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Psicólogo checo, um dos fundadores da Teoria da

Gestalt juntamente com Kurt Koffka e Wolfgang


Köhler.

Em 1910 interessou-se pela percepção do


movimento. Com a ajuda de uma estroboscópio
descobre que, iluminando duas linhas por um
breve período de tempo, tem-se a sensação de
ver só uma. A este fenômeno chamou de
MAX WERTHEIMER fenômeno phi.
Kurt Koffka foi um psicólogo da
Gestalt. Em 1909 recebeu
doutorado pela Universidade de
Berlim. Junto com Wolfgang Köhler,
tornou-se assistente na
Universidade de Frankfurt, onde
trabalhou com Max Wertheimer.
De 1911 a 1927 lecionou na
Universidade de Giessen. Lá
escreveu O Desenvolvimento da
Mente.
Wolfgang Köhler, foi um dos
principais teóricos da Psicologia de
Gestalt, considerado o porta voz do
movimento devido aos seus livros
escritos com cuidado e precisão.
Nasceu na Estônia em 1887 e com
cinco anos se mudou para o norte
da Alemanha. Wikipédia
Ernst Mach (1838-1916), físico, e Chrinstiam von
Ehrenfels (1859-1932), filósofo e psicólogo,
desenvolviam uma psicofísica com estudos
sobre as sensações (o dado psicológico) de
espaço-forma e tempo-forma (o dado físico) e
podem ser considerados como os mais diretos
antecessores da Psicologia da Gestalt.
Uma sensação é a detecção pelo
corpo de um estímulo externo
ou interno através dos sentidos.
É o passo anterior para a
percepção, ocorrendo antes que
o cérebro seja capaz de
interpretar o significado do
estímulo recém detectado.
As sensações podem ser definidas como a
impressão causada em um órgão receptor
através de um estímulo (interno ou externo).
Portanto, a sensação é um fenômeno
puramente perceptual, basicamente uma
atividade dos sentidos
(RIES, 2004; REEVE, 2006).
Max Wertheimer, Wolfgang Köhler e Kurt Koffka,
baseados nos estudos psicofísicos que
relacionaram a forma e sua percepção,
construíram as bases de uma teoria
eminentemente psicológica.
Eles iniciaram seus estudos pela percepção e
sensação do movimento. Os Gestaltistas
estavam preocupados em compreender quais
os processos psicológicos envolvidos na
ilusão de ótica, quando o estímulo físico é
percebido pelo sujeito com uma forma
diferente do que ele é na realidade.
É o caso do cinema. Uma fita cinematográfica é composta de
fotogramas com imagens estáticas. O movimento que vemos
na tela é uma ilusão de ótica causada pelo fenômeno da pós-
imagem retiniana (qualquer imagem que vemos demora um
pouco para se ‘apagar’ em nossa retina). As imagens vão se
sobrepondo em nossa retina e o que percebemos é um
movimento. Mas o que de fato é projetado na tela é uma
fotografia estática, tal como uma sequência de slides.
A sensação é produzida graças aos
diferentes tipos de receptores
sensoriais que temos em todo o
corpo, normalmente concentrados
nos órgãos sensoriais. Então, a
informação sensorial é transmitida
ao cérebro através de um processo
chamado transdução. Essa nova
informação é o que é interpretado
pelo cérebro e se torna percepção.
Embora normalmente seja
considerado que existem apenas
cinco sentidos (visão, olfato, audição,
paladar e tato), nosso corpo é capaz
de detectar outros tipos de
sensações. Alguns dos mais
importantes são a sensação de fome,
a sede ou a sensação de equilíbrio.
Características da sensação

Uma sensação é a forma mais


simples de processo mental. É
apenas uma impressão produzida no
cérebro por um estímulo. Esse
estímulo é detectado por um órgão
sensorial e, posteriormente,
transmitido a um centro sensorial no
cérebro, onde é traduzido no que
entendemos por sensação.
Sensação pura é algo que não
ocorre em adultos, porque o
cérebro interpreta
imediatamente o que está
acontecendo. Dessa maneira, o
estímulo recebido (que pode vir
de fora e de dentro do próprio
corpo) imediatamente se torna
uma percepção.
Sensações puras ocorrem apenas
em bebês recém-nascidos, que
ainda não conseguem interpretar
o significado dos estímulos. No
entanto, na psicologia, falamos
sobre sentimentos para entender
melhor o processo de
interpretação que nos leva a ter
percepções.
As sensações têm uma série de características que
diferem uma da outra.

Qualidade

A primeira característica fundamental das sensações é a sua


qualidade. Tem a ver com o tipo de estímulo que os produz. Por
exemplo, um som produz uma sensação com uma qualidade
diferente de um sabor.
Essa diferença de qualidade é explicada pela teoria de
Muller sobre energia nervosa específica. Segundo esse
psicólogo da percepção, cada estímulo carrega consigo
um tipo de energia que estimula um órgão sensorial.

Por sua vez, isso transmite um tipo específico de


energia ao cérebro através dos nervos sensoriais (como
o nervo óptico ou o nervo auditivo).
Intensidade

Mesmo que um estímulo tenha a mesma qualidade que outro, ele pode
ter uma intensidade maior, portanto a sensação que causará será mais
forte.

Dependendo do tipo de significado a que estamos nos referindo, a


intensidade será traduzida de uma maneira ou de outra. Por exemplo,
uma luz fraca produz uma leve sensação de luminosidade; pelo contrário,
uma luz intensa causará uma sensação luminosa muito forte.
Duração

A duração é o tempo durante o qual a sensação é


mantida após ter sido produzida. Essa característica
altera a parte subjetiva de uma sensação. Por
exemplo, um som que dura dois segundos será
diferente do que um que dura trinta.
Limiares de Sensação

Uma das características mais importantes das sensações é o seu limiar. isto é, a
intensidade mínima que um estímulo deve ter para produzir uma sensação em
nós pelo menos 50% das vezes.

Dentro da psicologia da percepção, dois tipos de limiares são estudados:


Limiar absoluto Limiar diferencial

Também definida como a


Ou seja, a energia mudança mínima de
mínima abaixo da qual intensidade em um
um estímulo não causa estímulo já aplicado que o
mais uma sensação. corpo humano é capaz de
diferenciar.
Tipos de sensação

Em geral, as sensações são geralmente classificadas em três


grandes grupos:

– Sensações orgânicas.

– sensações especiais.

– Sensações motoras ou cinestésicas.


Sensações orgânicas

Sensações orgânicas são aquelas que não são produzidas por


um órgão sensorial específico, mas podem ser sentidas em
grandes partes do corpo. Por outro lado, eles ocorrem
apenas devido a estímulos internos, causados ​por mudanças
no corpo.

As atividades de alguns órgãos internos enviam o estímulo


para os nervos sensoriais, que o transferem para o cérebro
na forma de energia.
Algumas dessas sensações orgânicas são fome, sono, sede ou dor
interna. Às vezes, eles também são conhecidos como o “barômetro
da vida”, porque nos informam sobre as condições do nosso próprio
corpo.

Outra de suas características mais peculiares é que elas não são fáceis
de lembrar, ao contrário de sensações especiais. Além disso, eles
afetam profundamente o nosso bem-estar.
Sensações especiais

As sensações especiais são aquelas detectadas por órgãos


especializados; isto é, todos aqueles que são percebidos com os
órgãos sensoriais. Portanto, cor, som, temperatura ou dor são
sensações especiais.

Sua principal função é fornecer informações sobre elementos


externos para nós mesmos e, devido à sua importância para a nossa
sobrevivência, eles são mais facilmente distinguíveis um do outro e
existem mais tipos de tipos.
Sensações motoras ou cinestésicas

São responsáveis ​por nos informar sobre os movimentos do


nosso próprio corpo. Sua principal função é ajudar-nos a agir
adequadamente, além de fornecer informações sobre nosso
estado interno.
Diferenças com a percepção

Sensações e percepções fazem parte do mesmo processo, através do qual


nosso cérebro é capaz de transformar um estímulo interno em uma
interpretação do que está acontecendo no mundo exterior ou em nosso
próprio corpo.

A principal diferença entre os dois é que a sensação ocorre sem a intervenção


do cérebro, enquanto a percepção é completamente mediada pela atividade
desse órgão.
Sem o cérebro, seríamos
incapazes de interpretar
nossas sensações e,
portanto, não seríamos
capazes de elaborar uma
resposta ao que acontece
conosco.
Referências

BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi Psicologias: uma introdução ao
estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2008.

CARDOSO, Claudia Lins. A FACE EXISTENCIAL DA GESTALT-TERAPIA. In: FRAZÃO, Lilian Meyer; FUKUMITSU, Karina
Okajima. (Orgs.). Gestalt-terapia: fundamentos epistemológicos e influências filosóficas. São Paulo: Summus,
2013. p.59-75.

GINGER, Serge; GINGER, Anne. Gestalt: uma terapia do contato. São Paulo: Summus, 1995.

REEVE, Johnmarshall. Motivação e emoção. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

RIES, Bruno Edgar; SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO. In: RIES, Bruno Edgar.; RODRIGUES, Elaine Wainberg (Orgs). Psicologia
e Educação: fundamentos e reflexões. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004. p.49-66.

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