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Relatório de Atividades – 24/04/2021

Na data de vinte e quatro de abril de dois mil e vinte e um, às 09h 30 min,
deu-se início à primeira reunião do semestre 2021.1 do Grupo de Estudos Coram
Deo, com a presença de Sóstenes Luna, Mirles Lino Alves, Emerson Pereira,
Thalisson Firmo, Marcelo Arrais e Ênio Cidrão, que foi o multiplicador, isto é, o
responsável por trazer um panorama do texto lido anteriormente.
O multiplicador relatou que os perigos do Holocausto são importantes
para que conheçamos a História, a violação de Direitos Humanos e a violação de
Direitos Fundamentais. Ademais, o multiplicador destacou que não se pode olhar
para o Holocausto apenas com a visão da barbaridade, mas, com a finalidade, de
compreender a complexidade do caso. Evidencia-se que Hannah Arendt não se via
como filósofa, mas como teórica política, pois buscava compreender a complexidade
casuística do sistema político da época, ou seja, do Nazismo.
Reitera-se que o aluno Ênio destacou que, segundo Arendt, os judeus se
viam diferentes dos outros povos, no caso em questão, dos gentios, pois eles se
viam como o povo escolhido por Deus, ou seja, um povo diferenciado. Vale ressaltar
que os apologistas judeus viam, na oposição cultural, uma forma de se fortalecer.
Porém, isso contribuiu para que eles fossem massacrados pelo regime nazista.
Ademais, os judeus firam vistos como bode expiatório, pois eles não foram tão
prejudicados, financeiramente, no que tange à Primeira Grande Guerra. Assim, os
judeus eram privilegiados economicamente, pois não sofreram os efeitos da crise
econômica europeia.
Além disso, na reunião do grupo de estudos, o participante Emerson
destacou sobre o fato de as pessoas se acostumarem com a existência da barbárie,
por meio de uma análise comportamental, acostumando-se com o mal, ou seja, com
a banalidade do mal (assim como médicos e enfermeiros). O Professor Sóstenes,
também, deu sua contribuição ao falar que é necessário ter cuidado com alguns
conceitos ideológicos, como o “povo supremo”, que era utilizado por Hitler. Destaca-
se que o Professor Sóstenes indicou o livro “Minha Luta” (de A. Hitler), que trata
sobre o Arianismo e sobre o Totalitarismo.
Vale ressaltar que, no início da reunião, a aluna Mirles falou sobre alguns
impactos trazidos pela Segunda Guerra Mundial, como a violação de direitos
humanos, bem como indicou dois livros biográficos sobre os horrores do Nazismo e
do Holocausto, a saber: “O Refúgio Secreto” (de Corrie Ten Boom) e o “O Diário de
Anne Frank” (de Anne Frank). Além disso, indicou duas obras cinematográficas,
como “O Pianista” e “O Corajoso Coração de Irena Sendler”.
O aluno Ênio destacou, também, que surgiram vários tratados para que
os judeus fossem considerados apátridas. Logo, eles perderam a proteção jurídica
que lhes era devida, visto que perderam a tutela jurisdicional do Estado. Mas
surgiram, também, outros tratados de minorias para proteger tais apátridas.
Ademais, o multiplicador falou sobre a famosa Constituição de Weimer
(que traz direitos de primeira e de segunda geração). Tal Constituição destacava a
proteção aos direitos humanos, porém, no Estado Nazista, havia várias violações de
direitos humanos, pois havia uma negligência das leis positivadas. Afinal, o povo
dominado era doutrinado para ser a “encarnação da própria lei”. A “raça ariana” era
vista como a “raça superior”.
Destaca-se que, na reunião, abordou-se que a ideologia da evolução
natural de Darwin e a ideologia da luta de classes foram instrumentos de
propagação de regimes totalitários, como o Nazismo (primeira ideologia) e o
Comunismo (segunda ideologia). Na mente do povo alemão, havia ideia de que tal
povo estava no movimento da História. Reitera-se que, assim como a Constituição
de Weimar, a Constituição do México traz, também, direitos de segunda geração.
O aluno Ênio ressaltou, também, que os campos de concentração não
tinham uma motivação no Totalitarismo. Na verdade, para Arendt, havia uma
ausência de motivação. Assim, Arendt vai destacar que as pessoas, os algozes da
Segunda Guerra eram bons cidadãos, cumpriam seus papéis de pais, de mães.
Porém, eles tinham ausência de valores. Os nazistas se viam apenas como
cumpridores de ordens.
Para tanto, Direito Natural e Direito Positivo foram ignorados, ao bel
prazer dos totalitaristas, a fim de que fossem realizadas a tal dominação, a tirania.
Logo, o parâmetro era o homem, e não o direito natural nem as leis positivadas,
havendo, assim, a instauração do terror.
Com isso, deu-se por encerrada a reunião desse dia, relatada por Mirles
Lino Alves.

Relatora: Mirles Lino Alves

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