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A Pólis
Democracia antiga: identifica-se com a democracia das cidades gregas, que tiveram
Atenas como paradigma. A democracia antiga distingue-se da atual sobretudo pelo
seu carácter direto e por limitar a participação política a um conjunto muito restrito de
cidadãos.
Oligarquia: Divisão da sociedade grega pela riqueza e acesso aos cargos mais altos
em função desta. Mais ricos governavam e tinham mais poder apesar da Assembleia
(Eclésia) ser de acesso a todos os cidadãos.
Isocracia: Igualdade de acesso aos cargos políticos. Todo o cidadão ateniense tinha o
direito (e o dever) de participar no governo da Pólis. As decisões, normalmente
tomadas em conjunto, respeitavam a vontade da maioria, pois todos tinham igual
direito de voto.
Mais tarde, Péricles completou estas reformas com a criação das mistoforias, espécie
de pagamento feito pelo estado aos que exerciam funções públicas. Foram as
mistoforias que tornaram viável o sistema de democracia direta, pois
permitiram aos cidadãos mais pobres dedicar uma parte do seu tempo à participação
na vida política, deliberando na Eclésia ou julgando nos tribunais.
- A Bulé ou Conselho dos 500: partilhava com a Eclésia o poder legislativo, cuja
organização lhe competia, uma vez que elaborava as propostas de lei, os
prouboulema, sobre os quais a Assembleia do Povo devia deliberar. No intervalo
das sessões da Eclésia, a Bulé era chamada a resolver os assuntos correntes,
cabendo-lhe o poder de decisão. Como o nome indica, formavam este Conselho 500
membros, sorteados anualmente, à razão de 50 por tribo. Ninguém podia
ser membro da Bulé mais do que duas vezes na vida (para dar lugar a todos os
cidadãos).
Os buleutas trabalhavam numa espécie de sistemas rotativo – as Pritanias – em que
alternavam no poder os 50 buleutas de cada tribo.
A democracia antiga era uma democracia direta, isto é, os cidadãos ocupavam-se eles
próprios, sem intermediários
políticos e sem partidos, do governo da Pólis. Para tal exercício era necessário um
domínio geral da retórica, que
permitia convencer e brilhar na política.
1.1.3 os limites da democracia antiga
Os excluídos
As Mulheres:
As mulheres atenienses dedicavam-se aos trabalhos domésticos e à educação
das crianças.
Eram tutela através do casamento, do pai ou do marido e não lhes era
concedido o direito de possuir casa nem bens.
As mulheres mais abastadas viviam no gineceu acompanhadas sempre de
escravas.
O culto cívico
Os jogos
A arquitetura grega
é essencialmente uma arquitetura religiosa. Construía-se a partir do sistema trílito, isto
é, dois suportes verticais (as colunas) unidos por uma laje horizontal (arquitrave). Esta
base construtiva, extremamente racional, dava aos tempos uma grande simplicidade e
permitia a decoração do frontão com inúmeras esculturas. A vontade de construir
obras perfeitas levou à criação de ordens arquitetónicas. Destacam-se as três
seguintes:
- A ordem dórica: é mais robusta e sóbria. A coluna não tem base, o fuste tem
caneluras de aresta viva e termina num capitel com moldura simples. A arquitrave é
lisa e no friso alternam tríglifos e métopas.
- A ordem jónica: é mais elegante e leve. A coluna tem base, as estrias do fuste são
arredondadas e o capitel desenvolve-se em graciosas volutas. A arquitrave divide-se
em três faixas ligeiramente salientes e o friso recebe uma decoração contínua.
- A ordem coríntia: muito semelhante à ordem jónica, a ordem coríntia distingue-se
pelo capitel profusamente decorado com folhas de acanto. Foi utilizada sobretudo no
período helenístico e durante o período romano.
A Escultura:
Idealismo escultórico:
- Obedece a regras fixas: os cânones (defendidos por Polícleto);
- Escultores revelam domínio técnico perfeito do trabalho da pedra e do bronze;
- Evidenciam o conhecimento apurado da anatomia do corpo humano. Obras de
grande realismo, embora não haja preocupação de fazer retratos fiéis (beleza ideal);
- Produzem notáveis estátuas que dão relevo aos frisos, frontões e estelas;
- Gregos procuram, sempre a grandeza nas proporções e não nas dimensões;
- Busca incessante pela beleza ideal e a perfeição, com expressões serena e
contemplativas. Diz-se por isso que a escultura grega é idealista.