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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DA 1ª

CÂMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ

PROCESSO “Nº…”
AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ
RÉU: CARLOS “PRENOMES…”

RECURSO ESPECIAL

CARLOS “PRENOMES…”, já devidamente qualificado nos autos epigrafados, por


meio de seu advogado ao final subscrito, “NOME E PRENOMES…”, também
descrito no curso do processo, vem apresentar RECURSO ESPECIAL, com
fundamento no art. 105, III, “a”, da Constituição da República Federativa do Brasil,
no art. 1.029 e seguintes do Código de Processo Civil e no art. 255 e seguintes do
Regimento Interno do Superior do Tribunal do Justiça, no processo criminal
promovido pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ, pelos
fundamentos jurídicos expostos nas razões anexas. Ressalta-se que este recurso
deve ser demitido por ser cabível, ao desafiar decisão proferida em última instância
por tribunal estadual, tempestivo, ao atender o prazo legal de interposição, e
preparado, com o devido pagamento das custas recursais. Desse modo, requer-se a
juntada das guias comprobatórias do pagamento do preparo, a intimação da parte
contrária para oferecer contrarrazões ao recurso no prazo de 15 (quinze) dias (art.
1.030 do Código de Processo Civil) e a remessa do recurso para julgamento pelo
Superior Tribunal de Justiça.
Nesses termos, pede deferimento.
“Local…”, 13 de fevereiro de 2020.

_____________________________________
ADVOGADO
OAB/“UF…” “Nº...”
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROCESSO “Nº…”
AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ
RÉU: CARLOS “PRENOMES…”

Colenda turma designada,


Ínclitos julgadores,
Eminente relator.

RAZÕES RECURSAIS

Carlos “Prenomes…”, já devidamente qualificado nos autos epigrafados,


por meio de seu advogado ao final subscrito, “Nome E Prenomes…”, também
descrito no curso do processo, vem apresentar as suas RAZÕES DO RECURSO
ESPECIAL, com fundamento no art. 105, III, “a”, da Constituição da República
Federativa do Brasil, no art. 1.029 e seguintes do Código de Processo Civil e no art.
255 e seguintes do Regimento Interno deste Superior do Tribunal do Justiça, no
processo criminal promovido pelo Ministério Público do Estado do Ceará, pelos
fundamentos jurídicos expostos a seguir, para requerer ao final, em razão de
irresignação com o acórdão de “páginas…”, que não reconheceu na leitura da
decisão de pronúncia aos jurados pela acusação no contexto do procedimento do
Tribunal do Júri.

1 ADMISSIBILIDADE RECURSAL

Inicialmente cabe dedicar a parte inicial desta peça para abordar a


viabilidade do conhecimento deste recurso, para que, assim, adentre-se ao mérito
propriamente dito. Primordialmente, esta impugnação é cabível, conforme se
observa na previsão constitucional pertinente:

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:


III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última
instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro
tribunal.

Destarte, o cabimento se mostra pelo fato de estar diante de decisão que


julgou em sede de última instância ordinária o processo criminal promovido contra o
recorrente. O acórdão recorrido, ademais, contrariou lei federal ao não reconhecer
nulidade patente por descumprimento da regra do art. 478, I, do Código Adjetivo
Criminal, nulidade essa posterior à pronúncia (art. 593, III, “a”, do CPP).
Outrossim, tem-se a prática de ato processual tempestivo, pois atendeu-
se as regras acerca do prazo para a interposição recursal (arts. 638 e 798, caput e §
1º, do Código de Processo Penal e art. 1.003, § 5º do CPC), consoante se vê:

Art. 638. O recurso extraordinário e o recurso especial serão processados e


julgados no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça na
forma estabelecida por leis especiais, pela lei processual civil e pelos
respectivos regimentos internos.

Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e


peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado.
§ 1º Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do
vencimento.

Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que


os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a
Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão.
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os
recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.

Observando as regras processuais citadas, conclui-se que o sujeito


processual dispõe do prazo de 15 (quinze) dias contados de forma corrida para o
manejo do apelo nobre. Assim, o recorrente demonstra a sua observância a tal
parâmetro, pois foi intimado do acórdão hostilizado em 29 de janeiro de 2020
(quarta-feira), restando-lhe como termo final este dia 13 de fevereiro de 2020, o que
escancara que este recurso é temporâneo.
Por último, frisa-se que se obedeceu ao requisito do prequestionamento.
Esta Corte da Cidadania, nesse ínterim, editou a Súmula 221, in verbis,
“inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição de
embargos declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal a quo”. Tem-se, dessa
forma, o instituto processual do pré-questionamento, considerado um requisito
específico de admissibilidade tanto do recurso especial quanto do recurso
extraordinário, ao se observar o seu caráter excepcional. Sobre isso, recorre-se aos
estudos de Alexandre de Moraes e de Noberto Avena:

O instituto do prequestionamento significa o debate e a decisão prévios do


tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o ato impugnado nada
contém sobre o que versado no recurso, descabe assentar o
enquadramento deste no permissivo constitucional.1

Isto significa que não poderão ser enfocadas questões não deliberadas no
acórdão recorrido. Esta condição decorre da expressão “causas decididas”
aposta nos arts. 102, III, e 105, III, da CF. Apenas é “decidida” a matéria
efetivamente enfrentada pelo tribunal recorrido. Não realizado o
prequestionamento pelo acórdão recorrido, deverá a parte ingressar com
embargos declaratórios para buscar a discussão do tema. A necessidade do
prequestionamento e o manejo de embargos declaratórios para alcançá-lo
constam também nas Súmulas 282 do STF e 211 do STJ.2

Diante do trazido, conclui-se que o pré-questionamento é o requisito que


exige discussão prévia nas instâncias ordinárias do que, futura e eventualmente,
será levado às chamadas instâncias excepcionais, o STJ e o STF, para atender à
hermenêutica do texto constitucional e para evitar a sobrecarga destas em
decorrência do fenômeno do engarrafamento das questões judiciais à medida que
subiam mediante os recursos que são de sua competência.
Na situação em tela, ocorreu o prequestionamento à medida que se volta
o olhar para o fato de que já foi apreciado pelo tribunal a quo a questão da leitura da
decisão de pronúncia aos jurados, não entendendo este pela existência de nulidade,
de acordo com o que se pode confirmar na “página…” do acórdão combatido.

2 BREVE SÍNTESE FÁTICO-PROCESSUAL

Em um esforço de reconstituição da marcha processual, relata-se que o


recorrente foi denunciado perante a 1ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza por ter,
supostamente, cometido o crime de homicídio qualificado pela torpeza contra a
vítima Luana.

1 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 33. ed. São Paulo: Atlas, 2017, p. 410. E-book
2 AVENA, Norberto. Processo Penal. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2019. p.
2191. E-book
Pronunciado, foi levado a júri perante o Conselho dos Sete. Durante os
debates, o promotor de justiça leu a decisão de pronúncia na íntegra, reforçando o
tom de voz nas partes que apontavam o réu como o autor do fato, dizendo que isto
seria incontroverso, assim como a materialidade: “se o juiz, com 20 anos de
experiência, aponta Carlos como autor do crime, vossas excelências devem
acompanhá-lo”. Requereu-se que constasse em ata as frases do promotor de
justiça, o que ficou registrado à “página...”. No final do júri, os jurados reconheceram
a autoria e materialidade, tendo o juiz presidente condenado o réu à pena de 12
(doze) anos de reclusão, a ser cumprido em regime fechado.
Em recurso apelatório, com base no art. 593, III, “a” e “d”, do CPP, a 1ª
Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará julgou-o improcedente à
unanimidade, argumentando no Acórdão que, quanto à alínea “a”, os jurados
possuíam a decisão de pronúncia, razão pela qual sua leitura não seria novidade
aos jurados; e quanto à alínea “d”, havia a versão nos autos acolhida pelos juízes
leigos, razão pela qual não seria a decisão daqueles manifestamente contrária à
prova dos autos.

3 DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO DE INVALIDAÇÃO

Passa-se, então, à demonstração da contrariedade à lei federal


perpetrada pelo tribunal a quo, a qual enseja a necessidade de invalidação da sua
decisão colegiada. Desde já, salienta-se que há nulidade após a decisão de
pronúncia (art. 593, III, “a”, do CPP), pois foi utilizado indevido uso de argumento de
autoridade (art. 478, I, do CPP).
De forma pretérita ao início do arrazoado que será desenvolvido, observe-
se explicação preliminar formulada por Renato Brasileiro de Lima:

Argumento de autoridade é uma falácia lógica que apela para a palavra de


alguma autoridade a fim de validar o argumento. Este raciocínio é absurdo,
visto que a conclusão baseia-se exclusivamente na credibilidade do autor da
proposição e não nas razões que ele tenha apresentado para sustentá-la.
No âmbito do júri, pode-se dizer que, ao invés de se valer da prova
constante dos autos, as partes tentam formar o convencimento dos jurados
apelando para uma anterior decisão do juiz presidente ou do Tribunal acerca
do caso concreto. Como os jurados são pessoas leigas, geralmente
desprovidas de conhecimento técnico, podem ser facilmente influenciados
no sentido da condenação (ou absolvição) do acusado se lhes for revelado
o entendimento do juiz togado acerca do caso concreto. Daí a importância
de se vedar a utilização do argumento de autoridade.3

O que se pode depreender é que o legislador, tendo em vista a


independência e a liberdade necessárias ao julgamento pelos juízes leigos do
Tribunal do Júri, considera que há constrangimento e influência indevida na
formação do seu convencimento, reprimindo veementemente a utilização de
decisões anteriores do juiz presidente como falacioso argumento de autoridade.
Veja-se as disposições do CPP relacionadas:

Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade,
fazer referências:
I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível
a acusação ou à determinação do uso de algemas como argumento de
autoridade que beneficiem ou prejudiquem o acusado;

Obtém-se, desse modo, nulidade posterior à decisão de pronúncia que


deveria ter sido reconhecido no provimento vergastado. Verifique-se o que dispõe o
CPP nesse sentido:

Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:


III - das decisões do Tribunal do Júri, quando:
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;

Não é outro o entendimento consolidado na jurisprudência deste tribunal


superior, o qual vem seguindo direção única quando se depara com o uso de tal
falácia no âmbito do procedimento aqui utilizado. Confirme-se isso:

RECURSO ESPECIAL. PENAL E PROCESSUAL PENAL. TRIBUNAL DO


JÚRI.
UTILIZAÇÃO DE DECISÕES JUDICIAIS PRETÉRITAS. ARGUMENTO DE
AUTORIDADE. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. RECURSO
ESPECIAL DESPROVIDO.
1. Esta Corte Superior de Justiça, ao interpretar a determinação do art. 478,
inciso I, do Código de Processo Penal, compreende que a legislação
processual veda a utilização de decisões judiciais, como argumento de
autoridade, na tentativa de constranger os jurados a aderirem a
entendimentos expressados sobre os fatos pela justiça togada.
2. A Acusação indagou, diante do Conselho de Sentença: "vocês acham que
um juiz concursado, entendedor de leis, iria deixar o acusado preso, há mais
de um ano, se esse homicídio fosse privilegiado?".

3 LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal: volume único. 7. ed. Salvador: JusPodivm,
2019, p. 1451.
Além disso, ao ser questionada pela Defesa acerca da indagação, replicou:
"estou usando como argumento de autoridade sim, porque eu posso fazer
isso".
3. A conduta da acusação violou a proibição de utilização do argumento de
autoridade no plenário do Tribunal do Júri, seja porque falsamente induziu
os jurados a acreditar que eventual conclusão do juiz togado sobre os fatos
deveria ser por eles acatada, seja porque maliciosamente instigou os
jurados a pensar que a decisão de prisão preventiva teria analisado
aprofundadamente as circunstâncias fáticas do crime, quando se sabe que
este provimento jurisdicional possui cognição sobre fatos bastante limitada.
4. Recurso especial desprovido.
(REsp 1828666/SC, Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TURMA, julgado
em 12/05/2020, DJe 28/05/2020)

PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM


RECURSO ESPECIAL. OFENSA AO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE.
NÃO CARACTERIZAÇÃO.
ARGUMENTO DE AUTORIDADE. AFERIÇÃO. REEXAME FÁTICO-
PROBATÓRIO.
HOMICÍDIO. SEGUNDA APELAÇÃO. DECISÃO CONTRÁRIA À PROVA
DOS AUTOS.
SUBMISSÃO A NOVO JÚRI. NULIDADE. AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO. 1. A decisão agravada deve ser mantida por seus próprios
fundamentos, porquanto em sintonia com a jurisprudência pacífica do STJ.
2. Não ofende ao princípio da colegialidade o julgamento monocrático de
recurso especial, tendo em vista a previsão regimental e a possibilidade de
submissão do tema ao órgão colegiado, mediante a interposição de agravo
regimental 3. Somente fica configurada a ofensa ao art. 478, I, do Código de
Processo Penal se as referências forem feitas como argumento de
autoridade que beneficie ou prejudique o acusado, circunstância não
demonstrada nos autos e cuja análise transbordaria os limites do recurso
especial, exigindo reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é
vedado pela Súmula 7/STJ.
4. O art. 593, § 3º, do CPP veda expressamente a interposição de segunda
apelação, quando for decisão dos jurados manifestamente contrária à prova
dos autos, na hipótese em que o julgamento anterior tiver sido anulado por
idêntico fundamento.
5. Agravo regimental improvido.
(AgRg no AREsp 1137431/CE, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA
TURMA, julgado em 24/04/2018, DJe 11/05/2018)

PROCESSO PENAL. HOMICÍDIO TENTADO. JUNTADA DE


ANTECEDENTES CRIMINAIS E INFORMAÇÕES ACERCA DA VIDA
PREGRESSA DO ACUSADO. RESPEITO AO ART.
422 DO CPP. UTILIZAÇÃO DE TAIS DOCUMENTOS COMO ARGUMENTO
DE AUTORIDADE NA SESSÃO PLENÁRIA DO TRIBUNAL DO JÚRI
(DIREITO PENAL DO AUTOR). IMPOSSIBILIDADE.
1. No procedimento dos crimes dolosos contra a vida, a lei processual penal
admite a juntada de documentos pelas partes, mesmo após a sentença de
pronúncia, a teor do art. 422 do Código de Processo Penal (HC n. 373.991/
SC, Relator Ministro Jorge Mussi, 5ª Turma, DJe de 1º/2/2017). 2. Assim,
inexiste constrangimento ilegal na juntada, a tempo e modo, dos
antecedentes policial e judicial do réu, inclusive as infrações sócio-
educativas.
3. No entanto, em se tratando do exame dos elementos de um crime, em
especial daqueles dolosos contra a vida, o fato não se torna típico,
antijurídico e culpável por uma circunstância referente ao autor ou aos seus
antecedentes, mesmo porque, se assim o fosse, estaríamos perpetuando a
aplicação do Direito Penal do Autor, e não o Direito Penal do Fato. Desse
modo, para evitar argumento de autoridade pela acusação, veda-se que a
vida pregressa do réu seja objeto de debates na sessão plenária do Tribunal
do Júri.
4. Recurso ordinário em habeas corpus provido em parte, para para que os
documentos relacionados à vida pregressa do recorrente e que não
guardam relação direta com o fato não sejam utilizados pela acusação na
sessão plenária do Tribunal do Júri.
(RHC 94.434/RS, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA,
QUINTA TURMA, julgado em 13/03/2018, DJe 21/03/2018)

Portanto, ao basear a sua argumentação na alegação “se o juiz, com 20


anos de experiência, aponta Carlos como autor do crime, vossas excelências devem
acompanhá-lo”, a acusação tumultuou a regularidade processual, o que,
estranhamente, foi endossado pelos órgãos judicantes das instâncias ordinárias.
Assim, para que não prevaleça a apontada violação a lei federal, demanda-se desse
tribunal o reconhecimento da nulidade aqui explanada de modo a se restabelecer a
legalidade do processo.

4 DO REQUERIMENTO

Diante do exposto, requer-se que este recurso seja recebido, em razão


de preencher todos os requisitos de admissibilidade relativo à espécie (art. 105, III,
“a”, da Constituição), e provido, em razão da patente violação à lei federal
materializada pelo indevido de falácia argumentativa de autoridade (art. 478, I, do
CPP), sendo reconhecida a nulidade apontada, invalidada a decisão atacada e
determinada a realização de novo júri, agora sem a perpetração de condutas
processuais constrangedoras e desleais. Nesse contexto, que seja intimado o
Ministério Público para que se manifeste sobre o recurso a ser julgado.
Nesses termos, pede deferimento.
“Local…”, 13 de fevereiro de 2020.

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ADVOGADO
OAB/“UF…” “Nº...”

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