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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - UFMA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIAS - CCET


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEEE
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

RODRIGO DE SOUSA LIMA

GERADORES DE PWM (PWM1, PWM2, PWM3)

SÃO LUÍS
2021
RODRIGO DE SOUSA LIMA

GERADORES DE PWM (PWM1, PWM2, PWM3)

Relatório apresentado ao Curso de


Engenharia Elétrica da Universidade
Federal do Maranhão como requisito
para obtenção de nota da disciplina
Laboratório de Eletrônica II
ministrada pelo Prof° Nelson José
Camelo.

SÃO LUÍS
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4
2. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 4
2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................... 4
2.2 METODOLOGIA ............................................................................................ 6
2.3 ESPECIFICAÇÕES PARA OS PROJETOS ................................................... 6
2.4 COMPONENTES UTILIZADOS ..................................................................... 7
2.5 ESQUEMAS DE MONTAGEM E MODELAGEM MATEMÁTICA ................... 8
3. ANÁLISES DE RESULTADOS ........................................................................... 10
3.1 CIRCUITOS SIMULADOS............................................................................ 10
4. CONCLUSÕES ................................................................................................... 22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................... 23
1. INTRODUÇÃO

A técnica de PWM é muito usada em diversos tipos de conversores como


por exemplo, o Flyback e o inversor de frequência, ou seja, ela pode ser utilizada
para controlar a velocidade de motores, luminosidade, temperatura, entre outros.
Na prática podemos citar alguns exemplos de aplicações, tais como
carregadores, servomotores e sistemas fotovoltaicos. Além disso, os controles
de potência, fontes chaveadas e muitos outros circuitos utilizam a tecnologia do
PWM como base de seu funcionamento.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Utilizando a técnica PWM é possível controlar a tensão e corrente


fornecidas a uma carga ao ligar e desligar (chavear) o fornecimento de energia
entre a fonte e a carga em uma taxa muito rápida. Quanto mais tempo a
alimentação permanece ligada, em comparação com o tempo desligada, maior
a quantidade total de potência fornecida à carga. Assim, se quisermos, por
exemplo, fazer um motor girar com, digamos, 75% de sua velocidade máxima,
podemos conseguir com o uso do PWM.

O PWM funciona modulando o ciclo ativo (duty cicle) de uma onda


quadrada. O conceito de funcionamento é simples. O controlador (fonte de
tensão com PWM) entrega uma série de pulsos, gerados em intervalos de igual
duração, que pode ser variada. Quanto mais largo o pulso, maior a quantidade
de corrente fornecida à carga.

Figura 1 – Ciclo ativo.


Fonte: Newton C. Braga.
Em termos de definição utilizadas na técnica PWM, temos:

Ciclo ou Período – o intervalo de tempo entre a subida de um pulso (dado em


segundos).
Frequência – a taxa de bordas de subida de um pulso (dado em Hz ou ciclos
por segundo).
Taxa de Ciclo – tempo no período em que o pulso está ativo ou alto, dividido
pelo tempo de ciclo (é dado em porcentagem do período completo).
Considerando uma onda quadrada, para o funcionamento correto do PWM
e variando a largura de pulso da onda para calcular o dutycycle, precisa-se do
período e a largura do pulso para o cálculo do duty-cycle, definida em
porcentagem segundo a formula:
𝐿𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑢𝑙𝑠𝑜
𝐷𝑢𝑡𝑦𝐶𝑦𝑐𝑙𝑒 = 100 𝑥
𝑃𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
Onde:
Duty-Cycle: Valor em (%)
Largura do pulso: Tempo em que o sinal esta ligado.
Período: Tempo de um ciclo da onda.

Para calcular o Duty-Cycle e a tensão média aplicada em uma carga


considerando uma tensão de 12 V DC e uma frequência de 20 kHz, ou seja,
período de 50 µs, com 40 µs de tempo ligado e 10 µs do tempo desligado temos:

Figura 2 – Sinal PWM.


Fonte: Mecaweb.

O período do PWM é dado por:


𝑃𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 = 𝐿𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑢𝑙𝑠𝑜 + 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑖𝑔𝑎𝑑𝑜
𝑃𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 = 40 µ𝑠 + 10 µ𝑠 = 50 µ𝑠
Utilizando a fórmula para o cálculo do dutycycle, tem-se que:
40 µ𝑠
𝐷𝑢𝑡𝑦𝐶𝑦𝑐𝑙𝑒 = 100 𝑥 = 80%
50 µ𝑠
A tensão média do sinal é dada por:
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝐴𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑥 𝐷𝑢𝑡𝑦𝐶𝑦𝑐𝑙𝑒
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 12 𝑉 𝑥 80% = 9,6 𝑉

2.2 METODOLOGIA

Para projetar e simular os circuitos analógicos geradores de sinais com


largura de pulso modulada, foi utilizado o software Multisim na NI Instruments e
a modelagem matmática para a escolha dos componentes dos circuitos
conforme sugestões para desenvolvimento e simulação.

2.3 ESPECIFICAÇÕES PARA OS PROJETOS

PWM1 − Implementação com TL084


• Configurar o PWM1 usando um amplificador operacional TL084 como
comparador de tensão com polarização ± 12 V.
• Usar um potenciômetro para gerar a tensão referência para comparação.

Simulação do PWM1 com TL084 − onda senoidal

• Usar o gerador de funções, selecionar a onda senoidal com v(t)=10sen(wt)


V e f=1 kHz.
• Variar o potenciômetro lentamente e continuamente verificar a modulação
da largura do pulso na saída do PWM.

Simulação do PWM1 com TL084 − onda triangular

• Usar o gerador de funções, selecionar a onda triangular com


v(t)=10triang(wt) V e f=1 kHz.
• Variar. Ajustar o potenciômetro lentamente e continuamente verificar a
modulação da largura do pulso na saída do PWM.
PWM2 − Implementação com LM339
• Partir do modelo PWM1 trocando o amplificador operacional por um
comparador de tensão LM339.

Simulação do PWM2 com LM339 − onda senoidal


• Usar o gerador de funções, selecionar a onda senoidal com v(t)=10sen(wt)
V e f=1 kHz.
• Ajustar o potenciômetro para lenta e continuamente verificar a modulação
da largura do pulso na saída do PWM2.

Simulação do PWM2 com LM339 − onda triangular

• Usar o gerador de funções, selecionar a onda triangular com


v(t)=10triang(wt) V e f=1 kHz.
• Ajustar o potenciômetro para lenta e continuamente verificar a modulação
da largura do pulso na saída do PWM2.

PWM3 − Implementação incluindo CI gerador de onda triangular


• Usar um CI que possibilite a geração de uma onda triangular com as
mesmas amplitude e frequência usadas na simulação dos projetos PWM1
e PWM2. Sugestão: LM555 ou LM566 ou outro qualquer, por escolha a
critério do aluno ou equipe. Manter como bloco PWM1 o modelo PWM2.

Simulação do PWM3 − Onda triangular gerada por CI

• Usar o CI gerador de onda triangular com f=1 kHz.


• Ajustar lenta e continuamente o potenciômetro e verificar a modulação da
largura do pulso na saída do PWM3.

2.4 COMPONENTES UTILIZADOS

PWM1 − Implementaçaão com TL084


Os componentes utilizados para o circuito foram os seguintes:
• 1 Gerador de função;
• 1 AmOp TL084;
• 1 Fonte de tensão CC simétrica;
• 1 Fonte de tensão CC;
• 1 Potenciômetro de 47 kΩ;
• 1 Resistor de 47 kΩ;
• 1 Osciloscópio.

PWM2 − Implementação com LM339


Os componentes utilizados para o circuito foram os seguintes:
• 1 Gerador de função;
• 1 Comparador LM339;
• 1 Fonte de tensão CC simétrica;
• 2 Fontes de tensão CC;
• 1 Potenciômetro de 200 kΩ;
• 1 Resistor de 10 kΩ e 100 kΩ;
• 1 Osciloscópio.

PWM3 − Implementação com LM555 e LM339


Os componentes utilizados para o circuito foram os seguintes:
• 1 LM555
• 1 Comparador LM339;
• 1 Fonte de tensão 12 VDC;
• 1 Fonte de tensão DC simétrica;
• 1 capacitor de 0,1 𝜇𝐹 e 0,2 𝜇𝐹;
• 1 Resistor de 47 kΩ, 100 kΩ;
• 1 Potenciômetro de 200 kΩ
• 2 Resistores de 10 kΩ;
• 1 Osciloscópio.

2.5 ESQUEMAS DE MONTAGEM E MODELAGEM MATEMÁTICA

PWM1 com TL084


Para o circuito com PWM1 tem-se o seguinte esquema de montagem, onde
pode-se ver os resistores que serão usados para o comparador de tensão:

Figura 3 – Esquema de montagem para o PWM1.


Fonte: Multisim.

Acrescentou-se diversos elementos ao circuito que serão melhor


explicados nos resultados das simulações.

PWM2 com LM339


Para o circuito com PWM1 tem-se o seguinte esquema de montagem, onde
pode-se ver os resistores que serão usados para o comparador de tensão:

Figura 4 – Esquema de montagem para o PWM2.


Fonte: Multisim.
PWM3 com CI 555 e LM339

Nessa modalidade de circuito está sendo usado o mesmo bloco PWM 2


anterior, com a adição de uma etapa de onda triangular, injetada na entrada do
comparador LM339.

Figura 5 – PWM3 com LM555 e LM339.


Fonte: Multisim.

A etapa osciladora foi calculada de forma a gerar aproximadamente 1 kHz


de onda triangular. Não foi possível gerar uma onda com 10 V de pico, apenas
com 6 V. Os resultados serão melhor analisados na próxima seção.

3. ANÁLISES DE RESULTADOS
3.1 CIRCUITOS SIMULADOS

Nas formas de ondas demonstradas a seguir temos o sinal de entrada em azul


e a saída PWM em vermelho.

Simulação do PWM1 com TL084 − onda senoidal


Para o sinal de entrada senoidal e potenciômetro em 0%:
Figura 6 - Forma de onda PWM1.
Fonte: Multisim.

Para o sinal de entrada senoidal e potenciômetro em 10%:

Figura 7 - Forma de onda PWM1.


Fonte: Multisim.

Para o sinal de entrada senoidal e potenciômetro em 50%:


Figura 8 - Forma de onda PWM1.
Fonte: Multisim.

Para o sinal de entrada senoidal e potenciômetro em 85%:

Figura 9 - Forma de onda PWM1.


Fonte: Multisim.

Para o sinal de entrada senoidal e potenciômetro em 100%:


Figura 10 - Forma de onda PWM1.
Fonte: Multisim.

Simulação do PWM1 com TL084 − onda triangular

Para o sinal de entrada triangular e potenciômetro em 10%:

Figura 11 - Forma de onda PWM1.


Fonte: Multisim.

Para o sinal de entrada triangular e potenciômetro em 50%:


Figura 12 - Forma de onda PWM1.
Fonte: Multisim.

Para o sinal de entrada triangular e potenciômetro em 85%:

Figura 13 - Forma de onda PWM1.


Fonte: Multisim.

Para o sinal de entrada triangular e potenciômetro em 100%:


Figura 14 - Forma de onda PWM1.
Fonte: Multisim.

Acrescentou-se um LED para demonstrar a oscilação do sinal PWM,


como segue abaixo:

Figura 15 - Circuito PWM1 com LED.


Fonte: Multisim.

Pode-se observar que ao longo da variação do potenciômetro, os valores


da largura de pulso aumentaram, com exceção do potenciômetro em 0 kΩ que
obtivemos uma largura de pulso superior menor que a inferior. Vale ressaltar,
também, que os valores de amplitude para o PWM são de aproxidamente 10,5
V (superior) e -10,5 V(inferior).

Outra coisa que se pode perceber através das simulações é que


independente do sinal de entrada, seja ele senoidal ou triangular, o sinal PWM
não mudará.

Simulação do PWM2 com LM339 − onda senoidal


Para o sinal de entrada senoidal e potenciômetro em 10%:

Figura 16 – Forma de onda PWM2. Fonte: Multisim.


Para o sinal de entrada senoidal e potenciômetro em 50%:

Figura 17 – Forma de onda PWM2.


Fonte: Multisim.
Para o sinal de entrada senoidal e potenciômetro em 85%:

Figura 18 – Forma de onda PWM2.


Fonte: Multisim.

Para o sinal de entrada senoidal e potenciômetro em 100%:

Figura 19 – Forma de onda PWM2.


Fonte: Multisim.

Simulação do PWM2 com LM339 − onda triangular


Para o sinal de entrada triangular potenciômetro em 10%:
Figura 20 – Forma de onda PWM2.
Fonte: Multisim.

Para o sinal de entrada triangular e potenciômetro em 50%:

Figura 21 – Forma de onda PWM2.


Fonte: Multisim.

Para o sinal de entrada triangular e potenciômetro em 85%:


Figura 22 – Forma de onda PWM2.
Fonte: Multisim.

Para o sinal de entrada triangular e potenciômetro em 100%:

Figura 23 – Forma de onda PWM2.


Fonte: Multisim.

Pode-se observar que ao longo da variação do potenciômetro que os


valores da largura de pulso aumentaram, com exceção do potenciômetro em 0
kΩ que obtivemos uma largura de pulso superior menor que a inferior. Vale
ressaltar, também, que os valores de amplitude para o PWM são de
aproxidamente 12 V (superior) e -12 V(inferior).
Outra coisa que pode-se perceber através das simulações é que
independente do sinal de entrada, seja ele senoidal ou triangular, o sinal PWM
não mudará.

PWM3 – Implementação com 555 e LM339

Segue abaixo o circuito com etapa osciladora e etapa PWM, simulado em


ferramenta Multisim e os resultados da simulação, obtidos em osciloscópio.

Figura 24 – Circuito PWM3.


Fonte: Multisim.

Para um duty cycle de aproximadamente 50%:

Figura 25 – Forma de onda PWM3 para ciclo de trabalho de 50%.


Fonte: Multisim.
Foi obtido uma onda quadrada, com TON e TOFF iguais, já que o duty cycle
é de 50%. A amplitude é de 12V de pico, aproximadamente. Foi feita simulação
também para >50% e <50%. Os resultados foram os seguintes:

Figura 26 – Duty cycle de menos de 50%.


Fonte: Multisim.

Figura 27 – Duty cycle de mais de 50%.


Fonte: Multisim.
Dessa forma é possível controlar a tensão média entregue a carga, fazendo
com que essa mesma carga trabalhe, tanto a 100% de sua capacidade total,
quanto 50% ou qualquer percentual que se queira, desde que certos parâmetros
sejam levados em conta no projeto.

4. CONCLUSÕES

Através dos resultados obtidos, incluindo as formas de onda e


comportamentos dos circuitos, observou-se que para o desenvolvimento do
projeto, é preciso que se verifique a frequência desejada, tal como a amplitude
do sinal, que é tão importante quanto aquele outro. Assim sendo, conclui-se que
se o projeto fosse amplicado em um âmbito prático, o projetista deveria analisar
se a tensão de trabalho deveria ser pequena (por exemplo, servomotores
pequenos) ou grande (por exemplo, motor CC de potência) e também a
frequência de trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOYLESTAD, R. L.; Nashelsky, L. DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS E TEORIA


DE CIRCUITOS. 11ª ed.Pearson Prentice Hall.

O QUE É PWM. Disponível em:


<https://www.newtoncbraga.com.br/index.php/robotica/5169-mec071a>. Acesso
em: 20 ago. 2021.

PWM – MODULAÇÃO POR LARGURA DE PULSO. Disponível em:


<http://www.mecaweb.com.br/eletronica/content/e_pwm>. Acesso em: 20 ago.
2021.

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