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RESUMO ABSTRACT
Em 1860, Gustav Fechner fundou a psicofísica “State of the art” of the rating of perceived
que se baseava na detecção subjetiva da exertion scale
sensação e da percepção de um estímulo no
indivíduo. Baseado na psicofísica, mas com o In 1860, Gustav Fenchner founded the
intuito de utilizar uma escala para a percepção psychophysical that determines the subjective
subjetiva de esforço (PSE) durante o exercício, sensation and perception of stimulus in person.
Borg elaborou nos anos 60 uma escala para Based in psychophysical, but with the objective
monitorar a intensidade do esforço físico. O of use a rating of perceived exertion (RPE)
artigo de revisão tem o objetivo de apresentar scale during the exercise, Borg elaborated in
o “estado da arte” das escalas de PSE. Nesta the 60`s a scale for monitoring the intensity of
revisão de literatura foram selecionadas the physical exertion. The review article has
pesquisas sobre as escalas de PSE que the objective of presents the “state of the art”
investigaram esse instrumento durante o of the RPE scale. In this review literature were
exercício. A coleta dos estudos aconteceu no to selected research on the RPE scale that
buscador Bireme, PubMed, Google Acadêmico investigated this instrument during the
e nos Periódicos CAPES. Os resultados da exercise. The collection of the studies occurred
revisão mostraram que nos anos 60 a 90, a in Bireme, PubMed, Google Scholar and in the
maioria dos estudos foi sobre a PSE no CAPES Journals. The results of the review
exercício e sobre a linearidade da escala de detected that in the 60 to 90 years, most
Borg em relação a alguma medida fisiológica. studies was on the RPE during the exercise
Em 1990, a escala de Borg foi utilizada para a and about the linearity of the Borg scale in
prescrição da sessão. Nos anos 2000, a relation some physiological measure. In 1990,
maioria das pesquisas se concentra na PSE the Borg scale was used to prescribe a
durante o exercício e na linearidade entre a session. In the 2000 years, most research was
escala de Borg e determinadas medidas on the RPE during the exercise and about the
fisiológicas, algumas investigações na linearity of the Borg scale in relation some
quantificação da carga através da PSE e um physiological measure and some investigation
estudo prescreveu o treino pela escala de in quantifying of the load through RPE and a
Borg. Em conclusão, a escalas de PSE study prescribed the training by the Borg scale.
possuem relação linear com as medidas
fisiológicas, sendo indicada uma validação Key words: Exercise, Psychophysical,
dessas escalas para prescrever diversos tipos Physiology.
de treino.
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examinada através da média do VO2 obtida min com carga de 30 W. A Estimação do Teste
durante E1 e P1 na esteira e E2 e P4 na aconteceu na bicicleta estacionária numa
bicicleta estacionária – Observação: o artigo pedalada de 60 rpm com carga inicial de 30 W
não apresentou a média do VO2 de E1, P1, E2 com aumento de 30 W a cada 2 min –
e P4. O VO2 só teve diferença significativa denominado de P2A. Esse teste foi efetuado
entre E1 versus P1 com PSE a 70% do até a exaustão, com a escala de Borg de 15
VO2máx (Diferença = -0,732). A validade categorias. O aquecimento na esteira foi por 5
intermodal de prescrição da intensidade pela min com velocidade de 4,7 quilômetros por
PSE foi examinada através da média do VO2 hora (km/h). O Teste de Produção aconteceu
obtida durante as comparações de E1 versus na esteira (P1A), com a PSE de Borg
P2 e E2 versus P3, não ocorrendo nenhuma correspondendo a 60% do VO2máx. Esse
diferença significativa (p>0,05). exercício contínuo teve duração de 25 min. O
A validade intramodal foi examinada segundo Teste de Produção ocorreu na
através da média da FC, obtida através das bicicleta estacionária com pedalada de 60 rpm
comparações de E1 versus P1, E1 versus P3, – denominada de P2B, onde o sujeito foi
E2 versus P2 e E2 versus P4. A FC só teve instruído na determinação de qual categoria se
diferença significativa (p≤0,05) entre E1 versus encontrava na PSE (Dunbar e colaboradores,
P1, estando a 70% do VO2máx (Diferença = - 1994).
26,85). A validade intermodal da média da FC O teste “t” pareado foi utilizado para
foi obtida entre as comparações de E1 versus averiguar a diferença entre a média do mesmo
P3 e E2 versus P4, não ocorrendo nenhuma grupo. Quando o intuito era determinar a
diferença significativa (p>0,05) (Dunbar e diferença a três ou mais grupos, foi utilizada a
colaboradores, 1992). Anova de medidas repetidas (p≤0,05), sendo
A validade intermodal também foi aplicado o post hoc Dunnett para determinar a
examinada através da potência de rendimento diferença entre as médias (p≤0,05). A validade
(PR) obtida entre as comparações de E1 e a reprodutibilidade intramodal de regulação
versus P3 e E2 versus P4. A potência de da intensidade da PSE foi através do exame
rendimento só teve diferença significativa de comparação do VO2, onde não foi
(p≤0,05) entre E1 versus P3 estando a 70% do detectada diferença significativa em P2A e em
VO2máx (Diferença = -48,07) (Dunbar e P2B, aconteceu um pequena diferença
colaboradores, 1992). Em conclusão, a escala significativa do VO2 (p≤0,01 em 5 min; p≤0,05
de Borg é válida para regular o esforço em 10, 15, 20 e 25 min) – Obs.: o artigo não
intramodal e intermodal através da PSE. forneceu os dados do VO2. A intermodal
Porém, numa intensidade a 70% do VO2máx validade foi avaliada comparando o VO2 de
na esteira a escala de Borg possui baixa P1A e P1B, não tendo diferença significativa
precisão para monitorar o exercício através da (p>0,05) (Dunbar e colaboradores, 1994).
PSE. Lembrando que, em P2A o exercício
Outro estudo que teve destaque nos foi numa bicicleta estacionária ocorrendo no
anos 90 e utilizou a escala de Borg, foi a Teste de Estimação, em P2B o exercício foi
investigação de Dunbar e colaboradores numa bicicleta estacionária ocorrendo no
(1994). O objetivo desse estudo foi verificar se Teste de Produção e em P1A o exercício foi
monitorar a intensidade pela escala de Borg na esteira ocorrendo no Teste de Produção.
de 15 categorias é válida e reprodutível em A FC intramodal foi significativa
dois tipos de exercício – esteira e bicicleta pequena durante os tempos da P2A (p≤0,01
estacionária. Foram recrutados 9 homens em 5, 10, 20 e 25 min; p≤0,05 em 15 min) e da
universitários de 23±1,11 anos. Inicialmente os P2B (p≤0,01 em 5, 15, 20 e 25 min; p≤0,05 em
homens universitários se familiarizaram com a 10 min). A FC intermodal não teve diferença
escala de Borg de 15 categorias, se significativa (p>0,05) entre a P1A e a P2B -
exercitaram por 10 min na esteira com FC de Obs.: o artigo não forneceu os dados da FC
150 bpm e depois de 5 min de pausa, os (Dunbar e colaboradores, 1994). Em
homens universitários pedalaram por 10 min conclusão, a escala de Borg é relativamente
na bicicleta estacionária por 60 rpm com FC segura para regular a intensidade da bicicleta
de 150 bpm. estacionária com intensidade de 49 a 57% do
Inicialmente foi realizado um VO2máx.
aquecimento na bicicleta estacionária por 5
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treino foi monitorada pela FC e pela escala de possui vantagem sobre as demais escalas
Borg 0-10 modificada. A FC foi exercitada em porque ela já foi testada em diferentes
5 zonas: 50-60%, 60-70%, 70-80%, 80-90% e exercícios, como: no esporte, na ergonomia,
90-100%. O estudo 2, os basquetebolistas na medicina, no diagnóstico cardiovascular,
realizaram no pré-teste o protocolo de Astrand nas pessoas com doenças pulmonares, para
na esteira, sendo aferido o VO2, FC e a PSE. indivíduos com problemas músculo
O treino do estudo 2, ocorreu no basquetebol - esqueléticos e outras. Borg CR10 permite um
treino técnico, situacional e jogo, utilizando a melhor trabalho físico do praticante do
mesma zona de FC e a escala de Borg 0-10 exercício, sendo indicado o uso da escala.
modificada do estudo 1. Apesar da escala de Borg ser a
Os resultados do estudo de Foster e principal referência para a PSE durante a
colaboradores (2001) foram os seguintes: a prática do exercício, em 1999 foi validada a
Anova de medidas repetidas detectou escala de Estimativa do Tempo Limite (ETL)
diferença significativa (p≤0,05) entre FC e por Garcin, Vandewalle e Monod (1999). A
PSE. Tukey detectou diferença significativa escala ETL o sujeito se exercita com
(p≤0,05) entre FC e PSE. A PSE quando foi incremento da velocidade a cada 3 min,
transformada em bpm foi maior do que a FC fazendo o exercício cíclico (corrida, pedalar na
durante os estágios do teste (ciclismo e bicicleta etc) até chegar uma subjetiva
basquete). Estimativa do Tempo Limite, a exaustão.
Porém, a análise de regressão revelou Conforme a duração do trabalho o indivíduo se
valores parecidos da FC e da PSE durante o encontra em uma categoria que vai de 1 a 20.
período de estado estável (steady state) do O tempo da escala foi estabelecido por uma
treino. Em conclusão, a PSE é um método equação logarítmica, ETL = 21 – 2 log2 . (tlim)
subjetivo para estimar a carga do treino, sendo – tlim significa tempo limite e é utilizado no
um mecanismo quantitativo para monitorar a cálculo em min. O logaritmo da base 2 da
intensidade da sessão. Porém, a escala de equação ETL (2 log2) foi escolhido de acordo
Borg modificada falhou para determinar se os com o tempo de exaustão que variam de
indivíduos se encontravam no estado estável - menos 2 min até muitas horas. Por exemplo, o
difícil mensurar. tlim de 2 min equivale a categoria 19, o tlim de
Após o estudo de Foster e 4 min equivale a categoria 17 e vai assim por
colaboradores (2001), quantificar a carga do diante até chegar mais do que 16 horas da
treino pela PSE, foram produzidas diversas categoria 1. A ETL possui uma acurácia de ±1
pesquisas sobre esse tema em vários esportes para cada categoria, por exemplo, a ETL 12±1
– basquetebol (Manzi e colaboradores, 2010), corresponde o tempo de exaustão entre 15 a
futebol (Brink e colaboradores, 2010; Algroy e 30 min.
colaboradores, 2011), futsal (Milanez e Um dos principais estudos sobre a
colaboradores, 2011), mine futebol (Dellal e ETL ocorreu na investigação de Garcin e Billat
colaboradores, 2011) e natação (Wallace, (2001). O objetivo dessa pesquisa foi verificar
Slattery e Coutts, 2009). a relação dos métodos da PSE com o %VO2
Em 2001, outro artigo de grande (Borg 6-20 e ETL). A amostra foi constituída
impacto foi produzido por Borg e Borg (2001), por 12 homens treinados em endurance com
nesse estudo revisão, os autores explicaram o idade de 41,5±6,5 anos. Os sujeitos correram
início das escalas, referenciando como o numa pista de 400 m com estágio inicial de 12
pioneiro Stevens (1946). Também foi ensinado km/h e ocorreu aumento de 1 km/h a cada 3
como se desenvolveu a equação da escala de min até atingir 17 km/h. Cada estágio foi
Borg, sendo explicado com mais detalhes na separado por 30 seg de pausa e foi
tese de doutorado da esposa de Borg (Borg, apresentada as escalas. Depois de 90 seg de
2007). Outro conteúdo interessante da revisão pausa, cada estágio foi de 2 min, com
de Borg e Borg (2001) foi a apresentação das aumento da velocidade de 1 km/h até a
principais escalas de Borg (CR10, CR12, exaustão. Foi utilizado o Cosmed K4b2 para
CR20 e CR100), tendo ênfase na explicação mensurar o VO2. Os resultados foram os
da escala CR10 (CR10 é abreviatura do inglês seguintes: as correlações foram significativas
de ratio scaling, em português a tradução mais (p≤0,05), a PSE de Borg versus o %VO2 foi
adequada é escala de 10 categorias de com um r de 0,91 e a ETL versus o %VO2 foi
intensidades). Segundo Borg (2008), a CR10 com um r de 0,86. Em conclusão, a ETL é um
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meio útil para prescrever o treino intervalado Faces (p≤0,01, r = 0,85 - alto). Em conclusão,
de pessoas saudáveis. Após esse estudo, existe um forte indício da validade da escala
foram produzidas outras pesquisas sobre a de Faces para a PSE.
ETL (Garcin, Fleury e Billat, 2002; Garcin, Além dos interessantes estudos sobre
Wolff e Bejma, 2003; Garcin e colaboradores, a escala ETL, a escala OMNI e a escala de
2005; Garcin, Danel e Billat, 2008). Faces, o ano 2000 foi muito produtivo para a
Além da ETL, existem outras escalas escala de Borg, foram produzidas pesquisas
sobre a PSE, mas a mais destacada é a diferentes dos anos 60 a 90, onde a ênfase
escala de OMNI porque ela é validada em era no trabalho aeróbio e alguns estudos
diversos esportes e atividades físicas. A sobre o treino de força, agora a escala de Borg
primeira publicação sobre a escala de OMNI foi testada em outros exercícios. Por exemplo,
ocorreu em um livro no ano de 1997 através Finkelstein e colaboradores (2012)
de Robertson (Faulkner e Eston, 2008), mas evidenciaram em 14 gestantes que a PSE não
foi validada em 2000 na PSE de crianças possui diferença significativa (p>0,05) no
durante o trabalho aeróbio na bicicleta trabalho da bicicleta estacionária na terra e na
estacionária (Robertson e colaboradores, água, esses autores recomendaram a escala
2000). A escala é validada em diversos tipos de Borg como um bom instrumento para
de exercício, por exemplo, no treino de força prescrição do treino, sendo indicada uma
(Robertson e colaboradores, 2003), no pesquisa de algumas semanas com a PSE de
ciclismo para adultos (Robertson e Borg.
colaboradores, 2004), na plataforma vibratória Outra investigação na água com a
(Marin e colaboradores, 2012), na bicicleta escala de Borg foi efetuada por Alberton e
estacionária da academia (spinning) (Calil e colaboradores (2011). Em três dias 20
Silva e colaboradores, 2011), no caiaque mulheres praticaram corrida na água, sendo
(Nakamura e colaboradores, 2009) e outros. verificado que através do r Pearson a PSE
Outra interessante escala que foi versus o VO2máx possuem diferença
validada no ano 2000, foi do estudo de Costa significativa (p≤0,05), r igual a 0,60 (r médio),
e colaboradores (2004). A escala de Faces foi enquanto que a PSE versus a FCmáx (máx,
sugerida em 1998 por Costa para ser utilizada significa máxima) possui diferença significativa
na ginástica localizada. Porém, nesse estudo (p≤0,05), r igual a 0,65 (r médio). Enquanto
ela não foi validada. Segundo Costa e que o PSE versus o sinal da eletromiografia da
colaboradores (2004), a vantagem da escala raiz quadrática média (RMS) não teve
de Faces é a facilidade que o praticante do diferença significativa (p>0,05, r = 0,04).
exercício tem em perceber o seu esforço Portanto, através desses resultados
durante a atividade física. Sabendo dessa pode-se interpretar que a corrida na água
vantagem da escala de Faces, o objetivo do possui uma relação entre PSE e VO2máx,
estudo foi de verificar através de esforço PSE e FCmáx, então, a escala de Borg possui
progressivo máximo a correlação (r) existente precisão com essas medidas fisiológicas,
entre escala de Borg versus o VO2 de pico, sendo útil para prescrever o treino, embora o r
escala de Faces versus o VO2 de pico. A tenha sido moderado (Alberton e
amostra foi constituída por 10 pessoas colaboradores, 2011). Não acontecendo o
saudáveis de 18 a 30 anos. Os sujeitos mesmo entre PSE e RMS.
fizeram um aquecimento de 4 min com 50 a 60 Em outro estudo de Alberton e
rpm na bicicleta estacionária. O exercício colaboradores (2012), sobre hidroginástica, foi
progressivo na bicicleta foi realizado com 50 a evidenciado em 6 mulheres saudáveis em uma
60 rpm, iniciando com uma carga de 25 W. atividade de corrida estacionária, deslize
Nos 30 seg finais de cada estágio de 3 min era lateral do membro inferior e chute frontal, que
aferida a FC e a PSE (escala de Borg e a a escala de Borg 6-20 possui diferença
escala de Faces). Também foi aferido o VO2, significativa (p≤0,05) através do r Pearson. Os
sendo determinado o VO2 de pico. Os resultados foram os seguintes: VO2 versus
resultados das correlações (r) foram as PSE com r igual a 0,65 (moderado), %VO2
seguintes: escala de Borg versus VO2 de pico versus PSE com r igual a 0,67 (moderado).
(p≤0,03, r = 0,80 - alto), escala de Faces Conclui-se que, a PSE de Borg pode ser
versus de VO2 de pico (p≤0,04, r = 0,77 - utilizada para prescrição da intensidade da
moderado) e escala de Borg versus escala de hidroginástica.
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A escala de Borg nos anos 2000, através da PSE é eficaz para monitorar o
também foi utilizada para determinar a PSE no treino.
treino de força. O estudo de Utter e O segundo estudo encontrado sobre
colaboradores (2005) verificou se a ingesta de prescrição do treino nos anos 2000 foi de
carboidratos causa algum efeito na PSE de Céline e colaboradores (2011). O objetivo
praticantes do treino de força. Foram desses autores foi de comparar a resposta
selecionados 30 sujeitos que foram cardiorrespiratória do grupo FC e do grupo
randomizados entre o grupo que ingeriu PSE. A amostra foi constituída de 27 mulheres
carboidrato e o grupo placebo. Esses grupos saudáveis de 22,4±2,7 anos. A amostra foi
treinaram vários exercícios do treino de força randomizada em 3 grupos: grupo controle
por 2 horas, tendo um programa de 4 séries, (GC) (n = 9 e 22,8±2,4 anos), grupo da FC (n
10 repetições, 10 exercícios e com pausa de 2 = 9, 22,6±3,3 anos) e grupo da PSE (n = 9,
a 3 min. Os resultados achados mostraram 22±2,7 anos).
que não existe diferença significativa na PSE Continuando a explicar o estudo de
de Borg de 15 categorias (p>0,05) através do Céline e colaboradores (2011), os sujeitos
teste “t” independente do grupo que ingeriu realizaram um aquecimento de 3 min na
carboidrato e do grupo placebo. Em bicicleta estacionária e depois descansaram
conclusão, o carboidrato não atenua na PSE por 5 min. Em seguida, todos os três grupos
durante o treino de força. realizaram um teste máximo na bicicleta
Legally e Amorose (2007) validaram a estacionária com carga inicial de 60 W com
PSE de Borg em três categorias (9, 13 e 17) duração de 3 min. A cada 3 min a carga
para o treino de força. Sendo concluído que a aumentava para mais 30 W com cadência da
PSE é válida para prescrição do treino de bicicleta de 70 rpm até o testado entrar em
força. exaustão. Durante o teste foi utilizada a
Um estudo de revisão bem elaborado FCmáx (220 - idade) e os sujeitos utilizaram a
foi efetuado por Tiggemann, Pinto e Kruel escala de Borg CR10 com categorias entre 6 a
(2010), onde eles destacaram os principais 10. Após o teste foi determinado a potência
estudos que utilizaram a PSE no treino de máxima de tolerância ao esforço (W), a FC de
força. Eles apresentaram nessa revisão os pico, o VO2 de pico e o limiar ventilatório (LV).
conteúdos do treino de força que foram Após o teste, foi realizado um treino de 3
utilizados na PSE, sendo o seguinte: cargas sessões semanais de 45 min com duração de
utilizadas, tipo de contração, tipo e tempo de 6 semanas na bicicleta estacionária. O
intervalo entre as séries, velocidade de trabalho aeróbio foi efetuado em um treino
execução, ordem dos exercícios, número de intervalado (TI) de 9 séries de 5 min. Durante
séries e exercícios, tipo de exercício, número esse TI em cada 4 min o trabalho aeróbio era
de repetições, nível de treinamento e sexo. Em moderado e em 1 min o esforço era máximo. A
conclusão, a PSE é eficaz para determinar a cadência do treino na bicicleta foi fixada em 70
intensidade de esforço em diferentes variáveis rpm, igual ao do teste. Para monitorar a
do treino de força. Nessa revisão predominou intensidade, o grupo FC utilizou a telemetria
referências dos anos 2000, possuindo poucos da FC que correspondia ao LV e o grupo PSE
trabalhos dos anos 90. usou a escala de Borg CR10. Ambos os
O primeiro estudo encontrado sobre grupos utilizaram a telemetria para determinar
prescrição do treino nos anos 2000 foi de a FC e a escala de Borg. O ambiente pode
Dunbar e Kalinski (2004). Esses autores influenciar a resposta da PSE, então, todos
recrutaram 6 mulheres pós-menopausa com indivíduos treinaram sozinho, na mesma
idade de 70±7,1 anos. Durante as 20 semanas bicicleta e na mesma temperatura e umidade
a sessão aeróbia aconteceu na esteira, na relativa do ar. Após 6 semanas, todos os
bicicleta estacionária e no step (subida de grupos fizeram o mesmo teste do anterior.
escadas no ergômetro), nas 5 primeiras Os resultados do estudo de Céline e
semanas a intensidade de 40% do VO2máx colaboradores (2011) detectaram através da
passou para 60% do VO2máx com duração de Anova one way diferença não significativa da
15 min para 30 min. A intensidade foi FC de pico (F = 0,21, p>0,05) e da PSE (F =
controlada pela PSE e pela FC, também foi 0,01, p>0,05) entre os 3 grupos. A FC de pico
determinada a FC equivalente ao %VO2máx. foi a seguinte: grupo PSE = 192,5±7,9 no pré-
Os autores concluíram que a escala de Borg teste e 189,7±8,6 no pós-teste, grupo FC =
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Figura 1 - Direcionamento das pesquisas das escalas de PSE entre 1961 a 2012.
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