Você está na página 1de 15

O absolutismo e a formação

do Estado moderno
A origem do Estado moderno
 Estados nacionais: delimitação de
fronteiras, unificação de leis, monopólio
da justiça, forças armadas, emissão de
moedas.
 Idade Moderna: poder centralizado nas
mãos de monarcas – atualmente famílias
reais têm poder apenas simbólico.
A formação das monarquias
nacionais
 Baixa Idade Média: descentralização política – poder dos
monarcas era restrito aos seus domínios pessoais.
 Cada senhor feudal detinha o poder sobre o seu feudo –
o título do monarca era essencialmente simbólico e
honorífico.
 Portugal: unificação no século XIV.
 Espanha: unificação no século XV.
 França: após Guerra dos Cem Anos.
 Inglaterra: dinastia Tudor – Guerra das Duas Rosas.
 Alemanha e Itália: permaneceram como um amontoado
de principados, ducados e cidades independentes até o
século XIX.
O Estado centralizado
 Soberania: o poder se concentrou na pessoa do rei –
poder legitimado por Deus.
 Secularização: o exercício do governo tornou-se
progressivamente independente da religião.
 Centralização administrativa: criação de uma burocracia
estatal, de um exército permanente e de um sistema
unificado de leis.
⇒ Mecanismos que levaram à centralização estatal:
- Transição da economia de troca para economia
monetária.
- Enfraquecimento da nobreza feudal.
- Formação de exércitos permanentes.
Teóricos do poder absoluto
 A guerra civil e a violência religiosa tornaram-se
um problema para os reinos europeus.
 Surgiram obras que defendiam a necessidade
de fortalecer a monarquia e ampliar o alcance
do poder real.
 Pacificar e unificar os territórios só seria
possível se houvesse um soberano que
detivesse em suas mãos toda a autoridade e o
monopólio da força.
Nicolau Maquiavel
 Obra: “O príncipe”
 O soberano seria a fonte de todo o poder
e de toda autoridade em seu território.
 Conservar o poder era um dever político
que não podia ser limitado por nenuma
outra consideração de ordem moral ou
religiosa.
Jean Bodin
 Obra: “Da república”
 Defendia a subordinação da Igreja ao
poder soberano do monarca.
 O soberano (rei), não a Igreja, seria o
representante legítimo de Deus para
governar os homens.
Jacques Bossuet
 Obra: “Teoria do direito divino dos reis”.
 O poder real emana de Deus e exige
obediência incondicional.
 “O trono real não é o trono de um homem,
ma o trono do próprio Deus. Os reia são
deuses e participam de alguma maneira
da independência divina. O rei vê de mais
longe e de mais alto, deve acreditar-se
que ele vê melhor, e deve obedecer-se-
lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma
disposição para a sedição”.
Thomas Hobbes
 Obra: “Leviatã”.
 Não acreditava que o poder do monarca fosse
divino e nem que o soberano fosse o
representante de Deus na Terra.
 O governo absoluto era justificado pela
necessidade de se restringir a violência e
manter a sociedade unida.
 O papel do Estado seria o de garantir a paz, o
cumprimento das leis e a coesão do território,
evitando que os homens se destruíssem uns ao
outros – “o homem é o lobo do homem”.
 Estado da natureza e contrato social.
A França de Luís XIV
 O “Rei Sol”: governava sem primeiro ministro,
decidindo diretamento sobre todos os assuntos
relativos ao Estado.
 É o maior representante da figura de monarca
absoluto.
 Mediador político: aproximou-se da nobreza de
espada e manteve a nobreza togada nos cargos
administrativos.
 A França tornou-se padrão de gosto,
comportamento e sofisticação da vida cotidiana:
um modelo para as demais aristocracias
europeias.
O mercantilismo
Uma nova política econômica
 Origem do capitalismo no século XV:
contabilidade, sistema de crédito,
empréstimo a juros, trabalho assalariado.
 Irradiação possível apenas com as
Grandes Navegações.
As condições europeias
 Aliança entre a burguesia e as monarquias
absolutistas: a expansão marítima dependia dos
investimentos da burguesia e o Estado
Absolutista protegia essa iniciativa para ampliar
seus domínios.
 A acumulação de capital: riqueza gerada com o
comércio colonial, com a extração dos metais
preciosos na América e com a exploração do
trabalho assalariado.
 A nova mentalidade surgida com a Reforma
Protestante: o enriquecimento pelo trabalho era
uma graça divina.
A intervenção do Estado na
economia
 O conjunto das medidas adotadas pelos
Estados nacionais europeus entre os
séculos XVI e XVIII para aumentar ao
máximo suas riquezas ficou conhecido
como Mercantilismo.
 Fonte de financiamento para guerras,
expedições marítimas e explorações
comerciais.
As medidas mercantilistas
 Metalismo: quanto mais um país acumulasse metais
preciosos (ouro e prata), mais rico ele seria.
 Balança comercial favorável: exportar mais do que
importar – as importações deviam se limitar apenas às
matérias-primas, enquanto as exportações se voltariam
para os bens manufaturados.
 Protecionismo alfandegário: cobrança de pesados
impostos sobre produtos estrangeiros, o que os tornava
mais caros. Isso estimulava os consumidores a
comprarem os produtos do próprio país.
 Exclusivo comercial: as colônias produziam e forneciam
matérias-primas baratas às metrópoles europeias,
ficando obrigadas a consumir seus produtos
manufaturados.

Você também pode gostar