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CONTRATOS II

Alunos: Vancler Evandro dos Reis - 186104


Vanessa Luísa Balestreri - 185098

Profa. Dra. Viviane Candeia Paz De Santana


Tendo em vista o caso enunciado, responda às questões seguintes:

(1) Por que a administradora do condomínio propôs prazo de trinta meses para a locação?
De acordo com a Lei, não existe um prazo legal, a administradora usou o prazo de 30 meses
como âmbito dos demais contratos utilizados.
Podemos observar no Art. 46 do Código Civil da Lei nº 8.245/91: “As locações cujo prazo
determinado seja de igual ou superior a trinta meses, findam no prazo estipulado
independente de notificação ou aviso.” Se o locatário continuar na posse sem ser incomodado
por mais de trinta dias, presume-se que o contrato locatício foi prorrogado tacitamente por
prazo indeterminado sob as mesmas cláusulas do contrato anterior.

(2) O estudante italiano deverá desocupar o imóvel?


Não, o Contrato do Italiano possui tempo determinado, Art. 8 do Código Civil da Lei nº
8.245/91: “Se o imóvel for alienado durante a locação, o adquirente poderá denunciar o
contrato, com o prazo de noventa dias para a desocupação, salvo se a locação for por tempo
determinado e o contrato contiver cláusula de vigência em caso de alienação e estiver
averbado junto à matrícula do imóvel.”

(3) São procedentes as alegações do síndico quanto ao furto da bicicleta e isenção de


responsabilidade do condomínio? O que Enzo poderia alegar em defesa?
Em regra, os condomínios não são responsáveis por furtos e roubos em suas dependências,
salvo se estiver expressa em acordo tal responsabilidade, ou no caso de comprovação de
culpa do condomínio pelo ocorrido, já que não há a presunção de culpa do condomínio e na
maioria das vezes o condomínio não é responsável pelo ressarcimento dos danos. No
entendimento do STJ, é necessário que haja previsão expressa em convenção do condomínio
no sentido de que o prejuízo decorrente de danos e furtos em áreas comuns será suportado
pelos condôminos.
Enzo poderia alegar em sua defesa que houve negligência em relação ao condomínio, o qual
ele poderá ser condenado ao pagamento de indenizações em favor de Enzo se este conseguir
provar a ocorrência de negligência por parte dos funcionários e prepostos do condomínio ou
se o síndico(a)/administrador(a) não tenham agido com a necessária diligência no exercício
de suas funções.

(4) No que diz respeito à locação da máquina de cartões, qual a disciplina legal aplicável? De
qual meio dispõe a locadora para reaver a máquina?

A disciplina legal aplicável é a locação da coisa, conforme artigo que segue:

Art. 566 do Código Civil, Lei nº 10.406/02:

O locador é obrigado:

I - a entregar ao locatário a coisa alugada, com suas pertenças, em estado de servir ao uso a
que se destina, e a mantê-la nesse estado, pelo tempo do contrato, salvo cláusula expressa
em contrário;

II - a garantir-lhe, durante o tempo do contrato, o uso pacífico da coisa.

Um meio disponível para a locadora de reaver a máquina está descrito conforme segue abaixo:

A Lei nº 8.078/90 estabelece em seus Arts. 6º, VI e 14 o direito básico à efetiva prevenção e
reparação dos danos patrimoniais e morais, bem como a responsabilidade do fornecedor de
serviços, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados por
defeitos relativos à prestação dos serviços, sendo o serviço defeituoso, de acordo com o § 1º
do Art. 14, quando não fornece a segurança que dele espera.

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