Os povos tradicionais, como os índios e quilombolas tem uma relação
admirável com a natureza, de respeito e cuidado, e os seus saberes são
repassados para as crianças que passa a ter uma relação com a natureza, que além do respeito e do cuidado as crianças se apropriam dela de forma integrada. Ao assistir ao filme, me fez refletir que muito pouco sabemos e discutimos sobre a infância dessas crianças, por pensarmos a infância de forma homogênea, quando na verdade a infância se constitui de formas múltiplas. Se torna de estrema importância, reconhecer e respeitar esses saberes, principalmente ao pedagogo, pois esses saberes fazem parte da identidade desses povos, e uma educação inclusiva só acontece quando criamos meios possíveis para integrar a criança ao meio educacional, mas em relação ao conservadorismo, o poder público ver a relação desses povos com a natureza como prejudicial, por não conhecer sua cultura, tendo uma ideia completamente equivocada dessa relação, a nossa diversidade cultural não é reconhecida, em um país multicultural. um outro aspecto que me fez refletir sobre a infância no filme, é de como nossa visão adulto Centrica de vermos as crianças, nos faz ter uma ideia da criança submissa, quando na realidade o espírito da criança é livre, ela inventa e reinventa as brincadeiras e também produzem a sua própria cultura. E como seres que reproduzem sua própria cultura, essa relação com a natureza é passada de geração por geração dos povos tradicionais. No meu entendimento, com relação as dinâmicas cultura-natureza nas nossas discussões em sala, a visão do sujeito sobre a natureza vai depender das suas concepções enquanto sujeito que constroem suas vivências, ou seja, a minha visão do que seja a natureza depende da minha visão de mundo, que se constrói a partir do grupo social ao qual esteja inserido, vai depender de quem a observa, por exemplo, vimos em nossas discussões em sala, que para alguns sua forma de comtemplar a natureza, é que ela é intocada, surgindo o mito da natureza intocada, onde os parques só funcionariam bem sem a presença desses povos. Ao longo da história, com o surgimento do capitalismo a natureza passa a ser compreendida de uma outra forma, em prol do progresso, no discurso em que a natureza deve ser manejada, a natureza passa então, a cada vez mais ser degradada em prol do progresso. No segundo vídeo ao se falar da criança que vive na natureza e constroem seu próprio brinquedo me trouxe na memória quando discutirmos, que mesmo após a transformação da natureza em objeto sua matriz não altera, e ao assistir ao segundo filme esse conceito ficou mais amplo, quando as crianças criam se próprio brinquedo.
A socio biodiversidade, permite ao pedagogo conhecer como acontece a
transmissão de saberes dos povos tradicionais e como esses sabores contribuem para a transformação de comunidades com sentimento de pertencimento, onde todos pensam no coletivo para o bem de sua comunidade. O brincar nas comunidades se transforma em aprendizagem que se traduz para a vida adulta, mas uma vez enfatizo aqui que essas crianças tem o espírito livre tem toda uma liberdade de vivenciar suas infâncias, então como pensar a natureza como um lugar não-social, afetivo e espiritual?.
A socio biodiversidade, que é a diversidade Cultural e natural,
caminhando juntas para o desenvolvimento sustentável das sociedades, traz ao pedagogo a reflexão de como a infância está sendo tratada nas escolas. Temos muito a aprender com os povos tradicionais, vivemos em um mundo que se pensa muito no individual, e infelizmente acaba se perpetuando na escola e nas políticas públicas de nosso país.
Nas escolas as crianças aprendem apenas aprendizagens para o seu
desenvolvimento, não existe o estímulo para se pensar no coletivo, nas escolas da zona rural, por exemplo, pouco se trabalha o sentimento de pertencimento das crianças, e muitas vezes o que vemos é as escolas da zona rural sendo negligenciada.
Nas comunidades tradicionais desde criança as crianças são vista na perspectiva
de um sujeito ativo que para aprender é necessário vivenciar, as experiências dessas crianças as tornam adultos participativos, pois aprendem os saberes necessários a sua sobrevivência de sua comunidade, mas tudo isso se inicia na infância que culmina para a vida adulta.