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Agricultura de Precisão
na Colheita de Grãos
A Agricultura de Precisão é composta por uma série de técnicas que podem ser empregadas em
todas as etapas do processo produtivo de grãos. Mesmo com tantas técnicas disponíveis, ainda
assim alguns pesquisadores apontam que é somente a partir da colheita que se podem realizar
trabalhos com alto nível tecnológico. O que você acha disso?
Conjunto
Os mapas de produtividade elaborados em tempo real, em geral, são finalizados após os dados
serem armazenados no monitor de colheita durante o deslocamento da colhedora, e processa-
dos por softwares específicos.
Para a coleta desses dados, a colhedora deve ser equipada com sensores devidamente regula-
dos e calibrados, visando realizar o monitoramento de todos os mecanismos que a compõem.
Mas por que isso é importante?
As colhedoras de grãos são máquinas complexas e que funcionam com grande sincronia entre
suas partes constituintes. Dentre os mecanismos da colhedora, destacam-se os de:
• corte;
• alimentação;
• trilha;
• separação;
• limpeza.
Trilhagem
Uma propriedade que busca um bom padrão de qualidade tanto nos seus produtos quanto nos
serviços deve seguir normas regulamentadoras específicas, por exemplo, a Norma Regulamen-
tadora 31 (NR 31), que estabelece critérios de segurança no meio rural.
Pois bem, a partir de agora, você vai começar a construir conhecimentos sobre os seguintes
conteúdos:
• Eficiência das colhedoras de campo e como elas podem reduzir perdas durante a colheita.
Agricultura de Precisão
na Colheita de Grãos
» Módulo 1: Mapas de variabilidade na
colheita de grãos
Atenção! Sempre que finalizar a leitura do conteúdo de um módulo, você deve retornar ao Am-
biente de Estudos para realizar a atividade de aprendizagem.
Grandes avanços podem ser observados desde o tempo em que as colheitas eram feitas ma-
nualmente, passando pelo surgimento das primeiras colhedoras, até o desenvolvimento das
colhedoras atuais (com maior eficiência, maior conforto e com várias tecnologias embarcadas).
É com essas tecnologias que gerenciamos hoje todos os passos da colheita. Mas como isso é feito?
A operação de colheita tornou-se mais fácil, pois, além do maior conforto proporcionado ao
trabalhador, através de sensores e controladores é possível visualizar as passadas da máquina
e através dos dados gerados pelos sensores instalados na máquina podem-se acompanhar as
informações da colheita.
Portanto, espera-se que ao final desta aula você possa reconhecer a importância dos mapas de
produtividade para a análise da produção de grãos.
Tópico 1
Conceito de mapa de produtividade
Talhão
Esses parâmetros são expressos em kg ha-1 ou t ha-1 e são gerados pela localização na área de-
terminada pelo receptor GPS. Além disso, têm-se também as informações disponibilizadas pelos
sensores instalados nas colhedoras, por exemplo, os sensores de produtividade e de umidade,
que são gravadas e apresentadas na forma de mapas. Como se pode ver, o mapa da produtivida-
de é a informação mais completa para se visualizar a variabilidade espacial das lavouras.
Os dados gerados durante a colheita não poderão ser utilizados para análi-
se e tomada de decisão tentando corrigir um problema ainda no atual ciclo
da cultura. Porém, contêm informações imprescindíveis para interpre-
tação e tomada de decisões futuras, visando melhorar o desempenho das
próximas culturas na mesma área, utilizando as técnicas de agricultura de
precisão.
Tópico 2
Importância dos mapas de produtividade
Os mapas de produtividade são de grande importância porque mostram qual abordagem se-
ria mais correta para definir a recomendação de adubação do ciclo seguinte, além de informar
também a variabilidade das lavouras. Esta abordagem leva em consideração a produtividade da
cultura anterior para fazer a reposição dos nutrientes extraídos.
Isso significa que a amostragem georreferenciada não é suficiente. É necessária uma estratégia
que possibilite a construção de um consistente conjunto de dados, na qual a solução mais
acertada deverá considerar também a variabilidade da produtividade da lavoura, além do con-
teúdo de nutrientes no solo. Para entender como esta análise funciona, acompanhe os possíveis
motivos que justificam a baixa produtividade no talhão. Eles podem ser divididos entre aqueles
que persistem de um ano para o outro, ou seja, se perpetuam se não forem corrigidos, e aqueles
que são pontuais, ou seja, não persistem de um ano para outro.
Georreferenciada
Lembrando que a identificação dos fatores responsáveis por limitar a produtividade em deter-
minadas áreas e a investigação para se determinar uma forma de manejo ideal são alguns dos
principais desafios dos mapas de produtividade.
É preciso atenção especial para identificar os fatores limitantes da produção, bem como a viabili-
dade da correção para os próximos ciclos. Portanto, a análise do mapa de variabilidade espacial
da produtividade torna-se uma importante ferramenta para a análise de dados e planejamento
da próxima safra.
Saiba Mais
Aula 2
Formas de coleta de dados para elaboração do mapa de
produtividade
Na aula anterior, você viu como a elaboração de mapas de produtividade de uma lavoura é uma
prática básica no sistema de agricultura de precisão. A partir do mapa gerado, é possível analisar
as informações e realizar o planejamento das próximas safras. Em colhedoras de grãos equipa-
das, a coleta dos dados de produtividade é feita de forma automatizada, porém é preciso ficar
atento, pois ainda assim podem ocorrer alguns erros de leitura intrínsecos à operação.
Desta forma, alguns cuidados devem ser tomados na coleta e no tratamento dos dados, para
gerar mapas de alta confiabilidade.
Dessa forma, espera-se que ao final desta aula você esteja apto a:
As colhedoras equipadas com tecnologia para a agricultura de precisão podem realizar a pe-
sagem dos grãos colhidos de diversas formas, a depender do tipo de equipamento utilizado,
conforme veremos a seguir:
Fonte: <http://www.agleader.com/
products/yield-monitoring/>.
Saiba Mais
Essas informações organizadas podem ser armazenadas em cartões de memória ou, ainda,
transmitidas por redes de comunicação sem fio. Muitas fazendas hoje já dispõem destas
redes, que transmitem dados em tempo real, de forma que o produtor acompanhe o anda-
mento e os dados da colheita por meio de computador, celular ou qualquer aparelho com
acesso à internet.
Tópico 2
Mapa de produtividade e amostragem
A área de cada amostra é definida pela largura da plataforma da colhedora e pelo comprimento
da distância percorrida pela máquina durante um período de tempo predeterminado, entre uma
medição e outra (normalmente de um a três segundos).
Em uma área de 1 hectare podem ser coletadas até mil amostras ou mais, dependendo da fre-
quência das medições. A posição do ponto é obtida por meio de um receptor de GPS que dá os
posicionamentos corretos da latitude e da longitude da máquina. Os dados do mapa são ins-
A montagem do mapa reflete o gráfico que contém cada um dos pontos amostrais num plano
cartesiano, em que o eixo “x” é a longitude, e o eixo “y” é a latitude.
y
6
B (6,5)
5
4
A (-5,3)
3
2
1
-6 -5 -4 -3 -2 -1 D (0,0)
X
1 2 3 4 5 6
-1
-2
-3
C (4,5;-3,5)
-4
-5
-6
Cartesiano
Fonte: <http://precisaoap.com.br/?menu=-
servicos&id=3#!prettyPhoto>.
Fonte: <http://precisaoap.com.br/?menu=servicos&i-
d=3#!prettyPhoto>.
Uma boa forma de minimizar erros é manter a velocidade de deslocamento constante e dentro
dos limites estabelecidos para a operação. Além disso, a colhedora, bem como seus equipa-
mentos e sensores, devem ser regulados e calibrados periodicamente, com base nas funções
elementares do equipamento. Veja a seguir quais são essas funções:
• rotação do molinete;
• velocidade de deslocamento;
Tópico 3
Amostragem e confiabilidade de dados
A densidade amostral na colheita proporciona uma quantidade de amostras muito grande, muito
maior do que aquela coletada em sistemas de amostragem de solo, o que proporciona grande
confiabilidade aos dados coletados.
Porém, essas informações devem passar por algum tipo de tratamento antes da interpretação
do mapa para tomada de decisão. Os limites do sistema e no processamento automático dos
dados podem gerar erros, que não devem ser motivo para descrédito, apenas para precaução.
Além disso, a manipulação de alguns parâmetros é bem-vinda para uma melhor visualização e
confiabilidade do mapa. Sendo assim, podem-se ter dois cenários:
Basicamente, leituras com dados de produtividade nulos ou com valores excessivamente altos
são descartados através de um filtro do programa. Os demais dados são analisados através de
uma série de comparações entre dados vizinhos para interpolá-los gerando um mapa confiável.
Após o tratamento dos dados brutos obtidos durante a colheita, estes podem ser submetidos
a análises estatísticas em softwares específicos para a geração de informações mais confiáveis.
Geoestatística
Krigagem
Os dados gerados são gravados em uma memória externa ou transferidos em tempo real para
um computador, podendo ser coletados em intervalos de um a três segundos, gerando boa
densidade amostral. Alguns erros na coleta dos dados podem ser gerados durante a colheita,
especialmente devido ao fluxo dos grãos no interior da máquina nas cabeceiras dos talhões, à
variação na velocidade de deslocamento da máquina, à falta de interrupção de leitura durante as
manobras, ao erro na determinação da largura da plataforma, à falta de conhecimento do opera-
dor, entre outros. Desta forma, alguns programas de geração de mapas ou softwares específicos
devem ser utilizados para corrigir os erros e gerar mapas mais confiáveis para análise e tomada
de decisões.
Aula 3
Interpretação dos mapas de produtividade
Nas aulas anteriores você estudou que a elaboração de mapas de produtividade confiáveis re-
presenta a base do sistema de agricultura de precisão. A interpretação dos resultados e dos
fatores que interferem na produtividade, por sua vez, permite o melhor e mais eficiente plane-
jamento dos próximos cultivos. Mas para que isso ocorra, é necessário conhecimento técnico
dos profissionais para interpretar os dados dos mapas. Somente assim será possível elaborar as
recomendações técnicas e tomar as decisões mais acertadas.
Para auxiliar na análise dos mapas de produtividade, os dados podem ser apresentados de ou-
tras formas, como em um histograma ou tabela. Acompanhe!
3000
2500
Número de observações
2000
1500
1000
500
0
2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 11000
Produtividade (Kg/ha)
Nestas representações gráficas, também podem ser observados alguns dados estatísticos
referentes à produtividade da área, tais como produtividades máxima, média e mínima e
coeficiente de variação. Desta forma, é possível analisar o nível de variabilidade da produti-
vidade no talhão e a produtividade potencial, dentro das condições edafoclimáticas da área.
As isolinhas de baixa produtividade são indicativas de áreas com algum fator limitante para a
produção. Estes fatores podem ser:
Isolinhas
Os fatores de menor persistência podem ter-se estabelecido somente na última safra, podendo
não se manifestar novamente na mesma área nas safras futuras. Confira alguns exemplos:
40 0 40 80 120
Meters
Margem bruta R$/ha
Numa análise mais ampla, é possível gerar
um mapa da variabilidade espacial da mar- -350 - -150
gem bruta na área cultivada. Isso é possível -150 - 0
através da gestão dos custos de produção, 0 - 150
40 0 40 80 120
0-4
4-8
8 - 12
12 - 16
16 - 20
20 - 24
200 0 200 0 200 0 200 Sem dados
• textura do solo;
Neste caso, será necessária uma amostragem de solo com maior densidade na área que apre-
sentou baixa produtividade. Assim, podem-se identificar os fatores responsáveis por tal situação.
Neste caso, o mapa de produtividade serve como uma orientação para lidar com áreas-problema,
que devem receber determinado manejo para aumentar a produtividade a médio/longo prazo.
Saiba Mais
Recapitulando
Os dados de produtividade da área devem ser tratados para elaboração de um mapa de pro-
dutividade confiável. Este mapa é apresentado na forma de isolinhas, em que cada isolinha é
representada por uma cor, e compreende determinado intervalo de valores de produtividade.
As áreas identificadas com baixa produtividade podem ter sido afetadas por fatores negativos
pouco persistentes na área, prejudicando apenas a safra em questão, ou muito persistentes,
afetando a produtividade de consecutivos cultivos, sofrendo pouco ou nenhuma alteração no
decorrer do tempo.
Neste último caso é necessária uma amostragem de solo detalhada destas áreas a fim de identi-
ficar o problema e traçar estratégias de manejo para aumento da produtividade. Caso o proble-
ma não tenha uma solução pode-se, em último caso, deixar de plantar em determinada área. A
tomada de decisão é mais confiável quando se analisam diferentes mapas de variabilidade em
conjunto com o mapa de produtividade.
Atividade de aprendizagem
Você chegou ao final do Módulo 1 do Curso Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos.
A seguir, você realizará algumas atividades relacionadas ao conteúdo estudado neste módulo.
Lembre-se que as repostas devem ser registradas no Ambiente de Estudos, onde você também
terá um feedback, ou seja, uma explicação para cada questão.
1. Sobre a importância dos mapas de produtividade das lavouras, analise as seguintes afirma-
ções e marque a alternativa correta.
b) Com maior atenção do operador, a coleta de dados de produtividade pode ser realizada
sem apresentar erros.
c) A gravação dos dados é feita no monitor através de um mapa de colheita, e só pode ser
visualizado no próprio monitor ou através de impressão.
Você sabe dizer quais são as atividades realizadas por uma colhedora? Pois bem, as colhedoras
são máquinas responsáveis por:
• cortar;
• realizar a limpeza;
Característica Morfológica
Lembre-se de que para os momentos em que você não pode estar conectado à internet, dis-
ponibilizamos um arquivo com o conteúdo deste módulo. Mas atenção: você deve retornar ao
Ambiente de Estudos para realizar as atividades.
• rápida retirada do produto a ser colhido do campo, evitando que ele fique exposto ao ataque
de pragas, doenças, plantas daninhas e intempéries, o que certamente reduziria a qualidade
dos grãos colhidos;
• liberação da área mais cedo para início de uma nova lavoura, permitindo o estabelecimento
de mais safras na mesma área por ano;
• rapidez na comercialização do produto final, o que assegura retorno financeiro mais rápido
para o produtor;
• menor custo de produção, uma vez que, comparativamente à colheita manual, a colheita me-
canizada possui uma eficiência muito superior, garantindo menor custo por hectare colhido.
Tópico 1
Funcionamento de uma colhedora
A colheita mecanizada de grãos deve ser realizada adotando-se critérios técnicos para evitar
perdas e prejuízos ao produtor. Estima-se que para a colheita de grãos mecanizada, perdas na
faixa de 3 a 5% são aceitáveis. Mas, não raro, essas perdas podem ultrapassar cifras de 20%,
considerando-se apenas a operação realizada no campo.
Navegue pelo infográfico para explorar algumas partes da colhedora, e veja, nas abas logo
abaixo, detalhes sobre o funcionamento da máquina e também sobre sensores específicos
para cada função.
Fonte: <http://www.agrolink.com.br/sementes/TecnologiaSementes/Colheita.aspx>.
Plataformas utilizadas para colher soja, ar- Já as plataformas utilizadas para colher
roz e trigo, por exemplo, são dotadas de milho possuem um rolo espigador e uma
uma barra de corte que trabalha rente ao placa de bloqueio que operam em conjunto
solo, e de um molinete. para separar a espiga do corpo da planta.
Uma questão muito importante a ser observada quanto às plataformas de corte é a altura em
que elas cortam a planta, principalmente para culturas mais baixas, como a soja e o feijão.
Nesse caso, o uso de sensores adquire ainda mais importância porque possibilita também
monitorar as irregularidades que podem existir no solo, mantendo sempre a mesma distân-
cia para o corte das plantas. Uma variação na distância pode resultar em perdas se a plata-
forma cortar a planta em uma altura superior ao ponto de inserção da primeira vagem nas
lavouras de soja e de feijão.
Outra importante informação que deve ser obtida na plataforma de corte é a sua largura de
ataque, com a qual, juntamente com informações obtidas por sensores de velocidade, pode-
-se determinar uma distância percorrida e, assim, calcular a área colhida pela colhedora. A
área colhida será empregada posteriormente para cálculo da produtividade.
Dois fatores são fundamentais para o bom funcionamento do mecanismo de trilha: a veloci-
dade de rotação do cilindro e a abertura entre o cilindro e o côncavo.
A rotação deve ser ajustada de acordo com a umidade dos grãos no momento da colheita.
Grãos mais úmidos requerem maiores rotações para serem trilhados. Se a velocidade do ci-
lindro não for adequada para o grau de umidade em que os grãos se encontram, há perda de
grãos da lavoura. Nesse contexto, os sensores podem ser muito úteis para monitorar a umi-
dade dos grãos na trilha, e realizar o ajuste automático da rotação do cilindro. Eles podem ser
instalados no mecanismo de alimentação ou próximos à plataforma de corte.
Separação/elevador de grãos
As colhedoras de grãos podem ter um tan- No tubo de elevação dos grãos limpos, as
que graneleiro próprio ou descarregar a colhedoras mais sofisticadas possuem um
produção simultaneamente em um veícu- importante sensor que é responsável pelo
lo-tanque que se locomove paralelamente. monitoramento da quantidade de mas-
sa de grãos que passa por ali. Essa infor-
mação é associada à informação da área
colhida, assim, pode-se calcular a produti-
vidade (kg ha-1) do local por onde a colhe-
dora se deslocou. Ao final, é possível gerar
um mapa de variabilidade da produtivida-
de da lavoura.
Fonte: <http://titanoutletstore.com/worldwide-
-crop-yields-where-does-the-u-s-rank/>.
Umidade
Sensores
Que tal visualizar uma animação com o funcionamento dos mecanismos internos de uma
colhedora de grãos? Dividimos por marca e modelo para você conhecer diferentes opções
de colhedora.
Massey Ferguson:
https://www.youtube.com/watch?v=RMU0goBWRjY ou <https://goo.gl/Jokuvk>.
Portanto, as colhedoras dotadas de sensores para monitoramento dos seus mecanismos possi-
bilitam reduzir consideravelmente as perdas observadas nas colhedoras convencionais.
Os sensores são conectados a um monitor que apresenta ao operador todos os dados coleta-
dos, permitindo a tomada de decisão sobre ajustes necessários em outras partes da máquina.
Em sistemas mais sofisticados, esses ajustes são realizados automaticamente sem a intervenção
do operador.
Recapitulando
As colhedoras de grãos são constituídas por mecanismos complexos que atuam de forma sin-
cronizada. Os principais mecanismos existentes nelas são: mecanismo de corte, de alimentação,
de trilha, de separação e limpeza. O mecanismo de corte é formado por plataformas intercam-
biáveis que podem ser dotadas de sensores para monitorar a altura de corte e evitar as perdas.
O mecanismo de trilha é a parte mais importante da colhedora e necessita ser ajustado quanto
à velocidade de rotação e à abertura entre o cilindro e o côncavo. Essas informações podem ser
obtidas por sensores de umidade dos grãos e enviadas para ajustes do mecanismo de trilha. O
mecanismo de separação e limpeza pode ser dotado de sensores para monitoramento das per-
das e consequente ajuste nos demais mecanismos.
De modo geral, apesar de existirem diversos sensores nas colhedoras, eles são utilizados para
monitorar a produtividade e evitar perdas, devendo ser ajustados para apresentarem dados con-
fiáveis.
Portanto, ao final desta aula, espera-se que você tenha alcançado os seguintes objetivos:
• identificar as formas de utilização dos sensores nas diferentes partes constituintes das colhe-
doras de grãos.
De todo modo, o mercado também oferece diversos recursos que podem ser adaptados a colhe-
doras convencionais.
Como já dito, é muito importante ressaltar a necessidade de a colhedora apresentar bom es-
tado de conservação para não comprometer o funcionamento geral de todo o sistema de
monitoramento.
Atualmente, tem-se observado que alguns produtores, empolgados com os diversos disposi-
tivos ofertados pela Agricultura de Precisão, realizam certas adaptações em suas máquinas e
acabam por comprometer seriamente a qualidade da operação. Para que isso não ocorra, toda
adaptação deve ser acompanhada por um técnico qualificado e experiente.
A seguir serão descritas algumas características dos principais sensores utilizados nas colhedo-
ras de grãos.
Monitor de colheita
Seletor de
largura da
Sensor plataforma
de umidade
Sensor de
levante de
plataforma
Sensor
de velocidade
Sensor de
fluxo de massa
Sensor de
inclinação
(inclinômetro)
Tópico 2
Sensor de altura da plataforma de corte
Os sensores de altura têm a finalidade de copiar a superfície do solo, evitar impactos devidos aos
desníveis no terreno e proporcionar o corte da planta sempre a uma mesma altura. Eles podem
ser constituídos por sensores remotos que emitem sinais ultrassônicos em direção ao solo e, ao
receberem novamente essas ondas, detectam a variação na superfície do terreno e enviam uma
mensagem para os cilindros hidráulicos suspenderem ou abaixarem a plataforma.
Outros tipos de sensores são utilizados diretamente em hastes que tocam e acompanham a su-
perfície do solo, fazendo um registro por contato direto.
Dessa forma, é importante que o equipamento, além de copiar a superfície do solo e ajustar a
altura em relação ao ponto de corte da planta, ajuste simultaneamente também a distância entre
o molinete e a barra de corte.
Saiba Mais
Os ajustes da barra de corte podem ser visualizados facilmente no comercial da parceria en-
tre as empresas GTS do Brasil e MacDon. Assista ao vídeo da plataforma colhedora FlexDra-
per: <https://www.youtube.com/watch?v=QS74KBxiA64> ou <https://goo.gl/hKT9AM>.
Tópico 3
Sensores de detecção de metais e de velocidade
Os detectores de metais são importantes para a detecção de objetos metálicos que eventual-
mente sejam coletados pela plataforma de corte e passem pelo mecanismo de alimentação.
Caso esses objetos cheguem até o mecanismo de trilha, eles podem causar grandes estragos no
cilindro, no côncavo e no batedor, resultando em grandes prejuízos financeiros e em perda de
tempo na operação de colheita com a manutenção da máquina.
Saiba Mais
Quando um objeto metálico passa entre o sensor e o imã, um sinal é enviado para um so-
lenoide que libera uma mola e trava o mecanismo de alimentação. Em geral, o intervalo de
tempo entre a detecção e o travamento dura menos de um segundo, evitando que o metal
entre na máquina.
Acurácia
Fonte: <http://www.dickey-john.com/product/radar-ii/>.
Tópico 4
Sensores para medição do fluxo de grãos e do elevador
Os sensores para monitoramento do fluxo de grãos também são conhecidos como sensores
de produtividade pelo fato de monitorarem a massa de grãos que passa pelo elevador de cane-
cos. Eles podem ser de diferentes tipos, entretanto, a maioria é montada na trajetória do fluxo
de grãos limpos, sendo o local mais comum o topo do elevador das canecas de grãos limpos.
Os sensores de impacto podem ser divididos em dois tipos: aqueles que medem a força
com um potenciômetro, e os que medem forças com células de cargas ou balanças. Assista
aos vídeos da New Holland e conheça o funcionamento de sensores de impacto e tipo ba-
lança ou célula de carga.
Já os sensores de velocidade do
elevador de grãos são utilizados
nas colhedoras que monitoram a
produtividade com sensores tipo placa
de impacto. Eles têm a finalidade
de apresentar informações sobre
a movimentação do elevador para
corrigir o sinal da produtividade.
Os sensores utilizados para monitorar a inclinação do terreno são importantes para evitar
maiores erros no monitoramento da quantidade de grãos colhidos. Também proporcionam uma
compensação da movimentação que ocorre no fluxo de massa no interior da colhedora em fun-
ção dos desníveis do terreno. Nesse caso, eles ajustam a velocidade do ventilador de acordo
com o ângulo de inclinação do terreno, compensando a força necessária para separar o grão da
palha.
Quando os grãos são armazenados no tanque graneleiro, câmeras de vídeos podem auxiliar o
operador no monitoramento da quantidade de produto armazenado. Essa informação também
pode ser apresentada na forma de uma barra de luzes no monitor de colheita.
Saiba Mais
No link a seguir você poderá visualizar uma animação de atuação do sensor de inclinação
de uma máquina New Holland.
<https://www.youtube.com/watch?v=MVxb-L_OH4Y> ou <https://goo.gl/VcDu3l>.
A presença de menores teores de umidade faz com que os grãos sejam mais facilmente trilha-
dos, podendo-se reduzir a rotação do cilindro. Esse ajuste é muito importante para proporcionar
uma boa trilhagem do material e evitar a quebra dos grãos.
Quanto aos sensores de perdas, eles são instalados na parte mais alta das peneiras superiores
do mecanismo de separação e limpeza, e permitem ao operador avaliar a necessidade de ajustes
em algum dos mecanismos da colhedora. Eles emitem ondas eletromagnéticas em direção à
palhada, possibilitando detectar a presença eventual de grãos.
+
-
Saiba Mais
Fonte: <http://www.teejet.com/media/7d56f571-75e3-4dba-b857-fb0764319b05-144_CAT50_PORT_LR.pdf>.
No site da Kafmotores você encontra um simulador de monitoramento de perdas em uma
colhedora de grãos. Acesse!
<http://kafmonitores.com.br/index.php?link=simulador> ou <http://goo.gl/MP2TmD>.
Já no site da Lohr você encontrará uma série de tipos de sensores utilizados em colhedoras
e também em outras aplicações na agricultura. Confira!
<http://www.lohr.com.br/index.php?link=produtos&idFamilia=19&idAplicacao=Agr%ED-
cola> ou <http://goo.gl/NvZyYt>.
Aula 3
Configurações dos sensores utilizados nas colhedoras de grãos
A configuração dos sensores utilizados nas colhedoras deve ser feita com base em critérios téc-
nicos relacionados aos conhecimentos agronômicos sobre a cultura e sobre o próprio monitor
de colheita.
É através do monitor que são realizadas todas as ações para ajustes dos sensores, e cada fabri-
cante estabelece uma rotina de procedimentos distinta. Desta forma, o operador deve ler aten-
tamente o manual e solicitar treinamento adequado para uso correto do equipamento.
Tópico 1
Importância da configuração
Como temos visto ao longo das aulas, as colhedoras de grãos têm um papel muito relevante para o
ciclo da Agricultura de Precisão, pois verificam a variabilidade da produtividade das lavouras. Des-
sa forma, de posse das manchas de maiores e menores produções na área, é possível tomar uma
Em alguns casos, os produtores iniciam o processo de Agricultura de Precisão pelo mapa de va-
riabilidade da produtividade, que é indicativo da variabilidade da fertilidade da área, auxiliando
no planejamento dos pontos de amostragem do solo.
Assim, é possível reduzir gastos pela otimização no uso dos recursos de produção, uma vez que
áreas mais férteis e mais produtivas receberão menos insumos, que serão destinados àquelas
áreas com menor fertilidade.
Por ser uma máquina complexa e de funcionamento dinâmico, a possibilidade do uso de siste-
mas de sensoriamento nos mecanismos da colhedora é grande.
Relembrando
Em geral, as informações coletadas pelos sensores mais sofisticados são confiáveis quando con-
figurados corretamente. Entretanto, o processo de utilização dessa informação passa pela apre-
sentação visual dos dados, que pode ser ajustada para diferentes formas de apresentação, sejam
elas mapas ou gráficos.
Para configurar adequadamente os sensores, deve-se ter conhecimento agronômico para com-
preender os dados apresentados, além de ter o domínio dos procedimentos requeridos pelo
O monitor é uma central localizada na cabine que “entende” as informações geradas pelos
sensores, e permite controlar todas as ações necessárias para o correto funcionamento dos
mecanismos que compõem a colhedora. É através dele que se realiza a configuração de to-
dos os sensores da máquina.
Tópico 2
Configuração de tempo de retardo
Tempo de retardo
Esse dado deve ser inserido no monitor de colheita de modo que o registro inicial de dados se
inicie apenas após o tempo de retardo. Esse procedimento tem por finalidade evitar registros de
produtividade errôneos, pois quando a colhedora começa a colher, o fluxo de grãos que passa
pelo sensor ainda não se estabilizou. Esperar determinado intervalo de tempo até a estabili-
zação é necessário porque o fluxo precisa fazer todo o percurso da plataforma de corte até o
elevador de canecos, local onde o sensor está instalado. Caso contrário, pode gerar muitas dis-
crepâncias nos valores gerais da área.
Discrepâncias
Diferenças, erros.
Velocidade de trabalho
Lavouras com maior produtividade e mais uniformes têm menor tempo de retardo em rela-
ção àquelas com menor produtividade e desuniformes. Em geral, as colhedoras necessitam
se deslocar a uma distância de 20 a 40 m para estabilizar o fluxo de grãos limpos colhidos,
sendo que o tempo de retardo pode variar de 20 a 30 segundos.
Durante a operação, é importante o operador estar atento a possíveis fatores que podem inter-
ferir nos dados coletados, como:
• tocos;
• formigueiros;
• falhas no plantio;
• buracos etc.
Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » 32
Essas informações devem ser inseridas na tela do monitor, e o local precisa ser georreferen-
ciado, visando a uma análise mais detalhada das manchas de produtividade encontradas nos
mapas de variabilidade.
Saiba Mais
Vale destacar que não existe uma rotina de procedimentos padronizados para configurar os
monitores de colheita. Essa rotina dependerá do modelo e do fabricante do equipamento,
por isso, é muito importante realizar uma leitura atenta do manual e sempre solicitar uma
entrega técnica do revendedor. Nessa entrega, serão explicados, no local onde o equipa-
mento será utilizado, todos os detalhes e especificações sobre o funcionamento do monitor.
A seguir, estão descritos os principais procedimentos e informações que devem ser inseridas nos
monitores de colheita visando à configuração do sistema de monitoramento durante o processo
de colheita.
Tópico 3
Exemplo prático de configuração
Nesta aula, tomaremos como exemplo o monitor de colheita Harvest Doc GreenStar fabricado
pela John Deere.
Tracking A
Harvest Doc B
KeyCard C
Antena StarFire D
Mon. rendimento E
Config. do sistema F
¨ para usar
Aperte n
G
o monitor
1 2 3 PAGE
4 5 6 SETUP
7 8 9 INFO
. 0 CLR
RUN
Fonte: <https://stellarsupport.deere.com/pt_BR/Support/pdf/ompc20513_54_mapa_de_produtividade.pdf>.
Rastreio (Tracking)
Essa opção está relacionada ao monitoramento da máquina de acordo com o seu deslocamento,
e necessita de programação específica para o tipo de cartão de memória utilizado.
Harvest Doc
Apresentação dos dados da colheita. Permite ajustar configurações da plataforma, de rendimen-
to e umidade.
A partir daqui detalharemos as funcionalidades do monitor de colheita.
Keycard
Trata da configuração do software do cartão utilizado.
Antena StarFire
Trata da configuração de comunicação com a antena de receptores de sinais GNSS.
Configuração do sistema
Permite que o usuário realize a configuração da apresentação das informações na tela, por exem-
plo, é possível selecionar o código do país, o idioma, a unidade de medida (inglesa ou métrica), a
data, a hora e o formato numérico desejado pelo operador. Cada uma dessas configurações pode
ser ajustada em grupo (utilizando o código do país) ou individualmente.
Umidade
E tipo de operação e largura da plataforma. O monitor Harvest
Alt. Parada Armaz. Doc GreenStar permite que o operador configure os seguintes
F
itens: cliente, fazenda, campo, tarefa, operação, operador, má-
Salv.
50.0%
1 2 3 PAGE
4 5 6 SETUP
7 8 9 INFO
. 0 CLR
RUN
Fonte: <https://stellarsupport.deere.com/pt_BR/Support/pdf/ompc20513_54_mapa_de_produtividade.pdf>.
Novo Limite F
SETUP >> HARVEST DOC.
SETUP
Setup G
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4 5 6 SETUP
7 8 9 INFO
. 0 CLR
RUN
Fonte: <https://stellarsupport.deere.com/pt_BR/Support/pdf/ompc20513_54_mapa_de_produtividade.pdf>
4 5 6 SETUP
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. 0 CLR
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Fonte: <https://stellarsupport.deere.com/pt_BR/Support/pdf/ompc20513_54_mapa_de_produtividade.pdf>.
4 5 6 SETUP
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RUN
Fonte: <https://stellarsupport.deere.com/pt_BR/Support/pdf/ompc20513_54_mapa_de_produtividade.pdf>.
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Fonte: <https://stellarsupport.deere.com/pt_BR/Support/pdf/ompc20513_54_mapa_de_produtividade.pdf>.
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RUN
Fonte: <https://stellarsupport.deere.com/pt_BR/Support/pdf/ompc20513_54_mapa_de_produtividade.pdf>.
Recapitulando
Nesta aula, você teve a oportunidade de ver que a configuração dos sensores existentes nas
colhedoras é realizada nos monitores localizados na cabine, e que os sensores devem ser utiliza-
dos por mão de obra qualificada. Dentre as principais configurações a serem realizadas, pode-se
citar: configuração da plataforma de corte, sensor de rendimento ou de produtividade e sensor
de umidade. Deve-se levar em consideração o tempo de retardo para que não se inicie a coleta
de dados antes da estabilização da passagem dos grãos limpos pelo sensor de produtividade. O
procedimento de configuração varia entre os diferentes modelos e fabricantes. Para esclarecer
eventuais dúvidas, deve-se sempre consultar o manual.
a) As colhedoras de cerais são máquinas que realizam a colheita em etapas separadas neces-
sitando entrar na área diversas vezes.
a) Os sensores são instalados nas colhedoras apenas quando elas estão em fase de monta-
gem na fábrica.
c) Os sensores para detecção de metais são instalados na parte mais alta das peneiras supe-
riores do mecanismo de separação e limpeza.
Existem três grupos de manutenção ou cuidados necessários para manter os sensores de uma
colhedora em pleno funcionamento: configuração, regulagem e calibração. Ainda que seja pos-
sível realizar esses procedimentos no mesmo dia, vale a pena estudá-los e compreendê-los se-
paradamente, a fim de obter melhores resultados finais nos ajustes e, portanto, maior confiabi-
lidade das máquinas.
Configuração
Regulagem
Consiste em preparar os sensores para que possam realizar a coleta de dados de acordo
com o funcionamento da máquina e com as características da cultura. Alguns procedimentos
necessários são a limpeza dos equipamentos, o ajuste de posicionamento, a verificação de
cabos, terminais, conectores, da comunicação com o monitor de comando, do funcionamen-
to básico geral etc.
Calibração
Consiste no ajuste do sensor de modo que ele realize medições confiáveis da forma mais
exata possível. Para tanto, deve-se “informar” ao sensor um valor conhecido, para que ele
utilize esse valor como referência. Alguns procedimentos necessários: pesagens, contagem
do número de voltas, deslocamento pela área, medição do tempo de funcionamento etc.
Lembre-se de que para os momentos em que você não pode estar conectado à internet, dis-
ponibilizamos um arquivo com o conteúdo deste módulo. Mas atenção: você deve retornar ao
Ambiente de Estudos para realizar as atividades.
Para tal, além de os sensores estarem em bom estado de uso, toda a máquina deve apresentar
condições satisfatórias de operação. Para fazer a regulagem, o operador deve conhecer o funcio-
namento básico da máquina e realizar todas as ações recomendas pelo fabricante quanto à sua
adequada manutenção. É muito importante que o operador compreenda a importância de cada
ação para que possa desempenhá-la corretamente.
Portanto, o objetivo específico desta aula é que você possa reconhecer os principais procedimen-
tos e a importância de se executar regulagens nos sensores utilizados nas colhedoras de grãos.
Tópico 1
Regulagem das colhedoras
As colhedoras são máquinas compostas por partes muito diferentes entre si e, mesmo assim,
funcionam em grande sincronia. Para que não haja problema de perdas e ou falhas no processo
de trilhagem do material colhido, é essencial que o operador realize regulagens frequentes em
todos os mecanismos da máquina.
Na prática, não se faz distinção entre os termos regular e calibrar. Entretanto, essa distinção
deve fazer parte do bom gerenciamento das propriedades agrícolas, de modo a orientar seus
operadores quanto à sequência de atividades corretas a serem realizadas, visando ao perfeito
funcionamento das máquinas e implementos agrícolas.
A lubrificação é muito importante para reduzir atrito, e para conservar as peças móveis. Porém,
quando se utilizam graxas, deve-se atentar para não deixar excessos nos locais aplicados (so-
bretudo naqueles locais utilizados pelos sensores para obter as informações necessárias para
geração dos sinais elétricos que serão transformados em dados de velocidade).
Um exemplo disso são os locais de atuação dos sensores de pulsos magnéticos, utilizados para
medição da velocidade de trabalho ou do elevador de canecos. Nesse caso, a presença em ex-
cesso de graxa, além de poder danificar o sensor, pode interromper a geração dos pulsos neces-
sários para o funcionamento do sistema.
Uso de estopa
Recomenda-se, sempre que realizar a aplicação de graxas nesses locais, utilizar uma estopa
para remover o excesso. Essa medida também envolve questões de segurança, uma vez que
a graxa poderia se espalhar por pisos de galpões e/ou contaminar o solo da lavoura.
Outro cuidado que deve ser tomado é com relação às limpezas com água. Não se deve dire-
cionar água pressurizada diretamente nos sensores ou componentes eletrônicos e/ou elé-
tricos, rolamentos e vedações hidráulicas e outras peças sensíveis, sob pena de causar mau
funcionamento dos sistemas de monitoramento.
Nas colhedoras mais sofisticadas, além das regulagens básicas, deve-se atentar também para
aquelas mais específicas, como as realizadas nos monitores e sistemas de sensoriamento.
Com relação aos monitores, é importante que sejam verificados alguns pontos durante a regu-
lagem, por exemplo:
Observe agora uma lista de cuidados com o equipamento a fim de promover uma coleta de da-
dos confiável:
Saiba Mais
Atualmente, existem alguns softwares que são capazes de realizar a correção de eventuais
distorções ocorridas durante o procedimento de coleta de dados. Por exemplo, os soft-
wares utilizados para ruídos gerados em sensores submetidos a intensas vibrações, como
alguns sensores de perdas, que são posicionados nas peneiras superiores dos mecanismos
de separação e limpeza, próximos ao picador de palha.
Uma lógica a ser seguida quanto à qualidade da mão de obra empregada nas manutenções das
máquinas agrícolas em geral é que o operador deve compreender a importância de todos os pro-
cedimentos executados, uma vez que cada ação realizada durante a manutenção ou regulagem
tem uma finalidade específica.
De modo geral, pode-se dizer que esses procedimentos visam garantir maior vida útil para a
máquina, evitar paradas devido a quebras, aumentar a eficiência da operação, reduzir o consumo
de combustível e diminuir a possibilidade de ocorrência de acidentes.
Tópico 2
Importância da limpeza
As colhedoras são máquinas passíveis de acúmulo de restos de palhadas e alimentos e, por con-
ta disso, a limpeza é fundamental. Se forem armazenadas com sujeira algumas partes podem
oxidar, o que comprometerá o seu funcionamento. Além disso, podem atrair roedores devido
à presença de restos culturais no interior da máquina. Não raro se verificam situações em que
ocorre rompimento de cabos pelo ataque de roedores em colhedoras de grãos.
Fonte: <http://www.leb.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb432/Colheita%20de%20cereais/Colhedoras%20(regu-
lagem).pdf>.
Outro fato muito observado nas colhedoras que não passam por regulagens com a devida fre-
quência é a ocorrência de incêndios. Conheça alguns motivos que podem iniciar um incêndio:
• atrito gerado em algum componente articulado que gera calor em excesso e faz com que a
palhada da colheita entre em combustão;
De acordo com o intervalo de tempo recomendado pelo fabricante, ou sempre que necessário,
os sensores de rendimento e de umidade devem ser acessados, verificando se há acúmulo de
resíduos de culturas ou lama em suas superfícies. Caso se verifique a presença desses mate-
riais, deve-se realizar a limpeza com uma escova macia ou pano úmido de modo a não danificar
as superfícies responsáveis pela captura das informações durante seu funcionamento. Quando
apresentarem sinais de desgaste, eles devem ser trocados por outros novos.
Alguns sensores utilizados na plataforma de corte possuem hastes móveis que, ao tocarem o
solo, são acionadas mecanicamente e registram o início da coleta dos dados. Nesse caso, esta
haste deve apresentar liberdade de movimento para que não faça leituras erradas e gere infor-
mações imprecisas. É necessário realizar a limpeza e lubrificação das articulações do eixo da
haste para não haver resistência à movimentação normal da haste, retardando o início da coleta
de dados.
Recapitulando
Nesta aula, você pôde ver que os procedimentos recomendados para regulagem dos sensores
utilizados nas colhedoras de grãos envolvem também procedimentos para regulagem e manu-
tenção da colhedora como um todo. Para que todo o sistema funcione adequadamente, deve-se
atentar para os detalhes indicados pelo fabricante, e fazer uma manutenção correta. Atenção
especial deve ser dada para os componentes elétricos e eletrônicos que, em geral, não devem
ser submetidos à água pressurizada e ou à graxa. Recomenda-se, nesse caso utilizar-se spray
antioxidante, pano limpo ou escovas de cerdas macias.
a) A regulagem dos sensores utilizados nas colhedoras deve ser realizada sempre ao final da
jornada de trabalho.
b) Os sensores que controlam a altura da plataforma de corte que possuem hastes devem
ser removidos e trocados a cada dez horas de uso.
c) Os sensores de umidade devem ser lubrificados com graxa específica para apresentarem
funcionamento adequado.
d) Os sensores devem ser regulados de acordo com suas características técnicas e seguindo
Fonte: shutterstock
A calibração dos sensores utilizados nas colhedoras é muito importante para a qualidade dos
dados obtidos visando à elaboração dos mapas de produtividades. Antes da calibração, deve-se
atentar para os procedimentos de regulagens adequados e estudados na aula anterior.
Nesta etapa, são adotadas várias ações visando à comparação entre os dados obtidos pelos
sensores e os resultados que realmente expressam a realidade. Trata-se de procedimentos sim-
ples e que devem ser realizados com frequência. É importante que o operador esteja atento
quanto aos diversos cuidados que devem ser tomados durante essa etapa.
Lembre-se de que para os momentos em que você não pode estar conectado à internet, dis-
ponibilizamos um arquivo com o conteúdo deste módulo. Mas atenção: você deve retornar ao
Ambiente de Estudos para realizar as atividades.
Assim, espera-se que ao final desta aula você seja capaz de identificar e executar as diferentes
formas de calibração de sensores utilizados nas colhedoras de grãos.
Tópico 1
Introdução à calibração
A regulagem, conforme visto na aula passada, é fundamental para que os procedimentos de cali-
bração sejam realizados com sucesso. Um equívoco muito grande que se comete com frequência
é iniciar o processo de calibração sem adotar os procedimentos adequados de regulagem.
Trabalhos científicos mostram que, em uma situação adequada, os sensores geralmente apre-
sentam uma margem de acurácia de 2 a 4% em relação aos valores reais. Entretanto, é muito
comum os sensores apresentarem maiores distorções nas informações geradas.
Considerando-se que eles são instrumentos utilizados para captar uma informação e permitir a rá-
pida tomada de decisão sobre alguma ação a ser realizada, é preciso evitar alterações no seu fun-
cionamento ao longo de algum tempo, pois isso pode representar grandes prejuízos ao produtor.
Seletor de
largura da
Sensor plataforma
de umidade
Sensor de
levante de
plataforma
Sensor
de velocidade
Sensor de
fluxo de massa
Sensor de
inclinação
(inclinômetro)
Os procedimentos a serem adotados visando à calibração dos sensores podem variar de acordo
com as orientações de seus fabricantes. Porém, em geral, alguns desses procedimentos podem
ser semelhantes entre si. Acompanhe, a partir de agora, orientações gerais sobre a calibração de
diferentes sensores.
Tópico 2
Calibração do sensor de produtividade
Após proceder a todas as ações para a regulagem dos sensores e da colhedora, deve-se ve-
rificar, no manual da máquina, o seu peso. Caso a fazenda possua balança adequada, é mais
indicado realizar a pesagem da máquina com o tanque vazio. Outra opção é descarregar os
grãos em uma carreta e proceder à pesagem da carreta.
Passo 2
Passo 3
Passo 4
Em seguida, deve-se pesar a colhedora em balança com capacidade adequada para o seu
peso. Caso a fazenda não possua estrutura adequada para esse fim, podem-se utilizar balan-
ças de cooperativas ou empresas de armazenamento de grãos.
Passo 5
A quantidade de grãos colhidos será representada pela diferença entre o peso da colhedora
com o tanque cheio e o vazio. Esse valor deve ser informado ao painel do monitor de co-
lheita. Nesse momento, o operador pode identificar possíveis erros, caso verifique grandes
distorções no valor encontrado. Isso ocorre mais frequentemente quando não se realiza ade-
quada regulagem do equipamento.
Passo 6
Recomenda-se que essa operação seja realizada mais duas vezes, para obter um valor médio
mais representativo da calibração.
Passo 1
Passo 2
Colhe-se cerca de ¼ do tanque graneleiro e registra-se o valor indicado no local para visuali-
zação da umidade dos grãos colhidos.
Passo 4
Passo 5
Para maior confiabilidade dos dados devem-se realizar medições de umidade de pelo menos
três amostras e considerar a média entre elas.
Passo 6
Passo 1
Com uma trena, mede-se uma distância de 100 m no local onde a colheita será realizada, para
que sejam consideradas as condições de patinagem dos rodados.
Passo 2
Passo 4
O valor encontrado deve ser informado no painel do monitor de colheita. Pode haver dife-
renças entre os modelos de sensores de velocidade quanto às informações que deverão ser
inseridas no painel, podendo ser a velocidade ou o tempo gasto para percorrer a distância
em questão.
Tópico 5
Calibração de outros sensores
Sensor de
levante de
plataforma
A calibração do sensor de altura de corte é importante para que a plataforma faça a leitura
correta do nível do solo. Para realizá-la, a plataforma deve ser apoiada no solo, e a posição
de altura igual a zero deve ser informada no painel do monitor. Em seguida, pode-se inserir
um valor referente à altura de corte no painel para que a plataforma se posicione automati-
camente de modo a realizar o corte das plantas na altura especificada.
Além disso, toda vez que a plataforma se encontrar em uma posição muito acima desse va-
lor, significa que a máquina está manobrando ou em transporte e, portanto, o sistema não
armazenará dados de produtividade, uma vez que a máquina não estará colhendo. Nesse
momento, um sinal sonoro poderá ser acionado para alertar o operador.
O sensor que monitora a velocidade do elevador de canecos, em geral, é do tipo pulso mag-
nético e se localiza próximo a uma das extremidades do eixo de acionamento do elevador.
Para calibrá-lo, pode-se contar o número de voltas dadas no eixo em baixa rotação e verificar
o número de pulsos gerados. Caso o sensor possua apenas um ponto de contato com a en-
grenagem do eixo, cada volta irá gerar um pulso.
Quanto maior o número de contatos, maior será a quantidade de pulsos gerados por volta
e maior será a precisão do sensor. No painel do monitor de colheita é possível registrar ma-
nualmente o número de pulsos obtidos na avaliação.
Algumas colhedoras possuem sensores específicos para corrigir os efeitos gerados pela vi-
bração, que ocorrem devido ao funcionamento das diversas partes móveis que compõem
os mecanismos da máquina. Para calibrá-los, basta acionar o mecanismo de trilha com a
máquina parada. A vibração gerada com a máquina nessa condição é considerada normal, e
essa informação deve ser inserida no monitor de colheita.
Atividade de aprendizagem
Você chegou ao final do Módulo 4 do Curso Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos.
A seguir, você realizará algumas atividades relacionadas ao conteúdo estudado neste módulo.
Lembre-se que as repostas devem ser registradas no Ambiente de Estudos, onde você também
terá um feedback, ou seja, uma explicação para cada questão.
a) A calibração dos sensores é um procedimento que deve ser realizado antes da sua
regulagem.
c) A calibração do sensor de umidade deve ser feita juntamente com a calibração do sensor
de temperatura.
Fonte: Senar-GO
Lembre-se de que para os momentos em que você não pode estar conectado à internet, dis-
ponibilizamos um arquivo com o conteúdo deste módulo. Mas atenção: você deve retornar ao
Ambiente de Estudos para realizar as atividades.
Além destes alertas de precaução, também pode ser encontrado no Manual ou na máquina o
alerta IMPORTANTE, o qual representa uma informação que o operador precisa saber para evitar
danos menores à máquina se certos procedimentos não forem seguidos.
Os riscos na operação de colhedoras de grãos podem ser evitados observando algumas precau-
ções simples de segurança. Acompanhe as recomendações gerais a seguir.
Espelhos
retrovisores
Emblema de
veículo lento
Luzes
traseiras Luzes de alerta
Plataforma de e fita refletora
serviços antiderrapante
com corrimãos
A colhedora deve ser usada apenas por operadores qualificados e atentos às recomendações
técnicas de uso.
Revisão preventiva
Antes da operação, faça a revisão em todos os itens recomendados pelo fabricante, como a
calibração dos pneus ou o torque nas porcas das rodas.
Conhecimento do equipamento
Atenção a transeuntes
Frenagens
Declives
Manobras e curvas
Checagem de segurança
Apoio para
as mãos Blindagem
Faróis
Tapetes Degraus
antiderrapantes antiderrapantes
e plataformas
com corrimãos
Decalques de
segurança Batente Mecânico
de segurança
(Alimentador)
Cinto de segurança
Plataformas
Nunca pise em locais da máquina que não sejam destinados para este fim.
Partes móveis
Nunca entre em contato com as partes móveis da máquina com o motor em funcionamento.
Tanque graneleiro
Desentupimento do sistema
Nunca tente desentupir a plataforma de corte com a máquina em funcionamento, pois peças
em movimento, como a rosca sem-fim da plataforma de corte, o molinete e os rolos da pla-
taforma de milho apresentam altíssimo risco de acidente.
Utilize roupas justas para evitar que se prendam em peças móveis da máquina, e utilize os
equipamentos de proteção individual apropriados para cada atividade com a colhedora.
Escadas
Utilize as escadas sempre na posição de frente para a máquina, usando os apoios para as
mãos com a colhedora totalmente parada.
Fonte: Shutterstock.
Interruptor de segurança
Largura permitida
Se a largura do acessório for maior do que a largura permitida na estrada, contate as autori-
dades locais para obter assistência ou licenças.
Placas de advertência
Onde exigido pelos regulamentos locais de tráfego, certifique-se de que as placas de adver-
tência de perigo estejam colocadas na dianteira e na traseira da máquina. Também sinalize
com um veículo à frente e atrás da colhedora.
Luzes giratórias
Use as luzes intermitentes giratórias para indicar que o veículo tem um tamanho anormal e
se move lentamente.
Frenagem acoplada
Antes de dirigir na estrada, una os pedais de freio com o acoplamento fornecido. A frenagem
com os pedais desacoplados pode fazer com que a máquina gire ou desvie. Além disso, evite
o uso excessivo dos freios.
Frenagem segura
Sempre pressione o pedal do freio com cuidado para evitar a inclinação da máquina.
Manutenção programada
Motor
Nunca tente limpar, lubrificar ou realizar qualquer ajuste na colhedora enquanto ela ainda
estiver em movimento ou com o motor funcionando.
Partes móveis
Mantenha as mãos, os pés e/ou as roupas longe de peças móveis. Verifique se todas as peças
giratórias estão protegidas corretamente.
Nunca trabalhe debaixo de um acessório sem primeiro certificar-se de que as travas de se-
gurança do cilindro hidráulico do elevador de palha estejam acionadas, ou de que ele esteja
apoiado firmemente sobre blocos de madeira.
Tração ou eixo
Freios
Verifique regularmente a eficiência dos freios e substitua as pastilhas de freio antes que es-
tejam totalmente desgastadas.
Óleos
Qualquer vazamento de óleo hidráulico ou qualquer fluido sob pressão pode causar feri-
mentos graves, portanto, use sempre uma proteção, tais como óculos e luvas ao realizar a
manutenção, e procure vazamentos com um pedaço de papelão.
Tubos e mangueiras
Elétrica
Desconecte os fios do alternador e os cabos da bateria antes de realizar qualquer solda elé-
trica na máquina.
Rodas e pneus
Manuseie com cuidado as rodas e pneus das colhedoras sempre que necessário.
Certifique-se de que a colhedora está equipada com extintores e kit de primeiros socorros.
Combustível
Faça o reabastecimento com segurança. Desligue o motor da máquina e não fume próximo
ao local.
Tomando os devidos cuidados, as operações de colheitas de grãos podem sempre ser realizadas
de forma eficiente e segura. Em casos de dúvidas, lembre-se de que você tem a sua disposição
para consultas:
• o manual da colhedora;
• a legislação vigente.
Recapitulando
A operação e manutenção de colhedoras de grãos podem oferecer riscos de acidentes, desde
leves lesões corporais até a morte do operador ou de pessoas próximas à área. Para garantir
uma operação segura, o operador deve ser capacitado e tomar uma série de cuidados especifica-
dos no Manual do Operador da máquina em questão, e em alertas nos decalques de segurança
da máquina. Deve-se ter conhecimento sobre as precauções especificadas nas mensagens de
“cuidado”, “advertência” e “perigo”. O trabalhador também deve conhecer e tomar cuidados
especiais quanto: às manutenções periódicas da máquina, ao relevo do terreno, à velocidade de
deslocamento, às partes móveis da máquina, aos equipamentos de proteção individual ou vesti-
mentas adequadas, às sinalizações adequadas, à manutenção e o deslocamento sobre estradas,
a incêndio, entre outros cuidados, para garantir sua própria segurança e a de terceiros.
Atividade de aprendizagem
Você chegou ao final do Módulo 5, o último do Curso Agricultura de Precisão na Colheita de
Grãos. A seguir, você realizará algumas atividades relacionadas ao conteúdo estudado neste
módulo. Lembre-se que as repostas devem ser registradas no Ambiente de Estudos, onde você
também terá um feedback, ou seja, uma explicação para cada questão.
b) A mensagem de precaução “PERIGO” indica uma situação de risco remoto que, se não
for evitada, poderá resultar em ferimentos leves ou moderados ao operador ou pessoas
próximas da área.
c) A plataforma de corte da colhedora nunca deve ser desentupida com a máquina em fun-
cionamento.
Parabéns por concluir o Curso Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos! Chegou o momento
de fazer uma breve retrospectiva dos assuntos estudados no decorrer deste material.
Neste curso, você teve a oportunidade de aprender como as colhedoras de grãos são máquinas
muito complexas e dinâmicas. Viu como elas são responsáveis por realizar o primeiro processa-
mento dos alimentos produzidos ainda no campo e, por isso, devem ser operadas com bastante
critério. As diversas partes que compõem as colhedoras têm, em conjunto, a finalidade básica
de cortar a planta, realizar a trilha, separar a palha dos grãos, limpá-los e descarregá-los ou
armazená-los em um tanque graneleiro. Para tanto, cada uma dessas etapas é realizada por um
mecanismo que pode ser monitorado por sensores específicos para a coleta de informações
sobre seu funcionamento.
Desta forma, os sensores têm um papel muito importante no funcionamento das colhedoras.
Eles são utilizados para monitorar a altura da plataforma de corte, detectar metais, realizar ajus-
tes nos mecanismos de trilha, determinar a produtividade e verificar as perdas.
Para perfeito funcionamento, os sensores devem ser regulados e calibrados. A regulagem con-
siste em verificar todas as condições necessárias para o seu perfeito funcionamento, por exem-
plo, limpezas, lubrificações e por vezes, substituição total ou parcial do dispositivo. A calibração
é realizada posteriormente à regulagem, e tem como objetivo ajustar a leitura realizada pelo sen-
sor com o valor real do dado observado. Apesar de serem procedimentos simples, o operador
deve ter conhecimentos básicos sobre a configuração dos monitores de colheita e agronômicos.
Além disso, é importante atentar para as diretrizes recomendadas pela NR 31, que estabelece
direitos e deveres relacionados à segurança para todos os envolvidos nas atividades rurais.
Módulo 1 Módulo 3
1-A 1-D
2-D Módulo 4
3-C 1-C
Módulo 2 Módulo 5
1-C 1-C
2-D
3-C
DAINESE, R. C. Duas Técnicas Precisas = um resultado surpreendente. Revista Campo & Ne-
gócios, nº 23, p. 38-40, jan. 2005.
JOHN DEERE. Manual do Operador – Sistema Harvest Doc GreenStar. John Deere Ag Mana-
gement Solutions, 2006. 226 p.
MOORE, M. R. An investigation of the accuracy of yield maps and their subsequence use in
crop management. 1998. 379p. Thesis (Ph. D.) – Cranfield University, Silsoe, 1998.