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Sobre o Autor:

Junior Santos, 15 anos de estudo no contrabaixo,


estudou na Escola de Música Macedo Miranda aos 8
anos de idade. Aos 18 Estudou Na EM&T escola de
música e tecnologia com o educador e músico Fábio
Zaganin.
Atualmente trabalha no gênero sertanejo, funk groove,
pagode, gospel e jazz. Participou em grandes eventos
um deles acompanhando o Youtuber Diego Rox ( Mais de
1 Milhão de inscritos ) a um evento na Igreja Renascer
em Cristo hall em 2019.
Sobre o E-book:
Com o intuito de trazer a informação do contrabaixo para
o publico desde o iniciante até o avançado, esse livro
carrega ricas informações em uma linguagem informal,
para facilitar a leitura e uma construção separada em
pequenos parágrafos para fácil absorção em
conhecimento.

Conteúdo:
1- Onde surgiu o Groove
2- Referência
3- Criando sua identidade
4- Pensando de um modo diferente
5- Sua função como baixista
6- Batera e Baixo
7- Acordes Ninjas, sua estruturas
8- O básico sobre como montar acordes
9- 3 sacadas para montar e entender o acorde
10- Função harmônica
11 -Escala de acordes
12 Criando possibilidades
13 -Pentatônica
14- Aproximação cromática
15- Notas fantasmas
16- Arpejo
17- Como manter a estrutura ?
Com toda certeza do mundo você já pegou o seu baixo e
fez um som que te fez mexer o "ombrinho" , né ?
Esse é o poder do Groove, meu amigo!

Groove é o sentido da propulsão rítmica, tem o sentido


de “balanço” criado pela interação da música tocada por
uma banda. A seção rítmica ou a famosa "cozinha"
executada pela bateria, baixo elétrico, guitarra e teclados
é o que podemos chamar de groove.

O termo é usado direto para descrever a maneira da


música que provoca uma vontade de se mover, ou
dançar. O groove surgiu na década de 1930, em pleno
auge do Swing, estilo famoso do jazz.

As primeiras aparições da palavra surgiram e foram


gravadas por Wingy Manone, em 1936 (In the groove), e
por Chick Webb, de 1939, em In The Groove, At The
Groove.
Joga o nome desses caras no YouTube, Você vai curti!

Quando apareceu o funk nos anos 1950, o conceito do


groove se associou cada vez mais a uma forma de tocar
ligada com o blues e a música gospel, e desde a metade
da década de 1960, também o soul e o funk. Nas décadas
de 1980 e 1990 se vincula ao Acid Jazz.
Referências
Minha mãe sempre me falava quando era muleque que
eu me tornaria um cara com base de pessoas que estão
ao meu redor, O famoso " Diga - me com quem tu andas
que te direi quem és ".

Namoral, eu acredito muito nisso. Existe um cara por aí


que fala que somos a média das 5 pessoas que
convivemos, é um palestrante chamado Jim Rohn.

No cenário musical isso não fica muito longe. Você é o


que escuta!

Escute boas referências e será um ótimo baixista. A


maioria dos baixista que são referência hoje buscam
suas inspirações lá do fundo do baú, da Fonte.

Junior Braguinha por exempo tem um som muito


parecido com o Jaco Pastoris. Ele afirmou várias vezes
em entrevistas que tem como referência o Jaco e por
isso toca com um som mais anasalado.
( Junior Braguinha é um baixista do cenário Gospel,
Músico Nacionalmente e internacionalmente
reconhecido pelo seu trabalho).

Vou deixar uma lista de baixistas pra você ouvir, alguns


você nem conhece, tenho certeza. Se liga:
1- James Jamerson
2- Bob Babbitt
3- Jaco Pastorius
4- John Patitucci
5- Abraham Laboriel
6- Nathan Watts
7- Nathan East
8- Marcus Miller
9- Victor Wooten
10- Jack Bruce

Esses são os músicos que eu admiro e me espelho,


deixei pra você ouvir.
Escute cada um deles e perceba que todos tocam o
mesmo instrumento mas de forma diferente, esse é o
poder da música!

Criando Sua Identidade


Vamos estudar a forma pra você ter a sua identidade a
partir dos artistas que você tem como referência. Tá na
hora de parar de copiar e começar a ser, amiguinho :)

Primeiro Passo:
Separe 5 baixistas, só 5. (Pode ser da lista que te passei
se você curtiu algum)
Segundo Passo:
Tire o que você acha de legal de cada um deles. Não
interessa se é a nota meio trasteijada, se acha legal, tire
pra você!
Terceiro Passo:
Misture o que você aprendeu de cada um e pronto.

Dessa Forma existe uma grande possibilidade do seu


som ser diferente. Ninguém vai ser como você, até por
que é impossível, o seu jeito de tocar será outro, vai por
mim.

Comigo por exemplo, Eu não sou fã de slap. Curto muito


notas abafadas estilo James Jamerson. Gosto de frases
rápidas mas não pra mim, prefiro ser o famoso chão de
uma banda.
Enfim, tente ser você!

Existem coisas muito além do que tocar rápido ou coisas


semelhantes. Mas assim, se você acredita que fazer
frases e estruturas rápidas no seu instrumento é a sua
cara, vá fundo. O que estou dizendo é para não se limitar.

Pensando de um modo diferente


Baixista pensa como baixista, Guitarrista pensa como
guitarrista, certo ? Errado!

O grande problema da nossa geração é que acham mais


fácil ir ao YouTube pesquisar uma frase de baixo do que
ouvir uma música e tentar tirar um solo de teclado e
passar para o seu instrumento.
É cara, pensar como um tecladista é bem diferente do
que pensar como um baixista. Pensar como outros
instrumentistas faz bem para sua criatividade.

Dica:
Separa todos os dias alguns minutos e escolha um
instrumento para analisar em uma banda e ouça, repare
em cada detalhe.

Eu gosto muito de ouvir the chick corea elektric band e


incognito. São bandas que os instrumentos são ricos em
suas estruturas.
Pesquisa no YouTube, você vai curti.

Sua Função Como Baixista


Brother, tudo isso que eu disse, se você aplicar vai está
na frente de geral. Mas agora vamos pensar em alguns
pontos que devemos respeitar para criar um Groove.

Respeite seu espaço:


Seja em qualquer circunstância, pensar como guitarrista
não te da o direito de ser o guitarrista. Pensar como
pensa um Guitarrista ou tecladista serve pra aumentar a
sua linha de criatividade. Sua função na música é ser
chão, base. Se entender o seu caminho vai chegar em
outro nível.
Batera e Baixo
Eu sei que parece bobeira dizer isso, mas já dei aula pra
uma galera velha de guerra e mesmo assim não sabiam
ou não conseguiam sincronizar, colocar o seu som
alinhado ao Bumbo da bateria.

Para se criar um chão, um Groove dançante, é importante


manter essa sincronia. Uma dica que me ajudou muito no
começo para acerta o Bumbo é Estudar com metrônomo.
Aumente a velocidade de 5 em 5 bpm.
Assim o seu cérebro não assimila o aumento da
velocidade e sem perceber você já está tocando de forma
mais rápida.

Ah, no YouTube você encontra play alongs para estudos,


assim é mais fáci sincronizar seu baixo com o Bumbo.
Vou deixar um link de um canal que sempre estudo:
Playalongs

Acordes Ninjas, Suas estruturas


Entender o que está fazendo é muito importante para
construção de um Groove, e cara, se você acha que iria
fugir de acorde só por que toca contrabaixo, se lascou !!

Mas relaxa, Você não precisa conhecer a fundo teoria e


harmonia musical para saber montar um acorde.
Já vou logo avisando, não quer dizer que você não
precisa estudar Harmonia hein, cabeça! É Muito
importante, muito mesmo estudar Harmonia Funcional.

Mas se você não está muito ligado sobre acorde, vou te


passar 3 Passos aqui pra você forma e entender qualquer
acorde.

Acordes…
É muito simples entender o conceito. Para ter a
formação de um acorde é necessário tocar mais de uma
nota ou seja, uma junção de som.

Acordes tríades são formados por 3 notas, seja maior ou


menor. Se caso aparecer mais de uma nota pode ser uma
dissonância do acorde ou alterações, simples.

Normalmente você só olha "B" de um "Bm" e já sabe que


tem que fazer um si, né ? Então, essa primeira nota é
chamada de baixo do acorde.

FAMÍLIA: Para poder diferenciar o som, distância e o


nome de cada nota, existem o sustenido "#" , o bemol "b" ,
diminuto "°" e etc... Mas, a nota de origem é uma.

Ex: Dó é o pai - Cifra: C Dó sustenido é o parentesco -


cifra: C# DÓ diminuto é parentesco - Cifra: C°
Ou seja, todas se originaram de um pai, o dó maior.
TOM - Distância de uma nota o outra ( Famílias
diferentes ) Ex: A Distância do Dó para o Ré.

SEMITOM - Distância De uma nota para outra ( famílias


diferentes ou Semelhantes ). Ex: A Distância de Dó para
Dó Sustenido ou de Dó sustenido para Ré.

Para construir uma escala maior é só entender a


distancia de cada nota.
A distancia é:
TOM, TOM, SEMITOM, TOM, TOM, TOM, SEMITOM.

Acorde Menor e Maior


A formação de um acorde maior e menor são bem
parecidos por exemplo:

Os 2 acordes são formados por Tônica, terça e quinta


justa. O que diferencia um do outro é a terça, se é menor
ou não.

Acorde Dominante
Um acorde dominante ou com a sétima menor não é uma
tríade, pelo simples fato de existir mais de 3 notas.
É formado por tônica, terça maior, quinta justa e sétima
menor.
Meio Diminuto
Outro acorde também que não é uma tríade é o meio
diminuto.
Ele conta com a junção de uma tônica, terça Menor,
quinta menor e sétima menor.

O ACORDE DE SÉTIMA MAIOR


Bem parecido com um acorde dominante, o acorde com a
sétima maior tem a formação em:
tônica, terça maior, quinta justa e sétima maior.

O que faz ele ser diferente do acorde dominante é só a


sétima. Perceba a importância de apenas uma nota no
acorde, Faz uma grande diferença.

Diminuto
Saca só como acordes são bem parecido uns dos outros.
O Meio Diminuto e o Diminuto só muda uma notinha em
sua construção.

A sétima menor está presente no meio diminuto


enquanto a sétima diminuta está presente no diminuto.

Inversão de Acorde
Um acorde invertido é formado digamos que
normalmente só que com mais um detalhe.
O baixo do acorde ou nota mais grave não é a primeira
nota da escala, podendo ser a terça, quinta ou até a
sétima menor.

Ex:
G/F é um sol com o baixo em Fá, você pode tocar nesse
acorde um Fá e não aconteceria nenhum problema com a
canção pelo simples fato de ser o Fá a nota mais grave.

Isso que te passei é só a ponta do iceberg, existem


muitos outros tipos de acordes, mas esses relacionados
são a base principal e mais usada.

Entendendo como eles são formados, fica fácil para você


montar ou entender os acordes.

3 Sacadas Para Montar e Entender o Acorde


Com essas dicas você saberá facilmente Como entender
e montar os acordes.

1 – todo acorde é formado por 3 notas + as possíveis


alterações.

2 – Sempre use o 1 , 3 e 5 graus da escala maior.


O Iº grau será a TÔNICA ou BAIXO do Acorde.
O 3º grau define se o acorde é MAIOR ou MENOR.
Os outros graus são as possíveis ALTERAÇÕES do
acorde.

3 – Inversões e Acordes Menores Se o acorde for menor,


deve-se diminuir em meio tom ou semitom o 3º grau.

Ex: Se for Cm você fará D# pois é menor, e não E como 3


grau maior.

Escala de cada Nota

Essa sacada aí vai adiantar meio mundo pra você,


coloque em prática! vai precisar nos próximos estudos!

Função Harmônica, já ouviu falar ?


Função Harmônica é o estudo das sensações (emoções)
que determinados acordes transmitem para o ouvinte.
Esse conceito ficará mais claro agora! Primeiro, saiba
que as três principais funções harmônicas são as
seguintes:

Função tônica: transmite uma sensação de repouso,


estabilidade e finalização. Dá ideia de conclusão.
Função dominante: transmite uma sensação de
instabilidade e tensão. Promove a ideia de preparação
para a tônica. Tipo um: " Tá, ainda tem mais um acorde
pra vir"
Função subdominante: é o meio termo entre as duas
funções anteriores. Pode-se dizer que gera uma
sensação de preparação, mas com menor intensidade,
podendo migrar tanto para a função dominante
(intensificando a tensão) quanto para a tônica
(repousando).
Ex: Como se fosse um dominante café com leite, com
uma intensidade bem mais fraca.
Essa tabela que você vai ver aí em baixo tem tudo o que
você precisa saber para se sair bem em uma contrução
de um arranjo, ou até mesmo em uma inversão.
Aplicando te garanto que é tiro certo.

Você não entendeu a tabela ?


Bom, pra você que não sabe o que é grau eu irei explicar
agora. Se você sabe, pule essa parte, adiante tempo pra
si.

Criado para facilitar a vida do músico, os graus são


representados com número Romanos por cada nota Ex: C
= l, D = ll, E = lll, e assim por diante.
Escalas de Acordes Maiores
Vamos descobrir quais notas podem ser utilizadas como
tensão e como passagem em todos os 7 Graus do Campo
Harmônico Maior.

DICA:
Caso a nota da escala esteja a 1 Tom de distância da
nota de acorde anterior, ela é nota de Tensão, caso ela
esteja a 1 Semitom de distância da nota de acorde
anterior, é nota de passagem.

Classificaremos as tensões em referência do acorde, e


não em relação ao tom. Por exemplo.:

No quarto grau do Campo Harmônico de Dó temos o


acorde F7M. Quando colocarmos a nota si para
completar a escala devemos perguntar: "O que a nota Si
é em relação a Fá?" Ela é uma quarta aumentada.

Quando a nota da escala for uma tensão, iremos utilizar


os intervalos compostos. Quando a nota da escala for de
passagem, usaremos intervalos simples.

Pegando o mesmo exemplo acima, o Si seria classificado


como Quarta aumentada (#4) caso fosse uma nota de
passagem. Se ele fosse uma nota de tensão seria uma
Décima primeira aumentada (#11).
Parece complicado, né ? Relaxa, você vai entender!

Jônia – I7M
Nossa primeira escala partirá do primeiro acorde do
Campo Harmônico Maior, o I7M. Vamos fazer tudo aqui
pensando na tonalidade de Dó maior, então, ela vai servir
como base.
Primeiro Passo:
Montar a Tétrade:
C7M – Notas > Dó, Mi, Sol, Si.
Segundo Passo:
Completar a escala com as notas restantes > Ré, Fá e Lá.
Juntado tudo: Dó, Ré, Mi, Fá Sol, Lá, Si. Repare que do Ré
para o Dó temos 1 Tom de distância, segundo nossa
regra, O Ré é nota de tensão. Vimos que Notas de Tensão
serão representadas por intervalos compostos:

Ré seria a segunda, no caso, será a T9 (Tensão Nove).


Do Fá para o Mi temos 1 Semitom de distância, segundo
nossa regra, será nota de passagem. Notas de Passagem
serão representadas com intervalos simples, portanto:
P4 (Nota de Passagem e ela é uma quarta em relação à
fundamental do acorde).

Do Lá para o Sol temos 1 Tom de, então, segundo nossa


regra o Lá seria nota de Tensão. Nesse caso, a Sexta
Maior é um intervalo “Trocavel” com a sétima, isso quer
dizer que o acorde do grau I pode ser com Sexta (C6 ao
invés de C7M) ou também pode ser com a sexta e sétima
juntas (C7M/6).
Nesse caso, iremos considerar a sexta com nota de
acorde.
Número: Nota de Acorde
T9: Nota de Tensão
P4: Nota de Passagem
Tensões da Escala Jônia: 1 – T9 – 3 – P4 – 5 – 6 – 7
Acordes Possíveis: I7M – I7M(9) – I7M (6) – I7M (6,9)

Dórica – IIm7
Agora vamos construir nossa escala sobre o segundo
acorde do Campo Harmônico Maior, o IIm7.
Primeiro Passo:
Montar a Tétrade: Dm7 – Notas > Ré, Fá, Lá, e Dó
Segundo Passo:
Completar a escala com as notas restantes > Dó, Mi e
Sol.

Juntado tudo: Ré, Mi, Fá Sol, Lá, Si, Dó. Repare que do Mi
para o Ré temos 1 Tom de distância, logo, segundo
nossa regra, O Mi é nota de tensão. Ele será a T9 (Nota
de Tensão e seu intervalo em relação à fundamental do
acorde é de uma segunda, por ser tensão utilizamos o
intervalo composto, nona).

Do Sol para o Fá temos 1 Tom de distância, logo,


segundo nossa regra, será nota de Tensão. Será a
T11(Nota Tensão e seu intervalo em relação à
fundamental do acorde é de décima primeira)

Do Si para o Lá temos 1 Tom de distância, logo, segundo


nossa regra o Lá seria nota de Tensão. Então, nesse
caso, o Si é a sensível da tonalidade em questão (dó
maior). Se montássemos um acorde de Dm7(13),
teríamos as notas Ré, Fá, Lá e Si.

Esse acorde possui as mesmas notas que um G7(9) sem


a fundamental. Se nós consideramos o Si como uma nota
possível nesse acorde iremos gerar a sensação de
preparação, já que ele irá soar como um G7(9).
O problema de fazermos isso é que estamos em um
acorde do Grau IIm7.

Como já vimos sobre Campo Harmônico, o llm7 possui


função subdominante. Ao tocarmos essa suposta T13
sobre o Dm7 (a nota Si) iremos promover uma
sonoridade de preparação, ou seja, iremos pegar um
acorde subdominante e colocar uma nota que irá
caracterizá-lo como dominante.

E essa não é a nossa intenção aqui. Por isso, que, mesmo


estando 1 Tom acima da nota de acorde anterior, nós
vamos considerar que nos acordes IIm7 o sexto grau é
nota de Passagem também.
Número e o "b": Nota de Acorde
T: Nota de Tensão
P: Nota de Passagem
Tensões da Escala Dórica: 1 – T9 – b3 – T11 – 5 – P6 –
b7
Acordes Possíveis:  IIm7 – IIm7(9) – IIm7(11) –
IIm7(9,11)

Frígia – IIIm7
Agora vamos construir nossa escala sobre o terceiro
acorde do Campo Harmônico Maior, o IIIm7.
Primeiro Passo:
Montar a Tétrade: Em7 – Notas > Mi, Sol, Si, Ré
Segundo Passo: Completar a escala com as notas
restantes > Fá, Lá, Dó

Juntado tudo: Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó, Ré. Repare que do Fá
para o Mi temos 1 Semitom de distância, logo, segundo
nossa regra, O Fá é nota de Passagem. Ele será a Pb2
(Nota de passagem e seu intervalo em relação à
fundamental do acorde é de segunda menor, portanto,
b2).

Do Lá para o Sol temos 1 Tom de distância, logo,


segundo nossa regra, será nota de Tensão. Será a
T11(Nota de Tensão e seu intervalo em relação à
fundamental é de décima primeira).

Do Dó para o Si temos 1 Semitom de distância, segundo


nossa regra o Dó será nota de Passagem. Ele Será Pb6
(Nota de passagem e seu intervalo em relação à
fundamental do acorde é de sexta menor, portanto, b6).
Número e o "b": Nota de Acorde
T: Nota de Tensão
P: Nota de Passagem
Tensões da Escala Frígia: 1 – Pb2 – b3 – T11 – 5 – Pb6
– b7
Acordes Possíveis: IIIm7 – IIIm7(11)

Lídia – IV7M
Agora vamos construir nossa escala sobre o quarto
acorde do Campo Harmônico Maior, o IV7M.
Primeiro Passo:
Montar a Tétrade: F7M – Notas: Fá, Lá, Dó, Mi
Segundo Passo:
Completar a escala com as notas restantes > Sol, Si e Ré

juntado tudo: Fá, Sol, Lá, Si, Dó, Ré, Mi. Repare que do
Sol para o Fá temos 1 Tom de distância, logo, segundo
nossa regra, O Sol é nota de Tensão. Ele será a T9 (Nota
de tensão e seu intervalo em relação à fundamental do
acorde é de nona maior, portanto, 9).

Do Si para o Lá temos 1 Tom de distância, logo, segundo


nossa regra, será nota de Tensão. Será a T#11(Nota de
Tensão e seu intervalo em ração à fundamental do
acorde é de décima primeira aumentada, logo #11).

Do Ré para o Dó temos 1 Tom de distância, segundo


nossa regra o Ré seria nota de Tensão. Porém, assim
como no Grau I, o Grau IV também pode ser IV6 ou
IV6/7M. A sexta e a sétima são intercambiáveis, por
tanto, iremos considerar a sexta também como nota de
acorde.

Após todo esse processo, geramos a seguinte escala


para o F7M:
Número: Nota de Acorde
T: Nota de Tensão
P: Nota de Passagem
Tensões da Escala Lídia: 1 – T9 – 3 – T#11 – 5 – 6 – 7
Acordes Possíveis: IV7M – IV7M(9) – IV7M(#11) –
IV7M(6) – IV7M(6, 9) – IV7M(6, #11) – IV7M(9,#11) –
IV7M(6,9,#11)

Mixolídia V7
Agora vamos construir nossa escala sobre o quinto
acorde do Campo Harmônico Maior, o V7.
Primeiro Passo:
Montar a Tétrade: G7 – Notas > Sol, Si, Ré, Fá.
Segundo Passo: Completar a escala com as notas
restantes > Lá, Dó, Mi.

Juntado tudo: Sol, Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá. Repare que do Lá
para o Sol temos 1 Tom de distância, logo, segundo
nossa regra, O Lá é nota de Tensão. Ele será a T9 (Nota
de tensão e seu intervalo em relação à fundamental do
acorde é de nona maior, portanto, 9).

Do Dó para o Si temos 1 Semitom de distância, logo,


segundo nossa regra, será nota de Passagem. Será a P4
(Nota de Passagem e seu intervalo em relação à
fundamental do acorde é de quarta justa, logo 4).

Do Mi para o Ré temos 1 Tom de distância, logo, segundo


nossa regra o Mi será nota de Tensão. Ele Será T13 (Nota
de tensão e seu intervalo em relação à fundamental do
acorde é de décima terceira mair, portanto, 13).

Após todo esse processo, geramos a seguinte escala


para o G7:
Número e o "b": Nota de Acorde
T: Nota de Tensão
P: Nota de Passagem
Tensões da Escala Mixolídia: 1 – T9 – 3 – P4 – 5 – T13 –
b7
Acordes Possíveis: V7 – V7(9) – V7(13) – V7(9,13)

Eólia – VIm7
Agora vamos construir nossa escala sobre o sexto
acorde do Campo Harmônico Maior, o VIm7.
Primeiro Passo:
Montar a Tétrade: Am7 – Notas > Lá, Dó, Mi, Sol.
Segundo Passo:
Completar a escala com as notas restantes > Si, Ré e Fá.

Juntado tudo: Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol. Repare que do Si
para o Lá temos 1 Tom de distância, logo, segundo nossa
regra, O Si é nota de Tensão. Ele será a T9 (Nota de
tensão e seu intervalo em relação à fundamental do
acorde é de nona maior, portanto, 9).

Do Ré para o Dó temos 1 Tom de distância, logo,


segundo nossa regra, será nota de Tensão. Será a T11
(Nota de Tensão e seu intervalo em relação à
fundamental do acorde é de décima primeira, logo 11).

Do Fá para o Mi temos 1 Semitom de distância, logo,


segundo nossa regra o Fá será nota de Passagem, Ele
Será Pb6 (Nota de Passagem e seu intervalo em relação
à fundamental do acorde é de sexta menor, portanto, b6).

Depois de todo esse processo, geramos a seguinte


escala para o Am7:
Número e o "b": Nota de Acorde
T: Nota de Tensão
P: Nota de Passagem
Tensões da Escala Eólia: 1 – T9 – b3 – T11 – 5 – Pb6 –
b7
Acordes Possíveis: VIm7 – VIm7(9) – VIm7(11) –
VIm7(9,11)
Lócria – VIIm7(b5)
Agora vamos construir nossa escala sobre o sétimo
acorde do Campo Harmônico Maior, o VIIm7(b5).
Primeiro Passo:
Montar a Tétrade: Bm7(b5) – Notas > Si, Ré, Fá, Lá
Segundo Passo:
Completar a escala com as notas restantes > Dó, Mi e Sol

Juntado tudo: Si, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá. Repare que do
Dó para o Si temos 1 Semitom de distância, logo,
segundo nossa regra, o Dó é nota de Passagem. Ele será
a Pb2 (Nota de passagem e seu intervalo em relação à
fundamental do acorde é de segunda menor, portanto,
b2).

Do Mi para o Ré temos 1 Tom de distância, logo, segundo


nossa regra, será nota de Tensão. Será a T11 (Nota de
Tensão e seu intervalo em relação à fundamental do
acorde é de décima primeira, logo 11).

Do Sol para o Fá temos 1 Tom de distância, logo,


segundo nossa regra o Sol será nota de Tensão. Ele Será
Tb13 (Nota de Passagem e seu intervalo em relação à
fundamental do acorde é de décima terceira menor,
portanto, Tb13).

Após todo esse processo, geramos a seguinte escala


para o Bm7(b5):
Número e o "b": Nota de Acorde
T: Nota de Tensão
P: Nota de Passagem
Tensões para a Escala Lócria: 1 – Pb2 – b3 – T11 – b5 –
Tb13 – b7
Acordes Possíveis: VIIm7(b5) – VIIm7(b5,11) –
VIIm7(b5,b13) – VIIm7(b5,11, b13)

Criando Possibilidades
Bom, tudo que estou dizendo a você é como vejo a
música e penso em criar melodias e grooves. Esse tópico
pra mim é o mais importante, aqui separará você do seu
antes e depois como baixista.

Percebeu que na tabela, cada Função Harmonica tem


mais de um grau ? então, é aí que entra a mágica. Se a
música está em C eu realmente preciso pensar
diretamente em dó? ou começar a criar a partir da tônica
principal? Claro que não!

Existe o lll grau que é muito comum em uma inversão


para se pensar, e existe o Vl grau que é um ponto muito
bom a ser explorado em uma música com o tom em C.

O Vl Grau de C é muito bom de pensar pelo simples fato


dele ser um relativo menor. Na hora de criar um Groove
em C pense em da uma explorada na Pentatônica de Am,
trazendo algumas notas da estrutura de Am para a
estrutura da música em C. Parece confuso mas vamos
desenrolar isso aí.
Se não tem ideia Para groovar, Pense na pentatônica!

Namoral, a pentatônica salva muito, não é atoa que ela é


a carta na manga de muitos músicos. Antigamente,
muitos guitarristas usavam a escala, Tinham uma
criatividade enorme só com cinco notas.

Hoje já não é assim, tudo evoluiu, mas deixar na manga


essa opção ai é sempre bom. Pentatônica pra quem não
sabe é uma escala estruturada apenas com 5 notas.

No caso a pentatônica maior é formada pelos graus 1, 2,


3, 5 e 6 e a Penta Menor é 1, 3, 4, 5 e 7.
Pensando em Am para uma música estruturada em C
você usaria as seguintes notas para uma pentatônica: , C,
D, E, G A .

Ou seja, para criar um Groove em C e da um sabor com a


estrutura da penta de Am faríamos assim:
Supondo que a música fosse esses 3 acordes: C7M,
Bm7(b5) e Em7
No final da nota de Em7 pode acrescentar algumas notas
da pentatônica de Am como passagem até voltar ao
C7M.
Uma suposição seria:
Fazer uma aproximação cromática do C passando por B
até o A, caindo para o D fazendo outro cromatismo até o
C.
(Pegue seu baixo e faça, você vai me entender)

Aproximação cromática salva!


Aproximação cromática da um sabor em qualquer coisa,
principalmente em grooves bem funk anos 80. Se você
está viajando sem saber o que é aproximação cromática,
fica de boa, eu vou te dizer.

Nada mais é do que dá um pulo no vizinho do lado até


chegar a casa que quer, simples!

Um exemplo bem simples para uma aproximação


cromática é: D para C. Para chegar até o C precisamos
passar pela família do C o sobrinho C#. Se você o tocar
fazendo uma ponte para o D e o C, pronto! Uma
aproximação cromática.

É muito interessante essa idéia de cromatismo, da um


sabor na sua sonoridade. Mas calma não vai fazendo
isso em tudo, Menos é mais!! O que estou querendo dizer
que aproximação cromática salva é porque a nota de
aproximação pode casar muito com a caixa da bateria,
fica muito legal a sintonia.

Uma dica, pega lá naquele link que deixei pra você de


play alongs e coloca um Groove e faça as notas
principais no Bumbo e as aproximações na caixa da
batera, toque com firmeza.
Com toda certeza,vai dá um tchã no seu som.

Obs: São possibilidades, ainda irei falar muitas que uso


por aqui. Não use todas em uma única música,
amiguinho

Criando ritmos com “ghost notes” (notas -


fantasma)
Difícil achar um bom Groove sem esse carinha aí. As
ghost notes é o nome dado para o abafamento das
cordas fazendo com que saia um som mais percussivo.

Normalmente esse som serve para da um certo swing em


alguma determinada levada. Bom, como aqui eu disse
que revelaria a minha forma de tocar eu vou dizer como
eu faço para tirar esse som do contrabaixo.

Geralmente Notas Mortas são feitas pela mão direita. A


Lateral da mão abafa a corda fazendo com que você
toque com o Dedão.

Eu adotei uma forma diferente de tocar essa técnica.


Para ter a mão da execução do Pizzicato mais firme,
muita das vezes eu abafo com a mão esquerda.
Vou separar em Tópicos para tocar dessa forma:
1- Junte a sua mão esquerda, um dedo ao lado do outro
2- Com os 3 dedos, dedo médio até o mindinho abafe as
cordas

3- Toque somente com o dedo indicador.


Essa idéia eu absorvi pra mim quando vi um antigo
baixista do Ed Motta que admiro bastante fazendo,
Robinho Tavares o nome da lenda.

Arpejo e sua estrutura


Arpejo é quando notas de um determinado acorde são
tocadas uma após a outra. Por exemplo:Notas que
formam o acorde de Dó maior são: C, E, G.

Quando tocamos essas 3 notas separadamente uma


após a outra, formamos o arpejo de Dó, e quando
tocamos essas 3 notas ao mesmo tempo, formamos o
acorde de Dó.
Todo acorde, por mais complexo que seja, tem um
arpejo.

O Arpejo Maior é formado por: Tônica, Terça Maior e


Quinta Justa

O Arpejo Menor é formado por: Tônica, Terça Menor e


Quinta Justa

Se acrescentar uma 7 maior ou menor já podemos


considerar uma tétrade, pelo fato de ter mais de 3 notas.
Arpejo é uma tríade, passou disso é tétrade. O legal do
Arpejo é que sempre vamos utilizar, não importa o
momento, assim como uma pentatônica ela é uma mão
na roda.

Uma idéia de Lick pensando em Arpejo é eliminando a


tônica e usando só a terça e a quinta. Exemplo: Sua
música está em Um tom Maior, Vá ao VI grau use a Terça
e faça um cromatismo até o Quinta.

Como eu sempre falo, use a técnica ou escala para


pensar, mas nunca use ela completa. Pegue um pedaço
daqui e complete com outro pedaço de outra escala que
encaixe e assim como na construção da sua identidade
você será o "Diferente".
Na sua música vale tudo, menos errar.

Manter a Estrutura
Muita gente está tão preocupada em se destacar em uma
banda que esquece esse tópico. Toda música tem:
Introdução, Refrão, conclusão e na estrutura musical isso
também não fica tão distante.

Manter uma estrutura e seguir é importante, a não ser


que seja uma música de improviso instrumental.

Separe sua criatividade em Blocos, tipo: Bloco A, B, C


etc. fica muito mais fácil a sua mente se organizar na
hora de uma música.
Pensou na seguinte frase, beleza separe como Frase "A"
na sua mente e continue o som. Chegou no refrão, fez
outra frase separe como "B". Teve outra frase na manga?
então é frase "C".

Assim fica mais fácil, é muita informação quando se


pensa em tocar uma música, a cabeça fervilha.

Dessa forma você mantém uma linha de raciocínio e com


toda certeza não fará frases diferentes no refrão porque
já separou a frase do refrão. Mantenha uma ordem,
preste a atenção em um CD de qualquer artista, toda
música se repete em algum momento e os músicos
também.

Não é só porque está lendo uma partitura, mas sim


porque todos sabem que cada parte tem seu lugar. Até
para fazer uma "graça no seu som" fica fácil, é só pensar:
" Bom, vou colocar a frase "C" agora no lugar da "B" , é só
mudar 2 notas " Viu como é fácil para se reestruturar
outra frase pensando em blocos. Cabeça organizada é
cabeça bem resolvida!

Concluindo nossa aula, quero dizer que para ter uma


criatividade vinda do subconsciente você precisa ter
referências, escutar muita música, não reparar somente
no contrabaixo, estudar músicos de outros instrumentos.
Quer ter swing no baixo? Pense como baterista
Quer ter visão harmônica? Pense como um tecladista
Tocar rápido? Pense como um guitarrista
Ser melódico ? Pianista.

Juntando toda sua bagagem seu subconsciente irá


assimilar sem mesmo você reparar o que está faltando
em uma música para você se destacar.

Está duvidando? Faça um teste e depois me envie uma


mensagem no meu insta @juniorsantosbx para me dizer.
Foi um prazer está esse período com você, até mais!

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