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Fê
Cris
Sumário
CAPA
DEDICATÓRIA
SUMÁRIO
CONVITE AO OLHAR COM CARINHO PARA SI MESMA
AUTOESTIMA E AUTOCONHECIMENTO
ESTILO PESSOAL X ESTILO DE VIDA
SILHUETAS: EQUILÍBRIO E HARMONIA
CORES: COORDENAÇÕES E MENSAGENS
CONSTRUÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE GUARDA-ROUPA
COMPRAS: PLANEJAMENTO E CONSCIÊNCIA
MONTAGEM DE LOOKS
ACABAMENTOS
DEFINIÇÃO DE IDENTIDADE VISUAL + PLANO DE AÇÃO
GLOSSÁRIO
CRÉDITOS
Oi, leitora!
A gente AMA essa “versão mudérna” do nosso livro, sabia? Muito chique!
Acontece que a ideia aqui – você vai ver – é conhecer os conceitos que
a gente te apresenta e colocá-los em prática já durante a leitura. Vamos
te mostrar de que jeito o autoconhecimento conduz a caminhos certeiros,
em forma de escolhas-de-vestir coerentes com quem a gente é, com a
vida que vive e com a sensação que cada uma de nós quer ter em frente
ao espelho.
Pra isso o livro propõe exercícios ao longo de cada capítulo, pra que
você já comece a organizar suas ideias. É assim que a gente vai te
ajudando a montar um plano de ação muito prático, pra ser vivido na
medida em que a leitura avança. :)
Então trate de manter um caderninho e uma caneta aí do lado do seu
tablet, nada de preguiça: é muito, muito importante abrir o coração e
disponibilizar tempo extra pra preencher as atividades sugeridas –
construção de estilo pessoal demanda trabalho e uma autopermissão
pra sentir e experimentar o seu melhor. Mas ó: a gente tem CERTEZA de
que a recompensa tá garantida, você vai ver.
Um beijo e mãos à obra!
Cris e Fê
Ô época boa pra ser mulher! A gente vive o tempo mais democrático da
história das roupas no mundo, em que todo mundo pode tudo, e que
tudo – absolutamente tudo! – está disponível pra ser usado como se
quiser. Não tem grandes tendências que regem décadas inteiras (como
no passado), não tem regra nem certo-e-errado: legal é individualizar
tanto quanto possível a própria aparência, expressar quem a gente é por
meio do que usa, se reconhecer em frente ao espelho.
E, se é assim, se a gente pode tudo – e se há tanta informação de
moda disponível nas revistas, TV, internet –, por que é que tanta gente
se veste igual? Ou quer se vestir igual a outras pessoas? Por que
passamos tanto tempo penduradas nos blogs de “look do dia” pensando
em como fazer acontecer, no nosso universo, esse look que já
aconteceu no universo da blogueira (alô!)? Por que será que a gente
ainda não sabe o que fazer com essa informação toda? Por que é tão
difícil individualizar o look, fazer da moda a expressão de quem a gente
é (na prática, todo dia)?
Talvez porque a gente se vista todos os dias no piloto automático. É
obrigatório por lei, aqui no Brasil, sair às ruas vestindo roupas – e quem
sai pelada pode ser presa (sabia?). Há muito tempo, talvez desde bem
criancinha, temos escolhido o que comprar e vestir por necessidade,
com pressa, por limite de orçamento e mesmo por uma pressão social
(quase sempre imaginária, é ou não é?). E escolher individualizando é o
contrário disso tudo: significa usar como direção referências que vêm
mais de dentro do que de fora.
Este livro convida, então, a tirar o vestir do piloto automático, a
conscientizar essa atividade tão deliciosa para nós, mulheres. A maior e
mais eficaz ferramenta para individualizar o que escolhemos vestir é o
autoconhecimento, e ao longo dos próximos capítulos a gente quer
facilitar o “olhar pra dentro”. Ter clareza de quem somos e da vida que
levamos, do que é importante de verdade e quais sensações queremos
ter em frente ao espelho: isso sim é direção certeira pra escolher o que
ter no guarda-roupa e o que usar todo dia! A partir daí, toda escolha é
feita como uma tradução, fica fácil identificar quais elementos das roupas
representam a personalidade e os objetivos variados que se possa ter. E
é essa escolha que dá satisfação, que gera confiança e que faz a gente
até ter uma postura diferente na vida. Mais que tudo, conduz para o que
a gente quer que você sinta todos os dias: autoestima higher!
A ideia é embarcar agora numa jornada – gostosíssima! – de
autoconhecimento. Por isso mesmo, por querer expandir possibilidades
de cada dona-de-livro, este exemplar será único, diferente de todas as
outras cópias dele: há propostas de reflexão e exercícios-do-olhar a
cada capítulo, você vai ver. Autoconhecimento é uma viagem que
ninguém mais pode fazer por você, e o conteúdo compartilhado aqui
passa a fazer muito mais sentido se complementado com o seu próprio
conteúdo: cada capítulo vai ser ainda mais eficaz se refletido com
consistência; somos – juntas! – coautoras desse “manual de se vestir de
acordo com quem a gente é”. Moda pra vida real de verdade, com
aplicação prática como você nunca experimentou antes.
O resultado dessa sequência de conteúdos e reflexões pode vir em
forma de segurança nas escolhas, menos tempo para se vestir, guarda-
roupa mais coerente e coordenável, aparência mais original e autêntica
e, claro, mais sorrisos em frente ao espelho todos os dias de manhã.
Respire fundo e arregace as manguinhas, o fim do livro não é o fim do
processo: é o começo do treino – e construção de estilo pessoal é
projeto para a vida toda.
Então, seja bem-vinda a essa jornada!
por que autoconhecimento é ferramenta pra
conquistar satisfação •
Ninguém precisa ser incrível 24 horas por dia, 7 dias por semana
(ninguém é!), mas é possível se curtir o tempo todo, sim. Afinal, a gente
se veste para quem? Não é para si mesma? A ideia não é se cuidar e
então entregar esse cuidado para o mundo, em forma de aparência
bacana? “Se encontrando”, amadurecendo (visualmente), determinando
através das roupas quem a gente é e o que quer da vida?
Marido tem opinião, mãe também sempre dá uns pitacos (nossas
primeiras consultoras de estilo) e amigas reparam e temperam com
entusiasmo ou – Deus nos defenda! – até com uma invejinha… Mas o
cuidado com o visual, a inteligência para comprar e coordenar o que se
tem, só é ganho para quem adquire e exercita.
Pouco importa se quem está em volta reconhece as marcas das peças
que a gente escolhe, ou sabe de que coleção determinado look faz
parte. Não é preciso esperar nada de ninguém – não em relação ao que
se veste. Mais esperto é se preocupar com o que o espelho devolve e
querer aprender a trabalhar em parceria com ele (e apenas ele!).
Importante é estar confortável (no sentido mais amplo que essa palavra
pode ter), encontrar versões cada vez mais aperfeiçoadas de si mesma,
se sentir tão bonita quanto é possível ser. Se curtir!
Aparentemente, quanto mais envolvimento com o mundo da moda se
tem, mais importância (vazia) se dá ao vestir. E isso pode render
frustração extra em relação a expectativas não “supridas”: se nos
vestimos para os outros, suprir expectativas não depende de nós; se o
vestir é pra si, é possível errar, experimentar, acertar quantas vezes for
preciso (em frente ao espelho) até receber um sorriso de volta – da
gente pra gente mesma!
Ânsia de querer estar o tempo todo fabulosa parece ser coisa de quem
não tem outras atividades com que preencher a existência. Tanto tempo-
esforço-debate-melindre entregue só à aparência… não tem por quê. Se
vestir é parte da vida – nem de longe é tudo que se vive. E a gente se
veste para estar incrível, sim, especialmente se toda essa incredibilidade
corresponde à vida que se vive dentro das roupas que se veste. E uma
coisa não depende da outra de jeito nenhum!
autoestima na prática* •
IMAGEM-TERAPIA
introvertida | extrovertida
opaca | brilhosa
cabana | hotel
escrito à mão | digitado
off-white | cinza
prateado | dourado
redondo | quadrado
jazz | música clássica
atender o telefone | secretária eletrônica
frugal | supercaro
dentro de casa | fora de casa
herança | contemporâneo
ansiosa | relaxada
liberal | conservadora
vinho branco | vinho tinto
impulsiva | cautelosa
discrição | impacto
EXERCÍCIO •
astrologia | astronomia
futebol | golfe
política | filosofia
grafitar | pichar
sexy | lady
pilha de papéis | arquivo
sozinha | em grupo
liso | textura
aperto de mão | abraço
doce | azedo
guerreiro | mágico
romance | realidade
Não é preciso responder “por que” para todas as escolhas feitas, mas
se você conseguir, esse pode ser um supercomeço pra agrupar
pensamentos, palavras e razões que justifiquem preferências – saber o
que atrai a gente e o que inspira, o que faz o olho brilhar, é um grande
passo para abrir um leque incrível de possibilidades de estilo! :)
Agora reescreva no seu caderninho as palavras mais importantes deste
exercício, as que mais se repetiram, as que mais fazem sentido pra você
e pra sua vida – mesmo que elas pareçam abstratas demais:
UMA CONVERSA EXTRA PRA HORA DO CAFEZINHO
A tolerância que temos conosco é igual à tolerância que temos com
os outros
Quanto mais nos curtimos, mais facilidade temos para curtir tudo e todo
mundo em volta. E MAIS: quanto mais tolerante somos com o universo,
mais tolerante somos conosco – e com falhas, com má interpretações,
com intenções e ideias (próprias e de outros).
Amor e tolerância juntos (os dois valendo pra nós mesmas e para os
outros, pra tudo) inevitavelmente rendem bom humor. Se a gente tá feliz
consigo mesma, se tem tolerância elástica (é tão desgastante quando
tudo irrita a gente, quando comportamento bélico é default), então é
natural que a gente sorria mais, se estresse menos, entregue menos
energia de graça, sem precisar. E assim, mais energizadas e experientes
a gente vai ficando. Isso é bom, né?
Descobrir e aperfeiçoar estilo pessoal é trabalho de amor, de tolerância
e de bom humor. Precisa ser!
Tolerância com o mundo rola mais leve depois da gente exercitar
tolerância com a gente mesma. E mais: como consultoras de estilo a
gente entende, todo dia, que amor pelo mundo rola tranks quando se
tem primeiro autoamor (!!!), no sério e na prática. E aí, bom humor é
consequência. Talvez se a gente cuidasse mais do que sente em frente
ao espelho (e não só do que veste!), nosso universo particular se
expandiria mais e mais com doçura e alegria. Autoestima higher é bom
pra gente e pro mundo também.
EXERCÍCIO •
Como você se veste hoje em ocasiões de cada uma das “áreas da vida”
que selecionou como importantes na pizza das atividades?
Como você acha que as pessoas te percebem pela maneira como você
se veste? Que imagem você acredita que transmite?
_sentir conforto
_estar adequada
_causar impacto
_chamar atenção masculina
IMPACTO-ARQUITETURA:
_quer deliberadamente chamar atenção, se fazer notada;
_gosta de formas e de peças grandes – de imponência;
_procura certa limpeza no total, tipo poucas e boas peças;
_coordena com facilidade cores contrastantes ou superfortes;
_é sempre quem compra as peças mais bafônicas da loja, tipo peça de
desfile;
_geralmente é mais controlada, cria uma distância, carrega uma ideia de
inacessibilidade;
_vive a vida como uma diva no palco;
_é contemporânea e geralmente minimalista;
_calcula a performance e precisa que o público participe – admirando ou
se espantando.
IMPACTO-DECORAÇÃO:
_chama atenção muito sem querer, pela liberdade e originalidade
naturais;
_sabe misturar tudo com maestria, como um dom – cores, texturas,
brilhos, estampas, acessórios;
_é geralmente bem alegre, divertida;
_geralmente acha que ser original e artística é mais valioso que qualquer
outra qualidade;
_se diverte com o próprio look sozinha, não quer admiração ou
aprovação de ninguém;
_usa peças que carregam histórias, que rendem conversa; :)
_sente que se vestir é uma festa!
QUEM PRIORIZA CHAMAR ATENÇÃO MASCULINA:
_gosta de ser notada por ser bonita, escolhe roupas pra não esconder
sua beleza – mas, sim, favorecer seus atributos, como se a roupa
aperfeiçoasse a sua beleza. Essa mulher não quer parecer
estranha/esquisita de jeito nenhum e gosta de tudo que um homem
normalmente também gosta numa mulher, tipo cabelo longo, roupa com
caimento mais próximo do corpo, aparência de bem-cuidada, pezinhos
de fora e mais. Essa prioridade pode ser manifestada com abordagens
e objetivos diferentes:
ATENÇÃO MASCULINA DE UM JEITO MULHERZINHA:
_é delicada, gosta de laços, babados;
_curte tudo que é hiperfeminino – referências da época em que a gente
aprendeu como era ser menina;
_geralmente procura movimento nas roupas, peças que rodam ou
balançam;
_curte transparências, rendas, trabalhos artesanais feitos à mão;
_ama marcar a cintura;
_está sempre procurando sapatos que deixem os dedinhos à mostra.
ATENÇÃO MASCULINO DE UM JEITO MAIS MULHERÃO:
_quer evidenciar o corpo com decotes, comprimentos curtos, caimentos
justos;
_curte cuidar do corpo, tem orgulho dele;
_geralmente é superconfiante e gosta de causar inveja nas outras
mulheres; :)
_carrega certa “agressividade” – gosta de ser notada, é destemida,
corajosa, “fala mesmo”;
_sabe se valorizar e segura várias ondas que o resto da mulherada não
segura por nada.
EXERCÍCIO •
PRIORIDADES DE VIDA:
PRIORIDADE CONFORTO
CAIMENTOS/DETALHES
_tecidos naturais (lã, seda, linho, algodão, couro);
_com aspecto “relax” e toque agradável na pele;
_nada que aperte, nada que incomode, nada que segure movimentos;
_caimentos soltinhos, sem grudar na pele, mas também sem ser largos
demais.
ACESSÓRIOS
_nada que pese, que pinique, que faça barulho demais;
_bolsas com alças longas no lugar de alças de mão, fáceis de carregar,
que deixem as mãos livres;
_sapatos presos aos pés, sapatilhas, anabelas confortáveis,
saltos mais espessos;
_no lugar de acessórios de metal, materiais alternativos como
couro, tecido, sementes, palha etc.;
_a ideia é agregar uma simplicidade chique; :)
CABELO/MAQUIAGEM
_a maior diferença entre a mulher “chique sem esforço” e a desleixada é
o cuidado pessoal;
_o que faz com que a primeira pareça ter acordado linda e a segunda
pareça ter acordado atrasada é a maquiagem supersuave, os cabelos
bem-cuidados e controlados, mãos e pés feitos, a pele bonita, o sorriso
branco, cara de saúde;
_a mulher natural gasta tempo com ela, mas no macro – e não no micro:
esse aspecto de “não fiz nada para ser assim” demanda visitas
espaçadas mas regulares ao dermatologista, dentista, ginástica e
nutricionista… sacou?
PRIORIDADE ADEQUAÇÃO
CORES/ESTAMPAS
_cores neutras;
_coordenações monocromáticas;
_estampas clássicas (paisley/cashmere, listras, padronagens
masculinas).
CAIMENTOS/DETALHES
_caimento impecável;
_materiais de qualidade;
_tudo mais estruturado, “no lugar”.
ACESSÓRIOS
_clássicos: colares de pérola, lenços de seda, escarpins tradicionais,
_marcas tradicionais;
_escolhidos pensando na relação custo x benefício;
_bolsas-ícone.
CABELO/MAQUIAGEM
_cabelo controlado, sem exageros;
_cabelo preso;
_maquiagem impecável, sem excessos (pele uniforme, bochechas
de saúde, boca hidratada, olhos destacados).
PRIORIDADE IMPACTO-ARQUITETURA
CORES/ESTAMPAS
_cores contrastantes, coordenações de cores complementares;
_cores fortes, intensas e de impacto;
_sem tantas estampas.
CAIMENTOS/DETALHES
_poucos detalhes;
_imagem limpa, “clean”;
_formas, assimetrias, dobraduras;
_caimento mais estruturado.
ACESSÓRIOS
_geometrias, pontas, assimetrias;
_poucos acessórios, mas superpoderosos;
_brilho (do metal, do envernizado, tipo do futuro!);
_bolsas grandonas ou carteiras (mesmo para o dia a dia);
_sapatos com formas arquitetônicas.
CABELO/MAQUIAGEM
_cortes assimétricos e desfiados, arrojados, com pontas;
_maquiagem que enfatiza contraste: sobrancelha marcada,
boca vermelha.
PRIORIDADE IMPACTO-DECORAÇÃO
CORES/ESTAMPAS
_facilidade para misturar cores e fazer coordenações ousadas
(alô, blocos de cor!);
_muitas cores coordenadas juntas, tudo ao mesmo tempo, agora;
_muitas estampas e mix de estampas (mesmo discretas);
_mix de texturas.
CAIMENTOS/DETALHES
_misturas de tecidos;
_misturas de materiais;
_misturas de leves com pesados (subversão!).
ACESSÓRIOS
_divertidos;
_lúdicos, inusitados;
_que contam histórias;
_com texturas e materiais alternativos.
CABELO/MAQUIAGEM
_maquiagem neon, delineador colorido;
_cabelo com cores inusitadas como pink, verde, azul;
_cabeça raspada;
_sobrancelhas descoloridas;
_vale tudo!
CORES/ESTAMPAS
_estampas arredondadas;
_florais, bolinhas;
_cores delicadas;
_coordenações de cores monocromáticas e análogas, sem
muito contraste.
CAIMENTOS/DETALHES
_caimento fluido;
_cintura marcada;
_muitos pequenos detalhes;
_tudo que é hiperfeminino: babados, laços, rendas, coraçõezinhos;
_materiais agradáveis ao toque;
_transparências.
ACESSÓRIOS
_movimento, tudo que balança;
_formas arredondadas, detalhes fofos;
_saltinho;
_bolsas redondas, de tecido, fofuchas.
CABELO/MAQUIAGEM
_cabelo longo e natural, com movimento;
_preso em tranças ou coques;
_maquiagem suave em cores delicadas;
_maquiagem de boneca.
PRIORIDADE ATENÇÃO MASCULINA – MULHERÃO
A mulher que curte a inveja das outras mulheres está preparada para
assumir, na própria aparência, várias extravagâncias que outras
mulheres jamais “carregariam”. Uma dificuldade de quem quer se sentir
“mulherão” pode ser manter a adequação ao ambiente profissional –
sem assustar ou intimidar todo mundo em volta.
CORES/ESTAMPAS
_para que cinza se existe pink? E vermelho, e laranja, e azulão?;
_cores fortes e vibrantes;
_estampas de animais: onça, cobra, zebra.
CAIMENTOS/DETALHES
_caimentos ajustados;
_pele à mostra;
_decotes e transparências;
_recortes estratégicos.
ACESSÓRIOS
_de verniz e materiais lisos e lustrosos, metais e correntes (alô
vermelhos brilhantes!);
_com tiras bem fininhas e amarrações (subindo pelas pernas e tudo);
_feitos de couro de animal – onça, serpente, vaquinha;
_com spikes, metais, tachas e pontas;
_colares que caem pra dentro do decote (e não se sabe onde vão
parar!);
_tornozeleiras e saltos superfinos.
CABELO/MAQUIAGEM
_cabelón longo, com movimento;
_ondas e volume (exuberância);
_ousadia em cores;
_olhos marcados/marcantes;
_boca volumosa (gloss!).
EXERCÍCIO •
prioridade de vida
palavras-chave
cores/estampas
caimentos/detalhes
acessórios
cabelo/maquiagem
prioridade de vida
palavras-chave
cores/estampas
caimentos/detalhes
acessórios
cabelo/maquiagem
QUEBRA-CABEÇA DA VIDA REAL
Como duas das nossas clientes alcançaram equilíbrio
visual na prática
CLIENTE Nº 1
Diagnóstico: seu guarda-roupa não dizia quase nada sobre ela, a não
ser uma ou outra peça especial. Sua personalidade era divertida e ela
gostava de tudo que era não convencional. Em uma primeira análise, a
gente achou que ela era criativa, da decoração, mas depois de conhecer
a cliente melhor deu para ver que ela era mais moderna, mais do grupo
da arquitetura. O show não era particular, ela vivia de plateia.
CLIENTE Nº2
ESTATURA
TRAÇOS
FORMAS
Todo mundo pode ter formas mais arredondadas ou mais retas, como os
traços. Vale observar as curvas do quadril e dos ombros, por exemplo,
pra (por comparação) identificar as nossas formas. Quem está acima do
peso tem tendência a arredondar geral; quem é muito magrinha tem
tendência a ter ângulos mais evidentes.
AUTOIMAGEM
O que a gente pensa sobre o nosso próprio corpo e como a gente avalia
nossas próprias formas são dados tão importantes quanto a realidade!
peso visual •
UMA NOVA ABORDAGEM PRA SE RELACIONAR COM O PRÓPRIO CORPO
_cores escuras
_cores neutras
_cores opacas
_superfícies lisas
_estampas sem contraste
_estampas pouco espaçadas
_pouca informação visual
_cores coloridas
_cores claras
_cores vivas e intensas
_brilhos
_texturas felpudas
_estampas contrastantes
_estampas espaçadas ou grandes
_bordados
_amarrações
linhas e formas do que a gente veste •
Todo mundo, com qualquer corpo ou qualquer peso, pode criar ilusões
de silhueta harmônica manipulando elementos de design que toda roupa
carrega em si. Esses elementos são as cores, texturas, linhas externas
(que compõem formas) e linhas internas (recortes, aberturas, botões,
pregas, zíperes e mais: tudo que direciona o olhar para os lados, na -
diagonal ou no sentido da altura).
Conhecer os efeitos que cada elemento de design tem na silhueta
possibilita LER roupas e acessórios conscientemente – e esse é o nosso
abecedário agora! Geral já faz essa leitura INCONSCIENTEMENTE, é
trunfo de quem se interessa e estuda (!!!) entregar mensagens que
façam todo mundo ler exatamente o que a gente quer.
LINHAS VERTICAIS
LINHAS HORIZONTAIS
LINHAS DIAGONAIS
Tem coisas no nosso corpo que a gente pode mudar: peso se perde
fazendo regime; forma se “molda” fazendo ginástica; orelha e nariz se
consertam fazendo plástica e tal. Tem coisas que não podemos mudar −
proporção, alturas, distâncias, circunferências (algumas). Essas a gente
PRECISA aceitar.
Estamos numa época em que a moda não manda na gente, mas a
gente manda na moda – YAY! E o que veste essa moda é o nosso corpo,
portanto é ele o ponto fundamental de partida para decidir como
queremos usar essa moda, disponível pra a gente manipular do jeito que
quiser. É muito privilégio, estamos muito no comando, DEPENDE SÓ DA
GENTE: se aceitar é a primeira etapa no caminho de se estudar e fazer
o que de melhor tem para ser feito com as roupas em relação à nossa
silhueta.
Temos que nos curtir do jeito que somos (ou estamos). O ponto não é
procurar o que temos de ruim, mas focar no que temos de bacana. A
vida é muito curta, e desejar loucamente o inatingível é uma
grandessíssima perda de tempo. A gente pode sim fazer o melhor que
pode com os recursos que tem − a cada tempo da vida. E quando nos
aceitamos, aí sim abraçamos o que é único, o que nos diferencia, o que
contribui para a diversidade da humanidade no mundo!
Mesmo que a gente (ainda) não sinta amor por muitas partes da própria
aparência, é possível prestar atenção no que tem POTENCIAL. Beleza,
por definição, é o que proporciona prazer ao olhar (ou aos outros
sentidos!). E é superpossível sentir prazer com a maneira de usar cores,
texturas, tecidos e design − isso tudo pode complementar nossas
características e harmonizar formas, independentemente do tamanho
que a gente veste. Não é maravilhoso? Prontas pra viver o autoamor na
prática? :)
pausa pra refletir
PEITINHO X PEITÃO •
_decotes fechados e detalhes como drapeados, volumes, recortes,
estampas e texturas valorizam seios pequenos;
_decotes mais abertos e verticais, colo à mostra, cores mais escuras e
opacas, poucos detalhes e superfícies mais lisas valorizam seios
grandes.
BRAÇOS GROSSOS •
_o ideal é que os braços não fiquem à mostra – o que rola suave se,
especialmente no calor, os tecidos das peças forem naturais, leves e em
cores claras (alô, terceira peça!);
_elásticos nas barras das mangas, punhos e amarrações não são legais;
_mangas podem cobrir a parte mais cheia do braço − comprimento
nessa altura só enfatiza o que se tem de maior.
PERNAS GROSSAS •
BARRIGUINHA •
SILHUETAS GORDINHAS •
ACESSÓRIOS P, M E G •
Você escolhe as cores das peças que compra por motivação ou por
falta de opção?
prioridade de alma
palavra-chave
tipos de cores e coordenações
prioridade de vida
palavra-chave
tipos de cores e coordenações
prioridade de vida
palavra-chave
tipos de cores e coordenaçõe
prepare-se para viver o seu plano de ação! •
Chegamos à metade do nosso caminho juntas: desde o início deste livro
você está olhando pra dentro, identificando importâncias, preferências,
prioridades de vida, de alma; página a página foi trabalhando na
tradução desses elementos para a linguagem visual – anotando o que
corresponde à cada direção desejada em forma de linhas, cores,
coordenações, formas e até acessórios, cabelo e maquiagem. Você já
sabe o que veste melhor a sua silhueta e quais coordenações de cores
te fazem sentir como você mesma. E o melhor é que toda essa
informação está sendo angariada dentro de você mesma, super de
acordo com a sua personalidade e com a vida que você vive. Olha só:
você já está construindo um plano de ação! E esse plano está sendo
estruturado POR VOCÊ MESMA! Estamos muito orgulhosas aqui! :)
É hora, então, de treinar todo esse autoconhecimento e fazer valer as
direções definidas até agora na prática. Você tem um “mapa de si
mesma” organizado nos capítulos anteriores e está aprendendo a
decifrar códigos de vestuário que te representam de verdade. Let’s pôr a
mão na massa no seu guarda-roupa, em provadores das suas lojas
favoritas, planejar próximas aquisições e fazer com que elas rendam mil
coordenações novas no seu armário. Let’s?
o que, na real, faz um bom guarda-roupa •
QUANTIDADE X QUALIDADE •
CUSTO X BENEFÍCIO •
Vale gastar mais com o que se usa mais, não é preciso gastar tanto com
o que vai ser pouco usado! Bom é gastar valores equivalentes às
quantidades de uso de cada roupa: quanto mais a gente usa uma peça,
mais ela vale o que se pagou por ela. Essa conta é ótima pra lembrar
que não vale gastar horrores naquele vestidón longo pra ir à formatura
da amiga, mas pode ser bem mais esperto investir no que a gente usa
todo dia, durante a semana toda, durante bem mais tempo.
Imagina gastar 100 reais num vestido glamouroso desses e usá-lo
somente 3 vezes num ano. Dividindo o valor da peça pela quantidade de
vezes que ela foi usada, o vestido custou 33 reais por uso. Agora, pensa
numa calça linda de trabalho que custou os mesmos 100 reais mas é
usada pelo menos 2 vezes por semana, durante o mesmo ano: essa
calça custa menos de 1 real por uso – e a gente tem menos dinheiro
parado dentro do armário, sacou?
Simples assim: tecido plano é aquele que não estica, tipo lã, sarja, seda,
tricoline etc. E malha é o tecido que deforma e cresce quando a gente
estica, tipo viscolycra, algodão de camiseta, jérsei, tricô etc. Tanto
tecidos planos quanto malhas podem ser feitos de fibras naturais,
“sintéticas”ou mistura das duas!
Na prática o que mais importa é saber que esses dois tipos de tecidos
transmitem mensagens bem diferentes: tecido plano parece (quase)
sempre mais sofisticado e formal, enquanto a malha parece sempre ser
mais confortável e esportiva. Peças em malha não vão pra eventos mais
elegantes, tipo festonas ou casamentos, e também não são -
superadequadas pra ambientes profissionais muito formais. Já as peças
em tecido plano vão pra qualquer lugar!
Maaaas, ao contrário do que parece, a malha não é vilã – e existem
inúmeras situações em que ela é investimento certeiro. Por ser maleável
e mais confortável, a malha é uma ótima companheira de viagem –
amassa menos e é mais fácil de “desamassar” – e veste bem em
momentos em que todo o resto do guarda-roupa “aperta”. É bom pras
grávidas, pra quem tá amamentando, pra passear com o cachorro no fim
de semana… e é o tecido perfeito pra servir como “roupa de ficar em
casa”. Outra vantagem das peças de malha é que elas normalmente são
(ou deveriam ser) mais baratinhas.
Existem maneiras de deixar a malha mais refinada. As peças podem ter
modelagens mais interessantes, podem ser mais fininhas e ter uma leve
transparência, ter cores mais neutras. Hoje em dia, quase todas as
marcas bacanas confeccionam camisetas em malhas finas, com cortes e
recortes que fazem com que elas não sejam “simples camisetas” –
normalmente, essas são as peças mais “em conta” de todas as
coleções.
Peças em tecido plano também podem ficar mais moderninhas se
tiverem modelagens menos clássicas, se forem em cores mais coloridas,
estampadas, com texturas mais aparentes ou mais opacas. Elas acabam
sendo, muitas vezes, mais caras, mas também acabam durando mais!
UMA CONVERSA EXTRA PRA HORA DO CAFEZINHO
Guarda-roupa pra vida que a gente leva
REVITALIZAÇÃO DO GUARDA-ROUPA •
_tudo que não serve mais (tanto pro corpo quanto pra vida!);
_tudo que já foi usado à exaustão e tá velhinho;
_cores que não têm tanto a ver com as mensagens que você
quer transmitir;
_peças manchadas, furadas, desgastadas, malconservadas, com "prazo
de validade de uso" vencido;
_peças que você põe e tira toda vez que vai sair (essas podem ficar pra
ser testadas num eventual momento de montagem de looks – e, se nem
nessa ocasião elas funcionarem, então o adeus é definitivo);
_peças que só dão certo com uma única outra peça do armário;
_peças velhuscas (e não vintage*).
*O QUE É VINTAGE •
e o que é só velho mesmo
Uma vez uma cliente perguntou pra gente como diferenciar o que é
vintage do que é só antiguinho – pra saber o que tem valor, o que vale a
pena guardar e o que pode ser descartado. A gente tentou explicar o
valor da informação de moda na roupa – mas nem com muito esforço a
gente conseguiria definir tão bem o que é vintage quanto o coletivo
espanhol Cajon DeSastre**. É deles a melhor definição de vintage dos
últimos tempos:
“Para uma peça ser vintage os requisitos são os seguintes: ter pelo
menos 20 anos de antiguidade, ser testemunha de um estilo próprio ou
de um estilista, não haver sofrido nenhuma transformação, representar
um instante de moda e estar em perfeito estado.”
Agora informadas e sabidinhas, vale levar em conta que o que é vintage
provavelmente custou um pouco mais se veio de brechós – mas também
tem mais valor e mais informação de moda. O que faz com que aquela
pechincha de 5 euros trazida de viagem provavelmente seja só um item
velhinho descartado por alguém – e que de repente não merece tanto
apego, se não tem função no armário. Vale pra pensar também na
diferença de valor sentimental e valor de moda: o que nossas mães
usaram é tão valioso quanto um Gucci da década de 1970, mesmo que
não tenha tanta idade assim.
PILHA DE CONSERTOS:
Peças que demandam atenção podem ser divididas entre o que vai ser
mandado pra própria loja de origem, o que vai pra costureira, o que vai
pro sapateiro, o que vai pro lugarzinho que conserta bijus etc.
A gente sabe que armário de mulher é bem mais do que uma caixona de
madeira cheia de pedaços de pano cortados e costurados em forma de
roupa. Sabe que tudo que faz parte desse universo particular foi levado
pra casa imbuído de muita emoção (mais do que de raciocínio), e por
isso é legal manter fresca a ideia de que mexer ali é mexer com a vida
toda – não só com o que se usa. Tem sentimento bom e ruim
intimamente ligados a uma peça ou outra de roupa, e quase tudo que se
tem carrega lembranças boas ou não-tão-boas de sensações vividas em
algum momento.
A relação com essas peças e com o próprio guarda-roupa também não
é tão simples quanto pode parecer. Tem gente mais apegada e gente
superdesapegada; gente bagunceira e gente organizadinha; gente que
tem tudo muito-demais-da-conta e gente que tem muito pouco; gente
querendo comprar e comprar e comprar e gente querendo otimizar o que
tem; gente que naturalmente faz “revitalizações” periódicas e gente que
tem coisas guardadas desde 1920… Se a humanidade é sortida, é
natural que as relações entre tudo e todo mundo sejam as mais variadas
também, né? O que não varia é essa certeza: a de que tudo que o
guarda-roupa armazena demandou investimento de tempo, disposição,
dinheiro e alguma emoção – e que, por isso, carrega história.
Faz sentido, então, procurar certa leveza ao se propor revitalizar o
próprio armário. O que a gente adoraria alcançar com você, como
resultado, é que esse conjunto de roupas que compõem o seu acervo
seja aliado de uma vida mais produtiva, de mais autoamor e de mais
facilidade – e não um empecilho, um entrave a cada manhã.
Por isso a gente prefere chamar essa etapa prática da nossa jornada de
‘revitalização de guarda-roupa’. Não é por acaso que a gente renega a
nomenclatura “limpeza de guarda-roupa”, e sim, para firmar conceito e
motivação: limpeza diz pra gente que o foco está no que sai do armário,
no que é descartado. Pra gente, revitalização deixa claro que o foco é no
que fica e no que pode render e funcionar ainda melhor.
DIREÇÕES SUPERPRÁTICAS DE VERSATILIZAÇÃO DE PEÇAS
1 X 1
A gente só deveria ter roupas que ama usar, não é mesmo? Pra que ter
alguma coisa que fica “mais ou menos” ou que é bonitinha, mas…? A
regrinha da substituição é inteligentíssima: a cada peça nova que entra
no armário, sai uma “velha”. Daí a gente pensa muito mais na hora de
comprar e acaba ficando com um guarda-roupa conciso e superatual,
sempre! Ter muita-coisa-demais-da-conta mais atrapalha que ajuda.
EXERCÍCIO • PARA PRATICAR
Diz que Alfred Hitchcock, cineasta inglês que trabalhou muito nas
décadas de 1950 e 1960, dizia que limitação aumenta a criatividade.
Tipo, quando se pode tudo, não se exercita a criatividade de burlar
regras, não se pensa em jeitos diferentes de fazer alguma coisa
funcionar ou em soluções. Ele mesmo se impunha limitações no
trabalho, tipo fazer um filme inteiro sem cortes – ele escolheu ser criativo
e foi assim que se superou e fez Festim diabólico, um super celebrado
filme (põe no Google!). Tem cara de que ele teve um trabalhão, mas
também que se divertiu como nunca e que se sentiu muito
recompensado por ter alcançado um resultado legal mesmo com
adversidades.
Quando a gente tem limitações, a gente se esforça mais, estuda mais,
experimenta mais – e nem por isso precisa perder a espontaneidade (até
parece!). Então, limitações de peso, medidas, proporções, quantidades,
e até de orçamento viram estimuladores de criatividade. E se dão mais
trabalho pra gente, se sentir capaz e feliz em frente ao espelho –
independente de regras vazias mas atendendo o que a gente mesma
define como direção! – pode uma ser super-recompensa.
EXERCÍCIO •
Essas peças têm efeitos bacanas ou ruins na sua silhueta? Quais são
esses efeitos?
peça 1
peça 2
As peças têm a ver com os elementos de estilo que traduzem pra prática
as suas prioridades? Quais são, desses elementos, os que aparecem
nessas peças?
peça 1
peça 2
Solução: o que parecia ser uma solução (ter muitas opções de roupa)
era, na verdade, um problema bastante limitador. Era preciso fazer uma
super-revitalização e tirar tudo o que não combinava com pelo menos
outras três peças do guarda-roupa. A prioridade nesse trabalho era
versatilizar o que a cliente tinha pra que menos rendesse mais, e o
momento dessa revisão detalhada no armário da cliente garantiu
aprendizado na prática. (Essa revitalização durou quase dois dias
inteiros!!!)
REVISTA MODA: É possível definir uma pessoa pelos objetos que ela
consome?
FLÁVIO GIKOVATE: Se ela usar uma roupa que a defina, sim. Quem se
veste só com grifes mostra apenas sua posição econômica: você pode
até dizer que ela é esnobe, mas não saberá nada sobre sua
personalidade. Para conhecer alguém, é preciso que a pessoa se vista
sempre da mesma forma. Há uma enorme diferença entre a cultura
europeia e a americana. Os europeus consomem boas coisas em
quantidades pequenas. É o apego aos objetos. Uma roupa bacana é
aquela que deixa você aparecer, que te caracteriza. O consumo não
deixaria de existir, as peças precisariam ser trocadas eventualmente. Até
porque a roupa que escolhemos é a primeira coisa que aparece aos
olhos dos outros.
treinamento de provador •
VISITAS A LOJAS PODEM SER EXPERIÊNCIAS DE CONSUMO
CONSCIENTE!
Tem um ditado sueco (!!!) que diz que “quem compra coisas de que não
precisa ou que não usa está roubando de si mesmo”. Estamos há alguns
anos visitando os guarda-roupas mais abarrotados e convencendo geral
de que ninguém precisa de tanto − vale mais ter pouco que se usa
muito, e de muitos jeitos! Por isso planejar é tão eficaz: com uma lista de
possíveis peças-necessidades-demandas em mãos, feita com reflexão a
partir da revitalização do guarda-roupa, a chance de se comprar o que é
supérfluo já nem existe mais (assim esperamos!).
Pode ser legal, antes mesmo de sair de casa, usar a lista de peças
como direção de onde procurá-las. E rende mais ter um tempo
determinado pra visitar uma quantidade específica de lojas mais ou
menos definida do que bater perna sem rumo o dia todinho. Guarda-
roupa que já está preparado pra receber peças-chave que possibilitem,
junto com as antigas, o exercício de um plano de ação “estilístico” tão
carinhosamente preparado merece planejamento, certo? Que tal abrir os
sites dos shoppings, pesquisar as lojas de cada um e traçar um possível
roteiro?
BRILHO NO OLHO •
_se a costura dos ombros está onde deve estar: bem sobre o encontro
dos ombros com o braço;
_se o entorno da gola tá com a forma bonita, encaixadinho;
_a abertura do decote;
_como o tecido cai nas costas, como cai na cintura;
_altura de barras (de partes de cima e de baixo!);
_possíveis abotoamentos e amarrações;
_sobrinhas de tecido no bumbum e como cai no bumbum;
_abertura e altura de bolsos;
_largura das pernas;
_aberturas de saias e vestidos tipo envelope;
_fendas;
_transparências;
_se há necessidade de lingerie especial (e se já tem essa lingerie);
_se as costuras estão tortas ou alinhadinhas, se elas enrugam
(não deveriam!);
_de que material a roupa é feita;
_se o material pinica, puxa fio fácil, demanda manutenção complicada;
_e mais!
Mas né, mais importante que tudo isso junto é que você se sinta
confortável – física e emocionalmente – dentro de cada peça de roupa
provada.
UMA CONVERSA EXTRA PRA HORA DO CAFEZINHO
Substitua consumo por autoestima
Todo mundo já viveu isso: passar em frente a uma vitrine (ou clicar num
endereço de venda on-line) e pensar “eu preciso disso!”. Quem nunca se
justificou usando essa necessidade doida que às vezes a moda faz a
gente sentir (é ou não é?!). Mas, né, com guarda-roupas abastecidos
durante toda uma vida, duas-três-quatro portas de armário cheio de
pecinhas ótimas (às vezes até mais!)… será que a gente PRECISA
mesmo de alguma coisa?
A verdade-verdadeira é que ninguém precisa de nada. Em moda, a
expressão “necessidade” pode ser inteligentemente substituída por
“fazer a diferença”. Simples assim: a gente não precisa de nada, mas a
gente pode ter coisas que façam a diferença no armário, no vestir de
todo dia, na vida prática.
E essa troca – de valores! – não é desculpa pra justificar as mesmas
compras que a gente faria por “necessidade”, não. Precisar, precisar
mesmo, a gente precisa é de consciência, de inteligência pra cuidar do
dinheiro que ganha, de esperteza pra escolher onde se vai gastar e com
o quê. A troco de quê. Então, o que faz a diferença? Como identificar o
que é chilique-chamado-convenientemente-de-necessidade e o que faz-
a-diferença?
Peça de roupa (ou acessório) que faz a diferença é o que nos faz dar
um salto – de quem a gente é pra quem a gente quer ser, sabe como?
Peça que dá liga, que serve como cola entre outras tantas peças que
podem estar paradas no armário, que faz render um monte de
coordenações (lembra de fazer acontecer – pelo menos – três
coordenações pra cada peça!) –, essa faz diferença. Faz toda diferença
o que não tem substituto no guarda-roupa, o que acrescenta informação
extra, original, nova de verdade dentro do conjunto de peças disponível.
Isso faz a diferença.
É um tempo de consciência, de viver bem a vida, de dar importância ao
que é importante de verdade – e não ao que parece ser urgente. Moda é
legal mas não é tão importante, gente. Não tanto quanto ter dinheiro na
conta pra estar tranquila, quanto planejar/garantir conforto no futuro,
quanto ter contas em dia. Roupa a gente tem – até sobrando. Comprar
por comprar é bem démodé. E quando o dinheiro compra o que faz a
diferença (e não o que é falsa necessidade), a gente é mais esperta.
EXERCÍCIO •
Tente listar outras 3 peças que rendam coordenações com essa compra:
Quantas vezes você já usou essa compra desde o dia em que a levou
pra casa? Valeu o investimento?
Sem querer criar climão (!!!), mas ó: esse exercício serve pra lembrar
que roupa que a gente compra e não usa é equivalente a ter dinheiro
parado no guarda-roupa, sem poder usufruir.
consumir com consciência não significa não comprar •
Estudar o próprio armário, escolher lojas com propósito específico,
provar peças escolhidas com base numa lista de necessidades
elaborada com objetividade afiada, avaliar importâncias e valores,
separar o que funciona melhor e anotar preço por preço de tudo, pensar,
comparar tudo que foi experimentado para definir o que comprar, voltar
na loja e sóóóóó então passar o cartão de crédito – é substituir consumo
por autoestima, bem diferente de “só” comprar. É o que faz com que a
gente deixe de assimilar essa atividade como foi feita até hoje – no piloto
automático – e passe a perceber todo esse processo como importante,
com o valor que tem.
E compras feitas assim, planejadas, refletidas, reverberam o bem não
só nos nossos armários – concisos, versáteis, inteligentes! –, mas
também no universo particular em volta da gente. Outras compras,
querendo ou não, vão pra sempre ser feitas com influência desse
aprendizado. E assim também vai ser com filhas, mãe, irmã, amigas, e
então todo mundo em volta da gente, de algum jeito, vai dar mais valor
ao dinheiro, ao que compra e ao tempo/satisfação que tem ao consumir
(efetivamente) com consciência.
Solução: adicionar peças que funcionavam bem com o que ela já tinha,
mas que acrescentassem feminilidade e um pouquinho mais de ousadia.
Procuramos juntas 5 ou 6 peças bastante novas em relação ao que ela
usava até então, com muitos elementos que transmitissem essas novas
mensagens, pra que, mescladas ao guarda-roupa de sempre, a cliente
sentisse sua aparência renovada com naturalidade.
SELEÇÃO DE PEÇAS •
SELEÇÃO DE ACESSÓRIOS
É legal deixar a porta dos sapatos e das bolsas aberta ou separar uma
quantidade boa e variada pra usar nas coordenações que fizer (e deixar
tudo por perto). Você pode também separar lenços, colarzões,
braceletes, broches e tiaras/acessórios de cabelo – esses a gente troca
bastante e é com eles que toda a vibração de um look pode mudar (!!!).
Brincos, anéis e pulseiras muito finas são muito pequeninos e valem
mais quando incrementam os looks usados na vida real do que esses do
nosso treinamento.
A gente sabe que bolsa não serve só pra carregar as nossas coisas!
Bolsa é um acessório supercomunicador de prioridades/estilo por conta
da variedade de elementos que carrega em si: pode ser pequena ou
grande, molenga ou estruturada, lisa ou texturizada, feita de couro,
tecido, metal... Toda a informação que a gente já tem direciona também
essa escolha – que nem de longe precisa ser feita aleatoriamente!
A gente pode prestar atenção, por exemplo, na proporção entre o
tamanho da bolsa e o nosso próprio tamanho. Quem é mais alta ou tem
a ossatura mais larga pode se sentir melhor com bolsas maiores, e quem
é pequena, com pulsos bem fininhos pode se achar mais legal com
bolsas menores. Isso não quer dizer que mulheres maiores só usam
bolsonas e que as menores só usam bolsinhas. Tem bolsa-grande-que-
cabe-tudo e bolsa-pequena-pra-sair-à-noite pra todo mundo!!!
Pra escolher tamanhos é importante levar em consideração a rotina e
tudo que a gente costuma carregar. Porque, né não vale usar bolsa
estufada – que inevitavelmente transmite mensagem de pessoa
desorganizada. Uma solução pra quem curte bolsas menores para o dia
a dia é usar duas bolsas: uma pequena ou média com pertences
pessoais e uma sacola maior com material de trabalho. Que tal?
Existem ainda direções que estão mais ligadas ao estilo do que à
silhueta, tipo bolsa mais molenga ou bolsa mais estruturada. As mais
molinhas, fofas, são mais informais, femininas e transmitem mensagens
de acessibilidade, enquanto as mais duras passam uma imagem mais
rígida, tradicional, mas também sofisticada. A mesma coisa acontece
com cores: a escolha de mais vivas ou neutras implica transmitir
mensagens diferentes de estilo e personalidade.
O material de que a bolsa é feita também é uma direção pra se
notar: texturas acrescentam informação visual à peça e informalizam;
superfícies lisas são “lidas” como mais formais, mais elegantes. É
sempre uma delícia procurar equilíbrio entre essas mensagens pra que
cada bolsa carregue em si tanto da nossa identidade visual quanto
possível – tipo, se a bolsa é em cor neutra, a textura pode ser mais
“chamativa”; e se a bolsa já é colorida pode ser bacana escolher uma
textura mais “calma”... sabe como?
pausa pra refletir
Quem veste + a vida de quem veste > o que se veste
Motivação pra vestir pode ser esta: fazer com que cada peça de roupa
participe de algum momento tão especial da vida, que carregue uma
lembrança em si – exercício tão querido! Pensa só: escolher o que usar
quando vai àquela exposição que tem vontade de ver há tempos,
escolher o que usar no jantar com os amigos no meio da semana, o que
usar num dia de trabalho que parece comum, mas que pode crescer
porque a gente tá “se sentindo”, escolher o que vestir pra encontrar
gente importante (importante, assim, pro coração!).
No lugar de pensar “essa roupa é incrível”, a gente pode treinar a mente
pra pensar “essa roupa merece viver este momento comigo”. Serve de
guia até na hora de comprar: imagina ir para o caixa menos pela peça e
mais pela vida que se vai viver dentro dela.
E sabe o que acontece? A moda passa a ser uma coadjuvante-melhor-
amiga, cumprindo o papel que tem que cumprir: o de companheira e não
de personagem principal – essa tem que ser você, a gente, todo mundo,
né?<3
sabe aquela “cara de bem-cuidada”? então! •
De nada (ou quase nada!) adianta a gente cuidar das roupas e dos
acessórios que usa e deixar pra lá todo o resto que compõe a aparência
– rostinho cansado e cabelo maluco atrapalham um tanto a intenção de
comunicar claramente quem a gente é. Sabe quando o corpo parece de
uma pessoa mas a cabeça parece ser de outra? Essa pessoa não pode
ser nenhuma de nós, não agora que estamos assim tão sabidas!
O que arremata qualquer look é uma certa aparência de cuidado, de
atenção equivalente à que se deu à coordenação do look. Uma ideia de
que a gente dedicou um pouquinho de tempo – que seja! – pra pensar
em como sair de casa, como se entregar para o mundo. Sem nem
passar pelo inconsciente do “outro” que acordamos atrasadas, vestimos
uma roupa qualquer e saímos correndo, sabe como?
O cuidado com a aparência, da maneira como a gente quer sugerir
aqui, já carrega em si a ideia de que não é o caso de se passar
hoooooras em frente ao espelho com um zilhão de estojos de
maquiagem, ou fazer escova no salão todos os dias – alô, vida real! Mas
tem jeito, sim, de dar atenção a esses acabamentos no dia a dia de
maneira prática, inserida na rotina de verdade.
SOBRE CABELO •
Nossa relação com o próprio cabelo é tão íntima, mas tão íntima, que a
gente resolve cortar/pintar/mudar sempre que alguma coisa
emocionalmente grandiosa acontece na vida, pro bem ou pro mal – é ou
não é?
Legal é ter frequência de cuidados e corte. Manter o cabelo hidratado,
com pontas periodicamente cuidadas, com aparência de ter sido
pensado pra ter a forma que tem (cortes bem-feitos atualizam a
aparência como um todo!), possibilitando maneiras diferentes de se usar
e prender sem que haja perda de tempo ou muito trabalho – esse é um
cabelo bem-cuidado. E tudo que é cuidado com carinho é também
bonito!
Podemos escolher jeitos variados de usar o cabelo levando em conta
prioridades de vida e de alma. Pensa assim: prioridades de alma têm a
ver com cachos, franjas, loirice, comprimentos (longos ou curtíssimos) e
mais; mas o que define como o cabelo vai ser cortado, tratado e usado
no dia a dia são as prioridades de vida, que implicam tempo,
deslocamento e atividades específicas.
Juntando toda informação que a gente já tem pra direcionar essa
escolha, pode ser legal acrescentar ainda a ideia de equilíbrio entre corte
de cabelo e peso visual do rosto, aplicando a “teoria Robin Hood” assim:
_peso visual na parte superior do rosto (com testa maior): franjas podem
ser legais – tanto franjinhas retas como franjas mais longas usadas de
lado; movimento na altura do maxilar ou corte que termina nessa altura
também desviam atenção.
_peso visual na parte inferior (maxilar marcado/queixinho pra frente):
vale procurar volume ou movimento na parte de cima da cabeça ou a
partir do pescoço – a gente não quer atrair atenção pra essa área, né?
Vale evitar também repicar a frente pra não evidenciar ainda mais essa
parte do rosto.
_peso visual nas têmporas: franjas longas que passem de ladinho sobre
as próprias têmporas podem ser uma ótima, assim como volume ou cor
da altura do maxilar pra baixo.
Xô, frizz •
SOBRE MAQUIAGEM •
É com o rosto que interagimos com o mundo – não com o peito ou com o
quadril. Faz muito sentido, então, conscientizar que a entrega não tá
completa sem esse toque, sem esse acabamento: o da melhora de
semblante que a maquiagem pode proporcionar.
E ninguém aqui precisa ser expert em maquiagem, mas pode – mesmo
com pouca coisa e pouco tempo – experimentar, exercitar e buscar, se
for o caso, aprofundamento da sua relação com esse universo. O que é
essencial pra garantir aparência fresca e cara de “pronta pra vida” é
também supercustomizável:
_pele uniforme;
_olheiras disfarçadas;
_olhos destacados;
_bochechas coradas “de saúde”; :)
_lábios hidratados.
LINGERIE •
o que vai por baixo também conta
Uma vez que o estilo pessoal tem a ver com tudo que compõe a
aparência, tudo que pode influenciar essa aparência é importante pra
gente. É o caso da lingerie, que, mesmo escondidinha sob a roupa, tem
o poder de moldar a forma do corpo pro bem ou pro mal (e pode
derrubar um look inteiro!).
E se já estamos orgulhosamente assumindo responsabilidade de tanta
coisa, não é o caso de continuar usando sutiã que “divide” as costas,
nem com alças velhinhas ou feiosas, nem calcinhas que marcam o
bumbum ou que evidenciam gordurinhas laterais. Né?
Tem aqui uma listinha bem generalizada do que você pode observar e
treinar ao comprar lingerie:
_As alças do sutiã devem ficar centralizadas no ombro e ajustadas de
maneira que não fiquem nem frouxas nem apertadas. Alças largas
demais deixam o sutiã desajeitado e podem causar dores nos ombros e
no pescoço. Já as alças muito apertadas atrapalham a circulação.
_Quando precisar de um modelo para um decote específico, é legal levar
a roupa até a loja e experimentar o sutiã com a peça.
_Quem quer aumentar os seios pode usar enchimento, mas sem
exagero e mantendo certo padrão pra não parecer que a gente muda o
tamanho do peito todo dia. Sutiã com fecho na frente une os seios e faz
com que eles pareçam maiores de um jeitinho natural, mesmo sem
enchimento!
_Ao contrário do que todo mundo costuma imaginar, as alças não são
responsáveis pela sustentação dos seios, e, sim, a faixa que fica ao
redor do tórax! Essa parte deve ficar bem ajustada ao corpo. A peça não
pode ficar subindo nas costas ou na frente nem fazer pressão demais.
_Quem tem peitão precisa de sustentação. Modelos com alças largas,
costas e laterais reforçadas são superindicados.
_Quando você for comprar um sutiã, vale tentar comprar ao menos três
calcinhas que combinem com ele – pra ter conjuntinhos sem precisar ter
um sutiã para cada calcinha.
_É muito útil ter algumas peças com cores semelhantes ao nosso próprio
tom de pele, pra usar com roupas claras.
Agora é que o trabalho começa de verdade: é no dia a dia que você vai
por à prova todas as fórmulas e sacadas compartilhadas neste livro, que
vai experimentar possibilidades e ganhar mais e mais confiança e,
provavelmente, vai se divertir mais com a tarefa de se vestir. Já
resgatamos vontades de alma e desvendamos demandas de vida, já
entendemos como funciona toda a tradução disso pra elementos do
vestir, já temos ferramentas práticas pra treinar – em ambientes
diferentes! – todo o universo autoconhecitivo explorado… É hora de abrir
a portinha da gaiola pra voar. :)
Se estilo pessoal consistente é construído no dia a dia, é a partir desse
“fim” que você pode começar a trilhar um caminho de repetição de
elementos na imagem, de reforço de mensagens a transmitir, de cuidado
e de apropriação. Todas as ferramentas que este livro entregou agora
são SUAS – e servem pra conscientizar, pra sempre, o que é importante
pra você e o que você quer sentir a cada vez que se vir refletida no
espelho.
PLANO DE AÇÃO •
QUERO ME SENTIR…
QUERO PARECER…
o fim é o começo •
A gente sabe que escolher e usar roupas não é só isso, vai além,
envolve sensação, emoção e até responsabilidade. Então, esse
pensamento, essa ideia de a gente ESCOLHER o que quer usar, permitir
que as coisas façam parte da nossa vida e do nosso universo particular
pode – começando já! – ser exercício diário de “não esquecimento”.
Quanto mais a gente exercita essas escolhas, mais se apropria das
ferramentas que tem. E aí, se relacionando assim com a própria
aparência, empoderada e segura, você mesma vai percebendo os
momentos de mudança da vida e vai, conscientemente, sentir
necessidade de revisar ou atualizar as fórmulas que vem exercitando no
vestir de todo dia. Toda reflexão tem eficácia agora, mas também vale
pra vida toda. Inevitavelmente, você vai ter vontade de subir um
degrauzinho e ampliar horizontes estilísticos – isso é crescimento e é
garantia de que Darwin tava certo: a gente evolui mesmo.
Mais importante que o look é o que é importante pra gente. Mais
importante do que o que achamos lindo na roupa é o que achamos lindo
em nós mesmas. E se a gente tem essas importâncias conhecidas,
estudadas, definidas, então as escolhas que se faz acontecem
naturalmente, cheias de valores e autenticidade. É assim que a gente
substitui consumo por autoestima – no coração e na vida. Escolher o que
tem significado pra gente mesma é caminho certeiro pra uma satisfação
que só leva à autoestima higher!
A gente tem essa mania na vida: a de achar que viver o melhor está
vinculado a uma circunstância. Tipo, “quando eu emagrecer 5 quilos, vou
ser feliz”, ou “quando descolar um namorado, tudo vai funcionar”, ou
“quando eu tiver a minha casa própria, a vida vai deslanchar”… sabe
essas coisas? A vida não tem rascunho e a gente não tem oportunidade
de passar tudo a limpo. Não tem antes e depois – muito menos antes-
ruim e depois-bom: tem, sim, um agora bacana e um depois
aperfeiçoado.
Somos as mesmas pessoas, temos a mesma vida – mas tudo é
aperfeiçoado na medida em que a gente busca e cresce: de bem com o
espelho, sem precisar de circunstância alguma pra vida fluir. A vida tá
fluindo todo dia, agora mesmo, e ninguém tá 100% pronto nunca!
Não tem problema “errar no look” – sair de casa e não se sentir legal
não faz cair o braço, não faz perder o emprego, não faz acontecer nada
de extraordinário. A gente pode experimentar o que quiser e, quanto
mais leve, quanto mais segura, quanto mais se sentindo bem consigo
mesma a gente tá, mais legal é toda experiência.
Roupa só é legal porque veste um corpo, veste alguém – esse alguém
é o que realmente importa, é quem tem o poder. Se aceitar, se curtir,
experimentar possibilidades, se permitir e expandir horizontes – é assim
que a gente recebe, como recompensa, sorrisos refletidos no espelho.
Vambora começar a viver isso?
<3
Uma delícia quando a gente sente gratidão não só pelo que já foi, mas
com sensação de que o melhor ainda tá pra acontecer – sempre! Por
isso vale lembrar de quem esteve por perto não só durante o nascimento
deste livro, mas também ao longo da trajetória da Oficina de Estilo.
Então, obrigada de coração à Ilana Berenholc, nossa primeira professora
de consultoria de imagem, responsável por juntar os nossos caminhos
pra formar essa dupla mais que dinâmica.
Um obrigada muito especial à Cacau Villas Boas por tooodo o trabalho
que fazemos juntas, pelo aprendizado de todo dia, pela amizade
deliciosa e pela luz! <3
Obrigada, Ana Raia e Alê Sanchez, por compartilhar com a gente seus
conhecimentos preciosos sobre empoderamento e crescimento pessoal.
Muito muito muito obrigada a Cáren Nakashima, Camila Farret, Flavia
Padoveze, Carol Morais, Nina Bedacchi, Ana Buchaim, Adelaide
Ivánova, Jana Villela, Ian Black e Ariela Goldmann.
Aos nossos pais, pilares da nossa autoestima profissional,
incentivadores no início da nossa carreira: obrigadas infinitos Luiz, Susy,
Lino e Lolan.
Fred e Fabio, obrigada também! Por tudo, sempre. <3
Obrigada às nossas clientes e às nossas alunas por refletir e testar, junto
com a gente na prática, todo esse conteúdo – vocês são co-criadoras
dessas ideias.
Às nossas leitoras/amigas de internet: trocar ideias com vocês há tanto
tempo é o melhor combustível, uma alegria. Obrigada!
:)
sobre a oficina de estilo e as autoras
A Oficina de Estilo foi a empresa que a gente criou juntas em 2003 pra
trabalhar a consultoria de estilo em dupla, quando a gente ainda nem
sabia se esse trabalho daria certo. Era uma época em que só
celebridades tinham ajuda pra se vestir, mas a gente acreditava que todo
mundo que se importa com qualidade de vida poderia se relacionar de
maneira diferente com o próprio guarda-roupa – e ser mais feliz com a
própria aparência, e então dar mais importância ao resto todo da vida.
Nosso trabalho sempre foi desenvolvido com foco em autoestima: isso
significa que o resultado mais importante (o que a gente mais busca, até
hoje) acontece quando a cliente se curte mais do que quando começou a
consultoria – e não quando ela veste o que a gente acha que ela deve
vestir. Tem mais a ver com confiança, segurança, credibilidade e muitas
vezes funciona como terapia de guarda-roupa. :)
Na Oficina de Estilo a gente já atendeu mais de 200 clientes individuais
com a consultoria de estilo, já fez palestras em mais de 50 empresas,
desde 2006 compartilha conteúdo prático num blog visitado por mais de
8 mil pessoas por dia e – UFA! – todos os dias ainda divide mais insights
nas redes sociais com mais de 70 mil outras pessoas. Motivão de
felicidade ter tanta gente bacana por perto, já que a gente se orgulha
muito de estar mais interessada em trabalhar com gente do que com
roupa.
Com essa experiência, a Oficina de Estilo está migrando do individual
para o coletivo com este livro (o primeiro de muitos, a gente espera!) e
com o projeto “Escola de Qualidade de Vida para Mulheres”. A ideia da
Escola é promover o compartilhamento de conteúdos importantes e
empoderadores em grupos (liderados por profissionais de áreas como
finanças, tecnologia, alimentação saudável, consumo consciente, direito
do trabalho, administração de tempo, carreiras e mais) para facilitar o dia
a dia e enriquecer o repertório de quem participa. Saiba mais sobre esse
nosso projeto em oficinadeestilo.com.br/escola.
CRIS ZANETTI
Sou mãe da Estela e da Flora junto com o Fred, o meu maior amor. Sou
filha da Susy e do Zaguinha, que sempre priorizaram a beleza e a leitura
ao educar minhas irmãs – Mari e Lila – e eu. Amo pessoas e sou
superinteressada em estudos de personalidade – brinco que se não
fosse consultora na Oficina junto com a Fê eu seria psicóloga. Sou
superorganizada (embora depois da chegada das meninas tenha que ter
aprendido a conviver também com o caos) e tenho fé na psicanálise.
Acredito que “para estabelecer a paz no mundo, temos, antes de tudo
que estabelecer a paz em nós mesmos”.
FÊ RESENDE
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
R341o
Resende, Fernanda
Vista quem você é: descubra e aperfeiçoe seu estilo pessoal / Fernanda Resende
e Cristina Zanetti. – Rio de Janeiro : Casa da Palavra, 2013.
il.
ISBN 978-85-7734-365-2
1. Moda. 2. Moda – Estilo. 3. Roupas femininas. 4. Estilo de vida. I. Zanetti, Cristina. II. Título.
13-2177 CDD: 391.2
CDU: 391-055.2
Edição digital Agosto de 2013
tipografia Adobe Garamond Pro
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A bruxa não vai para a fogueira neste livro
Lovelace, Amanda
9788544107027
208 páginas