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Parte 2

Tópicos em Nutrição Aplicada

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5 Avaliação Nutricional
(AN)
Nádia Tavares Soares

b) Técnica clínica utilizada para avaliar o esta-


Questões do nutricional com base na história do paci-
ente, perda de gordura subcutânea, depleção
1 — NA – Dentre as opções abaixo aquela que muscular e presença de edema ou ascite
NÃO conceitua estado nutricional é: c) Técnica clínica utilizada para avaliar o esta-
do nutricional de pacientes sem a exigência
a) Condição de saúde de um indivíduo, influen- de um observador muito treinado
ciado pelo consumo e pela utilização de nu- d) Técnica clínica utilizada para avaliar o esta-
trientes
do nutricional do paciente com base somen-
b) Condição do corpo resultante da utilização
te na história de perda recente de peso e ca-
dos nutrientes essenciais
pacidade funcional
c) Estado de equilíbrio no indivíduo entre a inges-
e) Técnica clínica utilizada para avaliar o esta-
tão e o gasto ou necessidade de nutrientes
do nutricional de pacientes sem a possibili-
d) Produto da manifestação biológica do con-
dade de aferir graus de desnutrição
junto de processos que se operam sobre o
homem
4 — NA – A avaliação clínica nutricional apre-
e) Síntese orgânica das relações entre homem-
senta a seguinte característica:
natureza-alimento
a) Parte do geral, estrutural, utilizando-se
2 — NA – Screening nutricional pode ser feito: prioritariamente dos conhecimentos das ci-
ências sociais; identifica o particular e ex-
a) Somente pelo nutricionista
plica o individual
b) Somente pelo nutricionista e técnico em nu-
b) Possibilita, com maior eficiência, a explicação
trição
não apenas dos efeitos ou conseqüências, mas
c) Somente pelo nutricionista, técnico em nu-
das relações causais dos processos nutricionais
trição e médico
c) Parte dos processos biológicos de indivíduos,
d) Somente pelo nutricionista, técnico em nu-
utilizando-se prioritariamente dos conheci-
trição, médico e enfermeiro
mentos das ciências naturais
e) Por qualquer membro da equipe de saúde
d) Permite intervenções adequadas não apenas
no nível dos efeitos, mas sobretudo no nível
3 — NA – Marque a definição correta de avalia-
das causas básicas mediatas e imediatas dos
ção nutricional subjetiva global.
processos nutricionais
a) Técnica clínica utilizada para avaliar o esta- e) Permite intervenções adequadas sobre alguns
do nutricional de pacientes com base na dos efeitos de processos individuais, atuan-
antropometria, nos exames bioquímicos e na do eficazmente sobre as causas e sobre os
dieta usual processos sociais

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5 — NA – Deficiências de energia, proteína e de 9 — NA – Em estudo dietético tipo caso-contro-
vários micronutrientes podem levar à que- le, os métodos de escolha são:
da de peso, a qual pode refletir mudanças
a) Freqüência alimentar e história dietética
na massa corporal magra e gorda. Para dis-
b) História e preferência alimentar
criminar mudanças nestes dois componen- c) Recordatório 24h e registro alimentar
tes podem-se selecionar, respectivamente, as d) História dietética e registro alimentar
seguintes medidas: e) Pesada direta e história dietética
a) Peso e altura
b) Peso e circunferência muscular do braço 10 — NA – Constitui limitação do método
c) Peso e índice creatinina-altura recordatório 24h:
d) Índice creatinina-altura e pregas cutâneas a) O entrevistado deve ter algum grau de ins-
e) Pregas cutâneas tricipital e escapular trução
b) Resultados de um único dia não expressam
6 — NA – O método de avaliação corpórea, que a dieta usual do indivíduo
tem como fundamento o princípio de Arqui- c) Requer maior grau de cooperação do entre-
medes, é: vistado do que outros métodos
a) Ultra-sonografia d) Tempo de levantamento dos dados é dema-
b) Tomografia computadorizada siadamente longo
c) Pesagem hidrostática e) Os índices de resposta são relativamente baixos
d) DEXA
e) Impedância bioelétrica 11 — NA – São sinais clínicos de desnutrição
protéico-energética leve em indivíduos ou po-
7 — NA – O método mais preciso para estimar o pulações:
consumo alimentar em nível familiar é: a) Deficiência de peso e estatura, redução de
a) Inventário alimentar panículo adiposo, palidez, hipotrofia muscular
b) Deficiência de peso e estatura, redução de
b) Preferência alimentar
panículo adiposo, palidez, cabelos secos e
c) Freqüência alimentar
despigmentados
d) Recordatório alimentar
c) Deficiência de peso e estatura, redução de
e) Pesada direta
panículo adiposo, palidez, alterações
psicomotoras
8 — NA – Quanto à aplicação das RDAs em ava-
d) Deficiência de peso e estatura, redução de
liação nutricional, é correto afirmar que:
panículo adiposo, cabelos secos e despigmen-
a) A ingestão de nutrientes de um indivíduo só tados, alterações psicomotoras
é adequada quando atinge diariamente 100% e) Deficiência de peso e estatura, redução de
das RDAs panículo adiposo, cabelos secos e despig-
b) A adequação da ingestão alimentar pelas mentados, palidez, fígado palpável
RDAs provê por si só suficiente informação
para o nutricionista determinar o estado 12 — NA – Hipovitaminose A, anemia ferropriva
nutricional do indivíduo e bócio endêmico são doenças carenciais que
c) As RDAs não são úteis para avaliar a ade- podem ser identificadas, respectivamente,
quação da ingestão de nutrientes em grupos pelos seguintes sinais clínicos:
populacionais a) Deficiência de estatura — alterações
d) Embora as RDAs sejam expressas por dia, psicomotoras — redução do panículo adiposo
as suas preconizações devem ser alcan- b) Blefarite — palidez — deficiência de peso
çadas a partir de uma ingestão média de c) Mancha de Bitot — deficiência de peso —
nutrientes e calorias, em um dado período palidez
de tempo d) Palidez — deficiência de peso — deficiên-
e) Com exceção da proteína, as RDAs são sufi- cia de estatura
cientes para cobrir as necessidades de qual- e) Xeroftalmia — deficiência de peso — defi-
quer pessoa ciência de estatura

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13 — NA – O ponto de corte que indica baixa con- d) A concentração sangüínea pode refletir ape-
centração plasmática de retinol (mcg/100ml) nas ingestão recente de um dado nutriente
em todas as idades é: e) Algumas drogas podem interferir significa-
tivamente na análise de um teste bioquímico
a) < 10
b) 10 — 19
17 — NA – Nos últimos anos a tendência a aumen-
c) < 19
tar menos o peso durante a gestação tem-se
d) 9 — 20
popularizado devido aos seguintes fatores,
e) < 20 EXCETO:
14 — NA – Quando um procedimento diagnóstico a) Idéia de facilitação do parto, arraigada des-
possui máxima especificidade, isto significa de o final do século
que ele tem capacidade de identificar todos b) Conceito estético, imposto desde a década
os indivíduos: de 20
c) Associação direta entre pré-eclâmpsia e au-
a) Verdadeiros-positivos mento excessivo de peso
b) Falsos-positivos d) Comprovação de que o maior ganho de peso
c) Falsos-negativos gestacional está associado com diminuição
d) Verdadeiros-negativos do peso ao nascer
e) Falsos-positivos e falsos-negativos e) Alta mortalidade materna associada, no iní-
cio do século, com o tamanho do feto
15 — NA – Na abordagem da interface entre obe-
sidade e distribuição de gordura corporal, é 18 — NA – O desconhecimento do peso habitual
correto considerar que: anterior à gestação implica:
a) A obesidade andróide em adolescentes a) A impossibilidade do cálculo do ganho de
masculinos tende a ser associada a elevados peso durante a gravidez
níveis de triglicerídeos, colesterol total e b) Grande comprometimento na avaliação e
LDL-colesterol planejamento pré-natal
b) Em adolescentes femininos a obesidade c) A impossibilidade da utilização do IMC no
andróide tende a ser associada com baixos acompanhamento pré-natal
níveis de HDL, e altas taxas de HDL e d) O uso da curva do NCHS
LDL-colesterol e) A indicação do uso da medida da circunfe-
c) Poucos estudos têm mostrado risco de resis- rência do braço
tência à insulina, hiperlipidemia, diabetes
Mellitus tipo II, hipertensão, hiperinsulinemia 19 — NA – A metodologia proposta pelo Ministé-
e risco aumentado de morte em pessoas com rio da Saúde para a avaliação nutricional
obesidade ginecóide de gestantes inclui:
d) A obesidade em si é o mais importante fator a) Nomograma com altura, peso e percentagem
para morbimortalidade do que a distribui- de peso atual para altura
ção de gordura b) Gráfico de percentagem de peso/altura em
e) Pessoas que possuem maior proporção de relação à idade
gordura na parte inferior do corpo, especial- c) Índice de massa corporal pré-gestacional
mente na coxa e no quadril, têm obesidade d) Padrão de referência de Jelliffe
tipo ginecóide e) Curvas com normalidade com limite inferior
no percentil 10 e superior no percentil 90
16 — NA – Quanto à análise bioquímica do esta-
do nutricional é FALSO afirmar que: 20 — NA – Dentre os exames laboratoriais de ro-
a) Todo teste bioquímico-nutricional tem valor tina no pré-natal, pode ser útil à avaliação
diagnóstico nutricional:
b) O que é normal é afetado pela idade, pelo a) Urina tipo I
sexo, pelo estado fisiológico e pelas circuns- b) Parasitológico de fezes
tâncias ambientais c) Cultura de urina
c) Alguns testes bioquímicos são afetados pelo d) Hemograma
stress ou injúria e) Teste de tolerância à glicose

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21 — NA – São parâmetros recomendados para c) O retardo do crescimento e desenvolvimen-
avaliação antropométrica de gestantes: to intra-uterino só ocorre quando a disponi-
bilidade de nutrientes não é adequada
a) Idade, sexo, circunferência muscular do braço
d) Nenhuma criança prematura apresenta cres-
b) Pregas subescapular e tricipital
cimento normal para idade gestacional
c) Idade gestacional, altura, circunferência ab-
e) Dependendo da área geográfica, a maioria dos
dominal
recém-nascidos de baixo peso é prematura
d) Peso, circunferência abdominal, altura do
útero 27 — NA – O ponto de corte que indica criança
e) Circunferência do braço e panturrilha com peso insuficiente ao nascer, é:

22 — NA – O objetivo de ganho de peso para ado- a) < 2.500g


lescentes grávidas é: b) < 2.500g
c) 1.500 — 1.000g
a) 7 — 8kg d) 2.501 — 3.000g
b) 10 — 12kg e) < 1.000g
c) 12 — 15kg
d) 12,5 — 18kg 28 — NA – São taxas de baixo e muito baixo peso
e) 14 — 18kg ao nascer que indicam alto risco para
morbimortalidade infantil e fetal na popu-
23 — NA – O intervalo de concentração de lação, respectivamente:
hemoglobina que caracteriza anemia leve e a) >10% abaixo de 2.500g; > 1% abaixo de 1.500g
moderada em gestantes é: b) > 15% abaixo de 2.500g; > 2% abaixo de 1.500g
a) <10g/dl e >7g/dl c) > 10% abaixo de 2.500g; > 5% abaixo de 1.500g
b) <11g/dl e >8g/dl d) > 12% abaixo de 2.500g; > 3% abaixo de 1.500g
c) <12g/dl e >9g/dl e) > 15% abaixo de 2.500g; > 3% abaixo de 1.500g
d) <12g/dl e >8g/dl
e) <14g/dl e >7g/dl 29 — NA – Dentre as terminologias abaixo, a que
melhor caracteriza o quadro de uma crian-
24 — NA – Dentre os índices antropométricos ça com déficit de peso para idade é:
abaixo relacionados, os que apresentam, res- a) Desnutrição protéico-calórica
pectivamente, excelente e pobre sensibilida- b) Desnutrição crônica
de à mudança de peso sobre um período cur- c) Desnutrição atual
to de tempo são: d) Desnutrição pregressa
e) Desnutrição aguda
a) P/I, P/A
b) P/A, P/I 30 — NA – A prevalência tolerável de subpeso,
c) A/I, P/A stunting e wasting entre os menores de cinco
d) P/I, A/I anos é, respectivamente:
e) P/A, A/I
a) < 05%; < 10%; < 20%
25 — NA – O incremento ponderal médio observa- b) < 10%; < 20%; < 05%
do por mês na faixa etária de 9-12 meses é: c) < 10%; < 05%; < 20%
d) < 10%; < 20%; < 05%
a) 700 — 1.000g e) < 05%; < 10%; < 20%
b) 500 — 700g
c) 300 — 500g 31 — NA – Segundo Waterlow, quando uma cri-
d) 300 — 400g ança apresenta a relação P/A > -2 desvios-
e) 400 — 500g padrão e A/I < -2 desvios-padrão, em rela-
ção à mediana do padrão de referência, seu
26 — NA – Com relação ao crescimento intra- estado nutricional é classificado em:
uterino e pós-natal, pode-se afirmar que:
a) Normal
a) Todas as crianças pequenas para idade gesta- b) Desnutrição aguda
cional apresentam retardo do crescimento c) Desnutrição crônica
b) Todas as crianças grandes para idade d) Desnutrição atual
gestacional apresentam sobrepeso e) Desnutrição pregressa

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32 — NA – Quanto à classificação de Gomez, 36 — NA – O Programa Americano de Educação
pode-se afirmar que: em Colesterol (NCEP) classifica níveis de
colesterol total e LDL-C em crianças e ado-
a) Possibilita o diagnóstico da natureza da des- lescentes como aceitáveis quando os valores
nutrição plasmáticos são, respectivamente:
b) Reflete o verdadeiro crescimento linear
c) O déficit de adequação do peso aumenta pro- a) < 200 e < 110mg/dl
porcionalmente com a idade b) < 110 e < 200mg/dl
d) Superestima os casos de desnutrição c) < 170 e < 110mg/dl
d) < 110 e < 199mg/dl
e) É operacionalizada com medidas sempre dis-
e) < 199 e < 110mg/dl
poníveis na comunidade
37 — NA – São parâmetros que devem compor um
33 — NA – Dentre as limitações das curvas de cres- protocolo de avaliação antropométrica de
cimento do NCHS, é correto destacar que: adolescentes:
a) São derivadas de um único estudo longitu- a) Dobras cutâneas tricipital, subescapular e da
dinal de base populacional coxa
b) Os dados das crianças de 2,0 — 17,99 anos b) Voz, genitália, mama e estágio da menarca
foram coletados em crianças brancas, de clas- c) Índice de massa corporal e relação abdome/
se média quadril
c) Os dados das crianças de 0,0 — 2,99 anos d) Circunferências de braço, tórax e panturrilha
são derivados de um estudo seccional repre- e) Circunferência da área muscular e área mus-
sentativo de todas as crianças americanas, cular do braço
excluindo as não brancas e de baixo poder
aquisitivo 38 — NA – Alta e muito alta prevalência de ma-
d) As medidas de estatura foram colhidas, es- greza na população adulta pode ser, respec-
tivamente, identificada, quando:
tando todas as crianças deitadas
e) Impossibilidade de calcular o índice peso/ a) 15-34% e 35% ou mais da população apre-
altura para crianças de ambos os sexos com senta IMC < 18,5
menos de 49cm ou acima de 137cm para b) 18-35% e 36% ou mais da população apre-
meninas e 145cm, para meninos senta IMC < 18,5
c) 19-40% e 41% ou mais da população apre-
34 — NA – A forma de análise mais indicada para senta IMC < 18,5
avaliar as medidas de peso e estatura de cri- d) 20-39% e 40% ou mais da população apre-
anças e adolescentes é através de: senta IMC < 18,5
e) 25-44% e 45% ou mais da população apre-
a) Centis senta IMC < 18,5
b) Percentis
c) Scores-z 39 — NA – A magreza grave ou grau 3 é identifi-
d) Desvio percentual da média cada em adultos a partir do seguinte ponto
de corte:
e) Desvio percentual da mediana
a) IMC < 15,0
35 — NA – Para identificar população de adoles- b) IMC < 16,0
centes com risco de seqüelas relacionadas c) IMC < 17,0
com a obesidade, é recomendável utilizar os d) IMC < 18,0
seguintes critérios antropométricos: e) IMC < 18,5

a) IMC/Idade > percentil 30, medido uma úni- 40 — NA – Os níveis máximos desejáveis de gor-
ca vez dura com relação ao peso corporal de ho-
b) IMC/Idade > percentil 85, medido uma úni- mens e mulheres são, respectivamente:
ca vez a) 15 e 20%
c) IMC/Idade > percentil 90 medido uma úni- b) 20 e 25%
ca vez c) 15 e 25%
d) IMC/Idade > percentil 30, medido duas vezes d) 25 e 30%
e) IMC/Idade > percentil 90, medido duas vezes e) 20 e 30%

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41 — NA – A relação da circunferência cintura- 46 — NA – As carências de magnésio, cálcio e vi-
quadril que indica obesidade andróide em tamina D são freqüentemente decorrentes da
homens e mulheres é, respectivamente: presença da seguinte patologia:
a) > 0,9; > 0,8 a) Insuficiência hepática
b) < 1,0; < 0,8 b) Insuficiência cardíaca congestiva
c) > 0,8; > 0,9 c) Insuficiência renal crônica
d) > 0,9; > 1,0 d) Insuficiência biliar
e) > 0,8; > 1,0 e) Insuficiência pancreática

47 — NA – Um achado clínico-laboratorial rela-


42 — NA – A percentagem do índice creatinina-
cionado com a deficiência de vitamina B12 e
altura (ICA) que indica depleção protéica
ácido fólico é:
grave em pacientes adultos é:
a) Anemia hemolítica
a) <20% b) Anemia macrocítica
b) <30% c) Anemia microcítica e hipocrômica
c) <40% d) Anemia microcítica
d) <50% e) Anemia sideroblástica
e) <60%
48 — NA – A depleção nutricional severa pode ser
43 — NA – O tempo de vida útil das frações identificada quando os linfócitos séricos
protéicas viscerais constitui um dos fato- apresentam-se:
res na seleção dos indicadores de detecção a) < 1.200/mm3
precoce de estado nutricional. Dentre as b) < 1.000/mm3
proteínas abaixo relacionadas, a que apre- c) < 950/mm3
senta pouca aplicação prática na avalia- d) < 800/mm3
ção nutricional, apesar de apresentar cur- e) < 500/mm3
to tempo médio de vida útil, é:
a) Albumina 49 — NA – Dentre os testes bioquímicos referidos
b) Transferrina a seguir, o apropriado para identificar
depleção dos estoques de ferro é:
c) Pré-albumina
d) Proteína transportadora de retinol a) Ferritina sérica
e) Fibronectina b) Saturação de transferrina
c) Hemoglobina
44 — NA – Uma perda involuntária de peso con- d) Hemoglobina corpuscular média
siderada significante em pacientes, no pe- e) Protoporfirina
ríodo de uma semana, seria:
50 — NA – Na avaliação nutricional do idoso NÃO
a) ≥ 1% se pode considerar que:
b) ≥ 3%
c) ≥ 5% a) O peso corporal tende a aumentar até os 45
d) ≥ 7% anos no homem e 50 anos na mulher, man-
e) ≥ 10% tendo-se estável até os 65 anos, quando co-
meça a diminuir
45 — NA – A equação mais amplamente utiliza- b) A altura tende a diminuir devido ao encur-
tamento das vértebras, cifose e osteoporose
da para estimar o gasto energético basal
c) A partir dos 30 anos se estima que ocorra dimi-
de pacientes hospitalizados foi proposta
nuição de 1,2 a 4,2cm da altura a cada 20 anos
por:
d) O idoso acamado pode ter sua altura estima-
a) Long da pela equação de Chumlea, que considera
b) Harris-Benedict sexo, idade e altura do joelho
c) FAO/OMS e) Para estimar a massa muscular corpórea, a
d) Curreri medida da circunferência muscular do braço é
e) Frisancho superior à medida da área muscular do braço

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Respostas

1 — NA – (c) 5 — NA – (d)
O conceito apropriado de estado nutricional não Dentre as medidas citadas, somente o peso e a
incorpora, isoladamente, designações tipo “equi- altura não permitem distinguir alterações na mas-
líbrio”, “desequilíbrio”, “adequado”, “inadequa- sa magra e gorda. A medida do peso reflete a
do”, “insuficiência”, “excesso” etc., pois estas massa corporal total e a altura o crescimento ós-
condições particulares são estabelecidas após o seo linear alcançado. A medida das pregas
indivíduo ou a população se submeter a um pro- cutâneas possibilita estimar a massa gorda, en-
tocolo de avaliação nutricional. quanto o índice creatinina-altura e a medida da
área muscular do braço, a massa magra.
REF.: Vasconcelos (1993), pp. 19-21.
REF.: Who (1995), pp. 5; 164; 360.
2 — NA – (e)
Esta atividade pode ser desenvolvida por qualquer 6 — NA – (c)
membro da equipe de saúde porque não exige alto “Arquimedes forneceu os fundamentos para a
grau de conhecimento sobre nutrição. Seu objetivo determinação do volume corporal por desloca-
é identificar indivíduos em risco nutricional. mento da água, ao comprovar que um corpo
submerso em água desloca um volume líquido
REF.: Lee & Nieman (1996) pp. 3-4; 290. igual ao próprio volume do corpo submerso. Por
outro lado, o matemático grego admitiu também
3 — NA – (b) que um corpo submerso em água perde um peso
Avaliação nutricional subjetiva global (ASG) é igual ao volume de água por ele deslocado em
uma técnica clínica para avaliação de pacientes função de uma força contrária de sustentação, o
com base em quatro dados de história (recente que tem servido de embasamento para a utiliza-
perda de peso, mudanças na dieta usual, presen- ção da pesagem hidrostática na determinação do
ça de sintomas gástricos significativos e capaci- volume corporal.”
dade funcional) e em três elementos do exame
físico: perda de gordura subcutânea, depleção REF.: Guedes [1998?], p. 22.
muscular e presença de edema ou ascite.
7 — NA – (e)
REF.: Lee & Nieman (1996), p. 444. O método da pesada direta de alimentos, também
conhecido como peso e medidas, é considerado o
4 — NA – (c) método mais preciso para estimar o consumo ali-
Com exceção da opção c, todas as demais refe- mentar da família. Consiste em registrar minucio-
rem-se ao método de investigação epidemiológica
samente os alimentos encontrados em casa, bem
em nutrição. “O método de investigação clínica
como aqueles comprados e ingeridos durante o
ou avaliação clínica nutricional apresenta as se-
período da investigação, incluindo o controle das
guintes características:
sobras e desperdícios. Esta é a modalidade de in-
a) parte de processos biológicos (de indivídu-
quérito mais recomendada pela FAO.
os), utilizando-se, prioritariamente, dos co-
nhecimentos das ciências naturais;
REF.: Gouveia (1985) apud Lima. In: Gouveia
b) possibilita, com eficiência, a identificação
(1990), p. 146; Gouveia (1985) apud Vasconce-
das manifestações (ou variações) orgânicas
los (1993), p. 122.
produzidas, bem como a identificação de
determinados níveis de relações causais (ime-
8 — NA – (d)
diatos e mediatos), mas não possibilita a
identificação das relações causais básicas e Não há nenhuma razão biológica para esperar que
c) permite intervenções adequadas sobre alguns cada refeição contenha os valores fixados nas
dos efeitos de processos individuais, mas não RDAs para cada nutriente. As RDAs são objeti-
atua, de forma eficaz, sobre as causas e so- vos a serem alcançados sobre o tempo, no míni-
bre os processos sociais.” mo três dias para os nutrientes de rápido turnover,
ao passo que um ou vários meses podem ser ade-
REF.: Vasconcelos (1993), p. 26. quados para os nutrientes metabolizados mais

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lentamente. Portanto, o período de tempo a ser • Bócio endêmico: deficiência de estatura, au-
observado depende do nutriente analisado, do pool mento da tireóide e alterações psicomotoras.
corporal e da taxa de turnover.
REF.: Jelliffe (1968) apud Vasconcelos (1993) e
REF.: Recommended... (1989), p. 22. Gouveia (1985) apud Vasconcelos (1993), pp.
102-3.
9 — NA – (a)
Questionário de freqüência alimentar e história 13 — NA – (b)
dietética são os métodos de escolha porque per- A concentração de retinol plasmático (mcg/
mitem avaliar a dieta do passado. Em estudos 100ml) é considerada deficiente, em todas as ida-
seccionais o método mais utilizado é o des e sexos, quando for menor que 10; baixa,
recordatório 24h. Já os estudos prospectivos re- quando estiver entre 10 e 19; e suficiente quando
querem métodos que mensurem a dieta atual e os estiver acima de 20.
hábitos em um passado imediato (recordatório
24h, freqüência e registro alimentar). REF.: Vasconcelos (1993), p. 106.

REF.: Lee & Nieman (1996), pp. 95; 107. 14 — NA – (d)


Segundo o Centro Latino-americano de Perina-
10 — NA – (b) tologia (CLAP):
O método recordatório 24h só expressa ingestão — “Especificidade é a capacidade do procedi-
habitual se aplicado em múltiplos dias. Seis mento efetuar diagnósticos corretos da au-
recordatórios repetidos ao longo de um ano, fei- sência de doença quando esta está ausente
tos com a mesma pessoa, são recomendados. Dois (verdadeiros-negativos ou sem a patologia)”.
ou mais dias proporcionam dados sobre as varia- — “Sensibilidade é a capacidade do procedi-
ções intra e interindividuais, porém, são necessá- mento de efetuar diagnósticos corretos quan-
rios vários dias para levantar dados confiáveis do a doença está presente (verdadeiros-posi-
sobre consumo de alimentos menos freqüentes. tivos ou enfermos)”.
— Casos com diagnóstico positivo na ausência
REF.: Pao & Cypel. In: Organizacion de doença = falso-positivos.
Panamericana de La Salud (1992), p. 464. — Casos com diagnóstico negativo na presen-
ça de doença = falso-negativos.
11 — NA – (a)
São sinais e sintomas de desnutrição leve: defici- REF.: Clap (1988), p. 30.
ência de peso e estatura, redução do panículo
adiposo, palidez e hipotrofia muscular. 15 — NA – (e)
Indivíduos com maior proporção de gordura na
REF.: Jelliffe (1968) apud Vasconcelos (1993) parte superior do corpo, especialmente abdo-
e Gouveia (1985) apud Vasconcelos (1993), me, têm obesidade tipo andróide, enquanto in-
pp. 101-2. divíduos obesos com a maior parte de gordura
concentrada no quadril e na coxa têm obesida-
12 — NA – (e) de tipo ginecóide.
Os sinais e sintomas específicos de cada uma das
carências nutricionais referidas encontram-se REF.: Lee & Nieman (1996), p. 244.
descritos a seguir:
• Hipovitaminose A 16 — NA – (a)
• Leve: dissebácea, hiperqueratose folicular, Nenhum teste bioquímico tem valor diagnóstico.
xerose cutânea, piodermite, blefarite, xeroftal- A combinação dos dados bioquímicos com os
mia e conjuntiva folicular. antropométricos e de ingestão alimentar repre-
• Grave: fotofobia, blefarite, mancha de Bitot. senta, provavelmente, a prática mais efetiva para
• Anemia ferropriva: deficiência de peso, redu- avaliar o estado nutricional.
ção do panículo adiposo, palidez e atrofia das
papilas filiformes e fungiformes REF.: Mahan & Escott-Stump (1996), p. 377.

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17 — NA – (d) 21 — NA – (e)
Ao contrário do que se afirma na opção d, muitos Os parâmetros recomendados pelo Comitê de
estudos têm demonstrado que o maior ganho de Expert da OMS para avaliação antropométrica
peso (11-16kg) durante a gravidez está associado de gestantes são: idade, sexo, idade gestacional,
com o aumento do peso ao nascer e a progressiva altura do fundo do útero, altura, peso, circunfe-
diminuição do número de crianças com peso muito rências do braço e da panturrilha, pregas
baixo ao nascer. cutâneas subescapular e da coxa e índice de
REF.: Mahan & Escott-Stump (1996), p. 183. massa corporal.

18 — NA – (e) REF.: Who (1995), pp. 425-6.


O uso da circunferência do braço em gestantes é
indicado em qualquer período da gravidez, quan- 22 — NA – (d)
do não se dispõe de balança, ou quando o peso A literatura recomenda que as adolescentes grá-
pré-gravídico é desconhecido. Esta medida varia vidas, como um grupo, devem ganhar de 12,5–
muito pouco durante a gravidez e apresenta cor- 18kg. Porém, esta orientação deve ser individua-
relação estatisticamente significante com o peso lizada, observando-se o peso pré-gravídico e a
pré-gravídico ou gravídico precoce. idade ginecológica.
REF.: Who (1995), pp. 57; 98.
REF.: Mahan & Escott-Stump (1996), p. 185.
19 — NA – (d)
A metodologia adotada pelo Ministério da Saúde 23 — NA – (b)
(MS) para avaliação nutricional de gestantes pre- Em gestantes, a concentração de hemoglobina
coniza a utilização dos seguintes parâmetros: < 11g/dl e > 8g/dl caracteriza anemia leve e mo-
• “Indicador: percentual de peso/altura em re- derada. Hemoglobina > 11g/dl indica ausência de
lação ao padrão de referência, nas diversas ida- anemia.
des gestacionais. Seu uso dispensa o conheci-
mento do peso pré-gravídico. REF.: Brasil (1988), p. 29.
• Padrão de referência: curva de peso/altura,
desenhada a partir do padrão apresentado por 24 — NA – (e)
Jelliffe, e expressa com percentual de peso ideal No quadro a seguir descreve-se um resumo das
para altura e idade gestacional. informações disponíveis na literatura sobre os
• Nomograma: utilizado na primeira consulta
índices antropométricos:
para avaliar o peso ideal para altura, dispen-
sando a determinação da altura nas consultas
Peso/ Altura/ Peso/
subseqüentes.” Altura Idade Idade
• Pontos de corte: são consideradas normais as
curvas com limites inferior e superior iguais a Útil em populações onde a Excelente Pobre Pobre
95% e 115% do padrão, respectivamente. idade é desconhecida ou
incerta
REF.: Brasil (1988), p. 19; Brasil (1998), pp. 20; 23.
Útil na identificação de Excelente Pobre Regular
20 — NA – (a) crianças com wasted b
Os exames de rotina no pré-natal são: tipagem
sangüínea, sorologia para sífilis (VDRL), urina Apresenta sensibilidade Excelente Pobre Bom
para mudança de peso
(tipo I), dosagem de hemoglobina (Hb) e glicemia
sobre um período curto
em jejum. O resultado do urina tipo I indica de tempo
proteinúria positiva ou negativa. Constitui a ba-
teria de exames complementares: colpocitologia Útil na identificação de Pobre Excelente Bom
oncótica, hemograma, coombs indireto, cultura crianças com stunted b
de urina com antibiograma, parasitológico de fe-
zes, bacterioscópio a fresco do conteúdo vaginal, b depende da extensão da prevalência de wasting e stunting na
população.
teste de intolerância à glicose e outros.
REF.: Brasil (1988), pp. 27-8; Brasil (1998), pp.
39-40. REF.: Gorstein et al. (1994), p. 276.

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25 — NA – (e) 29 — NA – (a)
O ganho de peso pós-natal apresentado pela lite- O índice peso/idade não discrimina diferentes
ratura encontra-se descrito no quadro a seguir: processos biológicos e fisiológicos. Por ser in-
fluenciado pela altura da criança, ele pode ex-
Período Ganho de peso Ganho de peso pressar tanto a falta de crescimento linear em
diário (g) mensal (g)
curso ou já ocorrida no passado, como a perda
0-3 meses 25-30 700-1.000 ou ganho insuficiente de peso recente. Desta
forma, o baixo peso para idade reflete déficits
3-6 meses 15-25 500-700 de altura para idade, de peso para altura ou
ambos. O termo má nutrição global tem sido
6-9 meses 10-15 300-500
utilizado para descrever este tipo de compro-
9-12 meses 10 300-400 metimento. Por outro lado, os termos “desnu-
trição”, “subnutrição” e “desnutrição protéico-
calórica” têm sido amplamente empregados
REF.: Euclydes (1997), p. 22. para descrever achados antropométricos fora
do padrão normal, incluindo o subpeso. Res-
26 — NA – (e) salta-se, entretanto, que a literatura interna-
A OMS “estima que cerca de 2/3 de todos os re- cional preconiza a utilização dos termos
cém-nascidos de baixo peso registrados nos paí- underweight, stunted e wasted para retratar si-
ses desenvolvidos são prematuros e 1/3 se apre- tuação patológica resultante dos déficits de
senta com retardo do crescimento. Esta relação peso/idade, altura/idade e peso/altura, respec-
se inverte nos países subdesenvolvidos, onde apro- tivamente; e losing weight, stunting e wasting,
ximadamente 75% dos recém-nascidos de baixo
para situação patológica em processo. O uso
peso são pequenos para a idade gestacional”.
da terminologia “crônica”, para expressar
stunting, “aguda” ou “atual”, para expressar
REF.: Falkner et al. (1994) apud Euclydes (1997),
wasting, e “aguda e crônica” ou “severa”, para
p. 13.
combinação de stunting e wasting é desacon-
27 — NA – (d) selhado. A palavra “crônica” é, em particular,
A seguir descreve-se a classificação de baixo peso inadequada, porque algumas vezes significa
ao nascer: “continuidade no tempo” e outras vezes “resí-
duo do passado”.
Macrossomia > 4.000g
REF.: Who (1986), p. 931; Who (1995), pp. 165;
Peso normal 3.001-4.000g 170-1.
Peso insuficiente 2.501-3.000g
30 — NA – (b)
Baixo peso < 2.500g O critério epidemiológico atualmente recomen-
dado pela OMS para avaliar a severidade da
Peso muito baixo 1.500-1.000g subnutrição na população (< 5 anos) encontra-se
Peso extremamente baixo < 1.000g
discriminado no quadro abaixo:

REF.: Euclydes (1997), p. 9. Indicator % Prevalence

Low Medium High Very high


28 — NA – (b)
Baixo e muito baixo peso ao nascer, exceden- Underweigth < 10 10.0-19.9 20.0-29.9 > 30.0
do 15% e 2%, respectivamente, sugerem po-
pulação com alto risco para morbimortalidade Stunting < 20 20.0-29.9 30.0-39.9 > 40.0
fetal e infantil, bem como efeitos adversos a
Wasting <5 5.0-9.9 10.0-14.9 > 15.0
longo prazo sobre o crescimento durante a in-
fância.

REF.: Who (1995), p. 128. REF.: Gorstein (1994), p. 274.

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31 — NA – (e) scores-z. “Scores-z e percentis são diretamente
A classificação de Waterlow na íntegra é descrita relacionados. Baseiam-se ambos nas distribuições
abaixo: ajustadas dos índices por idade e estatura e são
consistentes em sua interpretação nos diferentes
P/A acima de –2DP P/A abaixo –2DP índices antropométricos. Scores-z são úteis por-
que têm a propriedade estatística de ser normal-
A/I acima de –2DP Normal Desnutrição aguda
mente distribuídos, permitindo assim o cálculo de
A/I abaixo de –2DP Desnutrição pregressa Desnutrição crônica uma média e um desvio-padrão significativos para
a população. Além disso, os scores-z têm uma ca-
pacidade maior de determinar a proporção da
REF.: Vasconcelos (1993), p. 63. população que cai abaixo de valores antropo-
métricos extremos, do que os percentis”.
32 — NA – (d)
A classificação de Gomez, demonstrada no qua- REF.: Dean et al. (1994), p. 269.
dro a seguir, tanto superestima os casos de des-
nutrição como os de obesidade. 35 — NA – (b)
Em áreas onde a prevalência da obesidade é eleva-
Porcentagem de da, o registro da freqüência de adolescentes com
adequação do peso IMC/idade > 30 ou IMC/idade > percentil 85, de-
normal por idade* Classificação do estado nutricional terminados uma única vez, é o parâmetro antro-
pométrico proposto pela OMS para direcionar me-
Mais de 110% Sobrepeso ou obesidade
didas de intervenção, bem como a formulação de
Entre 110 e 91% Normal ou eutrofia políticas voltadas para reduzir o risco de seqüelas
relacionadas com sobrepeso e obesidade.
Entre 90 e 76% Desnutrição I Grau — DI (leve)
REF.: Who (1995), pp. 291; 293.
Entre 75 e 61% Desnutrição II Grau — DII (moderada)

Menos de 60% Desnutrição III Grau — DIII (grave)


36 — NA – (c)
Os níveis médios normais de colesterol total e
*Na classificação original não aparecem limites para obesidade LDL-C em indivíduos de um a 19 anos são apro-
ou sobrepeso. Além disso, outros pontos de corte são também en- ximadamente 160mg/dl e 100mg/dl, respectiva-
contrados na literatura: > 90%, entre 90 e 75%; entre 75 e 60%; e mente. Valores de colesterol total < 170 e LDL-C
abaixo de 60%.
< 110 são aceitáveis.

REF.: Lee & Nieman (1996), p. 338.


REF.: Vasconcelos (1993), pp. 40-4.
37 — NA – (b)
33 — NA – (e) Com exceção das medidas de circunferências ci-
A mais severa limitação das curvas de crescimento tadas e da dobra cutânea da coxa, todos os de-
do NCHS é a impossibilidade de calcular o índi- mais parâmetros são recomendados pelo Comitê
ce peso/altura para muitas crianças, pois a altura de Expert da OMS para avaliação antropométrica
mínima apresentada por este padrão de referên- de adolescentes. O uso dos indicadores de
cia é 49cm, para ambos os sexos, e a máxima é maturação sexual deve ser considerado nos es-
145cm e 137cm, para meninos e meninas, res- quemas de avaliação antropométrica porque au-
pectivamente. xilia a interpretação dos dados.

REF.: Gorstein et al. (1994), p. 279; Dean et al. REF.: Who (1995), pp. 276; 425-6.
(1994), p. 270.
38 — NA – (d)
34 — NA – (c) Esta classificação é sugerida com base na distri-
Tradicionalmente, nos EUA e em alguns outros buição do IMC da população adulta mundial, onde
países, os percentis são a forma de análise se observa que dos indivíduos saudáveis somente
antropométrica utilizada. Já em outras partes do 3% a 5% apresentam IMC abaixo de 18,5.
mundo os scores-z ou as percentagens da media-
na são usados, embora a OMS prefira o uso de REF.: Who (1995), pp. 361-2.

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39 — NA – (b) depleção ou repleção protéica é superior ao da
IMC abaixo de 16 está associado com risco au- proteína ligada ao retinol.
mentado de patologias, baixa performance física,
letargia e morte. A OMS ainda classifica magre- Constituinte Meia-vida
za em outros dois graus de comprometimento:
Albumina 18-20 dias
• Grau I: IMC 17,0 — 18,49 (magreza leve)
• Grau II: IMC 16,0 — 16,99 (magreza mode- Transferrina 8-9 dias
rada)
Pré-albumina 2 dias
REF.: Who (1995), p. 364.
Proteína ligada ao retinol 12 horas
40 — NA – (c) Fibronectina 4 –24 horas
“... estudos desenvolvidos entre adultos jovens
ativos evidenciaram que seria desejável manter
os níveis de gordura nos homens em torno de 15% REF.: Carrazza & Kimura. In: Teles Júnior &
ou menos do peso corporal, e nas mulheres por Tannuri (1994), p. 48; Augusto et al. (1995), pp.
volta de 25% ou menos”. 34-5; Lee & Nieman (1996), p. 400.
REF.: Guedes [1998?], p. 17. 44 — NA – (a)
São consideradas perdas ponderais significativas
41 — NA – (a) em pacientes adultos:
Com o reconhecimento da distribuição de gordu- • > 1-2% em uma semana
ra como indicador de risco, a relação da circunfe- • > 5% em um mês
rência cintura-quadril tornou-se uma das medi- • > 7-5% em três meses
das mais utilizadas atualmente para diferenciar a • > 10% em seis ou mais meses
obesidade andróide da ginecóide. A relação > 0,9
em homens e > 0,8 em mulheres indica obesida- REF.: Augusto et al. (1995), p. 31.
de tipo andróide. Valores, respectivamente, infe-
riores a estes indicam obesidade tipo ginecóide, 45 — NA – (b)
em ambos os sexos. As equações de Harris-Benedict são as mais am-
plamente utilizadas para estimar o gasto energético
REF.: Lee & Nieman (1996), p. 245; Silva & basal da maioria dos pacientes clínicos.
Naves (1998), p. 117.
REF.: Lee & Nieman (1996), p. 310.
42 — NA – (e)
O ICA é a relação entre a excreção de creatinina 46 — NA – (c)
em 24h de um paciente e a excreção esperada em A carência de magnésio, cálcio e vitamina D en-
24h em um indivíduo normal, a qual determina o contra-se associada aos distúrbios renais, espe-
grau de depleção protéica. Em um adulto, os va- cificamente à insuficiência renal crônica.
lores entre 60% e 80% refletem depleção mode-
rada e < 60% depleção grave. REF.: Carrazza & Kimura. In: Teles Júnior &
Tannuri (1994), pp. 40-1.
REF.: Babiak (1997), p. 41.
47 — NA – (b)
43 — NA – (e) Anemia macrocítica constitui um achado clíni-
Conforme indica o quadro a seguir, a proteína co-laboratorial associado ao déficit de vitamina
transportadora de retinol é a fração protéica B12 e ácido fólico.
visceral que apresenta a meia-vida mais curta.
Porém, devido a sua extrema labilidade e pelo REF.: Carrazza & Kimura. In: Teles Júnior &
fato de ser metabolizada no rim, encontrando- Tannuri (1994), p. 42.
se em níveis elevados nas doenças renais em
que há aumento sérico de creatinina, é de pou- 48 — NA – (d)
ca aplicação prática na avaliação nutricional. A contagem de linfócitos é uma das técnicas mais
O uso da pré-albumina como indicador da comumente utilizadas em avaliação nutricional,

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para análise da competência imunológica. Os re- de ferritina sérica, principal forma de estocagem
sultados são interpretados da seguinte forma: de ferro no organismo. Por isso, a dosagem da
• 1.200 — 2.000/mm3: depleção ligeira ferritina sérica é considerada o teste disponí-
• 800 — 1.199/mm3: depleção moderada vel mais sensível para detectar deficiência de
• < 800/mm3: depleção severa ferro.

REF.: Augusto et al. (1995), p. 35. REF.: Lee & Nieman (1996), pp. 403-5.

49 — NA – (a) 50 — NA – (e)
O primeiro estágio da depleção de ferro ocorre Ao contrário do que se afirma na opção e, a área
quando os estoques de ferro são exauridos sem muscular do braço é superior à medida da circun-
a observação de efeitos fisiológicos adversos. ferência muscular do braço.
Durante este estágio, os baixos estoques de fer-
ro são identificados pela diminuição dos níveis REF.: Silva & Waitzberg. In: Pinotti (1997), p. 66.

12. Gouveia EL da C. Nutrição, saúde e comunidade. 2.


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