Ventos mais fortes sustentado 1 min.: 175 km/h (110 mph)
Pressão mais baixa 972 hPa (mbar)[1]
Fatalidades 3-11 de forma direta
Danos US$ 470 milhões
Áreas afectadas Santa Catarina e Rio Grande do Sul
Brasil
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Ciclone ou Furacão Catarina[nota 1] foi um ciclone tropical do Atlântico
Sul extremamente raro, sendo a única tempestade já registrada com força de furacão nessa região Oceano Atlântico. Catarina atingiu a região Sul do Brasil com intensidade máxima, com o equivalente a ventos sustentados com a força de um furacão de Categoria 2, em 28 de março de 2004. A tempestade se desenvolveu a partir de um ciclone extratropical de núcleo- frio praticamente estacionário em 12 de março. Quase uma semana depois, no dia 19 de março, a perturbação remanescente seguiu na direção leste-sudeste, mas em 22 de março, a formação de uma crista de alta pressão deixou o sistema novamente quase estacionário. A perturbação se instalou numa região com excelentes condições meteorológicas, cisalhamento do vento e com a temperatura da superfície do mar acima da média. A combinação dos dois fatores levou a uma lenta transição do sistema de um ciclone extratropical para um ciclone subtropical em 24 de março. A tempestade continuou a obter características tropicais e se tornou um ciclone tropical no dia seguinte, enquanto os ventos se intensificavam gradativamente. Em 26 de março de 2004, a tempestade alcançou ventos máximos sustentados com velocidades de até 180 quilômetros por hora, definida como de categoria 2 na escala de furacões de Saffir-Simpson. Neste dia o ciclone ganhou informalmente o nome "Catarina" e também passou a ser o primeiro registro oficial de um ciclone tropical no Atlântico Sul. As condições excepcionalmente favoráveis e extremamente incomuns no Atlântico Sul persistiram e o Catarina continuou a se intensificar, atingido o seu pico de intensidade em 28 de março. O centro da tempestade atingiu a costa brasileira mais tarde naquele dia, na altura entre as cidades de Passo de Torres e Balneário Gaivota, no estado de Santa Catarina. O Catarina se enfraqueceu rapidamente sobre terra firme e dissipou-se no dia seguinte. Pelo Catarina ter se formado em uma região que nunca (de acordo com registros confiáveis) tinha registrado a presença de ciclones tropicais anteriormente, os danos causados acabaram por ser muito severos, pois nunca um ciclone tropical tinha sido observado tão ao sul. O furacão Catarina destruiu cerca de 1 500 residências e danificou outras 40 mil casas. Os prejuízos econômicos atingiram mais de 400 milhões de dólares (aproximadamente 1,2 bilhões de reais) e atingiram especialmente a agricultura de banana, que perdeu 85% da produção, e de arroz, que perdeu 40% das plantações. Mais de 14 municípios decretaram estado de calamidade pública. Apesar da inexistência de uma estrutura de alertas e de avisos específica para ciclones tropicais no país, as autoridades brasileiras conseguiram evacuar a população litorânea com rapidez. O furacão matou 11 pessoas e deixou 518 feridos, um número considerado razoavelmente baixo em comparação ao de outros países afetados por ciclones tropicais.[3]