Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CORPORATIVA
1
SUMÁRIO
1 – Compliance ...................................................................................................................................2
1. Compliance
O termo compliance deriva do verbo inglês to comply, que pode ser traduzido como
obedecer, observar, cumprir ou respeitar. O termo é utilizado para designar o conjunto
de iniciativas das organizações para assegurar o cumprimento das leis e
regulamentos estatais, assim como das políticas e procedimentos da empresa.
Diante dessa realidade, passou-se a afirmar Em 2017, o IBGC e a Saint Paul Editora
lançaram a obra coletiva Governança
que não é suficiente a adoção de um corporativa e integridade empresarial:
dilemas e desafios, que enfrenta essa
programa de conformidade. É preciso que as problemática.
1
Portaria Conjunta Controladoria-Geral da União e Secretaria da Micro e Pequena Empresa, n. 2.279/2015.
3
Não existe uma fórmula única para construção de um programa de integridade. Ele
será sempre customizado, levando em conta os riscos, desafios, grau de maturidade,
estratégia e limitações de cada organização. Entretanto, alguns elementos devem ser
sempre considerados na implementação do programa:
• tone from the top: comprometimento da alta liderança, demonstrado por meio de
comunicação efetiva, monitoramento da implementação do programa e,
principalmente, atitudes que sirvam de exemplo de comportamento ético;
Anticorrupção* Trabalhista
Conflito de interesses** Ambiental
Antitruste Segurança da informação
Fiscal Regulação setorial (agências
Lavagem de dinheiro*** reguladoras, BACEN, CVM etc.)
*Anticorrupção
**Conflito de interesses
***Lavagem de dinheiro
A Lei n. 9.613/98, com redação dada pela Lei n. 12.683/2012, define como lavagem
de dinheiro as seguintes condutas: (i) ocultar ou dissimular a origem ou propriedade
de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal,
5
(ii) converter o produto do crime em ativos lícitos, (iii) adquirir, receber, negociar,
guardar, movimentar ou transferir produto de crime, (iv) participar de negócios de
fachada.
2. Fiscalização e controle
2
Para a relação completa das instituições sujeitas às obrigações aqui mencionadas, veja o artigo 9º da Lei
9.613/98. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9613.htm>.
6
Pode ser permanente ou instalado apenas nos exercícios sociais em que for solicitado
por acionistas que representem, no mínimo, 10% das ações com direito a voto ou 5%
das ações sem direito a voto. Deve ser composto por três a cinco membros, sendo
um representante de acionistas detentores de ações preferenciais e um representante
de acionistas minoritários, desde que estes representem, em conjunto, pelo menos
10% das ações com direito a voto. Não podem integrar o conselho fiscal os membros
de órgãos da administração, funcionários da companhia ou seus parentes até terceiro
grau.
• fiscalizar os atos dos administradores, o que podem fazer por meio de qualquer de
seus membros, individualmente;
A auditoria interna não é propriamente um órgão, mas uma função corporativa. Pode
ser executada por uma equipe interna ou terceirizada. É responsável por aferir a
qualidade e a efetividade dos processos de controle, governança e gerenciamento de
riscos da companhia. Deve estar subordinada ao conselho de administração
diretamente ou por meio do comitê de auditoria.
8
Riscos corporativos podem ser de origem interna ou externa à empresa. São internos,
por exemplo, o risco de sucessão dos principais executivos ou o risco de conflito de
interesses de administradores. Como exemplo de riscos externos, podem-se citar o
surgimento de novos concorrentes, inovações tecnológicas ou mudanças regulatórias.
Por fim, a organização deve decidir como tratar cada risco mapeado: aceitar, reter,
eliminar, reduzir, transferir, explorar. A discussão desse tema pode ser atribuída a um
comitê de risco ligado ao conselho de administração ou a este, diretamente.
Suas normas são rigorosas na responsabilização dos diretores das empresas, que
devem assinar os relatórios certificando que as demonstrações financeiras
apresentam todos os fatos materiais e que não contém nenhuma declaração falsa. A
lei também estabelece a responsabilidade dos advogados de relatar evidências de
violação ao comitê de auditoria, se não forem ouvidos pela diretoria.
A SOX dedica grande atenção aos auditores independentes, aos quais impõe uma
série de obrigações e restrições: (i) auditores independentes são proibidos de prestar
certos serviços à empresa auditada, (ii) serviços não proibidos devem ser previamente
aprovados pelo comitê de auditoria, (iii) a companhia só pode contratar auditores
externos como funcionários após o período de um ano, (iv) o auditor independente
não deve receber remuneração baseada em sucesso ou comissões, entre outras.