDA FILHO, A. J.; MELAMED, M. L. Vitamin D and kidney disease. What we know and what we do not
know. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 35, n. 4, p. 323-331, 2013. Disponível em: https://www.scielo.
br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-28002013000400012. Acesso em: 6 ago. 2020.
KAKUDA, D. K.; MACLEOD, C. Na (+) − independent transport (uniport) of aminoacids and glucose in
mammalian cells. Journal of Experimental Biology, v. 196, p. 93-108, 1994.
KIRWAN, J. P.; AGUILA, L. F. Insulin signaling, exercise and cellular integrity. Biochemical Society
Transactions, v. 31, p. 1281-1285, dez. 2003.
LEHNINGER, A. L.; NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de bioquímica de Lehninger. 7. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2018.
MACHADO, V. G.; NOME, F. Compostos fosfatados ricos em energia. Química Nova, v. 22, n. 3, p. 351-
357, jun. 1999. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/qn/v22n3/1088.pdf. Acesso em: 6 ago. 2020.
MARZZOCO, A.; TORRES, B. B. Bioquímica básica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2015.
MONTEIRO, W. M. et al. G6PD deficiency in Latin America: systematic review on prevalence and
variants. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 109, n. 5, p. 553-568, ago. 2014. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0074-02762014005040123&lng=en&nrm=i
so&tlng=en. Acesso em: 1º jul. 2020.
MUKHERJEE, S. O imperador de todos os males. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
MURRAY, R. K. et al. Bioquímica ilustrada de Harper. 29. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Diretriz: suplementação diária de ferro e ácido fólico
em gestantes. Genebra: OMS, 2013. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/
documentos/guia_gestantes.pdf. Acesso em: 6 ago. 2020.
PHILIPPI ST. Tabela de composição de alimentos: suporte para decisão nutricional. 2. ed. São
Paulo: Coronário; 2002.
VOET, D.; VOET, J.; PRATT, C. W. Fundamentos de bioquímica. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
WATSON, J. D. et al. Biologia molecular do gene. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
YONEKURA, L.; NAGAO, A. Intestinal absorption of dietary carotenoids. Molecular Nutrition &
Food Research, v. 51, n. 1, p. 107-115, jan. 2007.
160
Exercícios
161
162
163
164
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000