O museu é uma instituição que busca conservar e manter em bom
estado registros históricos que mostram a trajetória da humanidade e trazem interesse social, artístico ou histórico para uma sociedade, e também é o local de memória, porque é através dos patrimônios culturais que os museus transmitem a memória.
No âmbito do conhecimento as atenções não se voltam apenas para a
preservação, mas também para fazer do patrimônio, material ou imaterial, e da memória social uma fonte de experiência sobre o passado e o mundo para a atual sociedade. Portanto é importante mostrar as relações de passado- presente, como o passado influencia no presente, compreender o objeto e toda a cultura que ele apresenta, proporcionando uma analise critica para que possa ter uma produção de conhecimento. Como fonte de aprendizado, o museu tem uma relação próxima com instituições educacionais, das quais podem retirar muita experiência, história e cultura a partir de exposições.
O museu pode agregar ao homem informações e conhecimento
necessário para que ele viva em um ambiente social, em uma civilização, porque é a partir da memória que chegamos ao presente, a sociedade se tornou o que é hoje, as formas de convívio entre pessoas e a si mesmo. O museu é um local de memória, porque além de preservar os patrimônios para culturas futuras para que assim eles não caiam no esquecimento e na obsolescência, ele expõe de forma que possamos ter uma experiência sensível e assim através da memória, o homem pode reconhecer o passado, aprender com os erros de antigas gerações, fazer criticas sobre, e questionar a si e sua atual realidade.
Questão 2
O texto apresentado no seminário reflete sobre as relações entre a
história e mídia, como as evoluções na comunicação e na mídia influenciaram o sentido histórico, a memória e o passado. Sua interferência se da na acelerada produção de eventos, para mídia o passado é o suporte vivo para o presente, que seria o tempo de fazer história.
O filosofo Friedrich Nietzsche, apresentado no texto, adverte sobre os
riscos de excesso do passado no presente, para ele a sociedade vive em um abundante e sempre novo de conhecimento histórico, fazendo com que todas as informações se aglomerassem, levando assim ao homem carregar toda a história e fontes de saber.
Musealização foi o termo dado por Herman Lubbe para evidenciar o
paradoxo criado entre a grande proliferação de museus e uma época onde o medo da obsolescência é grande. Com os avanços tecnológicos tudo se transforma em registro muito mais fácil, quando uma grande historia cabe em um chip com uma capacidade de armazenamento, um novo produto substitui, fazendo as lembranças obsoletas.
Portanto é uma época com grande lembrança e esquecimento, a
memória, e de outro lado a velocidade com que coisas novas são criadas e substituídas por descobertas em questão de meses trás a necessidade de historias, cidades e experiências estarem atendendo a uma perspectiva de novidade. Então o estado e grandes organizações investem nas construções de museus, que devem guardar preservar e expor as memórias, e também oferecer uma substancia nova.
Com o século XX temos a produção desenfreada de informações, o que
mudou a perspectiva que as pessoas tinham sobre o real. A produção de conhecimento causada pelos recursos da mídia alterou as relações do homem com o espaço e tempo. Refletindo sobre a citação de Hobsbawn feita no texto, temos dois lados: um é o acontecimento, o Hitler ao poder, que seria a noticia, e o outro é a experiência e vivencia do próprio historiador em tal momento, proporcionado pela mídia (manchete de um jornal), sendo a memória.
Nesse momento temos também a abundancia de registros, onde não
historiadores, como jornalistas, sociólogos, advogados, procuram uma produção de fontes e história. Isso é influenciado pela mídia, que esta sempre em busca de novos acontecimentos e informações, fazendo o presente se tornar algo imediato, onde qualquer pessoa fica sabendo de um noticia em questão de minutos apenas por televisões ou internet. Mas tanta mídia tem suas conseqüências, gerou uma população consumidora de uma produção simbólica, um publico a ser atingido do qual grupos lutavam pelo controle de informações.
Portanto nos encontramos em um universo onde as produções
midiáticas alteram nossas noções de tempo e espaço, quando uma noticia chega a nossas mãos em minutos, e também com as produções de novidades e a quantidade de registros, temos alterações nas relações com o passado, a memória e o esquecimento.