A EAD E AS TICS: LABORATÓRIOS DE APRENDIZAGEM

Leonides Pereira de Souza Guimaraes1

Magda da Conceição Oliveira (co-autora)2
Márcia Valéria de Souza (co-autora)3
Rosimeire Aparecida da Cruz Ferreira (co-autora)4

RESUMO: A emergência da criação novas situações de aprendizagem,

ampliação de oportunidades, capacitação profissional e o desenvolvimento da
tecnologia alinhadas à outras culturas tecnológicas, pedem ao contexto
educacional nova metodologia de ensino, abrangendo inclusive a EaD
(modalidade de ensino a distância). Este artigo tem por objetivo apresentar um
resumo expandido cuja temática envolve uma breve discussão sobre o uso das
mídias em educação, apresentando como referência o ambiente virtual de
aprendizagem a partir do conceito H (ambiente de gestão de aprendizagem).
Destaca-se como elemento importante a inserção da metodologia do PBL
(Problem Basic Learning).

Palavras-chave: Didática, NTCS, Ambiente Virtual de Aprendizagem, Ensino à

Distância, Interação.

RESUMEN: El surgimiento de la creación de nuevas situaciones de

aprendizaje, la expansión de oportunidades, la capacitación profesional y el
desarrollo de tecnología en línea con otras culturas tecnológicas, exige una

1
Doutora em Ciências da Educação (Universidad Columbia -Assunção/PY), Mestre em
Ciências da Educação (Universidad Columbia – Assunção/PY), Graduada em Pedagogia
(UEG), especialista em Metodologia do Ensino Fundamental UFG), pós-graduada em
Planejamento Educacional (UNIVERSO - Universidade Salgado de Oliveira), Pós - graduanda
em Mídias Interativas (UFG); pós-graduanda em Processos e Produtos Criativos (UFG);
E-mail: leonides04@hotmail.com
2
Graduada em Ciências Matemática (UNIEVANGELICA/GO), Especialista de Educação
Matemática (UNIEVANGELICA/GO), Mestre em Ciências da Educação (Universidad Columbia
– Assunção/PY), Doutora em Ciências da Educação (Universidad Columbia - Assunção/PY).
email: magda.oliveira@gmail.com
3
Conservadora-restauradora de bens culturais; Chefe do Laboratório Central de Conservação
e Restauração do Museu Nacional da UFRJ. Coordenadora e orientadora do Projeto de
Iniciativa Científica – PIC Jr (Colégio Pedro II LCCR-RJ). Doutoranda em Ciências da
Educação pela Universidad Columbia del Paraguay, Mestre em História Social pela
Universidade Severino Sombra-RJ. Graduada em Biblioteconomia pela UFMG. Especialista em
Conservação Preventiva pelo Instituto Superior Del Artes, Havana-Cuba. Especialista em Papel
Japonês pelo National Research Institute for Cultural Properties/ICCROM, Tokyo-Japão. Ex-
Diretora da Associação Brasileira de Conservação e Restauração, ABRACOR.
E-mail: marciasouza@mn.ufrj.br
4
Doutora em Ciências da Educação (UNIVERSIDADE COLUMBIA), Mestre em Ciências da
Educação (Universidade Columbia), Especialista e Mídias Digitais aplicadas à Educação
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS) Psicopedagoga(FACETEN), Pedagoga pela
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS..
E-mail: rosyapmeire@hotmail.com
nueva metodología de enseñanza para el contexto educativo, incluida la
educación a distancia (modalidad de aprendizaje a distancia). Este artículo
tiene como objetivo presentar un resumen ampliado cuyo tema implica una
breve discusión sobre el uso de los medios de comunicación en la educación,
presentando como referencia el entorno de aprendizaje virtual desde el
concepto H (entorno de gestión del aprendizaje). La inserción de la
metodología PBL (Problema de aprendizaje básico) se destaca como un
elemento importante.

Palabras clave: didáctica, NTCS, entorno virtual de aprendizaje, aprendizaje a

distancia, interacción.

INTRODUÇAO

Não há transição que não implique um ponto de partida, um processo

e um ponto de chegada. Todo amanhã se cria num ontem, através de
um hoje. De modo que o nosso futuro baseia-se no passado e se
corporifica no presente. Temos de saber o que fomos e o que somos,
para sabermos o que seremos. (FREIRE, 2008, p.33)

Vivemos em uma sociedade onde as coisas acontecem rapidamente e

as pessoas demonstram uma necessidade específica entrar em contato com
grandes quantidades de informações em curto espaço de tempo.
É mediante a necessidade de informações e disseminação de cultura e
conhecimentos que as mídias inauguram um novo espaço de aprendizagem
marcado pela colaboratividade cuja principal característica é o ensino mediado
pela utilização de multimeios e multimídias como ambientes virtuais de
aprendizagem, que de acordo com Prioste (2008, p, 23), “amplia
significativamente as oportunidades de acesso aos conhecimentos que
circulam no mundo” ultrapassando as fronteiras da interação e integração
tecnológica.
Entretanto, é interessante, segundo Tas (2009) que ao acessar a mídia
e seus recursos, os usuários percebam entre os conteúdos disponíveis aqueles
que favorecem a dispersão, a alienação e o isolamento.
Em concordância com Tas (id), Prioste (2008) entende que o
ciberespaço embora se converta em um espaço de expansão e
compartilhamento, ele nem sempre disponibiliza conteúdos relevantes que
tragam benefícios ao estudo científico, pelo fato de estar associados ao
“consumismo, ideais hedonistas e psicologismos”. Daí a necessidade de utilizar
os “filtros” na busca pela informação.
Isto nos leva a entender que, embora contribua como elemento de
pesquisa e coautoria, ele não prevê nem antecipa informações acerca desses
conteúdos. Neste caso, quando se propõe trabalhar com a rede, deve-se
buscar equilibrar os diferentes saberes favorecendo a habilidade de construção
analítica, interpretativa e crítica que articulam entre si conceitos igualmente
importantes como, responsabilidade, identidade e autonomia.
É neste sentido que o ambiente virtual de aprendizagem exige a
construção de “novas ideias e teorias” de aprendizagem as quais devem
favorecer a interação e consequentemente o aprendizado por meio da
colaboração. SANTOS e MACHADO (2010, p.26).

O Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA, na perspectiva do ambiente

de gestão de aprendizagem (AGA)

O gerenciamento de aprendizagem no ambiente virtual contempla uma

nova forma de fazer educação. Em EaD prioriza-se o método em detrimento ao
meio e apresenta como contribuição imediata a distribuição dos conteúdos em
rede.
O ambiente de gestão de aprendizagem (AGA), em detrimento ao AVA
(ambiente virtual de aprendizagem) não propõe aos cursistas, orientadores e
tutores uma limitação quanto a produção e disseminação de conteúdo.
O ambiente de gestão de aprendizagem (AGA) experimenta
pedagogicamente as potencialidades de diferentes meios e mídias como forma
de interação e autoria. Além de contribuir para ampliação qualitativa e
quantitativa de oportunidades educacionais e a construção do conhecimento,
oportuniza ao cursista “explorar todas as possibilidades didáticas e
metodológicas” das mídias e tecnologias. Santos e Machado (2010, p. 34)
No hall da educação a distância, escreve Rocha (s.l/s.n), o ambiente de
gestão de aprendizagem (AGA), ultrapassa as competências normativas do
AVA (ambiente virtual de aprendizagem) propagando-se pela rede, se
configurando “como um porto” ao qual o aluno se dirige apenas para ter acesso
às informações específicas das atividades a ser executadas.
 Sua proposta é a reinvenção do ambiente virtual de aprendizagem,
induzindo o estudante a acessar outros canais de distribuição no ciberespaço,
como por exemplo, redes sociais, blogs, videologs e outros objetos de
aprendizagens tornando ilimitado, do ponto de vista pedagógico, a aquisição do
conhecimento.
A partir do ambiente de gerenciamento de aprendizagem (AGA), a EaD
pode emergir propondo novas orientações para o sistema de ensino em EaD,
cuja proposta se traduz não na montagem de um ambiente de aprendizagem
fechado, mas em um espaço aberto cuja “ [...] evolução das tecnologias conduz
essa modalidade de educação a um novo estágio de desenvolvimento, uma
vez que suas ferramentas potencializam a comunicação dialógica entre os
sujeitos envolvidos no processo educativo [...]”, caminhando provavelmente
para a 6ª geração em EAD. (Pereira; Moraes, 2009 p. 6 in Souza)
A partir da inclusão das NTICs no programa de ensino EaD, o papel do
professor/orientador também sofre mudanças. De simples orientador ele passa
a condição de mediador, promovendo a interação entre aluno/tecnologia/objeto
de estudo, implementando o método PBL (aprendizagem baseada em
problemas)
Enquanto mediadores, professores e orientadores deverão estar atentos
ao nível de interação dos estudantes com as tecnologias, conteúdo em estudo
e grupo de estudo, à participação dos alunos, acompanhando qualquer
mudança. Deverá ainda, fornece um feedback acerca de sua aprendizagem
para que ele avance em direção aos objetivos propostos, pois quanto maior a
diversidade, maior deverá ser a estrutura pedagógica organizada em torno das
mediações e intervenções.
No sistema de gerenciamento deste ensino as propostas de atividades
devem ser claras, delineando o que constitui uma informação resumida e
objetiva.

Habilidades e competências do estudante da EaD

Quem é o estudante da EaD? Que habilidades e competências espera-

se que ele desenvolva? Qual o perfil de estudante recomendando para os
estudos em EaD?
 O ensino em EAD deve procurar vencer a cultura da dependência
presente no ensino presencial, portanto esta modalidade de ensino espera
daqueles que se matriculam “uma autonomia responsável mediante a não-
presencialidade do professor”. Ele deve aprender a tomar decisões e se
responsabilizar por seu próprio crescimento pessoal e acadêmico, conforme
nos apresenta Santos e Machado (2010, p. 34).
As preocupações de Kensky (2007, apud Santos e Machado, 2010, p.
40) quanto ao gerenciamento do AVA a partir do conceito AGA (H), vão além
das descritas por Rocha quando afirma que “é preciso respeitar as
especificidades do ensino e da própria tecnologia para poder garantir que o seu
uso, realmente faça a diferença”.
Igualmente, compreende-se que o desafio maior de pensar o
gerenciamento do ambiente pedagógico a partir do método AGA está na
mediação cuja referência, é o ciberespaço.

A didática nos ambientes de gestão de aprendizagem

A metodologia do ambiente de gestão de aprendizagem, conceito H

(AGA), não se aplica à práticas tradicionais de ensino, pois as mesmas velam
as possibilidades de uma aplicação positiva dos conteúdos via mídias e
tecnologias em rede de Internet.
A didática no ensino virtual deve contemplar a “multidimensionalidade do
processo” sem deixar de considerar as possibilidades dos meios e mídias não
eximindo aos professores da EaD das preocupações referentes aos resultados
da aplicabilidade do método PBL nos ambientes de gestão de aprendizagem
considerando o “dinamismo, flexibilidade e temporalidade” propostos pelo
estudo através das mídias. Santos e Machado (2010, p 48 - 49)
A aplicação do método PBL deverá possibilitar aos cursistas em EaD,
especificamente no ambiente de gestão de aprendizagem, a superação de
seus limites pessoais relacionados aos multimeios de aprendizagem. Com isto,
são inúmeras as dimensões de crescimento pessoal e conceitual quando a
mediação se dá a partir de uma ”pedagogia ativa, dialógica, interativa que se
contrapõe a toda e qualquer visão hierárquica do saber, centrada no professor”.
CARVALHO (2010, p 66; 72)
Do ponto de vista da interação proporcionada pelas tecnologias em
rede, é comum perceber que as pessoas estão cada vez menos aprisionadas
ao texto verbal e suas limitações. Embora se consiga concatenar em um único
espaço texto, imagem e som “não devemos cair no equívoco de julgar que as
transformações culturais são devidas apenas ao advento das novas
tecnologias e novos meios de comunicação e cultura” Santaella (2003 p. 24).
Segundo a autora, devemos compreender que a “cultura das mídias” é
fruto de uma determinação das relações que são construídas a partir de nossas
necessidades comunicacionais. Compete-nos a partir de suas colocações,
fazer uma análise da representatividade das tecnologias, em sua globalidade,
na vida das pessoas procurando compreender em que “condições sociais,
culturais e educativas” elas se apresentam e se colocam em uso. PORTO
(2006 p.44).
Logo, é a partir desta análise, que se torna justificável o uso do ambiente
de gerenciamento de aprendizagem, com vistas a melhorar o relacionamento
do estudante com as TICs, no sentido de proporcionar-lhes uma visão mais
ampliada das potencialidades das mesmas, tendo como referência todo e
qualquer objeto de aprendizagem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O conceito H apresenta diferenças básicas com relação ao conceito

AVA. O H (AGA) extrapola os ambientes de aprendizagem em rede de internet
indicando que é possível ver nas mídias interativas, ou seja, no ciberespaço,
um ambiente de aprendizagem, enquanto o AVA (ambiente virtual de
aprendizagem) simula um ambiente de sala de aula.
Outras diferenças podem ser observadas na exigência de habilidades e
competências que o cursista de EaD deve desenvolver no ambiente de estudos
H (AGA), que não pressupõe autonomia, ele constrói autonomia na medida que
o professor-tutor oportuniza ao cursista a possibilidade de fazer novas
descobertas e tenham uma orientação mais individual, contrariando a ideia de
pós-massividade. Ou seja, o estudante no sistema H (AGA) necessita apenas
ser curioso e ter o desejo de explorar a rede e tantos outros espaços, sem ter
medo.
Compreende-se então, que o enfoque dado a aprendizagem está na
autonomia e na aprendizagem pela busca, que se trata da utilização de
determinados “filtros”: juízo de valor ao conteúdo da pesquisa e local de busca.
Essa performance proposta pelo curso, apresenta um diálogo perfeito
com o método PBL (Problem Basic Learning) por orientar a produção de
processos e produtos (teóricos ou não) mais criativos.

REFERÊNCIAS

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PEREIRA, Eva Waisros; MORAES, Raquel de Almeida. História da educação a

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467d442abef/defe40f1a247b561%3Fq%3D%2522%2Bde%2BFreitas%2BAlmei
da%2522%23defe40f1a247b561&ei=iGwTS6eaOpW8Qpmqic0O&sa
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