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A plataforma continental
Deste modo, a quantidade e a diversidade de fauna marinha são maiores áreas nas da
plataforma continental.
Correntes marítimas
De quem é o mar?
A utilização dos mares como fonte de recursos tem suscitado algumas questões que,
ao longo dos tempos, têm vindo a ser refletidas e discutidas a nível internacional:
O mar é de todos ou devem definir-se fronteiras?
Os países cujas fronteiras são marítimas têm mais direito a usufruir das suas riquezas
do que os países que se localizam no interior dos continentes?
Estas e outras questões relacionadas com o direito à exploração dos recursos do mar
levaram à realização de várias conferências internacionais sobre o Direito do Mar. Assim,
foram definidos o Mar Territorial ou Águas Territoriais – águas que se encontram até 12
milhas dos limites exteriores da costa e sobre as quais o Estado detém soberania – e a Zona
Contígua – zona do mar alto entre 12 e 24 milhas marítimas, sobre a qual o Estado pode
exercer fiscalização para prevenir ou reprimir infrações às suas leis.
Em 1982, foi assinada uma outra convenção que estabelece o poder dos Estados costeiros
relativamente à proteção e a gestão dos recursos marítimos, até uma distância de 200 milhas
náuticas, designada por Zona Económica Exclusiva – ZEE. Nesta área, o Estado tem direitos de
exploração, investigação, conservação e gestão dos recursos naturais.
Repartida por três áreas distintas, no Continente, na Madeira e nos Açores, a ZEE
portuguesa, é a maior de entre os países da União Europeia e a quinta maior do Mundo.
As extensões da linha de costa e da ZEE justificam a importância da pesca para muitas
comunidades ribeirinhas que delas dependem, ou das atividades com ela relacionadas.
A atividade piscatória
A importância da pesca
A frota de pesca
A frota portuguesa, a quarta maior da União Europeia, contava, em 2005, com 9955
embarcações, 91% das quais era de pequena dimensão.
Subdivide-se em dois grandes grupos de embarcações: as que desenvolvem a sua
atividade nas águas territoriais ou nas suas proximidades, designadas por embarcações de
frota local e costeira, e as que operam em pesqueiros externos, longínquos, identificadas por
embarcações da pesca de largo.
E Embarcações da pequena pesca:
Apresentam pequenas dimensões (inferior a 12m);
São construídas maioritariamente em madeira;
Atuam em águas interiores (estuários e rias) ou perto da costa, até 6 milhas;
Utilizam artes de pesca diversificadas;
Desenvolvem a atividade em curtos períodos de tempo, por vezes, com caráter
sazonal;
Capturam sobretudo espécies de alto valor comercial como, por exemplo,
robalo, linguado, polvo, choco;
São responsáveis por um grande número dos postos de trabalho no setor.
Repartição regional
Nos últimos anos, tem vindo a verificar-se uma redução acentuada da quantidade de
pescado descarregado nos portos nacionais, tanto do que provém de pesqueiros externos
como do que é capturado em águas nacionais.
A redução da atividade da frota portuguesa nos pesqueiros externos tem contribuído
para a intensificação da exploração dos recursos em águas costeiras nacionais, conduzindo à
redução dos nossos stocks e, em consequência, dos resultados da pesca.
A sardinha é a principal espécie capturada, tendo representado, em 2005, 35% do total
de capturas e 13% do valor de receitas entre todas as espécies, apesar do seu baixo valor
económico. Entre as principais espécies capturadas, encontram-se ainda a cavala, o carapau, o
polvo, o atum, o peixe-espada e o verdinho. O polvo representa apenas 7,4% do peso
descarregado, mas 16% no total de receitas da pesca.
Os portos com maior quantidade de pescado descarregado foram, em 2005, os de
Matosinhos, Peniche e Sesimbra. Nos dois primeiros, predominou a sardinha, enquanto em
Sesimbra o peixe-espada-preto teve maior representatividade.
A distribuição regional mostra o predomínio da faneca nos portos do Norte e Centro e
da cavala e do verdinho nos do Alentejo e Algarve. Nos Açores é o atum a espécie
descarregada em maior quantidade e na Madeira é o peixe-espada-preto. O desembarque de
lagostim e de gamba apenas assume significado no porto de Vila Real de Santo António.
A mão de obra
Têm sido desenvolvidas ações de âmbito social que visam salvaguardar os direitos dos
pescadores:
A criação de um diploma legal que integra um quadro de obrigações e de direitos no
contato individual de trabalho;
A regulamentação de sistemas de apoio aos profissionais que percam os seus postos
de emprego pelo abate da embarcação em que trabalham;
Um Fundo de Compensação Salarial para apoiar os profissionais que estejam,
temporariamente, impedidos de exercer a sua atividade.
A Iniciativa Comunitária PESCA, através da qual foi apoiada a adaptação dos pescadores a
atividades económicas alternativas, assumiu também uma importância relevante, pois
permitiu a criação de postos de trabalho e a sobrevivência de algumas comunidades
piscatórias para quem esta atividade constituía o único meio de subsistência, o que contribuiu
para reduzir a taxa de desemprego no setor.
O Programa Operacional da Pesca, MARE, financiado pelo Instrumento Financeiro de
Orientação das Pescas da EU (IFOP), contemplou também um conjunto de medidas de apoio à
formação profissional. Entre outros, foram financiados, por este programa projetos destinados
à melhoria das condições de segurança e de higiene, e à introdução de inovações tecnológicas
nas pequenas embarcações.
A mão de obra
O número de pescadores matriculados tem vindo a decrescer, por abandono da
atividade ou por reforma dos pescadores e por necessidade de modernização funcional da
frota. Apesar disso, o seu número é ainda relativamente elevado, no nosso País.
As regiões Norte, Centro e Algarve são aquelas onde se encontrava maior número de
trabalhadores na pesca, facto que se deve ao predomínio da pesca local, realizada, muitas
vezes, por unidades familiares e com uma importância considerável no emprego local. O
Algarve e os Açores eram, em 2005, as regiões que apresentavam maior representatividade de
emprego na pesca, relativamente ao total do emprego. O Alentejo, apenas com um porto era a
região com menor número de trabalhadores na pesca.
Maioritariamente masculino, o grupo de profissionais da pesca caracteriza-se por uma
idade média de 41,5 anos mas com um peso importante dos níveis etários mais elevados. As
regiões autónomas dos Açores e da Madeira são aquelas onde este grupo é mais jovem,
correspondendo à estrutura etária dessas regiões.
A idade elevada de uma boa parte dos profissionais da pesca ajuda a explicar o
reduzido nível de escolaridade: mais de metade apenas detém a escolaridade relativa ao 1º
ciclo e um número significativo, 4%, não terá sequer frequentado a escola. Salientam-se os
Açores, a Madeira e o Alentejo com o mais baixo nível de instrução e Lisboa como a região
onde assumem maior peso os níveis de ensino mais elevados.
A instrução e a qualificação da mão de obra são fatores importante para o
desenvolvimento de qualquer atividade. A evolução tecnológica das embarcações, aliada à
necessidade de percorrer distâncias cada vez mais longas, tornou necessária a frequência de
cursos de formação que habilitassem os pescadores para as novas exigências.
A integração na Politica Comum das Pescas teve efeitos ao nível da formação
profissional. Para incentivar o rejuvenescimento e a qualificação profissional, foram criados
Centros de Formação nos principais portos do País.
Todavia, a oferta de cursos, que integram as áreas da formação para as operações
técnicas diretamente relacionadas com a pesca e com as atividades ligadas ao setor, não tem
sido acompanhadas com grande interesse por parte dos profissionais da pesca. O número de
formando tem vindo a diminuir, correspondendo apenas a 8% dos pescadores matriculados,
em 2005.
Este decréscimo poderá estar relacionado com:
E As condições pouco aliciantes da atividade, nomeadamente para os jovens, que não
se sentem atraídos por este tipo de trabalho;
E A crise que o setor atravessa;
E Os insuficientes apoios para a frequência de ações de formação para profissionais no
ativo.
Têm sido desenvolvidas ações de âmbito social que visam salvaguardar os direitos dos
pescadores:
E A criação de um diploma legal que integra um quadro de obrigações e de direitos no
contrato individual de trabalho;
E A regulamentação de sistemas de apoio aos profissionais que percam os seus postos
de emprego pelo abate da embarcação em que trabalham;
E Um Fundo de Compensação Salarial para apoiar os profissionais que estejam,
temporariamente, impedidos de exercer a sua função.
A Iniciativa Comunitária da PESCA, através da qual foi apoiada a adaptação dos
pescadores a atividades económicas alternativas, assumiu também uma importância
relevante, pois permitiu a criação de postos de trabalho e a sobrevivência de algumas
comunidades piscatórias para quem esta atividade constituía o único meio de subsistência, o
que contribui para reduzir a taxa de desemprego no setor.
O Programa Operacional da Pesca, MARE, financiado pelo Instrumento Financeiro de
Orientação das Pesca da EU (IFOP), contemplou também um conjunto de medidas de apoio à
formação profissional. Entre outros, foram financiados, por este programa, projetos
destinados à melhoria das condições de segurança e de higiene, e à introdução de inovações
tecnológicas nas pequenas embarcações.
As infraestruturas portuárias
A aquicultura