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24015
ARTIGO
Resumo: O presente artigo tem como objeto a Guerra às Drogas (GD) no Brasil contemporâneo, almejando
analisar as ideologias que lhe constituem, bem como seu caráter ideológico. Trata-se de um exercício teórico
e analítico, resgatando produções sobre o tema num viés crítico e se baseando em pressupostos, conceitos e
autores da tradição marxista. Constatamos que, ao se utilizar de ideologias, a GD é também ideológica, o
que nos faz acreditar que visa combater um mal (as drogas), escondendo objetivos socioculturais, políticos e
econômicos. Não se trata de mera ignorância ou projeto falido, que não deu certo frente ao seu suposto
objetivo (eliminar determinadas substâncias e seu uso). Pelo contrário, é um projeto eficaz naquilo que se
propõe – a manutenção da desigualdade, o controle e o extermínio de parte da população –, assim como
uma racionalidade bem engendrada e que se nutre de outras, oriundas da própria dinâmica social, como o
antagonismo de classe e o racismo estruturais.
Palavras-chave: Guerra às Drogas; Ideologia; Pobreza; Racismo; Violência estatal.
Abstract: The present article takes as its object the War on Drugs (WD) in contemporary Brazil, aiming to
analyze the ideologies that constitute it, as well as its ideological character. It is a theoretical and analytical
exercise, rescuing productions on the subject in a critical perspective, based on assumptions, concepts and
authors of the Marxist tradition. We conclude that when using ideologies, WD is also ideological, making us
believe that it aims to combat an evil (drugs), hiding socio-cultural, political and economic objectives. It is
not mere ignorance or a failed project, which did not work out against its supposed purpose (to eliminate
certain substances and their use). On the contrary, it is an effective project in what it proposes - the
maintenance of inequality, the control and extermination of part of the population - as well as a well-
conceived rationality that nourishes itself with others, derived from the social dynamics itself, as the
structural antagonism of class and racism.
Keywords: War on Drugs; Ideology; Poverty; Racism; State violence.
Psicólogo. Doutor em Psicologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Professor do Departamento
de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília. (UnB, Brasília (DF), Brasil). Campus Darcy Ribeiro,
Instituto Central de Ciências Sul, Asa Norte, Brasília/DF, 70910-900. E-mail:
<phantunes.costa@gmail.com>. ORC ID: https://orcid.org/0000-0003-2404-8888
Psicóloga e Cientista Social. Mestre e Doutoranda em Psicologia pela Universidade Federal de Juiz de
Fora. (UFJF, Juiz de Fora, Brasil). Campus Universitário, Instituto de Ciências Humanas, Rua José
Lourenço Kelmer, s/n - São Pedro, Juiz de Fora/MG, 36036-900. E-mail: <kissilamm@hotmail.com>.
ORC ID: https://orcid.org/0000-0002-7817-599X
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Argum., Vitória, v. 11, n. 2, p. xx-xx, maio/ago. 2019. ISSN 2176-9575
Pedro Henrique Antunes da COSTA; Kíssila Teixeira MENDES
Introdução
O presente artigo tem como objeto de análise a Guerra às Drogas (GD) no Brasil
contemporâneo, com ênfase nas ideologias que a constituem. Assim, a argumentação se
centra em demonstrar como, ao se municiar de ideologias sobre as drogas e a realidade, a
GD passa a ser, em si, ideológica, contribuindo para dificultar a capacidade de
compreender e abordar a problemática e suas interfaces com a questão social (QS)1. Por
não ser irracional ou um acaso, ela serve a determinados fins que, em última instância,
corroboram a manutenção e a intensificação de antagonismos sociais e raciais. Para
elucidar os argumentos sobre tais afirmações, realizaremos um exercício teórico e
analítico, resgatando produções sobre o tema num viés crítico, nos permitindo esmiuçá-
lo.
1 Inicialmente voltada para o fenômeno de acentuação do pauperismo na Europa, por volta de 1830, a
“questão social” é utilizada na compreensão do conjunto de desigualdades sociais que impactam a classe
trabalhadora e que são imanentes ao capitalismo, pois advêm de seu caráter antagônico, especificamente,
da contradição capital-trabalho. Tem como manifestações: a pobreza, a fome, o desemprego estrutural,
entre outros (NETTO, 2001).
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Assim, nos questionamos: como a GD, apesar de si mesma, isto é, de suas contradições e
venalidade, se mantém? Isso nos leva a pensar na importância da ideologia para a
sustentação desta guerra, circunscrita a uma totalidade social, e como ela não pode ser
compreendida de maneira autônoma ou apartada das dimensões econômica e política na
realidade brasileira contemporânea. A partir do exposto, objetivamos no presente artigo
sinalizar algumas pistas que nos levem a um maior esclarecimento acerca dos seguintes
questionamentos: Qual o papel das ideologias na manutenção e no recrudescimento da
GD na atual conjuntura? Como a sua dimensão ideológica contribui para a normalização e
a normatização de uma lógica de controle e extermínio de determinados sujeitos e grupos
sociais, mistificando seu caráter venal?
uma obscurescência acerca da realidade, a partir das relações que estabelecemos com nós
mesmos e essa realidade, e que, por sua vez, se materializa na forma como agimos e nos
organizamos em sociedade, escamoteando a dominação inerente a essa ordem social
(MARX; ENGELS, 2007). Entretanto, seguindo a ressalva de Konder (2002): “[...] o
processo da ideologia é maior do que a falsa consciência, [...] ele não se reduz à falsa
consciência, já que incorpora necessariamente em seu movimento conhecimentos
verdadeiros[...]” (KONDER, 2002, p. 49).
Isso leva a pensar que as ideologias que predominam são os conjuntos de ideias da classe
dominante. Por essas afirmações, explicitam-se três (03) pontos: (a) não existe somente
uma ideologia dominante, como se fosse algo consensual (LÖWY, 2010); (b) as ideologias
não são necessariamente falsas ou irracionais, mas podem carregar substratos da realidade
e verdade, o que nos faz analisá-las não somente pelo formalismo lógico dos argumentos
ou por sua dimensão cognitiva, mas também atreladas ao movimento histórico (passado,
presente e futuro), às motivações que carregam consigo, quem as profere e as formas que
são explicitadas, às suas funcionalidades, dentre outros elementos vinculados ao contexto
sócio histórico (EAGLETON, 1997); e (c) essa conformação ideológica não se dá por uma
simplória imposição ou coerção, simples ignorância ou más intenções, mas, sim, porque
são expressões das relações sociais de produção que fazem desta classe a dominante:
As ideias dominantes não são nada mais do que a expressão ideal (ideológica) das
relações materiais dominantes apreendidas como ideias; portanto, são a expressão
das relações que fazem de uma classe a classe dominante, são as ideias de sua
dominação (MARX; ENGELS, 1845/2007, p. 47).
No que tange à forma como concebemos e nos relacionamos com as drogas, mais
especificamente, e como as incorporamos em nosso cotidiano ou buscamos nos livrar
delas, a GD explicita esse caráter coercitivo – vide dados de encarceramento e
criminalização em massa –, mas também surge e se mantém ao expressar “valores sociais
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No entanto, para não cair numa perspectiva a-histórica e fatalista, devemos entender as
ideologias como produtos sociais, fruto da história humana, que é a materialização da
própria ação do homem, e de seu caráter contraditório, tal como a própria realidade.
Segundo Löwy (2010), “[...] elas têm que ser analisadas em sua historicidade, no seu
desenvolvimento histórico, na sua transformação histórica” (LÖWY, 2010, p. 15). Tendo
isso em vista, se debruçar sobre as ideologias que conformam a GD é importante não só
no sentido de desmistificá-las, e a própria GD, mas também contribuir para a produção de
outras formas – utópicas – de compreensão da problemática e da realidade que lhe
conforma.
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Essas mutações e sofisticações são apontadas por Fanon (1980), ao falar sobre a
complexidade que adquirem as formas de dominação raciais em consonância aos fluxos e
refluxos do capitalismo:
A complexidade dos meios de produção, a evolução das relações econômicas, que,
quer se queira quer não, arrasta consigo a das ideologias, desequilibram o sistema.
O racismo vulgar na sua forma biológica corresponde ao período de exploração
brutal dos braços e das pernas do homem. A perfeição dos meios de produção
provoca fatalmente a camuflagem das técnicas de exploração do homem, logo das
formas do racismo. (FANON, 1980, p. 39).
A GD pode ser entendida como atravessada pelo e parte desse processo de sofisticação
material e ideológica das formas de dominação, exploração e opressão, mesmo tendo
como base um princípio que, na particularidade brasileira, é basilar na nossa formação
social desde a invasão e colonização: a violência contra parcelas populacionais
subalternas. Um projeto que se desenvolve, aliado ao neoliberalismo e ao Estado Penal2
que, segundo Flauzina (2006), “[...] se sofistica, sem se modificar substancialmente [...]”,
“[...] herdeiro do estatuto escravocrata [...]” (FLAUZINA, 2006, p. 42). Por conseguinte,
quando dizemos sofisticação, não significa que os processos de exploração e dominação
foram abrandados. Traçando um paralelo, podemos observar como a flexibilização dos
modos de produção não implicou na diminuição da exploração e alienação pelo trabalho,
mas sim no fortalecimento de determinadas condições de expropriação e servidão da
classe trabalhadora, com a precarização dos vínculos trabalhistas, terceirizações, aumento
da informalidade e destituição de direitos, travestidos sob a ideologia da meritocracia e,
mais recentemente, do empreendedorismo (ALMEIDA, 2018).
território pela polícia, mas sem alterar significativamente a política de segurança e a lógica
do alargamento do Estado penal e do extermínio para pobres, pretos(as) e favelados(as).
De acordo com Bucher e Oliveira (1994), o discurso antidroga satisfaz uma necessidade
das classes dominantes de “[...] precisar de um inimigo – se não externo, então interno à
sociedade [...]” (BUCHER; OLIVEIRA, 1994, p. 145). Na atual conjuntura de intensificação
da crise do capitalismo – cujas respostas, por meio da reestruturação produtiva e projeto
neoliberal, aguçam a desigualdade social –, essa lógica de diferenciação e estipulação de
inimigos se intensifica, como forma de imputar aos sujeitos culpa por suas condições de
vida e problemas estruturais da sociedade e país. Essa lógica, por sua vez, é vista na
xenofobia contra imigrantes refugiados, na intolerância às minorias na luta por direitos,
na compreensão e trato acerca da pobreza e pobres, dentre outros. Sobre a GD, em
específico, se, em algum momento, o inimigo foi a droga, no atual contexto, cada vez mais
são determinados sujeitos – portanto, não todos – e grupos sociais relacionados a elas:
traficantes e usuários.
Neste sentido, os territórios habitados por esses sujeitos se tornam igualmente inimigos,
sendo vistos de maneira dissociada à cidade ou mesmo antagonicamente a ela (FRANCO,
2018). Podemos fazer um paralelo com o que apontamos anteriormente, sobre a GD ser
utilizada para o imperialismo estadunidense na América Latina. Assim como são tratadas
em alguns países latino-americanos (Colômbia e México, por exemplo), a favela – um
território externo, uma não-cidade – é vista como a produtora das drogas e o cerne da
criminalidade que assolam a cidade, cujos moradores, em especial parcelas da classe média
e alta, serão as supostas vítimas desse inimigo vizinho. Por conseguinte, a ocupação do
Estado na favela – restringida ao seu braço repressivo militarizado e de guerra – passa a ser
permitida e desejada.
Além disso, o próprio rótulo de traficante implica em um aval para que aqueles assim
identificados sejam mortos – o que se conecta a outro estigma, o de favelado, se tornando
indissociáveis e servindo como argumentos para a invasão de determinados territórios
pelo Estado e por seu braço repressivo, garantindo o genocídio dessa população. Ainda,
cabe ressaltar como essa categoria e seu simbolismo são oriundos da ilicitude da
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Entende-se, com isso, que parte desses sujeitos, enquanto classe trabalhadora
pauperizada, é atravessada por uma contradição, relacionada à funcionalidade exercida
pelo sistema. Por um lado, constituem o exército industrial de reserva (EIR) e parte da
superpopulação relativa3 na forma estagnada, sendo produto necessário e alavanca da
acumulação capitalista (MARX, 2013). Portanto, não estão excluídos do modo de produção
e da ordem social capitalista. Para Ferraz (2010), a ilicitude de certas atividades produtivas,
como o tráfico, constitui uma “[...] forma eficiente de acumulação do capital [...]”
(FERRAZ, 2010, p. 158), necessária para o rebaixamento salarial e, em nosso caso de
capitalismo dependente, para a maior exploração da força de trabalho.
Por outro lado, por que tais sujeitos são alvos da violência e eliminação estatal, mesmo
com essa funcionalidade? Ora, porque a dimensão econômica não existe per si e
determina o resto mecanicamente. Devido a condições de pobreza e miséria no Brasil, que
lhes são constituintes, e às construções ideológicas – não são trabalhadores e, portanto,
não são cidadãos ou sujeitos de direitos, mesmo nos moldes liberais –, sua eliminação
passa a ser uma expressão do sistema e funcional a ele, também pelas mazelas sociais e
não apenas por controle e encarceramento. Isso se reitera em nossa constituição
colonizada, racista e na condição dependente do país, com seus moinhos de gastar gente,
além do alargamento do Estado penal que é, dialeticamente, e na mesma medida,
expressão e circunstância da política neoliberal de desmonte das políticas de bem-estar
social. Em outras palavras, queremos dizer que, mirando em tais sujeitos e os eliminando,
aliado às questões econômicas (ao serem tratados como mercadorias), o Estado age
política e ideologicamente para dificultar que percebamos e questionemos sua natureza
de intenso antagonismo social e as estruturas responsáveis por essas mazelas. Isto é, ele
sacrifica parte de sua população, obviamente que a mais subalternizada, em prol de sua
sobrevivência/manutenção.
bandido negro, pobre, jovem e favelado (a ponto de um ser o outro) e a pecha de cidadão
do mal. Em suma, fração de uma classe perigosa, que necessita não só de controle, mas de
combate e eliminação. Recorrendo novamente à Marielle Franco (2018), a GD, com sua
prática de controle e extermínio contra sujeitos e territórios subalternizados, se propaga
ideologicamente, inclusive como um meio para a paz, de modo a ser aceita pela opinião
pública. O próprio termo pacificadora, das UPPs, denota o que aqui discorremos. Temos,
então, outra contradição, numa relação em que os fins justificam os meios: guerra e morte
para alguns, para se alcançar a paz e a segurança para outros.
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Sendo assim, por que suprimimos essas múltiplas mediações e o caráter dialético das
drogas, as compreendendo por meio de visões maniqueístas e unilaterais? Indo além, por
que aceitamos e não nos insurgimos contra essa lógica? Ora, pois não estamos ilesos à
ideologia na mistificação da realidade, dos reais propósitos e dos desdobramentos
relacionados à GD, contribuindo para a naturalização de suas contradições, assim como
da própria ordem que a forja e necessita dela para se manter. Segundo Eagleton (1997),
compreender a ideologia é examinar as “[...] formas pelas quais as pessoas podem chegar a
investir em sua própria infelicidade [...]” (EAGLETON, 1997, p. 13). Iasi (2013), tentando
entender os porquês de a maioria se submeter à ordem que a mantêm na condição de
dominação, diz:
Eles [os trabalhadores] pensam o mundo e a si mesmos a partir dos elementos que
constituem a consciência da burguesia, portanto, não nos espanta que a primeira
expressão prática dessa forma de consciência seja o amoldamento dos
trabalhadores à sociedade da qual eles fazem parte e não sua negação (IASI, 2013,
p. 72).
metabolismo social que a forja e é dependente dela nas atuais configurações. Logo, a
legalização enquanto avanço também não é um fim em si, mas um meio, demonstrando as
contradições de nossa sociabilidade e visando transformá-la para a produção de novas
formas de se relacionar com as drogas.
Por fim, tratar das ideologias utilizadas na GD e de seu caráter ideológico é explicitar e
criticar o moralismo que a constitui, mas também compreender suas vinculações com as
determinações econômicas e políticas, circunscrevendo-as na totalidade social. Dessa
forma, tons alarmistas e sensacionalistas, puritanismo, moralismo, dentre outros,
geralmente vinculados a discursos religiosos e/ou salvacionistas que contrariam a própria
indissociabilidade ser humano-drogas, são importantes mecanismos e atributos para o
surgimento e a manutenção da GD e de toda a lógica de combate às drogas (BUCHER;
OLIVEIRA, 1994; FIORE, 2012), mas não são fins em si mesmos e não se autoproduzem.
Por isso, não é possível dissociar a GD, na atualidade, das mudanças econômicas, da
política neoliberal e do Estado penal, bem como das suas raízes na formação social
capitalista – considerando as particularidades do Brasil e seus engendramentos com a
colonização e racismo estrutural. Nesse sentido, questionamos as análises que
responsabilizam a corrupção ou uma mera ineficácia de gestão estatal – tendo no mercado
o ideal de ser – pelas mazelas sociais e a máxima neoliberal de um Estado mínimo, onde a
minimização se refere aos direitos e às políticas sociais, mas que se maximiza no âmbito
penal e lógicas punitivista, criminalizante e de extermínio na gestão da QS.
Considerações Finais
Não é por causa da GD que nos tornamos um país socialmente desigual e racista. Mas ela
contribui – não sozinha – para que tais condições não só se perpetuem como se
intensifiquem. Em consonância, temos um sistema que se utiliza de tais substâncias
ideologicamente, como (mais) uma de suas muletas de sustentação; e que faz isso
propositalmente – mesmo em seus elementos de verdade – como cortinas de fumaça, para
que os problemas societários estruturais sejam reificados e aprofundados.
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Pedro Henrique Antunes da COSTA Participou de todo o processo de construção e
desenvolvimento na pesquisa e elaboração do artigo
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