Você está na página 1de 4

DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL III

ACADÊMICA: LETÍCIA DE MACÊDO SILVA


PROFESSOR: ITALO DANYEL AMORIM G. D. S.

1° AVALIAÇÃO N1 30.09.2021

Analise as questões e respondam TODAS de maneira justificada e/ou


fundamentada:

1. Qual (is) o (s) objeto (s) do controle concentrado de


constitucionalidade (indique as hipóteses de incidência, assim
como, as não hipóteses de incidência)?
Emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas,
medidas provisórias, decretos legislativos, resoluções, tratados internacionais e
demais atos normativos que sejam genéricos e abstratos .As hipóteses
poderão ele ser exercido em qualquer tipo de ação, ou seja, de natureza cível,
penal, trabalhista, tributária, etc., em processos de conhecimento, cautelar ou
de execução, sendo de destacar que, ocorrendo a arguição, esta é feita em
relação processual onde a lide a resolver-se tem por objeto matéria estranha
ao controle, entrando a arguição apenas como incidente, e por isto mesmo,
podendo ser arguida em qualquer grau ou juízo. As hipóteses de não incidência
corresponde aos fatos ou atos que não estão constantes na lei para dar
nascimento a obrigação tributária, acontecimento material não se sujeita ao
tributo por não se enquadrar à hipótese legal da respectiva incidência. Esta
norma descreve a situação de fato que, quando realizada, faz nascer o dever
jurídico de pagar o tributo. Norma de tributação, ou norma descritora da
hipótese de incidência do tributo.
2. Qual a diferença entre inconstitucionalidade originária e
inconstitucionalidade superveniente? As duas hipóteses são
reconhecidas pelo Supremo Tribunal Federal? A
inconstitucionalidade Originária, recai sobre o texto original da
constituição de 1988, afastando a análise através das emendas, e se
atendo aos dispositivos estabelecidos no primeiro texto constitucional
publicado em entrado em vigor em 1988. A inconstitucionalidade
Superveniente, seria aquela que recai sobre emenda à constituição,
porém, a posição pacífica do STF é que essa espécie de
inconstitucionalidade inexiste, pois nesta situação, seria caso de
revogação, e não declaração de inconstitucionalidade.
3. Explique a diferença entre os efeitos vinculante das decisões
exaradas nas ações de controle concentrado de
constitucionalidade e a revogação de uma lei.
No caso do controle concentrado, o Poder Judiciário é acionado para decidir
acerca da constitucionalidade ou inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
de forma abstrata; ou seja, se a norma indigitada está ou não se contrapondo à
Constituição, por meio das ações diretas de inconstitucionalidade (ADI); das
ações declaratórias de constitucionalidade (ADC), instituídas pela Lei n°
9.868/99; ou das arguições de descumprimento de preceito fundamental
(ADPF), regulamentada pela Lei nº 9.882/99. As decisões proferidas nestas
ações de controle concentrado têm efeitos ex tunc, anulam a lei desde a sua
criação, erga omnes valem para todos e vinculante para todo o Poder Judiciário
e para todos os órgãos da Administração Pública, direta e indireta, não
abrangendo, apenas, o Poder Legislativo. Já a revogação de lei é o ato que
põe fim à sua vigência. Uma lei só pode ser revogada por lei, pois os costumes
não lhe retiram a vigência. Cuidado com as leis de vigência temporária, que
são editadas para terem vigor por certo período de tempo ou durante
determinada situação. Elas não precisam de outra lei para serem revogadas,
mas também são revogadas por lei, uma vez que a própria lei traz a sua
revogação. A revogação de lei, só pode ocorrer através de outra lei produzida
pelo processo legislativo advindo do poder legislativo (Art.2º da CF/88).

4. ual (is) são as formas que os poderes legislativo e executivo atuam


nas questões de controle de constitucionalidade? Comissão de
Constituição e Justiça CCJ.
Comissão legislativa, são grupos formados por parlamentares, que possuem
como finalidade a análise técnica prévia de projetos de lei, ao final, será emitido
um parecer técnico, que atesta a viabilidade ou não da entrada da lei em vigor,
porém, não possui força vinculante. CCJ, é uma comissão legislativa fixa, qual
todos os projetos de lei serão analisados, de maneira prévia, a respeito da sua
constitucionalidade ou não, porém o seu parecer não possui força vinculante
controle de constitucionalidade prévio/preventivo político. Refere-se a
possibilidade que o parlamentar possui de impetrar MS diretamente ao STF
com o intuito de suspender o processo legislativo, e posteriormente o STF
analisar a constitucionalidade ou não do projeto de lei; é denominado, controle
de constitucionalidade preventivo político.
Poder executivo: duas espécies de veto: político, interesse público e o jurídico,
controle de constitucionalidade preventivo político, o veto político é motivado
em decorrência do interesse público, é uma cláusula subjetiva, interesse
público refere-se a não inovação da lei no conteúdo discutido, ou quando
financeiramente a aplicação da lei se torna inviável, porém, por ser subjetiva,
há possibilidade de outras formas de aplicação, o veto jurídico ocorre quando o
chefe do executivo veta o projeto de lei que contraria o texto constitucional. O
Chefe do Executivo, ao receber um projeto de lei, poderá sancioná-lo ou vetá-
lo. Se há veto, estará havendo controle preventivo. Na verdade, o Chefe do
Executivo veta o projeto de lei, e não a lei, porque o projeto de lei só se torna
lei com a sanção (aquiescência) ou eventual derrubada do veto. Assim, o
controle de constitucionalidade preventivo feito pelo poder executivo ocorre por
meio do veto. Vale ressaltar que existe o veto político e o veto jurídico. O veto é
político quando o Chefe do Executivo entende que o projeto é contrário ao
interesse público. O veto é jurídico quando se veta o projeto não mais por ser
contrário ao interesse público, mas por entender que o projeto é
inconstitucional. Nos termos do art. 66, §1º, da CF/88, estabelece a Carta
Magna que se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em
parte, inconstitucional veto jurídico ou contrário ao interesse público veto
político, vetá-lo-á total ou parcialmente. Somente o veto jurídico é, de fato, o
controle de constitucionalidade prévio, o veto político não é controle de
constitucionalidade, porque nesse caso não há afronta à Constituição.
5. Diferencie controle difuso e controle concentrado, elucidando os
seus efeitos práticos.
Controle difuso concreto: a discussão advém do caso concreto, incidental,
controle por via de defesa, o objeto principal da ação, não é a análise da
constitucionalidade, mas sim, o bem da vida pleiteado. Juízo singular em
legitimidade para análise do controle, assim como, órgãos colegiados. Efeitos:
INTER PARTES, EX NUNC, E NÃO VINCULANTES. Controle Concentrado
Abstrato: objetivo é discussão sobre a lei, controle por via de ação, análise
principal é a lei federal ou estadual, o ato normativo federal ou estadual, ou o
tratado internacional, somente o STF possui competência para analisar as
demandas do controle concentrado. Efeitos: ERGA OMNES, EX TUNC, e é
vinculante.
6. Quem são os legitimados na Ação Direta de inconstitucionalidade-
ADI? Justifique sua resposta elucidando os legitimados que
necessitam demonstrar a pertinência temática da ação.
De acordo com Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e
a ação declaratória de constitucionalidade: I - o Presidente da República; II - a
Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa
de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - o
Governador de Estado ou do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da
República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII -
partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação
sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Os legitimados que
necessitam demonstrar a pertinência temática: Governador do Estado ou
Distrito Federal, Mesa da assembleia Legislativa Estadual ou Câmara do
Distrito Federal, Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito
nacional.

Você também pode gostar