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Psicoterapia

1-O que é ?
 Tratamento

2- Quem o exerce ?

 Aplicado por um profissional credenciado


3- Objecto:
 Comportamento ( individual/colectivo )
 Processos mentais ( conscientes/inconsciente )

4-Como é exercido?
 Utiliza técnicas psicológicas (envolve, normalmente,
o diálogo entre o paciente e o terapeuta)

5-Objectivos:
 Para reduzir/eliminar os problemas emocionais e
comportamentais
 Melhorando a sua capacidade de adaptação e resposta
ao meio

6-Formas que pode assumir:

 Terapia individual
 Terapia grupal ( casal, familiar, comunitária )

7- Duração:

 Curta ( comportamentais )
 Longa ( psicanalítica )

8-Tipos

 Psicoterapia psicanalítica
 Psicoterapias humanistas:
 Psicoterapias comportamentais
 Psicoterapias cognitivas
Psicoterapia psicanalítica

 Pressupostos:

 Temos um inconsciente cuja determinação no comportamento é


determinante
 Temos um passado (infância) em que ocorreram eventos determinantes para
o nosso estado atual (Conflitos, recalcamentos de infância )

 Objetivo: curar doenças (neurose: histeria, fobia)

 Princípio diretor: relembrar/tomar consciência de conflitos e traumas


recalcados permite libertar-se de tensões e ansiedade

Relembrar tem dois efeitos fundamentais para a cura:

 Libertação dos sentimentos associados aos conflitos

 Compreensão dos conflitos:

 Compreende o que no passado está a afetar a sua vida presente


 Compreende que as condições que determinaram esses conflitos
já não existem
 Compreende que pode rever a sua atitude desenvolvendo
comportamentos mais saudáveis

Não é fácil desocultar os fenómenos inconscientes para que o indivíduo lide com eles. O
EGO tem poderosos mecanismos de defesa que bloqueia o acesso. É necessário técnicas
que enganem a vigilância
1-Livre Associação de ideias

As livres associações são expressões simbólicas de desejos, recordações e sentimentos


recalcados

2-Análise e interpretação dos sonhos

3-Análise e interpretação dos atos falhados

Fenómenos ocorridos durante a terapia

Resistência:tendência do paciente para bloquear o tratamento ao evitar, inconscientemente, o


confronto com assuntos ameaçadores

Evidências:
 Não pronunciar uma palavra que vem à cabeça, censurando-a por algum motivo,
 Chorar ao ouvir certas palavras, ou até mesmo ficava eufórica e começava a falar, descrever
fatos, e contar sonhos que tivera..
 “Isso não tem importância”
 “Só estou aqui a dizer disparates”

A resistência tem dois lados:

 É um indício importante para o tratamento


 É uma força de oposição ao tratamento, podendo gerar impasses ( muitos não aceitam as
interpretações do analista, começam a faltar, a denotar falta de colaboração, abandonam a terapia
)
Análise da transferência: fenómeno ocorrido na relação entre o terapeuta e o paciente , em que
este se relaciona com o terapeuta como se outra pessoa se tratasse, projectando nele sentimentos nutridos
por essas pessoas

Psicoterapias humanistas:

 Centrada na pessoa ( Carl Rogers )


 Gestalt ( Fredrick Perls )

 Pressupostos:
o As pessoas são naturalmente boas
o Têm um potencial de crescimento
o Interessa-se pelos pensamentos e sentimentos conscientes da pessoa
o Interessa-se pelo presente da pessoa

 Objetivos:
o Promover a auto-compreensão (awarness) Favorecer um contacto autêntico da pessoa
consigo mesma e com o seu meio envolvente (tornarem-se conscientes dos
seussentimentos e desejos)

o Promover o crescimento pessoal

o Dar à pessoa o controlo sobre a sua vida

 Princípio diretor:

A tomada de consciência (awarness) deve levar a pessoa

 A desenvolver uma relação de maior autenticidade consigo e com os outros.

 Desenvolver o seu sentido de autonomia, responsabilidade e liberdade em relação à sua vida,

 Melhorar o seu auto-conceito e a auto-estima

Técnica da terapia centrada na pessoa ( Carl Rogers )

Criar um ambiente terapêutico acolhedor que aceite as pessoas como elas são de modo a estimular o seu
potencial

 Autenticidade por parte do sujeito ( não sentir constrangimentos de modo a que a relação seja
verdadeira)

 Aceitação incondicional da parte do terapeuta ( evitar desaprovar o que a pessoa diz e faz em
ambiente terapêutico )

 Criação de um clima de empatia ( identificar-se com o cliente e limitar-se a ouvir, encorajando


a autonomia e avaliação independente dos seus actos, pensamentoe e sentimentos )
Técnica da Gestalt ( Frederick Perls )
Mais directiva
Role Playing

Psicoterapias comportamentais

Princípios gerais

 Não são os estados internos ( emoções, pensamentos, desejos ) que causam os comportamentos
adaptados ou desadaptados.

 Os comportamentos são respostas observáveis dadas as estímulos também observáveis


( punições/reforços)

Técnicas
1-Terapia de aversão
2- Dessensitização sistemática,
3-Economia da recompensa
4-Modelação

1-Terapia de aversão
(usada no tratamento de vícios)

 Associa estímulos aversivos com outros que são a causas de problemas

Exemplo. Dar a um alcoólico, antes de beber, um comprimido que cause naúseas

2-Desssensitização sistemática:
(usada para fobias e ataques de ansiedade)

 1ª fase: técnicas de relaxamento muscular para atingir um estado de calma e


tranquilidade

 2ª fase: expôr gradualmente ( a situações cada vez mais desagradáveis ) o indivíduo


aos estímulos causadores do problema

 Imaginária

 Real

Exemplo: alguém com medo de cobras

1º Pede-se para pensar na palavra


2ª- Pede-se para procurar a palavra no dicionário e sua definição
3ª Ver desenhos de cobras
4ºVer fotografias de cobras
5º Ver filmes de cobras
6ª Contactar com cobras de brincar
7ºVisitar a secção de réteis do Zoo

3-Economia da recompensa
( reforço de competências sociais)

Técnica consiste em recompensar imediatamente despois de exibirem comportamentos


desejáveis ( saudar outra pessoa, responder quando se é interpelado )

4- Modelação ( técnica cognitivo-comportamental )


( ansiedade e medos )

Trata-se de orientar o paciente para uma progressiva aproximação ao estímulo/situação que


provoca ansiedade e medo. Ao longo de várias sessões observa-se outras pessoas a lidarem com
o estímulo sem que nada de mal lhes aconteça. Solicita-se depois que o paciente faça o mesmo.

Psicoterapias cognitivas

Princípios gerais

 São as nossas cognições que estão na base dos nossos comportamentos e sentimentos.

 As cognições irracionais e autodestrutivas ( crenças distorcidas da realidade ) estão na origem


das perturbações psicológicas e dos comportamentos desadaptados

 Há que restruturar as cognições substituindo-as por outras mais adaptadas à realidade

Exemplo:

Crença irracional Situação quotidiana Pensamento Sentimento/comportamento


automático desajustado
“Todos devem gostar Alguém faz ou diz algo “Ninguém gosta de Tristeza/depressão/isolamento
de mim” que não corresponde à mim” social
crença irracional

“Um homem Em casa à espera do “Não me ama, se me Raiva


apaixonado deveria marido amasse chegaria mais
estar mais tempo com a cedo”
amada”

Técnicas
1º- Convencer o paciente da irracionalidade de certas crenças
2º- Uma vez admitida essa irracionalidade o paciente pode libertar-se dessas crenças para que não
ocorram outra vez

Crenças irracionais ( distorções cognitivas )mais frequentes


 Devemos ser sempre objecto de aprovação por parte da pessoas significativas
 Temos de mostrar a toda a hora que somos competentes ou devemos ter muita
competência em alguma coisa
 A vida é catastrófica quando as coisas não correm como queremos

Estas crenças distorcidas da realidade são alimentadas por pensamentos automáticos


( frases de teor negativo que aparecem espontaneamente e que são constantemente
repetidas )

Esses pensamentos são automaticamente admitidos pela pessoa como verdadeiros e


repetidos tantas vezes que se tornam parte do modo de pensar da pessoa.

Crenças irracionais ( distorções cognitivas )mais frequentes

 Filtragem ( centrar-se nos factores negativos )


 Pensamento polarizado ( valorizar as coisas a partir de pontos de vista extremos
sem meio-termo )
 Visão catastrófica ( adiantar-se a possíveis desastres. “E se…” )
 Falácia de controlo ( a pessoa considera-se reponsável pelo que acontece à sua
volta )
 Raciocínio emocional ( o que se sente é por algum motivo, isto é, tem de ser
verdadeiro. Se alguém se sente perdedor é-o. Se se sente culpado é porque fez
algo )
 Os deveria
 Recompensa divina

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