Você está na página 1de 4

2 Bimestre – Ane

Adoção homoafetiva

 O código civil não faz menção a respeito da orientação sexual do adotante


 Dentre os quesitos investigados nas avaliações psicológicas realizadas com os candidatos a pais, a
orientação sexual não deve ser o diferenciador das vantagens ou desvantagens de concretizar a
adoção
 O que está em questão no caso da paternidade socio-afetiva não e o gênero, tampouco a orientação
sexual dos pais, mas a capacidade de vinculação dos envolvidos na situação de adoção
 A codificação NÃO VETA a colocação de uma criança em lar substituto cujo titular seja
homossexual, demonstrando que o esperado é uma base convivencial estável para dar suporte ao
desenvolvimento infantil
 Pesquisas mostram que o desenvolvimento de crianças criadas por casais homossexuais é similar ao
daquelas criadas por heterossexuais nos âmbitos emocional, cognitivo, social e sexual.
 Um dos argumentos para indeferimento e adoção por homossexuais relaciona-se ao estabelecimento
de papeis (modelo pai/mãe). Isso pode ser um equívoco, pois as atribuições de gênero são
socialmente construídas.

Monoparentalidade X Homoparentalidade

Vídeo – adoção homoafetiva:


 Buscar a família para a criança e não o contrário
 A partir de 2006 – adoção homoafetiva
 Adoções tardias – perfis que não eram pretendidos pelas famílias tradicionais
 Crianças mais velhas, com doenças congênitas, com irmãos

Redução da maioridade penal

Motivos a favor da redução da maioridade pena X Contra

Crimes bárbaros = Comoção


ATITUDES IRRESPONSÁVEIS

Lei do Talião --- Séc XXI

 Legislar com base na emoção: Sentimento de vingança


 NÃO RESOLVE E NEM AMENIZA o problema da violência humana

A cada crime cometido por um menor discute-se os EFEITOS da violência, mas não as suas CAUSAS.
Discute-se como REPRIMIR, mas não como PREVINIR.

As leis não podem se basear na exceção:


 Relatório UNICEF (2007) – Crimes de homicídio são exceção.
 Em 2013, menos de 1% dos internos da Fundação Casa cometeram latrocínio.

Redução da maioridade penal NÃO diminui a violência


(causa X efeito)

No Brasil a violência está profundamente ligada a questões como:


 Desigualdade social
 Exclusão social
 Impunidade
 Falhas na educação familiar/escolar (valores e ética)
 Processos culturais exacerbados (individualismo, consumismo e cultura do prazer)

A redução da maioridade penal afeta diretamente jovens negros e pobres -> não se trata de uma visão
determinista.

 Pobreza e carência afetiva não produzem criminosos!


 Mas falta de estrutura familiar, de exposição maior à violência, falta de educação e de políticas
públicas efetivas para a juventude aumentam a suscetibilidade para se cometer altos crimes

A redução da maioridade penal contribui para a piora da falência do sistema carcerário brasileiro e aumento
do número de reincidentes.
 SUPERLOTAÇÃO: condições desumanas, incapacidade de recuperar reincidências.

Redução da maioridade penal NÃO É tendência do movimento internacional.

SOLUÇÕES:
 Escolas de tempo integral
 Reforma na Fundação Casa
 Esportes
 Atividades e lazer e cultura
 Profunda reforma no sistema carcerário brasileiro
 Abrir vagas de emprego
 Suporte para família (Atividades comunitárias) -> Projeto PROMETEUS

‘‘Quando o estado exclui, o crime inclui.’’


‘‘Se o jovem procura trabalho no comércio e não consegue, vaga na escola ou em um curso
profissionalizante e não consegue, na boca de fumo ele vai ser incluído.’’ (Castro Alves)

Adolescentes Autores de Atos Infracionais e Medidas Socioeducativas

 Brasil: diferenças sociais e econômicas segregadoras.


 Marginalização em relação ao desenvolvimento social, econômico e político nacional
 Crianças e adolescentes economicamente desprivilegiados --- direitos fundamentais violados,
vitimados por todo tipo de violência (física, sexual e psicológica)

Crianças e adolescentes -> pessoas em desenvolvimento


 Necessidade de políticas publicas que assegurem orientação e educação dos jovens

Terminologia
 Adolescentes em conflito com a lei - Implica uma condição temporária
 Adolescente infrator - Implica uma condição permanente

O QUE É UM ATO INFRACIONAL?


Segundo o ECA é a conduta da criança e do adolescente que pode ser descrita como crime ou contravenção
penal. Com mais de 18 é crime.

O ato infracional...
 ‘‘...É o ato condenável, de desrespeito às leis, a ordem pública, aos direitos dos cidadãos ou ao
patrimônio, cometido por crianças e adolescentes...’’
 Só há ato infracional se aquela conduta corresponder a uma hipótese legal que determine sanções ao
seu autor.
 Regido pela LEI 8.069/90, Estatuto da criança e do Adolescente.
Das sanções:
 Crianças (até 12 ano incompletos): medidas de proteção
 Órgão responsável: Conselho Tutelar
 Adolescentes (12 a 18 anos): Delegacia da Criança e do adolescente

UNICEF (2002)
Fundo das Nações Unidas para Infância

 Atos infracionais praticados por adolescentes: menor do que 8% dos crimes cometido no país

Perfil do adolescente de atos infracionais:


 Sexo masculino
 Baixa escolaridade
 Baixa renda familiar
 Usuário de drogas ilícitas
 Grupos socialmente vulneráveis, marginalizados em relação a políticas e ao acesso a condições
dignas de vida

Fatores de risco
 Dificuldades de aprendizagem e baixa escolaridade
 Violência na família
 Violência no meio social
 Consumo de drogas
 Pobreza

Fatores de proteção
 Dificultam ou neutralizam os fatores de risco: escola, crescer em um ambiente livre de violência
familiar, presença de educação apoiada em supervisão, diálogo, afeto e limites.

 Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n 8.069/90): Instrumento jurídico cuja principal meta
era desenvolver políticas públicas voltadas para promoção e manutenção dos direitos essenciais das
crianças e adolescentes brasileiros.
 Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE)

ECA + SINASE = desenvolvimento social e moral, apontados como objetivos da política de proteção
integral a infância e adolescência

Medidas Socioeducativas
 Obrigatoriedade de escolarização e profissionalização
 Garantia de atendimento personalizado (respeito a identidade e singularidade)
 A medida pode ser alterada a qualquer tempo
 Ato infracional cometido por crianças: aplicação de medidas de proteção (ex: matricula e frequência
obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino)

Plano Individual de Atendimento (PIA)


 ECA e SINAS: orientam para a construção de um PIA e reavaliação caso a caso, juntamente com a
família e adolescente
 Orientação menos coercitiva e mais democrática
 Promover aos adolescentes o exercício da democracia, negociação e protagonismo
 A medida aplicada devera levar em conta a capacidade do adolescente e cumpri-la ou não

Medidas socioeducativas não devem ser entendidas e aplicadas como castigos ou sanções, mas como
dotadas de natureza pedagógica.
 Opção pela inclusão social do adolescente em conflito com a lei.

Enquanto se observa um grande avanço no campo jurídico na assistência a crianças e adolescentes


autores de atos infracionais, no que se refere a execução dessas políticas e leis a um longo caminho a se
percorrer.

Justiça restaurativa

Justiça Punitiva – Retributiva


(Tradicional “punir”)

 Crime como ato violador da norma estatal


 Justiça: imposição de uma PENA
 Centralidade das figuras do Estado, da pena e da atribuição de culpa como forma e pensar as
consequências do delito
 Desumaniza o ofensor (permanece oprimido, abusado e socialmente excluído)

 Crime como violação à pessoa e às relações interpessoais


 Justiça: restauração das relações e reparação dos danos causados (vítima, sociedade, ofensor e
relações interpessoais)
 Principais características: processo voluntário, informal, com mediadores, com busca da reinteração
social da vítima e do infrator.

 O acusado deve assumir a autoria da transgressão e deve haver consenso mútuo das partes
 Vítima e infrator podem desistir a qualquer momento de utilizar esse procedimento, o que não deve,
em hipótese nenhuma, ser usado como indício de prova.

Principais Beneficiados: CLASSES POPULARES

É para qualquer tipo de crime? Não.


- Conflitos interpessoais
- Conflitos familiares
- Bullying
- Jovens reincidentes

Justiça restaurativa X Superlotação

Você também pode gostar