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Instituto de Química
Bacharelado em Química Industrial
Uberlândia - MG
Abril/2019
1. Introdução
Um dos métodos mais conhecidos e aplicados em análise instrumental
era a chamada fotometria de chama e que hoje é conhecida por espectrometria
de emissão de chama (AES). Parte-se o princípio de que todo íon proveniente
de um metal, quando submetido à condições que o deixam no estado gasoso,
emite uma radiação particular, de acordo com cada átomo. Todavia, um número
muito alto de átomos, quando submetidos à essas mesmas condições, tendem
a absorver uma energia, num determinado comprimento de onda, similar à
energia liberada quando fossem excitados.
Dois fatores influenciam na precisão das amostras e são considerados
como o “calcanhar de Aquiles” desse método. São eles: introdução da amostra
e a atomização, sendo a primeira o fator de mais preocupação no procedimento.
A introdução de amostras, quando feita na sua fase sólida, acarreta problemas
para a realização do procedimento. É recomendável que o que se quer analisar
esteja em solução.
Para a realização da análise, parte-se o efeito Bernoulli, que envolve uma
alta pressão do aparelho na solução que adentra pelo capilar que acaba
empurrando a solução para a chama. São chamados de nebulizadores
pneumáticos o qual um capilar consegue sugar a solução fornecendo um sistema
de alta pressão.
Numa espectrometria de emissão atômica o espetro de linhas está na
ordem de 0,001 nm, enquanto numa espectrometria de emissão molecular o
espectro de linhas está na ordem de 100 nm. O esquema da figura 1 ilustra todo
o procedimento.
3. Parte Experimental
3.1 Materiais e Equipamentos
• Balão volumétrico de 50,0 mL
• Solução estoque de KNO3 e NaNO3 100 ppm
• Pipeta graduada de 10 mL
• Béquer de 250 mL
• Béquer de 100 mL
• Água deionizada
• Solução amostra contendo sódio e potássio de concentração
desconhecida
3.2 Procedimento
Partindo da solução estoque 100 mg L-1, foi preparado soluções padrões
com 10; 20; 30; 40; e 50 mg L-1
Foram obtidas leituras de emissão de sódio (Na) e potássio (K) para as soluções
padrões e foi obtida a leitura para uma solução amostra (isotônico).
4. Resultados e Discussões
Os valores de cada uma das diferentes concentrações de solução de Na+
estão apresentados na Tabela 1.
Tabela 1: Concentrações de Na+
Concentração (mg L-1) Na+
10 12
20 22
30 33
40 45
50 58
80
60
40
20
0
y = 1,15x - 0,5
0 10 20 30 40 R² 50
= 0,9974 60
Concentração mg/L
Gráfico do Na+
70
60
50
40
30
20
10
y = 1,15x - 0,5
0
R² = 0,9974
0 10 20 30 40 50 60
Concentração mg/L
Gráfico do K+
50
40
30
20
10
y = 0,89x + 2,9
0 R² = 0,9986
0 10 20 30 40 50 60
Concentração mg/L
Gráfico do K+
50
40
30
20
10 y = 0,89x + 2,9
R² = 0,9986
0
0 10 20 30 40 50 60
Concentração mg/L
5. Conclusões
A partir da realização deste experimento foi possível verificar que a técnica
de espectroscopia de emissão de chama foi executada de forma bem sucedida
e mostra-se útil na determinação de espécies metálicas tais como o sódio e o
potássio em uma amostra desconhecida de isotônico comercial, a partir da
construção de curvas de calibração e do método de regressão linear. É
necessário, entretanto, para se obter resultados mais confiáveis, a determinação
de espécies metálicas a partir de amostras preparadas em triplicata ou até
mesmo mais análises. Os resultados obtidos estão condizentes com os valores
esperados, uma vez que ocorreram pequenos desvios em relação aos valores
reais.
6. Referências Bibliográficas
[1] SILVA, S. G.; RICHTER, E. M. Análise Instrumental Experimental,
Roteiro de Atividades Práticas. p. Uberlândia.