Em janeiro de 2020, Julião, agricultor ribatejano, prometeu vender a Luís,

distribuidor, o resultado da sua colheita de milho de 2020. Acordaram que a

recolha seria feita por Luís na segunda quinzena de agosto.
Luís pagou a Julião, na data da celebração do contrato, a quantia de 10000
euros, e comprometeu-se a pagar mais 10000 em agosto.
Porém, em julho, houve fortes tempestades em Santarém, que destruíram a
cultura de milho de Julião.

Em fevereiro de 2020, Julião pediu de aluguer a Luís uma alfaia agrícola,

pelo valor de 100 euros/dia, durante 10 dias.
Em maio de 2020, Julião pediu a Luís um empréstimo de 5000 euros para
comprar pesticidas.

1) Imagine que, em agosto, Julião recebeu 15.000 do seguro, por ter

perdido as colheitas, Pode Luís fazer alguma coisa?
2) Imagine que, em junho de 2020, Julião entregou à mulher de Luís a
quantia de 4000 euros, dizendo apenas que era para pagar as dividas. Quid iuris?

Alice, residente em Leiria, celebrou com Bruno, residente em Coimbra, os

seguintes negócios jurídicos:
- em 01.10.2017, um contrato de mútuo, no valor de €500,00, que
deveriam ser restituídos a Bruno no dia 01.03.2018;
- em 01.01.2017, um contrato de mútuo, no valor de €250,00, que
deveriam ser restituídos a Bruno em 01.03.2018. Para garantia de Bruno, foi dado
em penhor um relógio de Alice;
- em 01.04.2017, um contrato de comodato de um computador, que
deveria ser restituído, a Bruno, no dia 01.06.2018;

1 – Alice quer restituir, hoje, o computador a Bruno. Quid iuris?

 2 – No dia 01.03.2018, Alice entregou a Bruno o montante de €300,00,
não indicando nada relativamente à dívida que pretendia saldar. Quid iuris?
3 Em 02-02-2018, Alice foi, declarada interdita por anomalia. Quid iuris?

A celebrou com B um contrato de fornecimento e instalação, num posto de

abastecimento de combustíveis explorado por B, de um pórtico de lavagem
automática para a lavagem exterior de veículos ligeiros. O preço de aquisição do
equipamento foi fixado em €31.500,00, valor no qual estava englobada a
instalação da máquina.
O preço seria pago através da entrega de 50% do respetivo valor com a
entrega do equipamento, sendo os remanescentes 50% pagos aquando da
instalação técnica da máquina.
Dando cumprimento ao contrato, no dia 21.04, o equipamento foi
colocado por A nas instalações de B, com a sua fixação ao solo. A instalação
técnica ficou adiada, dado já não ser possível, por falta de tempo, levá-la a cabo
nesse dia.
Na noite de 21 para 22 de abril a máquina foi vandalizada, tornando-se
impossível a sua instalação.

1 - A quer o pagamento da totalidade do preço. Quid iuris?

2 – E se a culpa da deterioração da máquina fosse de B?

Manuel, Joaquim e António encomendaram um jipe a Filipe, comerciante

do setor automóvel. Em virtude deste negócio, ficam devedores de Filipe no
valor de €30,000,00 (tendo sido acordada a sua qualidade de devedores
solidários), não tendo procedido ao referido pagamento na data da entrega.
Assim, Filipe pretende que António pague a totalidade da dívida. Contudo,
António tem menos de 18 anos de idade.
Quid iuris, sabendo que Joaquim se tornou entretanto insolvente?
 Caracterize na sua resposta a prestação de Manuel, Joaquim e António
quanto às várias modalidades que estudou.

António adquiriu a Berta um relógio de bolso em ouro no valor de

€1500,00, tendo de pagar o preço até ao fim de abril.
Berta vende o seu crédito a Cristina pelo valor de €1250,00.
António, apesar de ter conhecimento do negócio efetuado entre Berta e
Cristina, como não recebeu qualquer notificação por escrito, depositou ontem na
conta bancária de Berta o valor de €1000,00.
a) Hoje Cristina vem exigir a António o pagamento dos €1500,00.
Quid iuris?
b) Suponha agora que António se tornou insolvente, pelo que Cristina
se dirige a Berta para que ela assuma o pagamento dos €1500,00. Quid iuris?

Manuel, proprietário do estabelecimento “Piano bar” contrata com Nelson,

distribuidor da Central de Cervejas, que Nelson lhe entregará mensalmente 400
litros de cerveja pelo valor de 1000 euros, a pagar 30 dias após cada entrega.
a) Em 02-01-2021, Nelson entregou, como de costume, a mercadoria.
A data de hoje, Manuel ainda não pagou, alegando que, com a pandemia e o
fecho dos estabelecimentos, não lhe é exigível qualquer prestação. Quid iuris?
b) Suponha, ao invés, que Manuel impediu a descarga da cerveja
dentro do estabelecimento, ao que Nelson a deixou à porta, acabando por se
estragar. Quid iuris?
c) Suponha que, além da cerveja, Manuel deve a Nelson o valor de
3000 euros em bebidas brancas, bem como o valor de uma máquina de café, no
valor de 1500 euros. No dia de hoje, Manuel entrega a Nelson 2000 euros. Quid
iuris?