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AQUILINO RIBEIRO

SUB Hamburg

A/602434

ARCAS ENCOIRADAS
ESTUDOS, OPINIÕES, FANTASIAS

m
BERTRAND EDITORA
Lisboa 2012
ÍNDICE

Palavras preliminares

I
Orca, dólmen, anta, casa da moura, forno dos mouros. Que bi-
sarma, manes de Vitrúvio! O latim dos arquitectos. O chantre
definidor. O manto pobre da verdade. O fogo do orco e o lu­
me da orca. O ninho do cão e do troglodita. O segredo latente
das palavras. Milagres da força conjugada. A primeira odisseia
do homem

II
A construção megalítica. Símiles flagrantes. O feixe de vi­
mes. A ombro e à pança. Para quê? Dólmenes e suas varia­
ções. A hipótese funerária. O espólio da necrópole. Os sonha­
dores de tesouros e a fome do ouro. Ladrões de túmulos. As
pedras-de-raio e a superstição latina. Os vândalos das orcas.
A colónia neolítica da serra do Alvão. O culto dos mortos e a
luta pela vida

III
Destinação das orcas. O umbigo filosofal do universitário. Ra­
ciocínio em reversão. Deus estaria já no dólmen? Porventura
ídolos? Lubbock e a visão clara. O alvorecer da espiritualidade.
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A prodigiosa invenção. Endeusamento estético do machado.


Formas desconcertadoras. A explicação professoral. Sepulturas
paleolíticas. A silogística da imortalidade. Que era morte? For­
mação da aldeia

IV
A casa comunal do fogo. O lume pronto. A descoberta ex­
traordinária e o mito de Prometeu. Como preservar-se e pre-
servá-lo? O criador fecundo de'complexos. Várias maneiras de
fazer lume. A imaginação verosímil. O culto do fogo através
das idades. A orca rudimento do templo de Vesta. Larário, ni­
nho, túmulo eventual, choça de pastores. O nosso avô troglo­
dita. Tal como o esquimó, de hoje. Anedotas lúgubres

V
As alpoldras do tempo. Aves e mais bichos cantam e amam.
O indivíduo reage, a espécie regista. A memória instintiva. Das
glicínias de Soutosa às tílias do Camões. Êxodos. As zonas
amaldiçoadas da terra. Elegia do Outono. Relincha o cavalinho
branco e manso. O trabalho de viver. Aves que migram e aves
que ficam nos preparativos. Os archeiros do Céu. Para onde
vai o rouxinol? Perdiz a pena do diz

VI
Eça de Queirós e o mel. Facécia para beócios. Prosaísmos
e azedumes. Uma cultura renasce. Repúblicas mais admiráveis
que a de Platão. A panaceia universal. As abelhas e o filósofo
da rua. O mel bailado é e bailado se quer. O sentido prodigio­
so. Dança ritual ou lição útil? O espectáculo do entomologista
infatigável. Na natureza nada é vão. Sinfonia universal. A fan­
tasia dos mirmecólogos. O fim do mundo na colmeia. Subver­
são inconcebível

VII
Psicologia do beirão. Seus avós. Ancestralidades prováveis.
A ficha antropológica. Porfiado. A virtude da manha. Cocas de
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ontem e de hoje. Tenacidade. Rotina e improcressividade.


Amor-próprio e fidúcia. A vil tristeza. Religiosidade. A paixão
do arraial e da romaria. Os cogumelos da superstição. A terra,
vera divindade. A orbitação da consciência rural. O fim da bu­
cólica. O cristianizado paganismo 80

VIII
O culto da forma. Que é arte? Incompreensão de tudo o que
supera o utilitário. Forte, proveitoso e feio. As panelas de
Vale, de Ladrões e os pucarinhos de Modelos. A casa beiroa
e a casa de Deus. Venha o pincel de Ostade. A igrejinha români­
ca e a ermida branca. A arte de entalhar. O fidalgo e o seu es­
pectro. O inextinto morgaclinho. Danças ao luar. Adeus trajo da
Maria Castanha. Comunalismo. Os tesoiros encantados. Comes
e bebes. Falam os cancioneiros e Fernão Lopes 91

IX
Estradas: varetas do guarda-chuva geográfico. Para S. Pedro a
mais frondosa. Mais alegre a de Mangualde. Bravias e ásperas
as do norte. Regiões malfadadas. Nem Cristo, nem conselheiro
ali trilharam os pés. A zona escura nortenha. O maçico popu­
lacional réprobo. A hilariante anomalia. Tosquie-se o contri­
buinte e andou. Velhos caminhos românticos. O itinerário de
Antonino. A poesia das azinhagas e carreiros de pé posto. Por
onde passam a cabra e o almocreve. O pavilhão de arte na Fei­
ra Franca. Cipos, esteias e marcos miliários. De braço dado
com Estrabão. Província dilecta aos romanos 103

X
Viseu moderniza-se. Cidade risonha e incompreendida. Fron
derie e pequenez de espírito. O panorama maravilhoso do paço
dos Três Escalões. Adágio esotérico e privilégios majestáticos.
O homem providencial. Como se forma um museu. A obra
lenta e abnegada. Só demiurgos. Revivificação. Ar novo. Burgo
de sapatos de chumbo. Construir hoje para depois de amanhã 122
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XI
O Soar de Cima. Um homem apaixonado da cidade e do seu
lar. Uma herança sagrada. Traição ao verdadeiro interesse.
Uma estátua ao rei sorumbático e sapiente. A capelinha de
S. Miguel do Fetal. Fim do rei Rodrigo. A lenda teológica do
voluptuoso. Castigo dantesco. O monumento ao bispo e as in­
júrias dês homens. Um lance honroso para Viseu 134

XII
As duas velhas cidades do reino. Arquitectura filauciosa. A fes­
ta dos Remédios. Quermesse de mil e uma quermesses. O dia
do juízo final. Ainda o fundador do museu de Grão-Vasco.
O museu de Lamego. Confrontos que não desdouram nin­
guém. Mestre João Amaral. Talent de bieti faire. Evocações.
O Colégio Roseira nos bons velhos tempos. Bom educador
e bom homem. O prefeito perplexo e os meninos malcriados.
Velhos livreiros hierosolimitas. Nirvanas. Iluminuras do vetus­
to Portugal 150

XIII
O Porto dos bons velhos tempos. A bisbilhoteira da Torre.
A sombra românica de Camilo. Locomoção vagarosa e camé­
lias. Evolução da célula democrática. Fidalgos e nabos, raros.
O pleito secular. Os cavalos de Tróia do coudel. Irredutíveis
em seus foros. Opugnação tão tenaz como inútil. Vitória dos
mesteirais em toda a frente. Isenções da boa gente tripeira. Um
domingo no Porto 172

XIV
Estética comparada. Lisboa imonumental. O solar e o castelo
rouqueiro. O preceito da luz nos templos. Ornamentação
planturosa ou difusa. Carência de conforto. Onde estão as al­
catifas? Cadeirais e altares de boa talha. Restaurações a torto
e a direito. A torre de Belém redimida. A tágide por excelência.
A escoda tida por prolixa. Santa Cruz de Coimbra. A renda de
pedra a desfazer-se. Pulveriza-se a pedra como a carne nas
tumbas. Memento honro. Os mestres do ferro 188
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XV
Alto quiromante da psicologia. Definição da Espanha e de
Portugal. Paradoxos imperturbáveis. Unamuno no exílio.
O seu quarto de emigrado. A beira do Bidassoa. O monólogo
do pensador. Resposta a Keyserling. E preciso matar D. Qui­
xote. Artistas originais. Manuel de Faria e Sousa, o escoliasta
de Camões. Um bispo respeitável em bolandas. Intimidado.
O pago do rei. Falta de firmeza ou quê? 203

XVI
Três tipos de mulher: Lisistrata, a freira de Trancoso, miss Bur-
ness. Antípodas. Três raças, três civilizações, três temperamen­
tos. O claro espírito grego. Impaludismo da vontade. A cicuta
do amor divino. Uma corredora de mundos. Desnalgada
e triunfal. Ela e mais ela. Personalidade e desdém. O país bár­
baro e o seu lorgnon 216

XVII
Pão e vinho e parte no Paraíso. O vom binho herde. A cepa de en­
forcado e a sua odisseia. A bela estrada minhota da beira-mar.
A terra do milho. A poesia da natureza. Canastros. Valença,
a velha sentinela. O rio da brancura e dos salmões 229

XVIII
No Alto Minho. Tempo das sementeiras. Pela estrada margi­
nal. Os montes, as vacas e os homens. Estalagem desbrasona-
da. O Senhor de Romarigães. Ultimo morgado romântico. Seu
sucedâneo na actualidade. Como se espatifam três heranças.
O bastão formidoloso. Batalhas à boca das urnas. Mulheres,
galgos e cavalos. A palavra do fim 235

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