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DIREITO CIVIL IV – DIREITO DE FAMILIA

Titulo I-DO DIREITO PESSOAL

Subtitulo I-DO CASAMENTO (BIMESTRE I)

Capitulo i – DISPOSIÇÕES GERAIS

Capitulo II- DOS IMPEDIMENTOS

Capitulo III -DAS CAUSAS SUSPENSIVAS

Capitulo IV-DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO

Capitulo V-DAS PROVAS DO CASAMENTO

Capitulo VI-ESPÉCIES DE CASAMENTO

Capitulo VII-DA EFICÁCIA JURÍDICA DO CASAMENTO

Capitulo VIII-DA DISSOLUÇAO DA SOCIEDADE CONJUGAL

Subtitulo II-DAS RELAÇÕES DE PARENTESCO (BIMESTRE II)

Capitulo i – DISPOSIÇÕES GERAIS

Capitulo II- DA FILIAÇÃO

Capitulo III -DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS

Capitulo IV-DA ADOÇAO

LIVROS RESUMIDOS

https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788553619665/pageid/11

https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788553617432/pageid/485

https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555594515/epubcfi/6/36[%3Bvnd.vst.idref
%3Dmiolo14.xhtml]!/4/2/194[sigil_toc_id_625]/3:50[onj%2Cuga]
4 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788553607877/pageid/0

5. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788520444337/pageid/58

DIREITO CIVIL IV – DIREITO DE FAMILIA

Titulo I-DO DIREITO PESSOAL

Subtitulo I-DO CASAMENTO (BIMESTRE II)

Capitulo VIII-DA DISSOLUÇAO DA SOCIEDADE CONJUGAL

INDICE:

1.CONCEITO E PREVISÃO LEGAL

2.CAUSAS TERMINATIVAS

3.QUADRO SINÓTICO

1. Conceito e Previsão Legal


O casamento estabelece a um só tempo a sociedade conjugal e o vínculo conjugal. Aquela,
que cessa pelas causas previstas no art. 1.571, refere-se ao conjunto de direitos e deveres que
formam a vida comum do casal. O vínculo conjugal se dissolve pelo divórcio ou pela morte de
um dos cônjuges, momento em que os cônjuges tornam-se aptos a contrair novas núpcias (art.
1.571, § 1º).

2.Causas terminativas da sociedade conjugal


As causas terminativas da sociedade conjugal estão especificadas no art. 1.571
do Código Civil (O art. 1.571 disciplina as hipóteses de dissolução da sociedade conjugal):
 morte de um dos cônjuges;
 nulidade ou anulação do casamento;
 separação judicial; e
divórcio.

*Acrescenta o § 1 do dispositivo em apreço que tem aplicação, ainda, a presunção


estabelecida no aludido Código quanto ao ausente.
2.1. Distinção entre sociedade conjugal e vínculo matrimonial
Cumpre-nos, inicialmente, *distinguir entre o término da sociedade conjugal e a dissolução
do vínculo matrimonial.
 Término da sociedade conjugal
O casamento estabelece, concomitantemente, a sociedade conjugal e o vínculo
matrimonial. Sociedade conjugal é o complexo de direitos e obrigações que formam a vida
em comum dos cônjuges. O casamento cria a família legítima ou matrimonial, passando os
cônjuges ao status de casados, como partícipes necessários e exclusivos da sociedade que então
se constitui. Tal estado gera direitos e deveres, de conteúdo moral, espiritual e econômico, que
se fundam não só nas leis como nas regras da moral, da religião e dos bons costumes.
O art. 1.571, caput, do Código Civil, retromencionado, elenca as causas terminativas da
sociedade conjugal (O art. 1.571 disciplina as hipóteses de dissolução da sociedade conjugal):

 Dissolução do vínculo matrimonial


O casamento válido, ou seja, o vínculo matrimonial, porém, somente é dissolvido pelo divórcio
e pela morte de um dos cônjuges, tanto a real como a presumida do ausente, nos casos em que
a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva (arts. 1.571, § 1, e 6, segunda parte). *A
separação judicial, embora colocasse termo à sociedade conjugal, mantinha intacto o vínculo
matrimonial, impedindo os cônjuges de contrair novas núpcias. Pode-se, no entanto, afirmar que
representava a abertura do caminho à sua dissolução.
De um modo geral, pois, somente autorizam os ex-cônjuges a contrair novo matrimônio:
 a morte real ou a presumida do ausente nos casos em que a lei autoriza a
abertura de sucessão definitiva;
 a nulidade ou a anulação do casamento; e
 o divórcio
3.QUADRO SINÓTICO- DA DISSOLUÇAO DA SOCIEDADE CONJUGAL (*FAZER O MEU QUADRO TBM)
1. INOVAÇÃO INTRODUZIDA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 66/2010
A Emenda Constitucional n. 66, de 14 de julho de 2010, conhecida como “PEC do Divórcio”,
deu nova redação ao § 6o do art. 226 da Constituição Federal, retirando do texto a exigência,
para o divórcio, do requisito temporal e da prévia separação. No quadro esquemático abaixo
pode-se comparar a redação anterior e a atual do aludido dispositivo constitucional:

Assim, após referida alteração resultou:


“§ 6o O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio consensual ou litigioso, na forma da
lei”.

Aprofundamento: A Câmara dos Deputados, todavia, acertadamente, suprimiu a parte final do


aludido § 6o do art. 226 da Constituição Federal, que passou a ter, assim, a final, a seguinte
redação: § 6o O casamento pode ser dissolvido pelo divórcio”.
Desse modo, a “PEC do Divórcio” passou a ter eficácia imediata e direta, afastando-se a
possibilidade de eventuais limitações futuras, que poderiam advir de lei ordinária.

*Pontos de atenção-como pode cair em prova:


a) mudança constitucional- análise redação anterior x atual (sinônimos: inovação/alteração)
EC 66/2010 (´´PEC do Divórcio´´) o que mudou com a inovação? foi suprimido a parte final do
aludido § 6o do art. 226 da Constituição Federal, ou seja, retirando do texto a exigência, para o
divórcio, do requisito temporal e da prévia separação.

b) Assim, após referida alteração resultou: “§ 6o O casamento civil pode ser dissolvido pelo
divórcio consensual ou litigioso, na forma da lei”.

c) *Breve escorço histórico: (ISMIUSSAR MELHOR, POIS TEM VARIOS PONTOS IMPORTANTES
12.2.2. Extinção das causas subjetivas e objetivas da dissolução do casamento (O novo
divórcio e o que restou do passado. In: Portal IBDFAM. Disponível em: <http://www.ib-
dfam.org.br>. Acesso em: 15 ago. 2010.)
O novo divórcio e o que restou do passado
-discursao de culpa
- Divórcio: alteração constitucional e suas consequências

3. DIVORCIO MUDANÇA CONSTITUCIONAL=>CAUSAS TERMINATIVAS DA SOCIEDADE E DO


VÍNCULO CONJUGAL (após a alteração constitucional EC 66/2010 e suas
consequências-mudança constitucional)
Já foi dito que o casamento gera, concomitantemente, a sociedade conjugal e o vínculo
matrimonial. O art. 1.571 do Código Civil disciplina as hipóteses de dissolução da sociedade
conjugal: morte, invalidade do casamento, separação judicial e divórcio. Excluindo-se a
separação judicial, as demais hipóteses alcançam diretamente a dissolução do vínculo
conjugal ou casamento; a morte, a invalidação e o divórcio dissolvem o casamento e a fortiori
a sociedade conjugal.

Efetivamente, pode-se afirmar que desapareceu o discrime entre dissolução da sociedade e


do vínculo conjugal, uma vez que a dissolução do casamento pelo divórcio — única forma
admitida — engloba as duas hipóteses.
* entender a distingue a dissolução da sociedade conjugal x dissolução do vínculo conjugal ou
casamento (ver se la em cima fala a mesma língua, somente com palavras diferentes ?)

Nesse sentido: “Após a EC 66/10 não mais existe no ordenamento jurídico


brasileiro o instituto da separação judicial. Não foi delegado ao legislador infra-
constitucional poderes para estabelecer qualquer condição que restrinja direito à ruptura do
vínculo conjugal. É possível a alteração, em segundo grau de ju-risdição, da ação de separação
judicial em ação de divórcio, quando verificado que as partes manifestam o seu interesse em pôr
fim ao casamento” (STJ, Ag no REsp 236.619, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, j. 17-10-2014).
O § 6o do art. 226 da Consti-tuição qualifica-se como norma-regra, pois seu suporte fático é
precisamente determinado: o casamento pode ser dissolvido pelo divórcio, sem qualquer
requisito prévio, por exclusivo ato de vontade dos cônjuges.
12.4. MORTE DE UM DOS CÔNJUGES. MORTE REAL E MORTE PRESUMIDA
12.5. NULIDADE OU ANULAÇÃO DO CASAMENTO

24.DA SEPARAÇÃO JUDICIAL


24.1.ESPECIES E EFEITOS DA SEPARAÇAO JUDICIAL
24.2. DA SEPARAÇÃO JUDICIAL POR MÚTUO CONSENTIMENTO
24.2.1. CARACTERÍSTICAS. REQUISITO. PROCEDIMENTO
24.3. DA SEPARAÇÃO JUDICIAL A PEDIDO DE UM DOS CÔNJUGES (LITIGIOSA)
24.3.1. ESPECIES. PROCEDIMENTO. DIFERENÇA LITIGIOSA X CONSENSUAL
(PORQUE SEMPRE VAI HAVER O PEDIDO DE UM DOS CONJUGUES, POIS É O
QUE DIFERENCIA DA CONSENSUAL).
24.4. DA PROTEÇÃO DA PESSOA DOS FILHOS
24.5. A SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL
24.6. DO USO DO NOME
24.7. RESTABELECIMENTO DA SOCIEDADE CONJUGAL

25. DO DIVÓRCIO
25.1. INTRODUÇÃO. CONCEITO
25.2.ESPECIES
25.2.1.DIVÓRCIO-CONVERSÃO
25.2.3 DIVÓRCIO DIRETO
Quadro sinótipo - DIVÓRCIO
Conceito
Espécies

DISCURSÃO DE CULPA NO DIVORCIO (sob diferentes ângulos)

a nova redação da norma constitucional teve a virtude de pôr cobro à exigência de


comprovação da culpa do outro cônjuge e de tempo mínimo. O divórcio, em que se convertia
a separação judicial litigiosa, contami-nava-se dos azedumes e ressentimentos decorrentes da
imputação de culpa ao outro cônjuge, o que comprometia inevitavelmente o relacionamento pós-
con-jugal, em detrimento, sobretudo, da formação dos filhos comuns. O princípio do melhor
interesse da criança e do adolescente dificilmente consegue ser obser-vado, quando a arena da
disputa é alimentada pelas acusações recíprocas, que o regime de imputação de culpa
propiciava.
Quando o Poder Judiciário, mobilizado pelo cônjuge que se apresentava como abandonado e
ofendido pelo outro, investigava a ocorrência ou não da causa alegada e da culpa do indigitado
ofensor, ingressava na intimidade e na vida privada da sociedade conjugal e da entidade
familiar. A Constituição (art. 5o, X) estabelece que “são invioláveis a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas”, sem qualquer exceção ou restrição. Ora, nada é mais
íntimo e privado que as relações entretecidas na convivência familiar. Sob esse importante
ângulo, não poderia a lei ordinária excepcionar, de modo tão amplo, a garantia constitucional da
inviolabilidade, justamente no espaço privado e existencial onde ela mais se realiza.
Na Alemanha, a doutrina se refere ao direito material ao divórcio, tendo
como única causa o fracasso da união conjugal, tendo havido a “transição do princ-ípio da culpa
para o princípio da ruptura” (Schlüter, 2002, p. 241).
O divórcio sem culpa já tinha sido contemplado na redação originária do
§ 6o do art. 226, ainda que dependente do requisito temporal. *A redação de 2010 foi além
quando excluiu a conversão da separação judicial, deixando para trás a judicialização das
histórias pungentes dos desencontros sentimentais.
A evolução do direito brasileiro atual está a demonstrar que a culpa na separação
conjugal gradativamente perdeu as consequências jurídicas que provocava: a guarda dos
filhos não pode mais ser negada ao culpado pela separação, pois o melhor interesse deles é
quem dita a escolha judicial; a partilha dos bens independe da culpa de qualquer dos cônjuges;
os alimentos devidos aos filhos não são calculados em razão da culpa de seus pais; *a
dissolução da união estável independe de culpa do companheiro. (NESSE PONTO LEMBRAR
DE FAZER UM QUADRO SOMENTE DE DISSOLUÇAO PARA CADA U, DOS TOPICOS
QUE ENVOLVAM A DISSOLUÇAO-EX. discussão de culpa do divorcio; causas terminativas;
divorcio; alterações da EC66; ETC...)
A culpa permanecerá em seu âmbito próprio: o das hipóteses de anulabilidade do
casamento, tais como os vícios de vontade aplicáveis ao casamento, a saber, a coação e o erro
essencial sobre a pessoa do outro cônjuge. A existência de culpa de um dos cônjuges pela
anulação do casamento leva à perda das vantagens havidas do cônjuge inocente e ao
cumprimento das promessas feitas no pacto antenupcial (art. 1.564 do Código Civil).
Também foram extintas as causas objetivas, ou seja, aquelas que independem
da vontade ou da culpa dos cônjuges. Para a separação judicial havia duas causas objetivas:
a) a ruptura da vida em comum há mais de um ano; b) a doença mental de um dos cônjuges,
deflagrada após o casamento. Para o divórcio direto, havia apenas uma: a separação de fato
por mais de dois anos. Todas desapareceram. *Não há mais qualquer causa, justificativa ou
prazo para o divórcio.
Se houve erro sobre a pessoa do outro cônjuge, revelado após o casamento e utilizado
como motivação do pedido, a hipótese é de anulação do casamento e não do divórcio. Portanto,
não há espaço no pedido de divórcio para qualquer explicitação de causa subjetiva ou objetiva;
simplesmente, os cônjuges resolvem se divorciar, guardando para si suas razões. E podem fazê-
lo logo após o casamento, sem aguardar qualquer prazo.

23. SEPARAÇÃO E DIVORCIO EXTRAJUDICIAIS (o procedimento administrativo


mediante escritura pública)

Quadro sinótipo - SEPARAÇÃO E DIVORCIO EXTRAJUDICIAIS (procedimento


administrativo mediante escritura pública)

a) consensual ou por mútuo


consentimento (CC, art. 1.574); e
1. Forma/espécies
b) litigiosa ou a pedido de um dos
cônjuges, independentemente do
transcurso de prazos mínimos (CC, art.
1.572).

Pode ser feito pela via administrativa,


extrajudicialmente, mediante escritura pública
Caracterís lavrada em cartório de notas, com a assistência de
ticas advogado, desde que não haja filhos menores ou
incapazes e haja consenso sobre todas as questões
emergentes da separação ou do divórcio (art. 733 do
CPC).

 assistência de advogado, desde que não haja


filhos menores ou incapazes e

 haja consenso sobre todas as questões


emergentes da separação ou do divórcio (art.
733 do CPC).

Requisitos  A homologação do divórcio ou da separação


consensuais, observados os requisitos legais, poderá
ser requerida em petição assinada por ambos os
cônjuges, da qual constarão conforme as regras do art. 731 e
incisos I, II, III e IV do CPC.

2.Separação ou  tem natureza de jurisdição voluntária,


divórcio consensual buscando a homologação judicial do acordo
(art. 1.574) formulado, conforme as regras dos arts. 731 e
s. do CPC.
Procedimento
administrativo Procedimento  Pode ser feito pela via administrativa,
mediante escritura s extrajudicialmente, mediante escritura
pública (art. 1.574) pública lavrada em cartório de notas, com a
assistência de advogado, desde que não haja
filhos menores ou incapazes e haja consenso
sobre todas as questões emergentes da
separação ou do divórcio (art. 733 do CPC).

“Art. 1.124-A.  A separação consensual e o divórcio consensual, não


havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os
requisitos legais quanto aos prazos, poderão ser realizados por escritura
pública, da qual constarão as disposições relativas à descrição e à
partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo
quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à
manutenção do nome adotado quando se deu o casamento. *Também,
nesses casos, não é mais necessário que se observem os requisitos
legais quanto aos prazos, diante do § 6 do art. 226 da Constituição
Federal.
Inseriu no
Código de
§ 1o  A escritura não depende de homologação judicial e constitui título
3. Lei n. 11.441/2007 Processo Civil hábil para o registro civil e o registro de imóveis.
o art. 1.124-A
e seus § 2o  O tabelião somente lavrará a escritura se os contratantes estiverem
parágrafos assistidos por advogado comum ou advogados de cada um deles, cuja
qualificação e assinatura constarão do ato notarial.

§ 3o  A escritura e demais atos notariais serão gratuitos àqueles que se


declararem pobres sob as penas da lei.”

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