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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO

LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS


2020/2021

A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

Docente: Sandra Fernandes


Discentes:
 Andrea Rocha;
 Denise Lopes;
 Fernando Monteiro;
 Marina Sequeira.
UNIVERSIDADE DE SANTIAGO
LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS 2020/2021
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO Á GESTÃO DAS
ORGANIZAÇÕES I

A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

Docente: Sandra Fernandes


Discentes:
 Andrea Rocha;
 Denise Lopes;
 Fernando Monteiro;
 Marina Sequeira.
ÍNDICE

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 1
1. A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL .......................................................................................... 2
2. A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA ................... 11
3. COMO CRIAR UM PLANO DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ...................................... 12
4. RELAÇÕES PÚBLICAS E A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ........................................... 15
5. MARKETING E A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ............................................................ 17
6. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL X COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL .................... 18
7. TENDÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ........................................................... 20
8. A RESPONSABILIDADE E DESAFIO DA C. EMPRESARIAL EM TEMPOS DE
PANDEMIA .......................................................................................................................................... 26
BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................... 29
A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

INTRODUÇÃO

Dada a essencialidade da comunicação efetiva no ambiente organizacional diante de um


mercado onde a competição se torna cada vez mais globalizada, destaca-se a Comunicação
Empresarial como ferramenta estratégica determinante para a sustentabilidade de todo e
qualquer negócio. Comunicar com os seus colaboradores /funcionários, com a sociedade, com
o consumidor, com as autoridades, com os setores do governo é algo que está relacionado a
cada um dos seus produtos que são lançados no mercado. A ferramenta das empresas da nova
era é a comunicação, que envolve os atos da comunicação indiretos, unilaterais e públicos,
com a irradiação das mensagens tanto para o ambiente interno, quanto externo da empresa,
tanto para circuitos internos, quanto para os circuitos externos.

O conceito etimológico de comunicação é apresentado de forma social, dando à comunicação


o sentido de “comunidade”, de tornar algo, que pode ser uma ideia ou informação, comum a
todos, tornando o ato de comunicação sinônimo de participação, numa ferramenta de
integração, instrução, de troca mútua e desenvolvimento entre os Homens, ou seja, a
Comunicação consiste na transmissão de informação entre um emissor e um recetor através de
determinado canal. O processo de comunicação consiste no desencadeamento de diversos
agentes que ocorrem desde a emissão da mensagem, passando pela sua receção e seu
feedback, envolvendo o emissor, o recetor, a mensagem, o código, o canal ou meio de
comunicação, o contexto e o ruído da comunicação, e o feedback.

Segundo inquérito feito por Henry Mintzberg et al, grande parte dos gestores gasta cerca de
80% do seu tempo comunicando com as pessoas, quer internamente com as que fazem parte
da empresa, quer externamente com clientes, fornecedores, acionistas, financiadores,
entidades oficiais, etc. É nesse contexto que o presente trabalho, tem a finalidade a
apresentação do tema Comunicação Empresarial, com o objetivo de apresentar temas e ideias
relacionadas com a Comunicação nas Empresas e nas Organizações, os conceitos, a sua
importância, ferramentas e estratégias para uma Comunicação eficaz, os desafios do Gestor na
comunicação empresarial, as melhores práticas e o seu relacionamento com os demais
departamentos de uma empresa. A metodologia empregada foi a pesquisa bibliográfica, que
consiste no levantamento de material já elaborado e publicado em documentos, tais como
livros e revistas, com vista a explicar um tema com base em referências teóricas.
A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

1. A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

1.1. CONCEITO

Comunicação empresarial é uma atividade estratégica que promove a reputação da empresa e


transmite suas informações para diferentes públicos. Da assessoria de imprensa até a
publicidade, todas as informações passam por esse conjunto de ferramentas e métodos que
adequam a mensagem ao público-alvo. Em uma empresa, as partes interessadas são várias:
clientes, colaboradores, investidores, acionistas, parceiros e a própria sociedade. Para cada
público, é preciso ter uma estratégia exclusiva de comunicação – daí a necessidade de integrar
a comunicação corporativa. Mais do que a transmissão de mensagens, a comunicação
moderna envolve soluções interativas e se baseia em relacionamentos, e graças à era digital,
as empresas podem construir redes globais de relações. Ela engloba as atividades de
marketing; de relações públicas, propaganda, comunicação interna, comunicação externa e até
mesmo estratégias organizacionais.

Para Cahen (2005) não existe um conceito definido de comunicação empresarial, contudo,
ressalta que considerando a existência de duas modalidades de comunicação organizacional,
isto é, interna e externa, pode-se dizer que ela reflete-se em qualquer ação ou decisão que
evidencie as razões da existência empresarial, proporcionando uma interação entre sociedade
e empresa, entre empresa e colaborador e entre os colaboradores.

RAZIN (2010) define comunicação empresarial como complexo de atividades, estratégias e


procedimentos realizados com o intuito de reforçar a imagem, os objetivos e os interesses da
empresa junto aos seus públicos de relacionamento. É o instrumento que todo
empreendimento deve utilizar para disseminar ao mundo dos negócios a sua cultura enquanto
entidade comercial, industrial, prestadora de serviços etc. Com a comunicação empresarial a
empresa consegue passar à sociedade, bem como, aos seus colaboradores a importância de sua
permanência no mercado, de sua contribuição positiva para a sociedade.
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1.2. EVOLUÇÃO

O aparecimento dos movimentos sindicais nos Estados unidos e na Europa foi importante
para que as empresas dessem mais atenção á comunicação, reforçando o campo das
publicações para apresentarem a versão dos acontecimentos.

Pioneiro na introdução de vários avanços e progressos, os Estados Unidos são o berço da


comunicação empresarial, que surgiu em 1906, a partir do propósito do jornalista Ivy Lee, que
decidiu abandonar sua profissão para montar o primeiro escritório de relações públicas do
mundo. Contudo a criação de seu escritório não foi o fato que marcou a introdução da
comunicação no mundo empresarial, mas sim, seu primeiro trabalho de grande sucesso: a
recuperação da credibilidade perdida do poderoso empresário John Rockfeller (na época o
empresário mais bem-sucedido e odiado dos Estados Unidos).

O escritório de Lee funcionava como auxílio às empresas, fornecendo à imprensa notícias


importantes, relacionadas ao mundo dos negócios, com um teor puramente jornalístico, de alta
credibilidade, nada caracterizado como um mero anúncio. Uma vez contratada por
Rockeffeller, a empresa de Lee passou a fornecer informações importantes acerca das
empresas do poderosíssimo empresário, divulgando os seus interesses e seus efeitos positivos
para a sociedade. Não se tratava exclusivamente de marketing, pois a empresa de Lee
caracterizava-se por um aspeto exclusivamente jornalístico, porém não deixava de sê-lo
totalmente. A preocupação de Lee, era convencer a imprensa dessa novidade com a tentativa
de adotar uma carta de princípios considerada atualmente.

Antigamente, o plano de comunicação empresarial era voltado para o público externo, com a
finalidade de lucro através de propagandas, ações de marketing e relacionamento com os
clientes que mesmo sendo necessário e muito eficaz, com o passar dos anos, houve a
necessidade de um investimento maior na ca comunicação interna. Com a inovação
tecnológica, o aumento da concorrência e a globalização, as empresas tiveram implementar
outros tipos de comunicação empresarial, de modo a se destacarem no mercado, em qualquer
nicho que fosse, para garantir clientes satisfeitos e com uma boa promoção nas mídias,
poderiam aumentar produtividade de suas equipes internas.
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Diante dos resultados da comunicação corporativa junto ao mercado, foram-se desenvolvendo


novos conceitos, estudos e técnicas para a implantação desse novo sistema dentro das
empresas. Para o sucesso, uma empresa necessita de uma comunicação empresarial interna
eficaz. Sabendo como colocá-la em prática, os gestores e líderes conseguirão valorizar cada
um de seus colaboradores, elaborar projetos voltados para a cultura organizacional, manter as
equipes bem treinadas e informadas sobre tudo que ocorre na instituição, entre outras ações
benéficas. Se antes as empresas só se preocupavam com sua imagem externamente, perante a
comunidade ou figuras de influência, hoje, com a evolução da tecnologia, o conhecimento
cada vez maior dos colaboradores sobre seus direitos e o aumento da importância do caráter
humano das corporações, elas precisam trabalhar sua comunicação empresarial de forma
integrada e ampla, dando atenção tanto ao externo quanto ao interno. (Tameirão, 2020)

A comunicação empresarial, que antes se apoiava em memorandos, murais de aviso e notas


nos cantos dos jornais, foi potencializada e hoje conta com meios muito mais efetivos e
abrangentes. Evoluindo de uma comunicação lenta e fragmentada, atualmente as empresas
conseguem gerir as suas informações com qualidade total e quase em tempo real.

1.3. FLUXOS DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

Numa organização os mecanismos de comunicação se movimentam, simultaneamente, em


três fluxos e duas direções. São os fluxos descendentes, ascendentes e lateral, nas direções
vertical e horizontal, conforme apresentamos abaixo:

a) Direção Vertical/Fluxo descendente - Inclui as mensagens em geral (instruções,


procedimentos, metas, diretivas) que saem dos cargos de níveis hierárquicos mais
altos para os de níveis mais baixos. O objetivo é assegurar o desempenho correto de
cada papel em todas as posições na organização. Um dos problemas que costuma
acontecer são embaraços e ruídos na comunicação, quando as comunicações dos
níveis mais altos são muito gerais, com objetivo de atingir a todos.
b) Direção Vertical/Fluxo Ascendente - Correspondem aos anseios, expectativas,
resultados e sugestões. São as mensagens, em geral, que saem dos cargos de níveis
hierárquicos inferiores para os superiores. A dificuldade encontrada está na tendência
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de os funcionários só informarem o que consideram que seus superiores desejam


saber.
c) Direção Horizontal/Fluxo Lateral - Incluem as mensagens dos tipos anteriores e
ainda outras que circulam entre os funcionários ou grupos de um mesmo nível
hierárquico, permitindo um bom entrosamento nesses grupos e melhorando a
coordenação dos processos. O problema é quando algum grupo retém informações
importantes para controlar outros.

1.4. TIPOS DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

A Comunicação Organizacional é dividida entre as seguintes modalidades: institucional


(responsável direta, por meio das relações publicas, pela construção de imagem e identidade),
comunicação mercadológica (vinculada ao marketing de negócios, responsável pelos produtos
constituídos pelos objetivos de mercado), comunicação interna (que viabiliza toda a interação
entre a organização e seus colaboradores, utilizando das ferramentas de comunicação
institucional e mercadológica) e comunicação administrativa, que consiste em planejar e
dirigir os recursos da organização, de maneira a obter alta produtividade, baixo custo e maior
lucro (KUNSCH, 2003).

A comunicação interna tem como função transmitir aos funcionários mudanças operacionais e
estratégias feitas na empresa, informações administrativas, ações da empresa e participação da
companhia no mercado. Pode ainda tratar de assuntos ligados a responsabilidade social, meio
ambiente e eventos culturais. (TIBURCIO & SANTANA).

A comunicação externa, por outro lado, é direcionada para clientes, consumidores,


concorrentes, governo e sociedade em geral, está relacionada a imagem que a empresa passa a
esses públicos, difundindo sua marca e valores, as atividades de assessoria de imprensa,
branding, publicidade e marketing são utilizadas de forma integrada, divulgando ações,
projetos e interesses da organização. (Comunicação, 2017)

É imprescindível saber diferenciar tipos de comunicação empresarial para atuar no mercado


ativamente, garantindo sempre melhores posições, salários e reconhecimentos, e quando se
trata de comunicação empresarial interna, deve-se ter em vista a produção escrita na hora de
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passar informações diversas e como ela continua importante mesmo diante de tantas opções
audiovisuais (jornais e revistas internas, boletins, murais, newsletter, cartas oficiais e
comerciais, informativos físicos ou virtuais, e-mails corporativos, etc). (Profissional, 2018)

1.5. OBJETIVOS DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

Embora o propósito final das organizações possa ser o mesmo, no momento da definição dos
objetivos da comunicação corporativa deve estabelecer expectativas e metas específicas. No
final, é possível ver uma conexão dos resultados e impactos que um causa no outro.

É fundamental investir numa boa comunicação com os clientes e parceiros para atrair e
fidelizar os novos e atuais consumidores e expandir a atuação no mercado podendo dividir os
objetivos de comunicação empresarial com foco em clientes:

a) Entender a melhor forma de se comunicar com os clientes: saber onde estão, como
é seu comportamento e o que esperam receber.
b) Oferecer canais de comunicação abertos e unificados: o cliente precisa saber que se
precisar, poderá entrar em contato com a empresa por diferentes formas. Melhor ainda,
ele conseguirá ser atendido e a informação dada em um canal. Como exemplo as redes
sociais servem de ferramenta para um contato direto com os clientes, para um
atendimento personalizado.
c) Bom atendimento em todos os canais: o consumidor ou parceiro jamais deve ter
receio de ligar para a empresa e não conseguir resolver alguma questão. O bom
atendimento deve ser uma regra em todas as interações. É um dos objetivos da
comunicação empresarial mais relevantes para obter resultados positivos e estreitar
relacionamentos comerciais.
d) Atendimento ágil: numa era em que os consumidores estão cada vez mais
impacientes e querem receber informações rapidamente, a agilidade tornou-se palavra-
chave num atendimento externo. Por esse motivo, a empresa deve estar disponível,
evitar burocracias e ser o mais ágil desde o começo até o momento da entrega do que o
cliente procura.
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e) Esclarecer estratégia e missão: nem sempre o cliente sabe qual o propósito da


empresa e, nos tempos atuais, perde a conexão com valores que poderia ter em
comum.
f) Evidenciar os produtos: algumas vezes, por falta de comunicação, o cliente não sabe
que a empresa do qual já adquiriu um equipamento também possui mais opções. Por
conta disso, ao invés de fazer uma compra numa marca que conhece e faz uso, acaba
adquirindo de um concorrente.

Dentro do canal interno, uma das principais funções realizadas e que deve fazer parte dos
objetivos de comunicação empresarial é: garantir que todos na empresa sejam participantes
ativos do modo como a organização pensa e age; informar os funcionários em todos os canais,
de modo a terem informações reais, em tempo real; combater o ruído e a desinformação;
facilitar a troca de ideias; alinhar os funcionários com as prioridades e metas da organização.
O profissional conseguirá um conjunto completo de relatórios e extrair históricos de tudo que
ocorreu. São fontes de informação que permitem uma comunicação eficaz. (DIGITRO, 2018)

1.6. IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

A função da Comunicação vai além da produção de informação, pois deve levar em conta
outros fatores, como o conteúdo e impacto da mensagem, o amadurecimento das lideranças, a
visão da administração e a avaliação do crescimento do negócio. Essas exigências estão em
constante mutação, visto que o ambiente organizacional é dinâmico e se encontra sempre em
contínua evolução. (Mariana, 2017).

Uma má comunicação pode causar diversos prejuízos a uma empresa, portanto, esse é o ponto
inicial pelo qual ela se faz extremamente necessária, e com isso, dificilmente uma liderança
que busca resultados conseguirá atingir seus objetivos. (GONÇALVES, 008,p.35).

A busca pelo mesmo objetivo, uma boa comunicação torna-se fundamental para que o grupo
consiga alcançá-lo, com a troca eficiente de informações, mantem-se o grupo organizado e
facilita na tomada de decisões, o bom desempenho do grupo é a confiança, fazendo fluir a
comunicação. Outro aspeto da importância da comunicação dentro da organização é quando
esta se encontra diante de uma situação difícil, uma crise. BUENO (2009) afirma que a
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comunicação tem um papel fundamental no processo de gerenciamento da crise, sendo


possível perceber o momento em que ela se aproxima, criando estratégias administrativas.

O ideal é que a comunicação empresarial ande de mãos dadas com a visão da empresa, se
entrelace à sua missão e aos seus valores. Isso vai garantir que ela atenda e acompanhe o
planeamento estratégico, além de levar às pessoas as informações que elas precisam sobre o
negócio. Uma das formas mais comuns de desenvolver habilidades comunicativas para que
ela seja mais efetiva e impacte positivamente a gestão do negócio é se inspirar em
profissionais experientes, visto que a boa liderança depende de uma ótima comunicação
empresarial, podendo apresentar algumas dicas:

 Criar rotina de comunicação com liderados- Um bom líder precisa promover um


diálogo efetivo entre as pessoas. Ele deve estar presente, ser objetivo nas reuniões, dar
feedbacks frequentes, almoçar ou tomar café com a equipa, criar momentos para
reconhecer as conquistas ou para alinhar expectativas.
 Delegar de forma clara- mesmo um bom líder às vezes delega ações sem tomar
cuidado com a forma de se expressar, e isso deve ser evitado ao máximo.
 Aproveitar a variedade de canais de comunicação- há empresas com excesso de
reuniões ou de e-mails bem, ou de ambos. Por isso o líder deve conhecer bem, estar
atento às características dos canais de comunicação, saber lidar com eles e usá-los a
favor da gestão e da produtividade.
 Comunicar com objetividade- Conciso e com clareza são qualidade da comunicação
altamente valorizada. O líder precisa ter todas elas, e é fundamental definir o foco e
ser relevante aos interlocutores.

1.7. REGRAS DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

Quanto mais transparente e mais fácil o diálogo entre colaboradores e gestores, mais
facilmente encontramos pessoas envolvidas com o objetivo da empresa e alinhadas com a
cultura e mensagem da organização. Mas atenção, para trabalhar a comunicação com o seu
público interno, é essencial que a empresa idealize antes qual o modelo e como será
desenvolvido o processo de comunicação para que espelhe - de forma fiel e credível - a
cultura organizacional da empresa.
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 Centralizar as informações – centralizar as informações e garantir o seu fácil acesso.


 Investir numa comunicação de dois sentidos – Falar e Ouvir, a Comunicação
Empresarial deve ser feita em dois sentidos: a administração comunica para os
funcionários, e ouve o que eles têm a dizer. Este diálogo tende a estimular a troca de
novas ideias que podem ter potencial para melhorar os resultados da empresa.
 Eliminar os ruídos de comunicação - os ruídos de comunicação são responsáveis por
gerar situações de intrigas e desentendimentos, o que prejudica, naturalmente, o ambiente
de trabalho. Comunicações indiretas devem ser evitadas, devendo comunicar-se
diretamente com as pessoas de interesse.
 Usar a tecnologia como aliada para a Comunicação Empresarial, pois, o recurso a
plataformas digitais de conversação permite que toda a equipa consiga falar entre si de
maneira imediata. A existência de um canal interno de comunicação, mesmo as redes
sociais, se usadas com moderação, são úteis para uma comunicação mais acessível,
próxima e positiva.
 Levar a comunicação para fora da empresa - A comunicação é interna, mas não é
imperativa que seja feita apenas dentro da empresa, em que poderão ser planeados eventos
ou encontros fora da empresa, de forma que os colaboradores sintam-se mais livres para se
expressarem e mais motivados com o trabalho.
 Identificar e priorizar os objetivos corporativos da empresa, começando pela
compreensão de como os gestores da empresa visualizam o futuro dela. Isso ajudará a
desenvolver uma mensagem única sobre a forma de apresentar a missão da empresa;
 Realizar pesquisas entre os funcionários com o objetivo de avaliar a percepção deles
sobre a empresa;
 Avaliar o nível de compreensão dos tomadores de decisão da empresa. Pois estes são
os principais responsáveis por transmitir com exatidão a mensagem da empresa ao
mercado e também por disseminá-la internamente;
 Estudar a perceção do seu cliente a respeito da forma como a sua empresa se
comunica
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1.8. MELHORES PRÁTICAS DA COMUNICAÇÃO


EMPRESARIAL

Trocar informações com o público interno e externo demanda habilidades na composição


das mensagens, a escolha dos mecanismos, seleção de dados e o manejo das respostas
recebidas. Essa tarefa pode tornar-se muito mais fácil com o uso das estratégias certas,
ficando a comunicação empresarial mais eficiente.

 Comunicar de forma clara e objetiva - É necessário conhecer o público a que se


destina a mensagem, adequar a mensagem utilizada de acordo com o contexto, idade,
nível de instrução e interesse dos destinatários. Clareza e objetividade contribuem
para que as mensagens sejam facilmente compreendidas. Falando o essencial, vale
para qualquer canal de comunicação que a empresa utilizar.
 Manter a equipe informada sobre mudanças e estratégias - Isso garante que as
ações fiquem alinhadas com os propósitos preestabelecidos. As pessoas na empresa
são parte de um sistema e para que elas possam colaborar, é importante que estejam
informados, inclusive contribuir na busca de soluções, mas isso só é possível se eles
estiverem acompanhando a realidade corporativa.
 Escolher os canais certos para comunicar - É importante para promover uma
combinação eficiente. Redes sociais da empresa, canais corporativos, grupos de
WhatsApp são algumas ótimas alternativas para tornar os processos de intercâmbio de
informações mais efetivos.
 Otimizar as reuniões - São fundamentais para manter as atividades alinhadas no
negócio. Momento de troca de diálogo, troca de ideias e compartilhamento de
propostas. No entanto definir uma duração, priorizando o que é essencial.
 Incentivar o diálogo - É fundamental estabelecer a cultura de diálogo no
empreendimento, ouvindo as sugestões, ideias e propostas de profissionais. Deve ser
feito com clientes, fornecedores e investidores.
 Incluir métricas para os profissionais - As métricas são recursos que ajudam a
montar um panorama de situações do empreendimento. É possível ter uma visão
sólida da situação da companhia e devolver planeamentos para enfrentar os desafios.
É importante mostrar o desempenho atual da empresa.
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2. A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL COMO FERRAMENTA


ESTRATÉGICA

BUENO (2003) afirma que comunicação empresarial encontra-se hoje em dia na linha de
frente, situada em posição de destaque no organograma empresarial, promovendo
conhecimento e estratégias para que as empresas e entidades não apenas superem os conflitos
existentes, mas possam atuar preventivamente, impedindo que eles se manifestem. KUNSCH
(1997) define esse segmento como “estratégico para compatibilizar os interesses dos
colaboradores e da empresa mediante o estímulo ao diálogo, à troca de informações e
experiências e à participação de todos os níveis”.

ARGENTINI (2006), o sucesso da estratégia de comunicação de uma empresa depende em


grande parte do elo entre a estratégia de comunicação e a estratégia geral da empresa. É
preciso ter um solido desempenho da comunicação empresarial para apoiar as suas missões e
a visão da empresa.

TIBURCIO e colaboradores afirmam que no mundo globalizado, a relação entre organização


e o trabalhador, é ativa no processo de produção. O trabalhador necessita de informação, de
conhecimento e de valorização das suas habilidades e competências individuais. A
comunicação interna exerce um dos papéis importantes, que é aproximar a empresa de seus
colaboradores, pois estes executam suas atividades de forma agregada aos objetivos e
negócios da empresa. É essencial que esse relacionamento seja saudável e confiável entre os
profissionais, além de torná-los mais engajados e alinhados com os valores da organização.

Administrar é resolver conflitos e fazer cada vez mais, com cada vez menos, com mais
agilidade e cada vez melhor. Se a organização não se reestrutura, não se adapta, não gera
resultado, e o planeamento estratégico, na empresa, significa definir para onde ela quer
caminhar, de modo a realizar os seus objetivos, e em quais atitudes precisa atuar para ser
competitiva e crescer no mercado. Em ambos os casos, os sistemas de informação exercem
funções que conduzem ao conhecimento, competência, produtividade, eficácia, qualidade,
rentabilidade, entre outros, estabelecendo padrões de conduta e graus de participação.
(GRACIE, 2010)
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A comunicação como uma ferramenta do marketing global da empresa permite a cristalização


de filosofias, levando a implantação de políticas, a tomada de atitudes e implementando
atividades. Essa estratégia, ao somar um marketing forte a sinergia nos negócios e acrescentar
a transparência dos produtos, tornam-se elementos de qualidade indispensáveis a aceitação da
empresa como idónea, com consciência social, responsabilidade social e espirito inovador
(BAHIA 1995, GRACIE 2010)

Segundo CASTELLS (2006), a revolução da tecnologia da informação motivou o surgimento


do “informacionalismo” como a base material de uma nova sociedade. A revolução das
tecnologias da informação acentuará esse potencial transformativo. O século XXI será
marcado definitivamente pela telecomunicação móvel e pela capacidade da informática,
descentralizando e difundindo o poder da informação, concretizando a promessa da
multimídia e a comunicação interativa.

Os meios de comunicação funcionam como extensões físicas do homem e o meio é a


mensagem. Sendo assim, podemos afirmar, nesse contexto, que as ações humanas propagadas
através dos meios de comunicação tornam-se, então, a mensagem em si (MCLUHAN, 1964).

3. COMO CRIAR UM PLANO DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

O plano de comunicação empresarial é uma estratégia utilizada para estabelecer uma


comunicação efetiva com o público-alvo, de forma a atingir os objetivos almejados. Entre as
vantagens de construir o plano em uma organização, podemos citar a precisão da
comunicação, pois as mensagens atingem o público com mais eficiência. Esse planeamento é
feito a partir da análise de pontos estratégicos para a comunicação corporativa de uma
empresa, como o mercado em que ela atua, a concorrência e o seu público-alvo. Os objetivos
finais são conquistar uma boa reputação, tornar a marca mais reconhecida e respeitada,
melhorar os negócios e aumentar a competitividade, auxiliando no sucesso da empresa.

Com um investimento em um Plano de Comunicação, a empresa conseguirá se comunicar


com mais eficácia e alcançar seus objetivos, aumentando a previsibilidade que se dá devido ao
cronograma de ação, que serve como um guia para a equipe, prevendo quais serão as ações
seguintes e se programar para entregar tudo o que estiver pendente nesse período, evitando
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atrasos e garantindo uma boa performance; organizando as rotinas da empresa permitindo que
a equipe tenha um plano de ações preestabelecido; aumenta seu conhecimento de mercado,
pois ao elaborar o planeamento, é preciso o estudo do mercado e conhecimento do público.
Esclarecendo o diferencial competitivo da empresa, por meio de um estudo aprofundado da
empresa, do seu posicionamento, dos seus produtos e serviços, consumidores e,
principalmente, da concorrência, e quanto mais claro estiver o diferencial competitivo,
maiores são as chances de criar uma comunicação com argumentos de venda claros e
convincentes, apresentando os reais benefícios que a empresa oferece ao público. Os passos
para a construção de um Plano de Comunicação Empresarial podem ser descritas abaixo:

a) Conhecer a Empresa/Marca - estudar conceito de identidade para entender melhor como


ela se posiciona, analisando histórico da empresa, as atividades realizadas pela
organização, quantos colaboradores estão envolvidos e qual o segmento de atuação.
Identificar quais os diferenciais em relação aos concorrentes e quais produtos ou serviços
com maior destaque. Consultar também a missão, os valores e a visão de negócio e
entender se a empresa tem claro o seu propósito. Tudo isso constitui a imagem sobre a
marca, o que ela representa para os consumidores.
b) Definir o propósito do plano – definir os objetivos e os resultados que precisam ser
alcançados em curto, médio e longo prazo. Algumas ferramentas de gestão e de
planeamento estratégico que auxiliam na tarefa de identificar forças, oportunidades,
fraquezas e ameaças em relação à empresa. Neste caso, o plano de comunicação deve ser
baseado no resultado de uma avaliação inicial e todas as ações deverão estar alinhadas ao
diagnóstico de mercado e às estratégias da empresa, contribuindo para a conquista de
resultados positivos, e que faça sentido frente à missão, à visão e aos valores da empresa.
c) Analisar o mercado- entender quais ações já são realizadas de forma bem-sucedida por
outras empresas do seu segmento, quais tipos de estratégia comunicacional estão sendo
utilizados pelas empresas, quais formatos de conteúdo são mais eficientes junto ao
público-alvo, além de descobrir quais as ações que têm maior aceitação de mercado. Por
fim, é recomendado utilizar essa análise para entender quais são os concorrentes, o tipo de
estratégia de comunicação adotada por eles e para avaliar como é possível se destacar no
segmento.
d) Planear as ações estrategicamente - entender quais os desafios a serem encarados pela
empresa, compreender os objetivos da comunicação e também quais as principais
hipóteses de caminhos para o sucesso de sua aplicação na empresa. Ele também deve
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contar com detalhamento de quais serão os canais utilizados, quais ferramentas serão
usadas para automatizar e mensurar os resultados, quais serão os indicadores-chave a
serem acompanhados.
e) Determinar as mensagens e conteúdos- Para planejar o conteúdo das ações, deve-se
estabelecer o que a empresa deve divulgar para o público que deseja atingir, verificar qual
conteúdo gera mais interação e engajamento, pensar em que informações devem ficar
evidentes para o público-alvo, utilizando uma linguagem (formal ou informal) que se
adequa ao público a ser atingido e o canal de comunicação escolhido.
f) Mapear os Canais de Comunicação- A definição de qual veículo será utilizado envolve
ter conhecimento do seu público-alvo, em que é preciso descobrir a quem se destina a
mensagem (os clientes), pesquisando a sua faixa etária, o gênero, a renda, a classe social,
entre outras características, fazer pesquisas e definir quais meios serão utilizados para
determinado grupo e o tipo de abordagem, de forma que a comunicação seja efetiva,
podendo utilizar mais de um canal de comunicação para transmitir as mensagens da
empresa.
g) Criar Cronogramas de Execução e Orçamento- organizar os prazos para cada ação por
meio de um cronograma, em que cada etapa tenha uma data de entrega ou de realização
estabelecida a fim de evitar apuros no decorrer do período projetado no planeamento,
permitindo analisar as ações já desenvolvidas e o que ainda há para fazer, gerenciando de
maneira mais assertiva o tempo dos profissionais e os recursos da empresa; fazer um
orçamento de todo o plano, detalhando todos os custos envolvidos no desenvolvimento
das ações de forma prévia, até mesmo para receber o aval das lideranças, se preciso, e
manter-se preparado também para adequações no orçamento previsto, que pode ter
alterações ao longo do tempo.
h) Estabelecer Indicadores de Resultados e acompanhar os Resultados- Os indicadores
de resultado são utilizados para avaliar a efetividade do plano de ação, permitindo
identificar se as atividades do plano estão dentro do esperado e no tempo programado, e
avalia-los frequentemente ao longo do processo, de forma que mudanças e melhorias
possam ser implementadas. Ao definir indicadores-chave de performance (índice de erros
e retrabalho, satisfação do cliente, dados de acesso ao site, engajamento nas redes sociais,
etc) de forma clara e objetiva, será possível entender quais os pontos positivos do plano de
comunicação empresarial e quais precisam ser revistos para ter um desempenho melhor.
i) Preparar-se para crises- Planear as respostas para os problemas que os clientes possam
vir a ter, e estar preparado para emitir comunicados rápidos e eficazes em um momento de
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crise mais séria e preparar os executivos e outros colaboradores para falarem em nome da
empresa, caso seja necessário, mantendo sempre um bom relacionamento com os órgãos
de comunicação e com o público, sendo essa relação de confiança importante para esses
momentos de impasses, ou seja a credibilidade.
j) Acrescentar etapas de Otimização- ao acompanhar os resultados, é preciso criar uma
etapa de otimização, de forma a acompanhar as necessidades da empresa: afinal, com a
análise de dados e o entendimento do desempenho de cada uma das ações, é possível
entender como melhorar e tornar as próximas etapas mais bem-sucedidas, logo há a
necessidade reavaliar o plano e descobrir se existem pontos que podem ser transformados
para entregar um resultado ainda melhor, aproximando-se cada vez mais do seu objetivo
de marketing. (Benetti, 2019)

4. RELAÇÕES PÚBLICAS E A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

As Relações Públicas, antes relacionadas à política, surgiram em um contexto em que a


opinião pública é reconhecida como importante fazendo nascer a necessidade de conquistá-la.
No ano de 1903, o jornalista e publicitário Ivy Lee percebeu a demanda do mercado e passou
a oferecer serviços voltados para o relacionamento entre organizações e seus públicos. Não se
tratava mais de divulgação, mas sim do delineamento de estratégias de comunicação com os
públicos de interesse. Aos poucos, para se defender de ataques às organizações e aos
empresários, o relacionamento com o público tomou outras proporções. Em 1936, quando foi
publicado o primeiro livro sobre Relações Públicas governamentais o “Public administration
and public Interest”. O ano de 1934 também foi importante para a área, pois foram criados os
primeiros cursos de graduação em Relações Públicas nos Estados Unidos, conforme PINHO
(2008). Após a II Guerra Mundial, as organizações sentiam mais a necessidade de se
relacionar com seus públicos. A economia se recuperava e a opinião pública ganhava mais
força - era necessário saber o que o público queria, surgindo as pesquisas mercadológicas e a
comunicação – Relações Públicas, Jornalismo, Publicidade e Propaganda – ganhou ainda mais
força caminhando, com o passar do tempo, para o que se tem hoje (BALDISSERA; SÓLIO,
2008).

Entende-se que a partir do momento em que as empresas reconhecem e identificam que


possuem diferentes perfis de públicos, estas conseguem traçar melhores planos estratégicos de
A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

comunicação interna e externa, que alcancem a todos os colaboradores, de modo que esses se
mostrem mais engajados com suas causas e filosofias corporativas e todo o seu meio
envolvente. Para GRUNIG (2003) o profissional moderno tem que lidar com os públicos
servindo a eles em primeiro lugar, pois as Relações Públicas servem as organizações na
medida em que servem aos interesses das pessoas afetadas por elas, e com a pressão dos
públicos específicos, o papel do Relações Públicas é construir e manter relacionamentos, por
meio da interferência nas políticas, estratégias e decisões tomadas pela organização que
venham a influenciar os públicos, nas quais é necessário uma Comunicação eficiente. O
conceito e as atividades desenvolvidas no campo da comunicação empresarial coincidem com
alguns das Relações Públicas, cujo profissional é capacitado para geri-la devido suas
competências e aportes teóricos, como se pode observar a seguir. Como consequência de um
plano de comunicação bem estruturado e aplicado, as organizações obtêm melhores resultados
de engajamento e interação e assim, adquirem bons indicadores em relação à satisfação de
clima organizacional, sentimento de pertencimento, maior apoio em causas internas, entre
outros aspetos que favorecem e fortalecem sua imagem, tanto internamente quanto
externamente (ULMI, 2014; BRITO, 2019).

A comunicação empresarial faz a mediação entre os interesses dos públicos e o da


organização por meio da adoção de políticas de comunicação e do estabelecimento de canais
entre os envolvidos, sempre com transparência. KUNSCH (2003), se referindo que a
comunicação empresarial deve constituir-se num setor estratégico, agregando valores e
facilitando, por meio das relações públicas, os processos interativos e as mediações. O
Relações Públicas deve se atentar ao posicionamento da organização na sociedade, pois ela só
obtém o respeito e a atenção dos seus públicos quando legitimada e instituída como agente
por eles. A comunicação organizacional deve ter sua função social (organização como agente)
como uma forma de se evitar conflitos e encontrar o equilíbrio com a sociedade.

Para BRITO (2019), esta imagem e reputação são ainda mais visíveis ao favorecer parcerias e
reforçar o posicionamento da marca para consumidores, clientes, investidores e demais outros
públicos de interesse, impactando direta e positivamente em seus negócios lucrativos. Para se
valer dos benefícios que uma comunicação interna excelente entrega para a organização e
para seus envolvidos, é preciso ter o conhecimento sobre o que é - considerando os conceitos
de relações públicas - a comunicação interna em si e a importância da segmentação de
A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

públicos nesse nível comunicacional, para obter os resultados positivos e esperados a respeito
desse assunto.

É necessário promover a reputação Organização através de canais com alta visibilidade e


credibilidade, estando preparada para trabalhar com jornalistas, editores e influenciadores das
redes-sociais para divulgarem informação com base nos seus comunicados, com o controlo
das mensagens que chegam ao público, especialmente se em algum momento a empresa esteja
a atravessar uma altura delicada em que a transmissão de informação incorreta ou imprecisa
pode ser uma bola-de-neve de problemas que irá causar estragos à imagem da organização.

5. MARKETING E A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

A comunicação empresarial passou a ser planejada estrategicamente e começa a se integrar ao


marketing para oferecer soluções às novas exigências do mercado no cenário mundial. Essa
integração das relações públicas com o marketing aconteceu em resposta à nova realidade de
mercado, em que era preciso definir uma comunicação organizacional integrada capaz de
gerenciar a imagem da organização.

Segundo KOTLER et al (2010) os consumidores tornaram-se mais informados e críticos em


relação ao parâmetro de escolha e vislumbraram a possibilidade de interação como uma forma
de ampliar seu poder de participação ativa no processo de criação do valor de um produto. As
organizações passaram a entender que o consumidor adquiria, juntamente com o produto, a
identidade da organização, o renome da empresa, isto é, o “conceito da compra”. Com a
finalidade de atingir os públicos, a comunicação empresarial e o marketing aproximaram-se
conceitualmente, complementando-se estrategicamente. Ainda segundo KOTLER, a
comunicação assume um caráter estratégico, sobretudo em organizações mais bem
estruturadas que procuraram desenvolver relações de confiança com seus públicos. As
diversas áreas da comunicação interagem entre si, conforme o planeamento de comunicação
integrada, que determina ações direcionadas para comunicação interna, comunicação
institucional, comunicação mercadológica e comunicação administrativa.

O marketing interno tem como principal preocupação, a qualidade de vida de todos os


trabalhadores no mundo laboral, envolvendo a própria organização, os clientes e os
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colaboradores na procura constante de uma motivação e crescimentos mútuos. A importância


do marketing interno está diretamente relacionado com a relação das relações humanas com a
administração das empresas, na mediada em que, os principais desafios são a conquista e
conservação dos clientes e a motivação constante dos colaboradores para esse objetivo. O
desafio constante da empresa reside na sua própria capacidade em acarinhar, compreender e
fazer felizes os seus colaboradores para assim obter dos mesmos uma diferença humana que
provoque, de uma forma natural, uma atitude positiva perante os clientes, promovendo a
fidelização dos mesmos. Neste sentido, o desenvolvimento sustentado de uma empresa
baseia-se numa gestão eficiente da interação individual e organizacional dos colaboradores,
partilhando uma boa “saúde organizacional” favorável e ao mesmo tempo, procurando
soluções concertadas ao nível da criatividade e inovação constantes para uma melhoria
contínua da empresa ou organização.

O marketing externo é entendido como o planeamento, aplicação e controlo de todas as ações


e relações com o mercado exterior, com os clientes, fornecedores, acionistas e com o público
em geral. BRAMBILLA (2005), focaliza o planeamento, a implementação e o controlo das
atividades relacionadas com o composto de marketing de uma empresa. Estabelece as relações
com o mercado, em termos gerais, e da empresa com os clientes, em específico. O ambiente
externo das empresas condiciona e orienta a estratégia da empresa, quer em termos de gestão
de recursos humanos, gestão de clientes e comunidade em geral. Outro fator pertinente na
constante preocupação do marketing externo está relacionado com a incorporação de
sentimentos de pertença, identificação e comunicação eficiente por parte dos colaboradores,
aspeto que pode e deve constituir-se como uma plataforma interessante marketing externo.

6. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL X COMUNICAÇÃO


ORGANIZACIONAL

Apesar da similaridade do nome e da maioria das pessoas considerar esses dois conceitos
como sinônimos, é importante ressaltar, apenas para conhecimento, que alguns acadêmicos
entendem que é preciso fazer uma distinção entre comunicação empresarial e comunicação
organizacional.
A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

Para algumas pessoas, a comunicação empresarial estaria mais relacionada a práticas


diretamente voltadas para o lucro ou benefício – seja financeiro, social ou de imagem – da
própria empresa, enquanto comunicação organizacional seria um conceito mais amplo,
relacionado a diferentes ações e com a capacidade de beneficiar não só a empresa, mas
também pessoas e instituições externas a ela. A comunicação organizacional, diferente da
comunicação empresarial, poderia ser aplicada até mesmo em empresas sem fins lucrativos,
como ONGs e associações.

Em alguns países esses conceitos também podem ter interpretações diferentes, na América
Latina, por exemplo, a comunicação organizacional é um sinônimo de Relações Públicas,
enquanto nos Estados Unidos o termo está mais relacionado a comunicação e eventos internos
na empresa.

JOÃO RIBEIRO (2008), defende que a comunicação organizacional é uma componente


fundamental para a eficiência e eficácia. O conceito Comunicação Organizacional, comporta
consigo diversas abordagens teóricas, engloba todas as formas de comunicação possíveis de
existir numa organização, para que possa interagir com os seus públicos internos e externos e
seja responsável pela gestão de comportamentos e ações dirigidos a esses mesmos públicos,
isto é feita de uma maneira eficaz e capaz de gerar resultados.

TORQUATO (1986) refere que a comunicação empresarial é uma importante ferramenta de


desenvolvimento e expansão de uma empresa e a comunicação Organizacional deve agir
integrando recursos, meios e canais, já que estamos inseridos em uma época definida como a
mais frenética de todas, pelo consumo extraordinário, constante e veloz de informação.

Também na opinião de BERLO (2003), uma organização de qualquer espécie só é possível


em virtude da comunicação, ou seja, é a comunicação no ambiente empresarial que faz com o
que os elementos se consigam organizar e façam com que a empresa seja também organizada
e estruturada (MASCARENO, 2006).

A comunicação funciona, assim, como um aparelho circulatório que facilita a resolução de


diversos problemas organizacionais, que pode levar ao aproveitamento de muitas
oportunidades (REGO et al., 2007). Neste sentido, a comunicação apresenta varias
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abordagens e perspetivas cuja importância é determinante face a cenários globalizados e cuja


relevância para as organizações tem sido um assunto cada vez mais estudado e destacado.

A comunicação surge assim, como uma ferramenta essencial para a performance global de
uma organização, daí a importância de investir nesta, de forma eficiente, de forma a facilitar
toda a gestão organizacional (melhorar o relacionamento entre trabalhadores, clientes e
superiores). É também necessário evitar a distorção da informação e melhorar a informação
(ou seja dinamizar os circuitos de informação) a fim de criar um plano de comunicação
estratégica, que auxilie no alcance de resultados e cumprimento de objetivos (DEVESA,
2016). Uma forte comunicação interna deve ser a chave para que um projeto seja bem-
sucedido, entendido e assimilado enquanto valor cultural da organização.

7. TENDÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

TORRES (2007) afirma que a grande tendência das empresas nessa nova economia (a
economia do politicamente correto e do socialmente responsável) diz respeito à colocação da
sua imagem no mundo globalizado em plena era da informação. As pessoas cada vez mais
questionam o fato de que ao consumirem determinado produto, estarão ajudando na
construção de uma sociedade mais justa. Cada vez mais, preço e qualidade são posições
secundárias, sendo substituídos pela ética, princípios e valores. A era da informação está
criando uma enorme geração de consumidores socialmente responsáveis. Esta mudança vem
criando, um conceito novo, denominado de “o quarto setor”. O quarto setor designa-se em
empresas que geram lucros, mas que colocam a sustentabilidade e a responsabilidade social
como fatores principais. Esta terminologia surge, mesmo que ainda possuindo uma
classificação marcada essencialmente pela “falta de palavras de conceitualização”, para
diferenciar-se dos outros três setores que são; o primeiro setor (definido pelo Estado e as
ações relacionadas ao governo), o segundo setor (indústria) e também do relativamente novo
terceiro setor (formado pelas organizações da sociedade civil e sem fins lucrativos).

E é a comunicação a responsável por efetuar a integração desta tendência socialmente


responsável que as empresas estão adotando e que deixa sinais claros quando o social é ou
não estrategicamente utilizado, como afirma KITCHEN & SCHULTZ.
A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

Com o avanço constante das tecnologias, vem surgindo cada vez mais tendências na
comunicação empresarial tato interna como externa que podem ajudar a empresa a alavancar
os resultados conquistados, e essa ideias devem ser aceitas e adotadas, porque como dizia o
pai da administração moderna, Peter Drucker, “mais arriscado que mudar é continuar fazendo
a mesma coisa”. Além disso, é uma forma de inovar e adaptar hábitos antigos ao novo
contexto corporativo, que preza pelo compartilhamento e troca de informações, podendo
apresentar algumas abaixo:

a) Ferramentas de comunicação digital:


 Blog - um dos canais mais utilizados hoje em dia por profissionais de todos os ramos.
É um veículo barato, muito eficientes para atrair públicos, incluindo o interno, e
personalizável. Ou seja, qualquer empresa pode abrir um blog para disseminar
conteúdos relacionados ao setor de atuação, novidades da empresa e emitir
comunicados diversos. Antes de publicar, no entanto, é necessário seguir a
padronização da linguagem, a norma culta da língua e a coerência conforme o público.
 Canal de vídeos - plataformas de vídeo online como o Youtube são unanimidade
entre as pessoas que desejam ficar antenadas sobre diversos assuntos de forma simples
e objetiva. As empresas também podem levar essa interatividade para o seu dia-a-dia,
informando e/ou treinando seus funcionários através de vídeos bem produzidos.
 Redes Sociais – contas empresariais no Facebook, Instagram, WhatsApp, Telegram
e/ou Twitter podem ajudar na comunicação entre os colaboradores da empresa. Esse
canal pede uma linguagem mais leve e informal, e por isso não é recomendado para
fazer comunicados oficiais e que demandam mais seriedade. É uma excelente via para
estreitar relacionamentos e motivar equipes.

b) Softwares de gerenciamento de dados coletados no atendimento


O atendimento é um ponto essencial das empresas, porque é a partir dele que se podem
capturar diferentes informações dos clientes, porém, é preciso saber gerenciar esses dados
para que surtam o efeito desejado. O ideal é gerar um histórico dos consumidores e esboçar
seus perfis, com isso, personalizar o atendimento e entender as demandas dos clientes, por
exemplo: um hóspede antigo de um hotel tem preferência por determinado tipo de alimento
no frigobar, e o hotel pode ofertá-lo em maior quantidade ou de graça para agradecer pela
preferência. Um software de gerenciamento (gestão de relacionamento com o cliente) reúne as
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informações em apenas um local, especificando quais foram as últimas compras do


consumidor, quais são seus interesses, tanto em âmbito geral quanto específico. A vantagem
de contar com um sistema também é manter a segurança desses dados e poder analisar os
erros e acertos cometidos durante o atendimento, a fim de aprimorar essa prática.

c) Omnichannel
A ideia dessa tecnologia é fazer a convergência dos canais de comunicação usados pela
empresa, independentemente de eles serem online ou offline. Assim, o consumidor é atendido
sempre da mesma forma. O objetivo é fornecer uma experiência de compra única para os
consumidores, reunir diferentes opções de canais e mantê-los em sintonia. Assim, sempre que
um vendedor estiver atendendo o cliente, ele pode recuperar todo o histórico de
relacionamento. Isso faz com que o consumidor se sinta especial, porque não é preciso sempre
repetir as informações quando for atendido. A comunicação externa, portanto, é melhorada,
porque se fortalece o relacionamento com os compradores.

d) Atendimento humanizado
Os consumidores cada vez mais querem ser bem-atendidos, ter suas opiniões respeitadas e
demandas compreendidas. Personalizar a comunicação e humanizar o contato é a melhor
forma de fortalecer o relacionamento. Isso pode ser feito pelo PABX (Private Automatic
Branch Exchange), um sistema semelhante a uma central telefônica corporativa, que distribui
as ligações entre os diferentes ramais da organização. Essa tecnologia não é nova, mas é
muito importante para o atendimento humanizado. Isso porque o cliente liga para apenas um
local e esse sistema repassa a chamada para o ramal adequado. O PABX também ajuda na
comunicação interna, porque os colaboradores conseguem se comunicar e resolver
rapidamente as pendências entre os setores.

e) Transmissões ao vivo
Essa tendência de comunicação para empresas foca a instantaneidade e a conectividade, algo
que está em voga na Era da Informação, em que o objetivo é informar o público-alvo em
tempo real e estar mais próximo dos consumidores e colaboradores. As transmissões ao vivo
aumentam o engajamento, métrica analisada para verificar se o conteúdo é visualizado e
entrega valor para os consumidores. Nesse caso, os colaboradores também podem ser
envolvidos, o que eleva a motivação e faz com que eles sejam bons divulgadores da empresa.
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f) Treinamentos remotos
A capacitação da força de trabalho é uma atitude imprescindível para quem quer ter sucesso.
Antes, era necessário empregar valores altos e grandes esforços para realizar um treinamento.
Atualmente, tudo se tornou mais simples, Isso porque os treinamentos remotos são tão
eficazes quanto os presenciais e ajudam a equipe a ser mais produtiva. Os colaboradores
também aprendem a manusear os recursos disponíveis e compreendem melhor o que a
empresa espera deles. As capacitações podem ser realizadas ao vivo ou de modo gravado e
repassadas por internet ou satélite. O resultado é um alinhamento da equipe às estratégias
corporativas e melhoria em todos os setores, inclusive no atendimento. Tornando os
treinamentos remotos em ferramentas de comunicação corporativa, voltados para a equipe
interna, mas que afetam, de modo indireto, o público externo.

g) Business Intelligence (BI)


Soluções de Business Intelligence poderão ser mais focadas nos colaboradores, incluindo
contribuições individuais para a otimização de performance organizacional e melhor
distribuição de recursos. As ferramentas de BI não costumam contar com a colaboração dos
funcionários, portanto, essa nova abordagem exigirá canais de comunicação e de cooperação
para recolhimento de informações das equipes, possibilitando que alcancem um grau mais
granular do planeamento estratégico.

h) Inbound Marketing/ Marketing de Entrada / Atração


O marketing de conteúdo tem-se tornado uma tendência importante em comunicação digital,
pois engloba uma estratégia voltada para a criação de engajamento junto ao público. As suas
ações buscam envolver os clientes com a empresa, seus produtos/serviços e sua marca por
meio da produção de conteúdos que sejam relevantes para eles, com uso de vídeos, textos,
imagens e outros formatos que transportam informações com base em técnicas de escrita, de
storytelling, de persuasão, entre outras estratégias. Seu preceito principal envolve o uso de
meios que façam com que os clientes venham até o negócio de forma voluntária, diferente das
técnicas de Outbound Marketing que podem ser invasivas e desagradáveis. Esses meios
incluem as mídias/redes sociais, os resultados de sites de buscas, páginas de referência, entre
outros mecanismos usados para facilitar a prospeção de clientes de forma orgânica.
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Normalmente, no Inbound Marketing é o consumidor que vai até uma mídia digital da
empresa, como seu site ou blog, para se informar sobre seus produtos/serviços ou descobrir
mais a respeito de suas soluções. Com o conteúdo oferecido pela equipe de marketing, além
das próprias técnicas de Inbound, ele pode ser trabalhado por meio do chamado funil de
vendas até realizar uma ou mais compras. É preciso destacar que no Inbound Marketing os
negócios não são “forçados”. As vendas tendem a ser feitas com pessoas que, após todo o
processo de atração, relacionamento e consideração, resolvem comprar porque conhecem o
empreendimento e já entendem seus próprios problemas e as soluções dadas pela empresa
para resolvê-los.

i) Gamificação
A gamificação, conceito criado em 2003 por Nick Pelling, tem-se tornado cada vez mais
popular nas companhias graças ao aumento dos diversos canais digitais que estão adentrando
o ambiente empresarial, e consiste em uma forma lúdica de motivar e engajar a equipe,
visando ao alcance de metas e ao alinhamento de suas atuações com os propósitos da
empresa. Isso é feito com o uso de mecânicas e funcionalidades próprias dos games nos
ambientes corporativos físicos e virtuais, o que inclui a atribuição de prêmios, pontos, bônus,
entre outros incentivos, podendo ser concedidos tanto a colaboradores, que executam suas
funções corretamente e progridem no empreendimento, quanto a clientes, que avançam em
processos de compras em lojas virtuais. Também são entregues para consumidores que têm
um longo relacionamento com a companhia ou que executam diferentes ações no site
organizacional - se inscrever em newsletters, indicar amigos para negócios com a empresa,
realizar cadastros etc. Essa estratégia tem por propósito estimular os consumidores a
interagirem mais com o negócio, a comprarem mais produtos/serviços e a elevarem seus
níveis de engajamento. É possível usar quadros de classificações, tabelas de realizações,
níveis de aprendizado, entre outros recursos para potencializar o desenvolvimento dos
funcionários. Isso também torna o processo de capacitação mais leve e divertido.

j) Home Office
Uma vantagem tecnológica que tem mudado a forma como as empresas trabalham e se
comunicam com seus colaboradores é a comodidade propiciada pelos dispositivos móveis
inteligentes. Graças a isso, o home office tem crescido nas organizações, abrangendo
atividades que antes não eram possíveis de serem executadas a distância. Isso reforça a
A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

tendência de que o trabalho remoto continue se expandindo nos próximos anos, e


acompanhando esse movimento, graças à evolução de soluções tecnológicas de voz e de
conexão à web, os processos de comunicação com os profissionais que optam por essa prática
também podem ser otimizados, facilitando o envio de mensagens rápidas, a realização de
teleconferências de maior qualidade e o acompanhamento de conversas em grupos com base
em ramais, e desse modo, os colaboradores remotos se sentem mais perto da sede e de seus
colegas.

k) BYOD
BOYD (Bring Your Own Device), ou “Traga Seu Próprio Aparelho”, é uma tendência que
está se consolidando nas empresas. Esse termo se refere aos colaboradores que levam seus
dispositivos eletrônicos ou de computação (smartphones, notebooks, tablets etc.) ao ambiente
de trabalho para serem conectados à rede corporativa e usados em suas atividades
profissionais. Dessa forma, a comunicação passa a ser feita diretamente com esses
equipamentos. Além disso, a empresa pode aproveitá-los para uma economia de custos, já que
são os próprios colaboradores que os adquirem. Como os funcionários podem empregar o
mesmo aparelho tanto para uso pessoal quanto para o profissional, eles conseguem trabalhar
em qualquer local. Para melhorar isso, a companhia pode oferecer soluções de telefonia
adicionais, como os ramais, utilizando-os em conjunto com os equipamentos dos
colaboradores, aumentando a produtividade de modo significativo, pois os colaboradores
conseguirão responder às solicitações de maneira ágil, além de serem mais responsáveis e
cuidadosos com a manutenção desses dispositivos. Contudo, é preciso cuidado, afinal, o uso
de dispositivos pessoais nas redes da empresa traz riscos à segurança de TI, já que podem ser
empregados por cibercriminosos, vírus e outros programas para roubos de dados e ataques
virtuais. De forma a evitar ou minimizar esses possíveis problemas, torna-se necessário a
adoção de uma política de segurança para BOYD, especificando o que pode ou não ser feito
com os aparelhos no ambiente corporativo e indicar formas de prevenção contra esses riscos,
e também estabelecer mecanismos de monitoramento de aplicativos e outras ações que deem
maior controle à área de TI para evitar violações e problemas de acesso.

Estar por dentro das evoluções do mercado de comunicação é essencial para uma empresa se
destacar, mas manter-se informado não é o suficiente, pois o mercado está cada vez mais
acirrado e analítico, podendo adotar muitas soluções para o monitoramento de mídia
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integrada, mapeamento de influenciadores, mensuração de ferramentas específicas que


adicionam inteligência a cada uma dessas atividades. (Leucotron, 2019)

8. A RESPONSABILIDADE E DESAFIO DA C. EMPRESARIAL EM


TEMPOS DE PANDEMIA

BAHIA (1995) afirma que, a comunicação empresarial não pode ficar indiferente às
mudanças tecnológicas e sim aderir a toda tecnologia que estiver ao seu alcance no intuito de
facilitar o cumprimento das metas da empresa”.

O novo desafio dos comunicadores é aliar, em um mesmo processo estratégico empresarial, a


imagem da empresa, a responsabilidade social empresarial e às eras tecnológica e de
informação em que vivemos, explorar ao máximo os canais das novas mídias digitais, criando
uma interface entre empresa e sociedade que caracterize o século tecnológico no qual estamos
inseridos, usando a mídia digital não para uma empresa parecer socialmente responsável, mas
para ajudá-la a efetivamente ser (TORRES, 2007).

Com o acesso a um volume maior de informações e a possibilidade de se relacionar com


diversas pessoas, por meio da internet, sem restrição geográfica, as pessoas, principalmente a
geração Y, adotam uma nova postura em relação a comunicação, seja para consumir, seja no
ambiente de trabalho. As empresas viram-se, obrigadas a participar das mídias digitais como
novas formas de interagir com o seu público. As redes corporativas, para comunicação e
integração da empresa são uma tendência e deve ser exploradas nos mais diferentes níveis
para promover experiências que ajudem os indivíduos a formar opiniões, despertar interesses
e gerar decisões (TIBURCIO e colaboradores).

Neste momento em que todos os países do mundo procuram se preparar ou gerenciar os


impactos de uma pandemia, muitas empresas desempenham ativamente suas
responsabilidades diante de seus profissionais e da sociedade. Como protagonistas da
economia e do ambiente de negócios, as organizações têm como responsabilidades básicas a
boa condução dos negócios e o cuidado com seus funcionários. O avanço contínuo do novo
coronavírus levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a defini-lo como pandemia.
A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

Diante disso, neste momento, as empresas encontram-se expostas a uma série de riscos
estratégicos e operacionais, colocando também em causa a comunicação corporativa,
tornando-se importante se preparar para incertezas futuras, estabelecendo equipes de tomada
de decisões de emergência para definir os objetivos a serem alcançados e criar um plano de
emergências, além de garantir que as decisões possam ser tomadas o mais rápido possível em
diferentes situações, avaliando os riscos e esclarecendo mecanismos de resposta a
emergências, planos e divisão de trabalho (planos de contingência de emergências) incluindo
questões com funcionários, terceiros, governo, demais públicos externos e toda a sua cadeia
logística, estabelecendo um mecanismo positivo de comunicação de informações para
funcionários, clientes e fornecedores, e criar documentos de comunicação padronizados para
coletar, transmitir e analisar informações da pandemia e emitir imediatamente avisos de riscos
e estabelecer um sistema de monitoramento de saúde dos funcionários e manter a
confidencialidade das informações sobre a sua saúde, fortalecer a educação sobre segurança
durante pandemias, estabelecer diretrizes de proteção pessoal para funcionários baseadas em
fatos e aumentar a conscientização sobre segurança e prevenção de riscos, seguir o
planeamento e os planos de ação unificados do governo local, pois a divulgação adequada de
informações corporativas pode melhorar a imagem de uma empresa, desenvolver manuais
relevantes e testes prévios baseados em cenários de emergência, e efetuar exercícios de
simulações de emergência ou treinamentos. (DELOITTE)
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CONCLUSÃO

Sem um boa comunicação empresarial, as corporações estão sujeitas a uma série de prejuízos,
tanto financeiramente, quanto à imagem e reputação passadas.

É importante ter profissionais de qualidade que possam cuidar dessa questão, ou oferecer
meios para que ela seja facilitada, sem perder em eficiência, praticidade e segurança. Bem
empregada, a comunicação empresarial é uma caixa de ferramentas muito útil como poder e
autoridade.

Investir em tecnologia a seu favor é uma ótima alternativa, quando se trata de comunicação
empresarial, expandindo e ganhando novas formas, cada vez mais criativas, simples e
eficientes.
A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

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Saraiva, 2009

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