Você está na página 1de 2

Ciclone Catarina

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


 Nota: Não confundir com Furacão Katrina.

Ciclone/Furacão Catarina

Furacão categoria 2 (SSHWS/NWS)

Ciclone Catarina, em 24 de março de 2004

Formação 24 de março de 2004

Dissipação 28 de março de 2004

Ventos mais fortes sustentado 1 min.: 175 km/h (110 mph)

Pressão mais baixa 972 hPa (mbar)[1]

Fatalidades 3-11 de forma direta

Danos US$ 470 milhões

Áreas afectadas Santa Catarina e Rio Grande do Sul


 Brasil

editar 

Ciclone ou Furacão Catarina[nota 1] foi um ciclone tropical do Atlântico


Sul extremamente raro, sendo a única tempestade já registrada com força
de furacão nessa região Oceano Atlântico. Catarina atingiu a região
Sul do Brasil com intensidade máxima, com o equivalente a ventos sustentados
com a força de um furacão de Categoria 2, em 28 de março de 2004.
A tempestade se desenvolveu a partir de um ciclone extratropical de núcleo-
frio praticamente estacionário em 12 de março. Quase uma semana depois, no
dia 19 de março, a perturbação remanescente seguiu na direção leste-sudeste,
mas em 22 de março, a formação de uma crista de alta pressão deixou o
sistema novamente quase estacionário. A perturbação se instalou numa região
com excelentes condições meteorológicas, cisalhamento do vento e com
a temperatura da superfície do mar acima da média. A combinação dos dois
fatores levou a uma lenta transição do sistema de um ciclone extratropical para
um ciclone subtropical em 24 de março.
A tempestade continuou a obter características tropicais e se tornou um ciclone
tropical no dia seguinte, enquanto os ventos se intensificavam gradativamente.
Em 26 de março de 2004, a tempestade alcançou ventos máximos
sustentados com velocidades de até 180 quilômetros por hora, definida como
de categoria 2 na escala de furacões de Saffir-Simpson. Neste dia o ciclone
ganhou informalmente o nome "Catarina" e também passou a ser o primeiro
registro oficial de um ciclone tropical no Atlântico Sul. As condições
excepcionalmente favoráveis e extremamente incomuns no Atlântico Sul
persistiram e o Catarina continuou a se intensificar, atingido o seu pico de
intensidade em 28 de março. O centro da tempestade atingiu a costa brasileira
mais tarde naquele dia, na altura entre as cidades de Passo de
Torres e Balneário Gaivota, no estado de Santa Catarina. O Catarina se
enfraqueceu rapidamente sobre terra firme e dissipou-se no dia seguinte.
Pelo Catarina ter se formado em uma região que nunca (de acordo com
registros confiáveis) tinha registrado a presença de ciclones tropicais
anteriormente, os danos causados acabaram por ser muito severos, pois nunca
um ciclone tropical tinha sido observado tão ao sul. O furacão Catarina destruiu
cerca de 1 500 residências e danificou outras 40 mil casas. Os prejuízos
econômicos atingiram mais de 400 milhões de dólares (aproximadamente 1,2
bilhões de reais) e atingiram especialmente a agricultura de banana, que
perdeu 85% da produção, e de arroz, que perdeu 40% das plantações. Mais de
14 municípios decretaram estado de calamidade pública. Apesar da
inexistência de uma estrutura de alertas e de avisos específica para ciclones
tropicais no país, as autoridades brasileiras conseguiram evacuar a população
litorânea com rapidez. O furacão matou 11 pessoas e deixou 518 feridos, um
número considerado razoavelmente baixo em comparação ao de outros países
afetados por ciclones tropicais.[3]

Você também pode gostar