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GAMIFICAÇÃO

UNIDADE I
UNIDADE 1

GAMIFICAÇÃO

PALAVRAS DO PROFESSOR

Olá, estudante!

Seja bem-vindo(a) à nossa disciplina, conto com sua determinação nessa nova jornada de estudo.
Vamos desenvolver nesta disciplina estudos, pesquisas e aprendizagens acerca da GAMIFICAÇÃO.
Inicialmente, enfocaremos a APRENDIZAGEM DOS NATIVOS DIGITAIS: NOVO CURRÍCULO.

ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA

O objetivo deste GUIA DE ESTUDOS 1 é proporcionar situações de aprendizagem e aquisição de


novos conhecimentos ao interagir com a construção de conceitos que potencializem a sua prática
profissional e fundamente o seu percurso acadêmico.

Antes de iniciar a leitura do seu guia de estudo, leia com atenção o seu livro-texto, pois ele irá
nortear seus estudos. Assista a videoaula, ela foi elaborada com o objetivo de facilitar seu apren-
dizado. Ao final da nossa primeira unidade acesse o ambiente virtual de aprendizagem e responda
as atividades. Caso queira fazer novas pesquisas acesse a nossa biblioteca virtual, temos um
excelente acervo à sua disposição. Em caso de quaisquer dúvidas, envie uma mensagem para seu
tutor!

Vamos lá!

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APRENDIZAGEM DE NATIVOS DIGITAIS: NOVO CURRÍCULO

Fonte: http://sereduc.com/Usv9MB

CONTEXTUALIZANDO A GERAÇÃO DOS NATIVOS DIGITAIS

Existe outro mundo: o digital? Esta é, talvez, a primeira questão que nos vêm na mente, quando
começamos a pensar sobre os comportamentos, ao usar as tecnologias de informação e comuni-
cação (TIC), dos jovens do século XXI.

Em termos de desenvolvimento da sociedade pós-industrial, numa perspectiva pós-moderna, as


TIC têm se inserido em contextos onde a informação se torna insumo e o produto.

Estudar, pesquisar e se divertir ficou mais fácil, ou melhor, menos complicado com as TIC, correto?
Se pensarmos em termos de qualidade da aprendizagem, podemos dizer que atualmente ficou
mais acessível, ao passo de que demanda maior responsabilidade e envolvimento do aprendente
no processo, devido aos prazos mais rígidos, maior volume de conteúdo, mais situações de inte-
ração e comunicação.

Mas esta geração não está acostumada com prazos, rigidez nos currículos e organização linear
dos conteúdos. Como fazer, então, para educar e aprender com os nativos digitais?

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VEJA O VÍDEO!

Para ilustrar nossa reflexão, vejamos este vídeo. Disponível no link.

Você percebeu, por um lado, a simplicidade do menino em utilizar e manipular as novidades tec-
nológicas? E os adultos? Como eles se comportaram?

Nativos Digitais: Contexto

PALAVRAS DO PROFESSOR

Caro(a) aluno(a), para iniciarmos os estudos acerca dos NATIVOS DIGITAIS e suas influências nos
NOVOS CURRÍCULOS, considere um breve percurso dialogado com alguns autores/pesquisadores
neste contexto.

Inicialmente, você precisa entender como esta nomenclatura “nativos digitais” surgiu e a motiva-
ção para pesquisas e estudos em torno desta realidade.

??? VOCÊ SABIA?

Segundo o Dicionário Michaelis, o termo nativo pode ser definido como:

Nativo
na.ti.vo

adj (lat nativu) 1 Ingênito, natural, não adquirido, original. 2 Desafetado, desartificioso, singelo. 3
Natal, natalício. 4 Próprio do lugar do nascimento. 5Pátrio, vernáculo. 6 Nacional, não estrangeiro.
7 Miner Diz-se dos metais e metaloides encontrados livremente na natureza. 8 Reg (Centro e Sul)
Diz-se de pasto natural, de campo.

E ainda, de acordo com a mesma fonte de informação, o termo digital pode ser definido como:

Digital
di.gi.tal

adj m+f (lat digitale) Anat 1 Relativo ou pertencente aos dedos. 2 Diz-se da impressão deixada
pelos dedos. 3 Que tem analogia com os dedos. 4 Relativo a dígito2. sf 1 Impressão deixada pelos
dedos. 2 Bot V dedaleira. 3 Bot Planta acantácea (Sanchezia nobilis). 4 Eletrôn Que se utiliza de
um conjunto de dígitos, em vez de ponteiros ou marcas numa escala, para mostrar informações nu-

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méricas: Termômetro digital. 5 Eletrôn Diz-se do circuito eletrônico que produz e responde a sinais
que, num determinado instante, encontram-se num dentre os vários níveis possíveis (geralmente
dois). 6 Eletrôn Diz-se dos dados contínuos separados em unidades distintas, para facilitar a sua
transmissão, processamento etc. 7 Eletrôn Diz-se da transmissão (p ex, de som) assim realizada. 8
Inform Computador que opera com quantidades numéricas ou informações expressas por algaris-
mos. 9 Inform Computador cujos dados são processados por representações discretas.

VISITE A PÁGINA

Prezado(a), caso queira se aprofundar no assunto acesse os seguintes links: Link


01 e Link 02.

A partir destas definições, podemos inferir que “nativos digitais” são pessoas que nasceram no
mundo digital (no seu contexto social, filosófico, econômico e educacional), não é?

Mas será que podemos estabelecer uma fronteira ou limite entre onde começa e onde termina o
surgimento desta geração.

De acordo com pesquisas, os nativos digitais surgiram na década de 80. Mas, o que evidencia
que tais personagens são “digitais”? Pelo que podemos inferir das definições iniciais, os nativos
digitais nasceram com um entorno tecnológico digital, que fazia parte do seu cotidiano, onde não
havia necessidade de manuais de operação dos dispositivos ou cursos preparatórios para uso das
ferramentas tecnológicas (computador, impressora, notebook, dvd, mp3, ipod, smarphones e etc.).

Bem, você percebeu que, apesar das definições, o termo “nativos digitais” remete a algo maior e
que demanda aprofundamento.

O próximo passo será aprofundar a temática, lendo, pesquisando e exercitando.

PALAVRAS DO PROFESSOR

Caro(a) aluno(a), vamos aprofundar os estudos? Agora, você poderá discutir e interagir com outros
colegas para perceber, apropriar-se e inferir sobre outras perspectivas acerca da origem, condu-
ção e educação dos NATIVOS DIGITAIS.

Para facilitar a construção dos conceitos e viabilizar as inferências apropriadas, dividimos as


discussões em duas partes. Uma primeira parte é dedicada aos conceitos trazidos pelos autores e
outra parte acerca das implicações de tais conceitos nos currículos.

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LEITURA COMPLEMENTAR

Sugiro uma leitura para estabelecer um referencial teórico sobre o tema. A ideia
é iniciar um processo de pesquisa que lhe posicione na direção do conhecimento
acerca do conceito de “nativo digital”. Acesse o link.

NATIVOS DIGITAIS E A SOCIEDADE

PALAVRAS DO PROFESSOR

Caro(a) aluno(a), fez a leitura do artigo? Acredito que sim! Agora vamos dar continuidade ao nosso
estudo, conto com sua atenção. Percebemos alguns impactos sociais e educacionais ao relacionar
este conceito ao cotidiano das pessoas, nas empresas e nas instituições de ensino.

Sabemos que existem diversas perspectivas de abordagens sobre o tema, mas sempre teremos
os indicadores de diferenciação entre aqueles que estão naturalmente imersos nas tecnologias
digitais e daqueles que estão buscando aprender e aproximar-se desta realidade.

No mundo do trabalho esta distinção fica clara, quando as tarefas demandam a inserção e aplica-
ção das tecnologias digitais, não apenas para realização de tarefas, mas para o desenvolvimento
de novas soluções e resoluções de problemas, além de trazer inovação ao processo produtivo.

IMPORTANTE

Ao olhar nesta direção, devemos abrir um espaço necessário para o olhar sobre a
educação destas pessoas. Independente da época em que nasceu o ser humano
está imerso num sistema social organizado o qual indica parâmetros para a sua
formação e desenvolvimento.

Nesta perspectiva, devemos aprofundar nossos estudos, quanto ao aspecto edu-


cacional dos nativos digitais, entendendo que não podemos dissociar as suas
relações sociais e as influências destas relações nos modos de desenvolvimento
da educação formal.

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PALAVRAS DO PROFESSOR

Prezado(a) estudante, fique atento, pois os impactos desta nova geração de aprendentes no currí-
culo das instituições de ensino será objeto de reflexão e estudos nesta disciplina.

Então, enquanto percurso de aprendizagem, vamos agora estudar um pouco sobre o processo
educacional desta geração de pessoas imersas nas tecnologias digitais.

NATIVOS DIGITAIS E A EDUCAÇÃO

Fonte: http://blogseguridad.tyco.es/wp-content/uploads/2014/09/seguridadfotos.jpg

Vamos iniciar nossas reflexões trazendo uma afirmação de Prensky (2001), dizendo que “nossos
alunos mudaram radicalmente. Os alunos de hoje não são os mesmos para os quais o nosso sis-
tema educacional foi criado”.

Esta afirmação nos remete para um olhar crítico sobre os “porquês” da educação, pois não dar
conta ou não está pronta para atender estes “novos estudantes”.

Primeiramente, vamos situar a educação brasileira no contexto dos anos 80 até os dias atuais.
Isto pode nos ajudar a compreender, principalmente, a questão dos currículos na educação desta
nova geração.

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A EDUCAÇÃO BRASILEIRA NOS ÚLTIMOS 40 ANOS: BREVE RETROSPECTO

Caro(a) aluno(a), para sua melhor compreensão, farei uma breve viagem no tempo e explicarei os
principais fatos que marcaram a educação brasileira.

Anos 80 marcados pela transição do modelo político ditatorial para o modelo democrático (rede-
mocratização):

t Mudança na organização e ação da sociedade civil;


t Instituição da interlocução dos trabalhadores junto ao Estado,
t Alterações significativas nas relações entre capital e trabalho.

Surgem as principais forças vinculadas aos interesses da classe trabalhadora:

t Partido dos Trabalhadores;


t Central Única dos Trabalhadores;
t Movimento dos Sem Terra.

Constituição de 1988 e a “Nova República”

t Ampliação dos direitos sociais dos trabalhadores;


t Separação dos planos econômicos e sociais no planejamento do governo;
t O papel do Estado no embate entre as distintas concepções da relação entre sociedade
e educação.

O início dos anos 90: CUT e a Educação Profissional

t Escola politécnica;
t Projeto de lei que cria o sistema de educação profissional separado da educação geral;
t Caráter minimalista da LDB, adequado a reformas estruturais orientadas pelas leis do
Mercado.

Qual a influência destas questões, para além do início do século XXI, considerando as gerações
nascidas nos anos 80?

Inicialmente, precisamos entender que a geração dita “nativos digitais” já nasceu numa pers-
pectiva democrática do acesso as tecnologias digitais, além das transformações que a educação
sofreu pós-regime ditatorial. Embora esta afirmação seja pertinente, a “velocidade” da educação
não foi suficiente para acompanhar as demandas de aprendizagem desta geração, tornando o
espaço educacional (escolar) cada vez menos atrativo e mais desafiador, tanto para os gestores,
quanto para os docentes, que se sentem pressionados a estar em constante formação.

Nos anos 90, houve no Brasil uma grande frente empreendida por empresas privadas e iniciativa
pública da inserção de tecnologias digitais nos processos de ensino e aprendizagem.

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As tecnologias educacionais chegaram para tentar “resolver” ou “atenuar” o cenário educativo
numa época já marcada pela presença dos nativos digitais.

Por não haver uma apropriação aprofundada e consciente do seu papel para a formação desta
geração, inicialmente as tecnologias digitais foram vistas puramente como possibilidade de en-
riquecer as práticas consolidadas dos docentes, sobre os currículos, que não conseguiam uma
adequação a realidade educacional da época.

Como fator agravante, no início do século XXI existiam poucas pesquisas e indicações de como
trabalhar com os jovens nascidos na década de 80. Percebia-se que a distância entre as demandas
desta geração e a formação docente só ia aumentando, causando uma grande pressão nos proces-
sos de formação pela academia e também nas atualizações dos currículos.

Neste ponto, precisamos aprofundar mais sobre o impacto da geração de nativos digitais no
contexto do ensino e aprendizagem nas instituições de ensino, bem como o desenvolvimento dos
estudos acerca da influência dos currículos para o desenvolvimento das ações formativas dos
alunos e professores.

LEITURA COMPLEMENTAR

Primeiramente, vamos ler um texto para clarificar mais estas questões. Acesse o
link para aprofundar tais questões.

VEJA O VÍDEO!

Antes de darmos continuidade aos estudos, vamos assistir ao vídeo a seguir e


depois refletir um pouco sobre a educação brasileira. Esta reflexão terá relação
com os próximos tópicos deste guia de estudo. O modelo de educação no Brasil.
Disponível no link.

Após assistir ao vídeo, vamos dialogar um pouco com os autores, acerca do contexto escolar dos
nativos digitais e como os currículos estão sendo pensados e desenvolvidos.

Vamos lá!

NATIVOS DIGITAIS E SUA FORMAÇÃO NA ESCOLA: SÉRIES INICIAIS

Ao olhar para o processo de desenvolvimento escolar dos nativos digitais, inicialmente, nos con-
centraremos um pouco nas séries iniciais, por entender que é neste contexto formativo que pode-
mos ter algumas pistas sobre o processo formativo geral deste indivíduo.

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Segundo Pereira (2014), “as crianças de hoje fazem parte de uma nova geração denominada Gera-
ção Y ou Geração Internet, ou ainda a geração dos nativos digitais”. A autora ainda afirma que “O
que se observa no momento social vigente é que as crianças já nascem em um contexto no qual as
tecnologias estão em um acelerado processo de expansão que vem potencializar as descobertas
de novas possibilidades. É cada vez mais comum observar crianças que ainda nos seus primeiros
meses de vida, de alguma forma, já fazem uso de aparatos tecnológicos, em especial aqueles com
a tecnologia touch screen, tais como os tablets e smartphones”.

Diante destas afirmações, de imediato, nos remetemos à formação docente para atuar junto a
estas crianças. De acordo com as nossas leituras e pesquisas anteriores, sobretudo as discussões
no primeiro fórum de debates, nossos professores situam-se na geração de imigrantes digitais,
portanto sem uma preparação dedicada a entender e apoiar a formação dos nativos digitais.

Nem mesmo a academia acompanhou, nos currículos dos cursos de graduação, sobretudo as licen-
ciaturas, a consideração da formação para atuação junto à geração de nativos digitais.

Nas séries iniciais fica evidente a falta de preparo dos docentes para fazer a conexão entre as
aprendizagens tradicionais e os métodos de ensino, inserindo os paradigmas advindos da inserção
das tecnologias digitais no processo de ensino e aprendizagem.

De acordo com Pereira (2014), “se acredita na importância da escola despertar para a necessidade
de criar estratégias pedagógicas efetivas do uso das tecnologias que permeiam o cotidiano das
crianças fora da escola, mais precisamente dentro de suas próprias casas”.

A autora ainda complementa que: “Vale ressaltar ainda que a importância de se utilizar as tec-
nologias e disponibilizar aulas de Informática para alunos da Educação Infantil vai ao encontro
de princípios definidos pelo Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, a saber: “o
acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis e a socialização das crianças por meio
de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais. Uma vez que a criança
está inserida na sociedade tecnológica é papel da escola oferecer a ela um acesso à tecnologia,
mediado pelo professor, com o objetivo de lhe proporcionar contatos pedagógicos com esses re-
cursos que são uma realidade em seu dia a dia”.

DICA

Para consolidar estas questões, proponho que você pesquise nos documentos
oficiais do MEC, as questões centrais sobre a inserção nos currículos de práticas
que considerem o uso das tecnologias digitais na formação dos estudantes e
professores. Estas informações serão necessárias para o entendimento sobre o
impacto das tecnologias digitais nos planejamentos e aplicações dos currículos
no cotidiano educacional dos nativos digitais.

Feito isto, retorno para o GUIA DE ESTUDOS 1, dando continuidade aos seus estudos.

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NATIVOS DIGITAIS E SUA FORMAÇÃO NA ESCOLA: SÉRIES FINAIS

Pelo percurso dialógico que estamos fazendo com alguns autores, além das nossas pesquisas,
estudos e reflexões, percebemos o quão grande é o desafio de entender e propor soluções para a
formação da geração de nativos digitais.

Além das dificuldades naturais, presentes nas formações iniciais e continuadas dos docentes, as
necessárias atualizações e adaptações de currículos, novos posicionamentos da gestão, ficam
ainda as necessidades e demandas próprias dos aprendentes.

Para Prensky (2001), “os Imigrantes Digitais não acreditam que os seus alunos podem aprender
com êxito enquanto assistem à TV ou escutam música, porque eles (os Imigrantes) não podem. É
claro que não – eles não praticaram esta habilidade constantemente nos últimos anos. Os Imi-
grantes Digitais acham que a aprendizagem não pode (ou não deveria) ser divertida. Por que eles
deveriam? Eles não passaram os últimos anos aprendendo com a Vila Sésamo”.

PALAVRAS DO PROFESSOR

Fica evidente que a forma de aprender é diferente da forma de ensinar. Esta distância só tende a
aumentar, visto que a escola ainda não tem “consciência” pedagógica para atuar adequadamente
neste contexto.

Pensou-se, e, em alguns casos, ainda se pensa que as tecnologias educacionais dão conta de
resolver os problemas de ensino e aprendizagem da geração de nativos digitais, pelo simples ato
de sua inserção no processo pedagógico.

Na prática fica evidente que as tecnologias educacionais não resolvem, pelo fato da sua mediação
ser feita por um imigrante digital, o qual não compreende, em sua gênese, como as tecnologias
digitais podem potencializar a aprendizagem, até pela dificuldade de não compreender como os
nativos digitais de fato aprendem.

Segundo Prensky (2001), “infelizmente para os nossos professores Imigrantes Digitais, as pes-
soas sentadas em suas salas cresceram em uma “velocidade rápida” dos vídeo games e MTV.
Eles estão acostumados à rapidez do hipertexto, baixar músicas, telefones em seus bolsos, uma
biblioteca em seus laptops, mensagens e mensagens instantâneas. Eles estiveram conectados a
maior parte ou durante toda suas vidas. Eles têm pouca paciência com palestras, lógica passo a
passo, e instruções que ‘ditam o que se fazer’”.

É muito comum para os nativos digitais estarem na sala de aula “prestando atenção” na fala
do professor, mas também conectados as redes sociais ou jogando. Diante disto, alguns ques-
tionamentos surgem, como: Será que a aula está chata? Será que esta geração não consegue
desvincular o social da aprendizagem formal e tradicional? Quais as influências dos jogos (games)
no cotidiano da aprendizagem dos nativos digitais? E os Imigrantes Digitais, podem também se
conectar a esta realidade?
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O autor ainda traz que: “Os professores Imigrantes Digitais afirmam que os aprendizes são os
mesmos que eles sempre foram, e que os mesmos métodos que funcionaram com os professores
quando eles eram estudantes funcionarão com seus alunos agora. Mas esta afirmação não é mais
válida. Os alunos de hoje são diferentes. Um estudante do jardim de infância disse recentemente
no recreio www.hungry.com (hungry = com fome). “Toda vez que vou à escola tenho que diminuir
minha energia”, reclama um estudante de ensino médio. É que os Nativos Digitais não podem
prestar atenção ou eles não escolhem? Frequentemente do ponto de vista dos Nativos seus instru-
tores Imigrantes Digitais fazem com que não valha a pena prestar atenção à sua forma de educar
se comparar a tudo o que eles vivenciam – e então eles os culpam de não prestarem atenção!”.

Estes posicionamentos nos remetem a alguns cenários. Por exemplo, mesmo conscientes de que
os currículos são orientados pelo MEC, mas não são “engessados” para sua aplicação, nos dá
uma ideia clara de que a escola, por muitos motivos, torna o processo de aprendizagem “chato” e
“desinteressante” para os nativos digitais.

Consciente disto, precisamos empreender ações que constituam inovação pedagógica, com o ob-
jetivo de reduzir, minimizar ou atenuar as dificuldades encontradas na educação desta geração.
Para tanto, Prensky (2001) recomenda que: “Então a menos que nós queiramos apenas esquecer
a educação dos Nativos Digitais até eles crescerem e eles mesmos a conseguirem, seria melhor
confrontarmos este assunto. E ao fazê-lo precisamos reconsiderar tanto a metodologia quanto o
nosso assunto”.

É muito fácil negar a necessidade desta geração, apenas ao afirmar que a geração dos imigrantes
digitais aprendeu de uma forma eficiente, embora com lacunas, mas que poderia ser perpetuada
para outras gerações, visto que funcionou, tanto que estamos aqui, ensinando-as.

O autor traz alguns pontos importantes para a atuação docente para a geração de nativos digitais.
Vale a pena lembrar:

Primeiro, nossa metodologia. Os professores de hoje têm que aprender a se comunicar na língua
e estilo de seus estudantes. Isto não significa mudar o significado do que é importante, ou das
boas habilidades de pensamento. Mas isso significa ir mais rápido, menos passo a passo, mais em
paralelo, com mais acesso aleatório, entre outras coisas. Os educadores podem perguntar “Mas
como ensinamos lógica desta maneira?” Enquanto não estiver imediatamente claro, devemos
imaginar.

Segundo, nosso conteúdo. Parece para mim que depois da “singularidade” digital agora há dois
tipos de conteúdos: conteúdo “Legado” (pegar emprestado o termo computador para sistemas
antigos) e conteúdo “Futuro”.

O conteúdo “Legado” inclui ler, escrever, aritmética, raciocínio lógico, compreensão do que há
escrito e das ideias do passado, etc. – tudo do nosso currículo “tradicional”. É claro que ainda é
importante, mas é de uma era diferente. Alguns deles (como o raciocínio lógico) continuarão sen-
do importante, mas alguns (talvez como a geometria Euclidiana) serão menos importante, como
foi o Latim e o Grego.

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O conteúdo “Futuro” é em grande escala, o que não é surpreendente, digital e tecnológico. Mas
enquanto este inclui software, hardware, robótica, nanotecnologia, genoma, etc., também inclui
ética, política, sociologia, línguas e outras coisas que os acompanham. Este conteúdo “Futuro”
é extremamente interessante aos alunos de hoje. Mas quantos Imigrantes Digitais estão prepa-
rados para ensiná-lo? Alguém uma vez me sugeriu que as crianças deveriam ter a permissão de
usarem computadores na escola se eles tivessem os construídos. É uma ideia brilhante que é bas-
tante exequível do ponto de vista das capacidades dos estudantes. Mas quem poderia ensinar?

GUARDE ESSA IDEIA!

Pensemos, então, que os novos currículos deverão consideram a aprendizagem


mediada por tecnologias digitais, visto a realidade social que está posta. Não
adianta mais pensar na escola como o “único” local onde ainda se proíbe uso
das tecnologias digitais, de modo natural, alinhada com as aprendizagens em
espaços não formais, por estas pessoas já acostumadas com estes recursos no
seu dia a dia.

A escola não vai “perder” seu status de lugar do desenvolvimento e da aprendizagem, mas deixará
de ser um lugar chato, distante da realidade destes jovens, dissociada da realidade social em que
está situada.

Os nativos digitais não são, nem querem ser diferentes. Eles apenas aprendem de forma diferente
das antigas gerações, numa perspectiva mais articulada, colaborativa, onde a autoria é possível
em larga escala, onde a informação se transforma em conhecimento numa velocidade inimaginá-
vel, onde muitos contribuem para o desenvolvimento, onde vários mediam a formação, onde as
coisas fazem sentido.

PALAVRAS DO PROFESSOR

Diante do que estudamos neste primeiro GUIA DE ESTUDOS, surgem novas indagações: Como
podemos, então, caracterizar os “NOVOS CURRÍCULOS”, que atenderão adequadamente estas
novas gerações de aprendentes? Será que devemos, exclusivamente, nos preocupar apenas com
os currículos em sua elaboração, ou a formação docente deve estar diretamente associada ao
processo de transformação?

Creio que a partir dos estudos que se seguem nos demais GUIAS DE ESTUDO, podemos clarificar
e compreender melhor como estas questões poderão ser dirimidas, visto que ainda abordaremos
a GAMIFICAÇÃO.

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ACESSE O AMBIENTE VIRTUAL

Prezado(a) estudante, acesse o ambiente e responda as atividades. Em caso de dúvidas, não perca
tempo e pergunte ao seu tutor.

Vamos em frente! Estudar, sempre!

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LEITURAS RECOMENDADAS:

01. Acesse o link.


02. Acesse o link.
03. Acesse o link.
04. Acesse o link.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LEMOS, Silvana. Nativos digitais x aprendizagens: um desafio para a escola. 2009. Disponível em:
<http://www.senac.br/BTS/353/artigo-04.pdf>. Acesso em: junho/2015.

MEDEIROS, Rosana Muniz de; BRITO, Dayse Cristine Dantas; MERCADO, Luís Paulo L.. Apren-
dizagem e conhecimentos de nativos digitais: caminhos para uma educação diferenciada. 2012.
Disponível em: <http://www.tise.cl/volumen8/TISE2012/18.pdf>. Acesso em: junho/2015.

OTERO, Walter Ruben Iriondo. O CURRÍCULO SOB A ÓTICA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. 2012.
Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2012/anais/13x.pdf.>. Acesso em:
junho/2015.

PEREIRA, Aline Musse Alves; ALMEIDA, Joelma Fabiane Ferreira. NATIVOS DIGITAIS NA EDUCA-
ÇÃO INFANTIL: OS DESAFIOS PEDAGÓGICOS DE LIDAR COM AS TECNOLOGIAS DENTRO E FORA
DA ESCOLA. 2014. Disponível em: <http://sereduc.com/HZp5R2 > Acesso em: junho/2015.

PESCADOR, Cristina M.. TECNOLOGIAS DIGITAIS E AÇÕES DE APRENDIZAGEM DOS NATIVOS


DIGITAIS. 2010. Disponível em: <http://sereduc.com/KgDLTA >. Acesso em: junho/2015.

PRENSKY, Marc. Nativos Digitais, Imigrantes Digitais. De On the Horizon - NCB University Press,
Vol. 9 No. 5, 2001.

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VIVA, Marco Aurélio de Andrade; VIANNA, Patrícia Beatriz de Macedo. ENTRE NATIVOS
E IMIGRANTES DIGITAIS: UM ESTUDO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR. 2013. Disponível em:
<http://sereduc.com/Jol2Oi >. Acesso em: junho/2015.

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