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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL PARA CONCURSOS

| MÓDULO 2 / Prof. Flávio Rolim


OS: 0111/1/20-Gil

CONCURSO:

ASSUNTO: LEI 10.826/2003 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO

Estatuto do Desarmamento
Lei 10.826/2003

Breve histórico:
A lei de contravenções penais traz expressamente:
“Art. 19. Trazer consigo arma fora de casa ou de dependência desta, sem licença da autoridade”.
Atenção: a redação do artigo supracitado ainda permanece expresso em lei. Houve a derrogação (revogação parcial)
tácita no que se refere a arma de fogo, mas, no que tange a arma branca própria ou imprópria (ex. faca, facão, espada, lança,
etc.), permanece sendo tipificado como Contravenção Penal.
No entanto, o índice de violência só aumentava, exigindo por parte do legislador uma resposta, resultando na
criminalização da conduta de possuir e portar arma de fogo, com a promulgação da lei 9.437/97.
Essa lei vigorou por quase seis anos, momento em que surge, em 2003, a lei 10.826/03, o conhecido Estatuto do
Desarmamento. A nova lei trouxe várias outras novidades, como por exemplo o objeto material do crime, deixando de ser
apenas a arma, para ser também objeto material do crime do Estatuto do Desarmamento os acessórios e munições. Os
crimes estão previstos nos artigos 12 ao 18 do capítulo IV da lei.

ATENÇÃO!
O examinador pode te induzir a cair em uma pegadinha:
Candidato, com o advento da Lei 10.826/03 (Estatuto do desarmamento), fica revogado o art. 19 da
lei de contravenções penais?
Cuidado, tente resolver a questão com bastante atenção!
O estatuto do desarmamento derrogou tacitamente o art. 19 da lei de contravenções penais, ou seja,
revogou parcialmente tal dispositivo no que tange a arma de fogo, mas continuou prevendo como
contravenção penal o porte de armas brancas próprias ou impróprias.

Estatuto do desarmamento
Art. 1° O Sistema Nacional de Armas - SINARM, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem
circunscrição em todo o território nacional.
O sistema nacional de armas é gerido pela União. Portanto, o controle de armas no Brasil é um controle federal.
Feito pela União, por meio do SINARM. Como o controle é federal, o TJ/RJ levantou a seguinte tese: se o controle de armas é
da União, os crimes do estatuto do desarmamento têm que ser julgados pela justiça federal. O TJ/RJ começou então a
declarar-se incompetente.
A questão bateu no STJ e o STJ decidiu o seguinte: os crimes do estatuto do desarmamento são de competência
da justiça estadual, salvo se houver interesse da União. Isso porque o bem jurídico protegido nesses crimes é a segurança
pública, que é um bem que pertence a coletividade e não a União. Como no caso do delito previsto no art. 18, que trata do
delito de tráfico internacional de arma de fogo por haver lesão a interesse da União Federal, no que toca ao seu exercício de
fiscalização sobre a zona alfandegária, sendo competência da justiça federal.
Art. 2° Ao SINARM compete:
I - identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro;
II - cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País;

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III - cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela Polícia Federal;
(...)
Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, bem como as
demais que constem dos seus registros próprios.
Art. 3º É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento
desta Lei.

DE OLHO NO INFORMATIVO!

“No informativo número 708, o STF decidiu: A posse legal de armas de fogo deve dar-se em
conformidade com o Estatuto do Desarmamento e seu decreto regulamentador. Uma das exigências do
Estatuto do Desarmamento é que os proprietários de armas de fogo façam seu registro no órgão
competente. No caso de armas de fogo de uso restrito, este registro deve ser feito no Comando do
Exército, art. 3º, parágrafo único, da Lei)”. Mesmo que o indivíduo possua autorização para portar armas
de fogo por conta do cargo que ocupa (ex: policial civil), ele deverá obedecer à legislação que rege o
tema e fazer o registro da arma no órgão competente.

Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender
aos seguintes requisitos:
I - Comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça
Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser
fornecidas por meios eletrônicos;
II – Apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa;
III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma
disposta no regulamento desta Lei.
§ 1o O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos anteriormente estabelecidos,
em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível esta autorização.
§ 2o A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma registrada e na quantidade
estabelecida no regulamento desta Lei.
§ 3o A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada a comunicar a venda à autoridade
competente, como também a manter banco de dados com todas as características da arma e cópia dos documentos
previstos neste artigo.
§ 4o A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde legalmente por essas mercadorias, ficando
registradas como de sua propriedade enquanto não forem vendidas.
§ 5o A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente será efetivada mediante
autorização do Sinarm.
§ 6o A expedição da autorização a que se refere o § 1o será concedida, ou recusada com a devida fundamentação, no prazo
de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do requerimento do interessado.
§ 7o O registro precário a que se refere o § 4 o prescinde do cumprimento dos requisitos dos incisos I, II e III deste artigo.
§ 8o Estará dispensado das exigências constantes do inciso III do caput deste artigo, na forma do regulamento, o interessado
em adquirir arma de fogo de uso permitido que comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas características
daquela a ser adquirida.
Art. 5° O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a
manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no
seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa. (Redação dada
pela Lei nº 10.884, de 2004)

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Validade em todo o território nacional, para manter a arma:


 Em casa
 Ou no trabalho, SE DONO DO ESTABELECIMENTO

§ 1 º O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do
SINARM.
(...)
§ 3 º O proprietário de arma de fogo com certificados de registro de propriedade expedido por órgão estadual ou do Distrito
Federal até a data da publicação desta Lei que não optar pela entrega espontânea prevista no art. 32 desta Lei deverá
renová-lo mediante o pertinente registro federal, até o dia 31 de dezembro de 2008, ante a apresentação de documento de
identificação pessoal e comprovante de residência fixa, ficando dispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das
demais exigências constantes dos incisos I a III do caput do art. 4º desta Lei.

CUIDADO!!
O prazo a que se refere o § 3º foi prorrogado até 31 de dezembro de 2009, pela lei 11.922, de 13 de abril de
2009.

(...)
§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se residência ou domicílio toda a
extensão do respectivo imóvel rural. (Incluído pela Lei nº 13.870, de 2019)

ATENÇÃO!!
A lei 13.870 de 17 de setembro de 2019, realizou importante alteração na lei ora estudada, acrescentando o §5° ao art. 5º,
inovando em relação aos possuidores de arma de fogo de uso permitido nas áreas rurais.
Adiante, quando estudarmos o art. 12 do presente Estatuto, aprenderemos a respeito do crime de POSSE de arma de fogo
de uso permitido, ou seja, situações em que o agente responderá pela conduta de possuir arma de fogo de uso permitido
dentro dos limites da propriedade onde mora ou nas dependências desta.
Ocorre que, com a inovação trazida pela lei 13.870, fica autorizado aos residentes em áreas rurais, a partir do registro,
possuir arma de fogo de uso permitido, em toda extensão da sua propriedade rural, ou seja, poderá o residente em área
rural, percorrer toda a sua propriedade, na posse da sua arma de fogo devidamente registrada, sem incorrer no crime
previsto no art. 12 do Estatuto do Desarmamento.

Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e
para:
I - os integrantes das Forças Armadas;
II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos do caput do art. 144 da Constituição Federal;
III - os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil)
habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei;
IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000
(quinhentos mil) habitantes, QUANDO EM SERVIÇO; (Redação dada pela Lei nº 10.867, de 2004)
V - os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e os agentes do Departamento de Segurança do
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
VI -os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal;

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VII -os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas
portuárias;
VIII - as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos desta Lei;
IX - para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades esportivas demandem o uso de
armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a legislação ambiental;
X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-
Fiscal e Analista Tributário. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007);
XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e dos
Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de
segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional de Justiça -CNJ e pelo Conselho Nacional do
Ministério Público - CNMP. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 1 º As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput deste artigo terão direito de portar arma de fogo de propriedade
particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, nos termos do regulamento desta
Lei, com validade em âmbito nacional para aquelas constantes dos incisos 1, II, V e VI. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de
2008)
§ 2º A autorização para o porte de arma de fogo aos integrantes das instituições descritas nos incisos V, VI, VII e X do caput
deste artigo está condicionada à comprovação do requisito a que se refere o inciso III do caput do art. 4° desta Lei nas
condições estabelecidas no regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11. 706, de 2008)
§ 3º A autorização para o porte de arma de fogo das guardas municipais está condicionada à formação funcional de seus
integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial, à existência de mecanismos de fiscalização e de controle
interno, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei, observada a supervisão do Ministério da Justiça. (Redação
dada pela Lei nº 10.884, de 2004)
§ 4º Os integrantes das Forças Armadas, das policias federais e estaduais e do Distrito Federal, bem como os militares dos
Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito no art. 4º, ficam dispensados do cumprimento do disposto nos
incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma do regulamento desta Lei.
§ 5º Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma de
fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na
categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma
lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento
ao qual deverão ser anexados os seguintes documentos: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
I - documento de identificação pessoal; (Incluído pela Lei nº 11. 706, de 2008)
II -comprovante de residência em área rural; e (Incluído pela Lei nº 11. 706, de 2008)
III - atestado de bons antecedentes. (Incluído pela Lei 11. 706, de 2008)
§ 6º O caçador para subsistência que der outro uso a sua arma de fogo, independentemente de outras tipificações penais,
responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo: de uso permitido.
§ 7° Aos integrantes das guardas municipais dos municípios que integram regiões metropolitanas será autorizado porte de
arma de fogo, quando em serviço. (Incluído pela Lei nº 11. 706, de 2008)
Art. 7º As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança privada e de transporte de valores,
constituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente podendo
ser utilizadas quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão
competente; sendo o certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome da empresa.
§ 1 º O proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança privada e de transporte de valores responderá pelo
crime previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei, sem prejuízo das demais sanções administrativas e civis, se deixar de
registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de
fogo, acessórios e munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato:
§ 2° A empresa de segurança e de transporte de valores deverá apresentar documentação comprobatória do preenchimento
dos requisitos constantes do art. 4° desta Lei quanto aos empregados que portarão arma de fogo.
§ 3° A listagem dos empregados das empresas referidas neste artigo deverá ser atualizada semestralmente junto ao SINARM.

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Art. 7º-A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das instituições descritas no inciso XI do art. 6° serão de propriedade,
responsabilidade e guarda das respectivas instituições, somente podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo estas
observar as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e a
autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome da instituição. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 2º O presidente do tribunal ou o chefe do Ministério Público designará os servidores de seus quadros pessoais no exercício
de funções de segurança que poderão portar arma de fogo, respeitado o limite máximo de 50% (cinquenta por cento) do
número de servidores que exerçam funções de segurança. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 3º O porte de arma pelos servidores das instituições de que trata este artigo fica condicionado à apresentação de
documentação comprobatória do preenchimento dos requisitos constantes do art. 4° desta Lei, bem como à formação
funcional em estabelecimentos de ensino de atividade policial e à existência de mecanismos de fiscalização e de controle
interno, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 4° A listagem dos servidores das instituições de que trata este artigo deverá ser atualizada semestralmente no Sinarm.
(Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 5º As instituições de que trata este artigo são obrigadas a registrar ocorrência policial e a comunicar à Polícia Federal
eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua
guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012).
Art. 8° As armas de fogo utilizadas em entidades desportivas legalmente constituídas devem obedecer às condições de uso e
de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, respondendo o possuidor ou o autorizado a portar a arma pela sua
guarda na forma do regulamento desta Lei.

O PORTE É PROIBIDO, SALVO PARA:


 Forças Armadas;
 Art. 144 da Constituição Federal;
 Guardas municipais

Guardas municipais:
Capitais e Municípios + 500 mil habitantes – SEMPRE!
Municípios +50 mil -500 mil habitantes – SOMENTE EM SERVIÇO!

 ABIN e agentes do Departamento de Segurança do Gabinete do presidente;


 Integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas
portuárias;
 Empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos desta Lei;
 Integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, na forma do regulamento desta Lei.
 Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista
Tributário.
 Tribunais do Poder Judiciário e os Ministérios Públicos da União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de
seus quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de segurança,
 Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais poderão portar arma de fogo, MESMO FORA DE
SERVIÇO, desde que estejam: (Alterado em 2014)

 Submetidos a dedicação exclusiva;


 Sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento;
 Subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle
interno.

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 Aos residentes em ÁREAS RURAIS,

 MAIORES DE 25 ANOS
 Que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua
subsistência alimentar familiar,
 Será CONCEDIDO PELA PF o porte de arma de fogo na categoria "caçador para
subsistência".

De uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de
alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado
comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser anexados os
seguintes documentos (dentre eles atestado de bons antecedentes).

Art. 9º Compete ao Ministério da Justiça a autorização do porte de arma para os responsáveis pela segurança de cidadãos
estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao Comando do Exército, nos termos do regulamento desta Lei, o registro e a
concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e caçadores e de representantes
estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada no território nacional

ATENÇÃO!!!
É MINISTÉRIO da justiça e não
MINISTRO da justiça. NÃO
confundam!! Tal afirmativa já foi questão
de prova.

Art. 10 A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da
Polícia Federal e somente será concedida após autorização do SINARM.
§ 1 º A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida com eficácia temporária e territorial limitada, nos termos de
atos regulamentares, e dependerá de o requerente:
I - demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade
física;
II - atender às exigências previstas no art. 4° desta Lei;
III - apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro no órgão competente.

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§ 2° A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso o portador
dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas.
Art. 11 Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores constantes do Anexo desta Lei, pela prestação de serviços relativos:
I – ao registro de arma de fogo;
II – à renovação de registro de arma de fogo;
III – à expedição de segunda via de registro de arma de fogo;
IV – à expedição de porte federal de arma de fogo;
V – à renovação de porte de arma de fogo;
VI – à expedição de segunda via de porte federal de arma de fogo.
§ 1º Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e à manutenção das atividades do Sinarm, da Polícia Federal e do
Comando do Exército, no âmbito de suas respectivas responsabilidades.
§ 2º As taxas previstas neste artigo serão isentas para os proprietários de que trata o § 5o do art. 6o e para os integrantes
dos incisos I, II, III, IV, V, VI e VII do art. 6o , nos limites do regulamento desta Lei.

A isenção de recolhimento de taxa para emissão, renovação e transferência e expedição de


segunda via registro de arma de fogo particular prevista no art. 11, § 2º, da Lei nº 10.826/2003
não se estende aos policiais rodoviários federais aposentados. STJ. 1ª Turma. REsp 1.530.017-
PR, Rel. Min. Regina Helena Costa, julgado em 21/09/2017

DOS CRIMES
BENS JURÍDICOS TUTELADOS
A segurança pública e a incolumidade pública, que são interesses vinculados a um corpo social, tendo a coletividade
como titular, e, não, a uma pessoa isolada ou grupo isolado de pessoas. Portanto, trata-se de CRIME VAGO.

É aquele que tem por sujeito passivo,


entidade sem personalidade jurídica.
(Coletividade)

COMPETÊNCIA PARA PROCESSO E JULGAMENTO


 Em regra: a competência para o processo e para o julgamento é da JUSTIÇA ESTADUAL, uma vez que o bem jurídico
tutelado não diz respeito a nenhum interesse da União exclusivamente nos moldes do art. 109 da CRFB/88.

O fato de haver o controle de armas pelo SINARM, órgão pertencente ao Ministério da


Justiça, Poder Executivo Federal, como vimos antes não justifica a competência da justiça
federal.
 Exceção: JUSTIÇA FEDERAL, quando a infração penal for praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da
União e suas entidades autárquicas ou empresas públicas. Como no caso do delito previsto no art. 18, que trata do
delito de tráfico internacional de arma de fogo por haver lesão a interesse da União Federal, no que toca ao seu
exercício de fiscalização sobre a zona alfandegária. Outro exemplo é a prática de um delito previsto no Estatuto,
praticado a bordo de navio ou aeronave (art. 109, IX da CRFB/88).

NORMA PENAL EM BRANCO


A lei 10.826/03 não traz o conceito de arma, acessório e munição de uso permitido ou restrito, devendo ser complementados
pelo Decreto nº 9.847, de 2019.
CRIMES DE PERIGO ABSTRATO E CRIME PERMANENTE
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Prevalece no STF e no STJ que os crimes do Estatuto do Desarmamento são crimes de perigo abstrato. Ou seja, a
lesão ao bem jurídico já está presumida na lei. Não é necessário comprovar que a conduta gerou algum perigo real, concreto,
porque o perigo já está presumido na lei.
Do mesmo modo, é pacífico no STF e no STJ que os crimes previstos no art. 12 e art.14, posse e porte de arma de
fogo de uso permitido respectivamente, são crimes permanentes, ou seja, o momento da consumação do delito se protrai, se
prolonga no tempo, podendo ser realizado até mesmo a prisão em flagrante em qualquer momento.
POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho,
desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa.

EM DESACORDO COM
DETERMINAÇÃO LEGAL OU
REGULAMENTAR

INTERIOR DE SUA RESIDÊNCIA OU DEPENDÊNCIA


DESTA

LOCAL DE TRABALHO, DESDE QUE SEJA O TITULAR


OU O RESPONSÁVEL LEGAL DO ESTABELECIMENTO
OU EMPRESA

Pena – DETENÇÃO de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa


I. SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. (Crime comum)
II. SUJEITO PASSIVO: A coletividade (Crime vago)
III. OBJETO MATERIAL: Arma de fogo, acessório e munição
IV. OBJETO JURÍDICO: Bem jurídico tutelado é a segurança pública, incolumidade pública, segurança nacional e paz
social.
V. ELEMENTO OBJETIVO ESPACIAL do tipo penal: O tipo penal do art. 12 somente se configura se a arma estiver
 No interior da residência do infrator ou nas dependências desta;
 No local de trabalho do qual o infrator seja o proprietário ou responsável legal.
VI. CONSUMAÇÃO: Crime de Mera Conduta; crime de Perigo Abstrato; crime Permanente (a conduta criminosa se
protrai no tempo), por esse motivo, a qualquer momento caberá prisão em flagrante e sobrevindo lei penal mais
gravosa, enquanto não cessar a permanência, poderá ser aplicada ao caso.
Súmula 711 do STF
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente,
se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

VII. TENTATIVA: Quando praticado em modalidade plurrisubsistente, em tese, seria possível a tentativa.
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VIII. AÇÃO PENAL: Pública incondicionada

Informações importantes referentes a pena prevista para o crime:


a) Não é possível transação penal (art.76, lei nº 9.099/95), pois a pena máxima supera os 02 (dois) anos. Não se trata,
portanto, de infração penal de menor potencial ofensivo
b) É possível a suspensão condicional do processo (art.89, lei 9.099/95), também chamado de sursis processual, pois a
pena mínima prevista para o crime não ultrapassa 01 (um) ano.
c) Possibilidade de conversão da pena por restritiva de direitos, pois estamos diante de um crime doloso, sem violência
ou grave ameaça e que não ultrapassa o total de 04 (quatro) anos.
d) O próprio delegado poderá arbitrar fiança, pois a pena máxima não ultrapassa quatro anos. (Art. 322, caput, CPP)
e) A pena prevista para esse crime é de DETENÇÃO.

DE OLHO NOS INFORMATIVOS!!


Informativo 572, STJ - Não configura o crime de posse ilegal de arma de fogo (art. 12 da Lei nº 10.826/2003) a conduta do
agente que mantém sob guarda, no interior de sua residência, arma de fogo de uso permitido com registro vencido.
Informativo 572, STJ - O Conselheiro do Tribunal de Contas Estadual que mantém sob sua guarda arma ou munição de uso
restrito não comete o crime do art. 16 da Lei 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento). Os Conselheiros dos Tribunais de
Contas são equiparados a magistrados e o art. 33, V, da LC 35/79 (LOMAN) garante aos magistrados o direito ao porte de
arma de fogo. STJ. Corte Especial. APn 657-PB, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 21/10/2015 (Info 572).
Informativo 597, STJ - Delegado de Polícia que mantém arma em sua casa sem registro no órgão competente pratica crime
de posse irregular de arma de fogo.
É típica e antijurídica a conduta de policial civil que, mesmo autorizado a portar ou possuir arma de fogo, não observa as
imposições legais previstas no Estatuto do Desarmamento, que impõem registro das armas no órgão competente.
Informativo 884, STF - A posse (art. 12 da Lei nº 10.826/2003) ou o porte (art. 14) de arma de fogo configura crime mesmo
que ela esteja desmuniciada. Da mesma forma, a posse ou o porte apenas da munição (ou seja, desacompanhada da arma)
configura crime. Isso porque tal conduta consiste em crime de perigo abstrato, para cuja caracterização não importa o
resultado concreto da ação. STF. 1ª Turma. HC 131771/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 18/10/2016.

OMISSÃO DE CAUTELA
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de
deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:

Pena – DETENÇÃO de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa


I. SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. (Crime comum)
II. SUJEITO PASSIVO: A coletividade (Crime vago)
III. OBJETO MATERIAL: Somente arma de fogo (o tipo penal não faz alusão a acessório ou munição)

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IV. OBJETO JURÍDICO: Bem jurídico tutelado é a segurança pública, incolumidade pública, segurança nacional e
paz social.
V. ELEMENTO SUBJETIVO: Culpa (único crime culposo previsto no estatuto)
VI. CONSUMAÇÃO: Sobre o momento consumativo, há duas correntes:
a. 1ºCorrente: A consumação se dá com a mera omissão no dever de cautela, ainda que a vítima não se
apodere da arma. Se ela se apoderar, haverá mero exaurimento de crime já consumado. Observa-se que,
majoritariamente, trata-se crime de perigo concreto, sendo necessário demonstrar que a omissão gerou
perigo concreto de apoderamento.
b. 2º Corrente: Há posicionamento em sentido diverso (Prof. Gabriel Habib / Capez / Andreucci) para quem a
consumação somente ocorre no momento do apoderamento da arma pelo menor ou pelo doente mental.
Nos parece que esse é o posicionamento prevalente e que deve ser considerado para provas objetivas de
concurso.
VII. TENTATIVA: Crime culposo, não cabe tentativa.
VIII. AÇÃO PENAL: Pública incondicionada

Esse crime só é punido na forma culposa. Pergunta-se: qual crime há se a pessoa dolosamente deixa o menor ou
deficiente mental se apoderar da arma, ou se entrega a ele?
 Se a vítima for menor de 18 anos, haverá o crime do art. 16, p.ú, V, do ED.
 Se a vítima for doente mental, haverá o crime do art. 14, se for uma arma de uso permitido, ou do art. 16, se for
arma de uso proibido.

Informações importantes referentes a pena prevista para o crime:


a) É possível a transação penal (art.76, lei nº 9.099/95), pois a pena máxima não supera os 02 (dois) anos. Trata-se,
portanto, de infração penal de menor potencial ofensivo
b) É possível a suspensão condicional do processo (art.89, lei 9.099/95), também chamado de sursis processual, pois a
pena mínima prevista para o crime não ultrapassa 01 (um) ano.
c) Possibilidade de conversão da pena por restritiva de direitos, pois estamos diante de um crime doloso, sem violência
ou grave ameaça e que não ultrapassa o total de 04 (quatro) anos.
d) O próprio delegado poderá arbitrar fiança, pois a pena máxima não ultrapassa quatro anos. (Art. 322, caput, CPP)
e) A pena prevista para esse crime é de DETENÇÃO.

OBERVAÇÕES:
1ª – Há o crime, mesmo que o menor de 18 anos já tenha obtido a capacidade civil pela emancipação. O que importa é a
idade biológica e não a situação civil.
2ª – O tipo penal não exige nenhum vínculo entre o sujeito ativo e o sujeito passivo.
3ª – Não há crime se a vítima for deficiente físico. A lei só fala em deficiência mental.
4ª - Ausência de menor ou doente mental: Se a arma de fogo é esquecida em cima da mesa, mas, no local, não há nenhum
menor ou deficiente mental que possa ter acesso a ela, não há crime, e a conduta é atípica.
5ª – É menor de 18 anos e não de 14, como costumam colocar em algumas questões.
6ª - #CAIEMPROVA – é crime do ED e não do ECA!

OMISSÃO DE COMUNICAÇÃO DE PERDA OU SUBTRAÇÃO DE ARMA DE FOGO


Apesar de estar localizado no parágrafo único do art. 13, constitui tipo penal completamente diverso da omissão
de cautela. É crime autônomo.
Art. 13, parágrafo único - Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e
transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou
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outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (VINTE
QUATRO) HORAS depois de ocorrido o fato.

Proprietário ou diretor
responsável de empresa
de segurança e transporte
de valores

Deixar de registrar 24 (VINTE QUATRO)


ocorrência policial e de HORAS DEPOIS DE
comunicar à Polícia OCORRIDO O FATO.
Federal

Perda, furto, roubo ou


outras formas de extravio
de arma de fogo, acessório
ou munição que estejam
sob sua guarda

I. SUJEITO ATIVO: Proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança ou de empresa de transporte


de valores. (CRIME PRÓPRIO)
II. SUJEITO PASSIVO: A coletividade (Crime vago)
III. OBJETO MATERIAL: Arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido ou de uso restrito (já que o tipo
penal não especifica)
IV. OBJETO JURÍDICO: Bem jurídico tutelado é a segurança pública, incolumidade pública, segurança nacional e
paz social.
V. ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo. Nós vimos que no art. 13, caput, o elemento subjetivo é a culpa. Já no art.
13, p.único, o elemento subjetivo é o dolo.
VI. CONSUMAÇÃO: Se consuma após 24h da ocorrência do fato. (CRIME A PRAZO)
VII. TENTATIVA: Crime Omissivo Puro, não cabe tentativa.
VIII. AÇÃO PENAL: Pública incondicionada

ATENÇÃO!!
O tipo diz que o crime se consuma após 24h do fato. A doutrina diz que o crime se consuma após 24 da CIÊNCIA do
fato e não da ocorrência do fato. Porque, antes de a pessoa tomar ciência do fato, ela não tem como fazer a comunicação.

PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO


Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

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Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do
agente. (ESTE PARÁGRAFO ÚNICO TEVE SUA INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO STF NA ADI 3112/DF, REI. MIN.
RICARDO LEWANDOWSKI, 2.5.2007).
Trata-se, portanto, de crime de AÇÃO MÚLTIPLA, também chamado de tipo MISTO ALTERNATIVO, em que a realização de
mais de uma conduta típica, em relação ao mesmo objeto material, constitui CRIME ÚNICO.

I. SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa (CRIME COMUM)


II. SUJEITO PASSIVO: A coletividade (CRIME VAGO)
III. OBJETO MATERIAL: Arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido.
IV. OBJETO JURÍDICO: Bem jurídico tutelado é a segurança pública, incolumidade pública, segurança nacional e
paz social.
V. ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo.
VI. CONSUMAÇÃO: Se consuma no momento da pratica de qualquer conduta prevista no tipo penal
VII. TENTATIVA: em tese será possível (ex. tentar ADQUIRIR)
VIII. AÇÃO PENAL: Pública incondicionada

Informações importantes referentes a pena prevista para o crime:


a) Não é possível a transação penal (art.76, lei nº 9.099/95), pois a pena máxima supera os 02 (dois) anos.
b) Não é possível a suspensão condicional do processo (art.89, lei 9.099/95), também chamado de sursis processual,
pois a pena mínima prevista para o crime ultrapassa 01 (um) ano.
c) Possibilidade de conversão da pena por restritiva de direitos, pois estamos diante de um crime doloso, sem violência
ou grave ameaça e que não ultrapassa o total de 04 (quatro) anos.
d) O próprio delegado poderá arbitrar fiança, pois a pena máxima não ultrapassa quatro anos. (Art. 322, caput, CPP)

OBSERVAÇÕES:
a. Transporte de arma de fogo no interior do veículo - Configura PORTE e não posse. Veículo não é Residência.
b. Arma quebrada - Aqui vai depender do grau de incapacidade:
 Incapacidade relativa - Arma com funcionamento imperfeito, HÁ CRIME.
 Incapacidade absoluta de efetuar disparos - Crime impossível, pois não há perigo ao bem jurídico tutelado
segurança pública
c. Transporte na bolsa - Há crime, pois a pessoa pode alcançar a arma dentro da bolsa.
d. Porte ilegal de ARMA DESMUNICIADA - O STF e o STJ pacificaram as suas jurisprudências no sentido de ser TÍPICA a
conduta de PORTAR ARMA DE FOGO DESMUNICIADA, ao argumento, fundamentalmente, de o delito de porte de
arma ser classificado como CRIME DE PERIGO ABSTRATO OU PRESUMIDO, bastando o simples porte da arma de
fogo para a sua consumação.

INFORMATIVO. 699, STF - O porte de arma de fogo (art. 14, Lei 10.826/03) configura crime, mesmo que esteja
desmuniciada. Trata-se de posição, atualmente, pacífica tanto no STF como no STJ. O porte ilegal de arma de fogo
desmuniciada, por ser delito de perigo abstrato, cujo objeto jurídico imediato é a segurança pública e a paz social
subsume-se ao tipo descrito no art. 14 da Lei nº 10.826/03, não havendo se falar em atipicidade da conduta.

e. Porte ilegal de munição - Pelos mesmos fundamentos analisados no item anterior, o STF entende que, por se tratar
de crime de perigo abstrato ou presumido, basta o simples porte da munição para configurar o crime do art. 14.
f. Arma desmontada - Se estiver ao alcance do agente, permitindo-lhe a montagem rápida, há crime.

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g. Praticante de tiro desportivo que transporta arma de fogo de uso permitido municiada em desacordo com os
termos de sua guia de tráfego, a qual autorizava apenas o transporte de arma desmuniciada, comete crime:

INFORMATIVO. 540 DO STJ - Pratica o crime do art. art. 14 da Lei 10.826/2003 o praticante de tiro desportivo que
transporta, municiada, arma de fogo de uso permitido em desacordo com os termos de sua guia de tráfego, a qual
autorizava apenas o transporte de arma desmuniciada.

h. Princípio da consunção entre porte de arma de fogo e homicídio - O delito de porte de arma fica absorvido pelo
homicídio, desde que tenha sido meio necessário para a sua prática, sendo considerado ante factum impunível, com
fundamento no princípio da consunção. Entretanto, caso o porte NÃO tenha sido meio necessário para o homicídio,
haverá CONCURSO DE CRIMES.
i. Arma de brinquedo, simulacros ou réplicas, espingarda de chumbinho - Fato atípico. Cuidado: A conduta de
importar simulacro de arma de fogo, de acordo com o STJ, configura-se como crime de contrabando, não sendo
aplicável o princípio da insignificância.
O relator do recurso especial do Ministério Público Federal, ministro Jorge Mussi, destacou que o artigo 26 da Lei 10.826/03
estipula que são vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de
armas de fogo.
Por esse motivo, explicou o ministro, a importação de arma de brinquedo capaz de ser confundida com peça verdadeira
configura o delito de contrabando, especialmente em virtude dos riscos à segurança e incolumidade públicas.
O relator também relembrou entendimentos anteriores do STJ no sentido da impossibilidade, nesses casos, da aplicação do
princípio da insignificância, tendo em vista a vontade estatal de controlar a entrada de determinado produto em benefício
da segurança e saúde públicas.
“Constata-se que o tribunal local, ao decidir pela aplicação do princípio da insignificância na importação de simulacro de
arma de fogo, dissentiu da jurisprudência desta Corte Superior de Justiça sobre o tema”, concluiu o ministro ao restabelecer
a condenação por contrabando. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.
REsp 1.727.222.

j. Porte de mais de uma arma – Responde por um único crime. O tipo penal dispõe portar arma, não importando a
quantidade, desde que estivéssemos tratando de armas de fogo da mesma espécie, ou seja, várias armas de fogo de
uso permitido ou várias armas de fogo de uso restrito. Observe que o STJ tem se posicionado no sentido de que o
porte ilegal de armas de calibre diversos configurar-se como concurso de crimes, não havendo, nessas hipóteses, a
aplicação do princípio da consunção, vejamos:
STJ:
Consoante a jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça, a conduta de possuir arma de fogo e munições de uso
permitido e de uso restrito, ainda que aprendidas num mesmo contexto fático, não configura crime único, na medida em
que, por se tratar de crimes distintos, atingem bens jurídicos diversos. No presente caso, o recorrido tinha em depósito, no
interior do veículo, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar, arma de fogo de uso restrito
(arma calibre .40 de marca Taurus); e, no interior de sua residência, em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, arma de fogo e munições de uso permitido e munições de uso restrito (arma calibre .380, munições, uma
espingarda de pressão e explosivo para detonação tipo emulsão power gel). Assim, inegável a configuração dos delitos
previstos nos artigos 12 e 16, caput, e parágrafo único, inciso III, ambos da Lei n. 10.826/2003, em concurso formal.
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1.270.840 - GO (2018/0074395-0)

k. Porte e receptação - Se o indivíduo adquire uma arma que sabe ser produto de crime e passa a porta-la ilegalmente,
responde pelos dois crimes em CONCURSO MATERIAL. Ou seja, o porte não absorve a receptação, porque são
crimes com bens jurídicos diferentes. O porte protege a segurança coletiva e a receptação protege o patrimônio.

ATENÇÃO!!
O STJ decidiu que o agente que enterra arma no quintal de casa, não pratica o crime de posse, mas
PORTE de arma. O STJ entende que enterrar, seria o que OCULTAR, configurando um dos verbos
do crime de porte previsto no art. 14.
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DE OLHO NOS INFORMATIVOS!!


INFORMATIVO 544, STJ - Para que haja condenação pelo crime de posse ou porte NÃO é necessário que a arma de fogo
tenha sido apreendida e periciada. Assim, é irrelevante a realização de exame pericial para a comprovação da potencialidade
lesiva do artefato. Isso porque os crimes previstos no arts. 12, 14 e 16 da Lei 10.826/2003 são de perigo abstrato, cujo objeto
jurídico imediato é a segurança coletiva. No entanto, se a perícia for realizada na arma e o laudo constatar que a arma não
tem nenhuma condição de efetuar disparos não haverá crime. Para o STJ, no julgado noticiado neste Informativo, não está
caracterizado o crime de porte ilegal de arma de fogo quando o instrumento apreendido sequer pode ser enquadrado no
conceito técnico de arma de fogo, por estar quebrado e, de acordo com laudo pericial, totalmente inapto para realizar
disparos. STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 397.473-DF, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 19/8/2014.
INFORMATVO. 699, STF - O porte de arma de fogo (art. 14, Lei 10.826/03) configura crime, mesmo que esteja desmuniciada.
Trata-se de posição, atualmente, pacífica tanto no STF como no STJ. O porte ilegal de arma de fogo desmuniciada, por ser
delito de perigo abstrato, cujo objeto jurídico imediato é a segurança coletiva, subsume-se aos tipos descritos nos arts.14 e
15 da Lei nº 10.826/03, não havendo se falar em atipicidade da conduta.
INFORMATIVO 540, STJ - Pratica o crime do art. art. 14 da Lei n. 10.826/2003 o praticante de tiro desportivo que transporta,
municiada, arma de fogo de uso permitido em desacordo com os termos de sua guia de tráfego, a qual autorizava apenas o
transporte de arma desmuniciada. STJ. 6ª Turma. RHC 34.579-RS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em
24/4/2014.
INFORMATIVO 581, STJ - O fato de o empregador obrigar seu empregado a portar arma de fogo durante o exercício das
atribuições de vigia não caracteriza coação moral irresistível (art. 22 do CP) capaz de excluir a culpabilidade do crime de
"porte ilegal de arma de fogo de uso permitido" (art. 14 da Lei nº 10.826/2003) atribuído ao empregado que tenha sido
flagrado portando, em via pública, arma de fogo, após o término do expediente laboral, no percurso entre o trabalho e a sua
residência. STJ. 5ª Turma. REsp 1.456.633-RS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 5/4/2016.
INFORMATIVO 775, STF - Se o agente, utilizando arma de fogo, atira e mata alguém, haverá homicídio e porte de arma de
fogo ou apenas homicídio? Se uma pessoa pratica homicídio com arma de fogo, a acusação por porte deverá ser absorvida?
Aplica-se o princípio da consunção? Depende da situação:
• Situação 1: NÃO. O crime de porte não será absorvido se ficar provado nos autos que o agente portava ilegalmente a arma
de fogo em outras oportunidades antes ou depois do homicídio e que ele não se utilizou da arma tão somente para praticar o
assassinato. Ex: a instrução demonstrou que João adquiriu a arma de fogo três meses antes de matar Pedro e não a comprou
com a exclusiva finalidade de ceifar a vida da vítima.
• Situação 2: SIM. Se não houver provas de que o réu já portava a arma antes do homicídio ou se ficar provado que ele a
utilizou somente para matar a vítima. Ex: o agente compra a arma de fogo e, em seguida, dirige-se até a casa da vítima, e
contra ela desfere dois tiros, matando-a.
No caso concreto julgado pelo STF, ficou provado que o réu havia comprado a arma 3 meses antes da morte da vítima. Além
disso, também se demonstrou pelas testemunhas que o acusado, várias vezes antes do crime, passou na frente da casa da
vítima, mostrando ostensivamente o revólver utilizado no crime. Desse modo, restou provado que os tipos penais
consumaram-se em momentos distintos e que tinham desígnios autônomos, razão pela qual não se pode reconhecer o
princípio da consunção entre o homicídio e o porte ilegal de arma de fogo. STF. 1ª Turma. HC 120678/PR, rel. orig. Min. Luiz
Fux, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, julgado em 24/2/2015.
INFORMATIVO 554, STJ - O porte de arma de fogo a que têm direito os policiais civis não se estende aos policiais
aposentados. Isso porque, de acordo com o art. 33 do Decreto 5.123/2004, que regulamentou o art. 6º da Lei 10.826/2003, o
porte de arma de fogo está condicionado ao efetivo exercício das funções institucionais por parte dos policiais, motivo pelo
qual não se estende aos aposentados. STJ. 5ª Turma. HC 267.058-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 4/12/2014.
INFORMATIVO 570, STJ - Para que haja condenação pelo crime de posse ou porte NÃO é necessário que a arma de fogo
tenha sido apreendida e periciada. Assim, é irrelevante a realização de exame pericial para a comprovação da potencialidade
lesiva do artefato. Isso porque os crimes previstos no arts. 12, 14 e 16 da Lei 10.826/2003 são de mera conduta ou de perigo
abstrato, cujo objeto jurídico imediato é a segurança coletiva. No entanto, se a perícia for realizada na arma e o laudo
constatar que a arma não tem nenhuma condição de efetuar disparos não haverá crime. Para o STJ, não está caracterizado o
crime de porte ilegal de arma de fogo quando o instrumento apreendido sequer pode ser enquadrado no conceito técnico de
arma de fogo, por estar quebrado e, de acordo com laudo pericial, totalmente inapto para realizar disparos. Assim,
demonstrada por laudo pericial a total ineficácia da arma de fogo e das munições apreendidas, deve ser reconhecida a
atipicidade da conduta do agente que detinha a posse do referido artefato e das aludidas munições de uso proibido, sem

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OS: 0111/1/20-Gil

autorização e em desacordo com a determinação legal/regulamentar. STJ. 6ª Turma. REsp 1.451.397-MG, Rel. Min. Maria
Thereza de Assis Moura, julgado em 15/9/2015.
INFORMATIVO 493, STJ - O porte de arma de fogo com numeração raspada (art. 16, parágrafo único, IV, da Lei n°
10.826/2003) configura crime mesmo estando desmuniciada.
INFORMATIVO 826, STF - É atípica a conduta daquele que porta, na forma de pingente, munição desacompanhada de arma.
STF. 2ª Turma. HC 133984/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 17/5/2016. Obs: vale ressaltar que, em regra, a
jurisprudência não aplica o princípio da insignificância aos crimes de posse ou porte de arma ou munição.
DISPARO DE ARMA DE FOGO
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção
a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável (já vimos que o p.único foi declarado inconstitucional).
I. SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa (CRIME COMUM)
II. SUJEITO PASSIVO: A coletividade (CRIME VAGO)
III. OBJETO MATERIAL: Arma de fogo e munição.
IV. OBJETO JURÍDICO: Bem jurídico tutelado é a segurança pública, incolumidade pública, segurança nacional e
paz social.
V. ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo.
VI. CONSUMAÇÃO: A consumação se dá com o mero disparo ou acionamento da munição
VII. TENTATIVA: Possível. Exemplos: Falha da arma ou intervenção de terceiro
VIII. AÇÃO PENAL: Pública incondicionada

Informações importantes referentes a pena prevista para o crime:


a) Não é possível a transação penal (art.76, lei nº 9.099/95), pois a pena máxima supera os 02 (dois) anos.
b) Não é possível a suspensão condicional do processo (art.89, lei 9.099/95), também chamado de sursis processual,
pois a pena mínima prevista para o crime ultrapassa 01 (um) ano.
c) Possibilidade de conversão da pena por restritiva de direitos, pois estamos diante de um crime doloso, sem violência
ou grave ameaça e que não ultrapassa o total de 04 (quatro) anos.
d) O próprio delegado poderá arbitrar fiança, pois a pena máxima não ultrapassa quatro anos. (Art. 322, caput, CPP)

OBSERVAÇÕES:
 Não há crime quando o disparo é efetuado em local ermo
 Esse crime é SUBSIDIÁRIO (subsidiariedade expressa) - Ele se aplica “desde que essa conduta não tenha como
finalidade a prática de outro crime”.
 Disparo de arma de fogo em LEGÍTIMA DEFESA ou ESTADO DE NECESSIDADE - Não configura crime, exclui-se a
ilicitude. Ex.: Disparo de arma, em legítima defesa da propriedade, para evitar um furto; ou disparo de arma, para
afugentar ataque de animal perigoso.
 Disparo para o alto - Configura crime, se em via pública ou em sua direção.
 Princípio da consunção entre PORTE ILEGAL e DISPARO DE ARMA DE FOGO - O porte será considerado ante factum
impunível, ficando absorvido pelo delito de disparo de arma de fogo, desde que o porte e o disparo ocorram no
mesmo contexto tático. Caso o disparo e o porte não ocorram no mesmo contexto fático, haverá concurso de
crimes.
 Princípio da consunção entre DISPARO DE ARMA DE FOGO e HOMICÍDIO – O disparo fica absorvido pelo homicídio,
se utilizado como meio.

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POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PROIBIDO OU RESTRITO. (Alterações realizadas pelo pacote
antricrime.)
“Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma
de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação
legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.


Aplica-se a esse crime tudo que foi dito quanto à posse e ao porte, com a única diferença: O objeto material nos arts. 12 e 14
é arma, acessório ou permissão de USO PERMITIDO, enquanto que no art. 16 é arma, acessório ou munição de uso RESTRITO
OU PROIBIDO.

A Lei 13.497/2017 alterou a redação do parágrafo único do art. 1º da Lei nº 8.072/90 prevendo que
também é considerado como crime hediondo o delito de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
restrito, previsto no art. 16 do Estatuto do Desarmamento. (tanto caput como todos os incisos)

I. SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa (CRIME COMUM)


II. SUJEITO PASSIVO: A coletividade (CRIME VAGO)
III. OBJETO MATERIAL: Arma de fogo, acessório ou munição, de uso RESTRITO.
IV. OBJETO JURÍDICO: Bem jurídico tutelado é a segurança pública, incolumidade pública, segurança nacional e
paz social.
V. ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo.
VI. CONSUMAÇÃO: Crime de mera conduta. A consumação ocorre no momento da prática de qualquer das
condutas, não exigindo qualquer resultado naturalístico.
VII. TENTATIVA: Possível, embora de difícil ocorrência.
VIII. AÇÃO PENAL: Pública incondicionada
Informações importantes referentes a pena prevista para o crime:
a) Não é possível a transação penal (art.76, lei nº 9.099/95), pois a pena máxima supera os 02 (dois) anos.
b) Não é possível a suspensão condicional do processo (art.89, lei 9.099/95), também chamado de sursis processual,
pois a pena mínima prevista para o crime ultrapassa 01 (um) ano.
c) Não há possibilidade de conversão da pena por restritiva de direitos, pois estamos diante de um crime doloso, sem
violência ou grave ameaça em que a pena ultrapassa o total de 04 (quatro) anos.
d) O delegado NÃO poderá arbitrar fiança, pois a pena máxima ultrapassa quatro anos. (Art. 322, caput, CPP)

PONTOS IMPORTANTES RELACIONADOS.


Ponto 01.
Devemos nos ater a algumas alterações propostas pelo pacote anticrime, Lei 13.964/19. Uma das alterações realizadas pela
legislação citada diz respeito ao artigo 310, CPP:
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).
I - relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste

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Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011).
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em qualquer das condições
constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),
poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a
todos os atos processuais, sob pena de revogação.
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou milícia, ou que porta
arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares.
§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de custódia no prazo estabelecido
no caput deste artigo responderá administrativa, civil e penalmente pela omissão.
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo estabelecido no caput deste artigo, a não realização de
audiência de custódia sem motivação idônea ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade
competente, sem prejuízo da possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva.” (NR)

É especificamente sobre a alteração realizada no §2º que devemos tratar. Observe que se o agente integre organização
criminosa, milícia ou porta arma de fogo de fogo de uso restrito, o juiz deverá denegar a liberdade provisória na ocasião da
prisão em flagrante, restando assim a decretação da prisão preventiva cumulada ou não com outras medidas cautelares.
Desse modo, observamos que a prisão em flagrante decorrente de PORTE (o dispositivo penal somente abrange o porte) de
arma de fogo de uso restrito, impede ao magistrado a concessão de liberdade provisória.
Ponto 02.
Ampliação do rol de crimes do estatuto do desarmamento considerados como crimes hediondos.
Pergunta-se: Quais são os crimes hediondos previstos no Estatuto do Desarmamento?
Com a entrada em vigor do pacote anticrime, são crimes tratados como hediondos de acordo com o art. 1º, §único, lei
8.072/90, temos os seguintes delitos:
 O crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de
dezembro de 2003;
 O crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
 O crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, de 22
de dezembro de 2003;
Ponto 03.
Perceba que a nova redação do caput do artigo 16 somente fala em arma de fogo, acessório ou munição de calibre restrito.
Pergunta-se: E se a arma de fogo, acessório ou munição for de calibre proibido?
Nesse caso, o legislador optou por tratar esse fato como qualificadora do delito previsto no artigo 16, vejamos:
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de
reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.” (NR)
Assim, observa-se que se trata de novatio legis in pejus (maléfica) e, portanto, irretroativa.

CONDUTAS EQUIPARADAS AO CRIME DE POSSE E PORTE DE USO RESTRITO


Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito
ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar;

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IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de
identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou
adolescente; e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.

ATENÇÃO!
O objeto material do caput do art.16 é arma, acessório ou munição de uso restrito. Agora, o objeto material do parágrafo
único do mesmo artigo (art. 16), será arma, acessório e munição tanto deu uso permitido, quanto de uso restrito.
A título de exemplo, a posse de arma de fogo de uso permitido com numeração raspada, embora a arma seja de uso
permitido, o delito praticado será o do art. 16, IV, e não o delito do art.12 (posse), posto que, equipara-se ao crime de posse
ou porte de arma de fogo de uso restrito, dada a supressão ou alteração do sinal identificador.

Vamos analisar cada inciso do parágrafo único do art.16.


I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;
A conduta aqui tipificada, busca punir o agente que suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal que possibilite a
identificação da arma ou artefato. Conforme depreende-se da literalidade do próprio texto, não é qualquer supressão ou
alteração na arma ou artefato que constitui crime, mas sim aquelas condutas relacionadas a sinais de identificação.

ATENÇÃO – acessório e munição não são objetos materiais do inc. I


II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito
ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;
Pune a conduta de modificar as características de arma de fogo. A conduta consiste em modificar as características da arma
de fogo para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro a autoridade responsável pelas investigações.

Acompanhada desta conduta, o tipo penal exige dois elementos subjetivos específicos:
 Finalidade de tornar a arma equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito;
Nesse caso é possível a tentativa.
 Finalidade de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro a autoridade policial, perito ou juiz.
Nesse caso, o crime está consumado com a simples modificação da arma, ainda que a finalidade visada não seja
alcançada, ou seja, ainda que o infrator não consiga induzir em erro ou dificultar a ação da autoridade, juiz ou
perito.

Princípio da especialidade - Esse crime é especial em relação ao crime de fraude processual do art. 347 do CP. Ou seja,
esse inciso II é norma especial em relação ao inciso 347 do CP.

III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar;
O objeto material aqui é artefato incendiário ou explosivo. (Exemplo: bomba de fabricação caseira, coquetel molotov,
granada, etc.)
Conforme o Decreto nº 10.030/2019, conceitua-se acessório explosivo: engenho não muito sensível, de elevada energia de
ativação, que tem por finalidade fornecer energia suficiente à continuidade de um trem explosivo e que necessita de um
acessório iniciador para ser ativado.

DE OLHO NO INFORMATIVO!!
INFORMATIVO 827, STF - O agente que é preso com duas granadas de uso exclusivo do Exército que seriam utilizadas para
roubar um banco NÃO PRATICA CRIME DO ART. 12 DA LEI Nº 7.170/83. Isso porque não há, no presente caso, a motivação
política, que consiste no "dolo específico" (elemento subjetivo especial do tipo) exigido para a configuração dos crimes de

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que trata a Lei de Segurança Nacional. Se o sujeito praticar uma conduta semelhante a esta, em tese, ele deverá responder
pelo crime do art. 16 do Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003). STF. Plenário. RC 1472/MG, Rel. Min. Dias Toffoli,
julgado em 25/5/2016.
(Transporte de granada sem motivação política não configura crime contra a segurança nacional)
INFORMATIVO 599, STJ - A conduta de portar granada de gás lacrimogêneo ou granada de gás de pimenta não se subsume
(amolda) ao delito previsto no art. 16, parágrafo único, III, da Lei nº 10.826/2003. Isso porque elas não se enquadram no
conceito de artefatos explosivos. STJ. 6ª Turma. REsp 1627028/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em
21/02/2017.
(Portar granada de gás lacrimogêneo ou de pimenta não configura crime do Estatuto do Desarmamento)
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de
identificação raspado, suprimido ou adulterado;
Diferente do que ocorre no inc. I, a presente conduta consiste no porte, posse, aquisição, transporte ou fornecimento de
arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação já raspado, suprimido ou adulterado. No inc. I,
pune-se quem raspa, suprime ou adultera. Já no presente inciso, pune-se quem porta, possui, adquiri, transporta ou fornece.

INCISO I INCISO IV
Suprimir, ou alterar marca, numeração ou qualquer Portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer
sinal de identificação de arma de fogo ou artefato arma de fogo com marca, numeração ou qualquer
Objeto material – arma de fogo e também outro sinal de identificação raspado, suprimido ou
artefato. alterado
Objeto material – somente arma de fogo.

V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou
adolescente;
Esse dispositivo revogou totalmente o art. 242 do ECA (lei 8069/90), que previa:
Art. 242 do ECA – Vender, fornecer, ainda que gratuitamente, ou entregar de qualquer forma a
criança ou adolescente arma, munição ou explosivo.
As condutas são exatamente as mesmas, sendo que o tipo penal do inc. V é mais abrangente porque inclui ACESSÓRIO.
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
O tipo penal em apreço tem por objeto material munição ou explosivo, excluindo, portanto, de seu âmbito de abrangência, a
arma de fogo e o acessório.
Nas três primeiras condutas (produzir, recarregar ou reciclar), o crime somente estará consumado se não houver autorização
legal.
No que concerne a quarta conduta (adulterar), naturalmente, não poderia haver autorização legal, razão pela qual o
legislador não faz menção a ela.

RESUMO!!!
 Adulterar sinal identificador de arma – Configura o inciso I
 Adulterar a arma – Configura o inciso II (desde que a alteração tenha a finalidade de transformar a arma em arma
de uso proibido ou restrito ou desde que tenha a finalidade de induzir em erro o perito, juiz ou autoridade policial).
 Adulterar sinal identificador de munição ou acessório – Fato atípico
 Adulterar munição (não o sinal identificador, mas a munição em si) – Inciso VI
 Adulterar acessório – Fato atípico

COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO

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Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar,
vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou
industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa. (Pena majorada pelo pacote anticrime).
§1º. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços,
fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência.
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo
com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis
de conduta criminal preexistente.” (NR) (Dispositivo incluído pelo pacote anticrime).

CONSIDERAÇÕES INICIAIS:
 Tipo misto alternativo - A prática de duas ou mais condutas descritas no tipo não gera concurso de crimes,
respondendo o agente por apenas um delito.
 Derrogação do art. 18 da LCP - Com o advento do Estatuto do Desarmamento (arts. 17 e 18), o art. 18 da Lei de
Contravenções foi derrogado, tendo sua aplicabilidade restrita às armas brancas.
 Princípio da especialidade - O art. 17 da lei de armas é especial em relação à Receptação qualificada, afastando sua
aplicação.
 Esse crime é crime habitual- O professor Gabriel Habib, em sua obra, adotou posicionamento no sentido de que o
referido delito somente estará configurado se houver a reiteração da pratica delitiva, caracterizando-se como delito
habitual, tendo em vista que o legislador utilizou as expressões no exercício de atividade comercial ou industrial. A
prática de qualquer conduta típica de forma eventual não caracteriza o presente delito.
Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE - 2013 - TJ-BA - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento
No que concerne às leis penais extravagantes, assinale a opção correta.
A O dispositivo referente à extraterritorialidade da denominada Lei de Tortura aplica-se sempre que a vítima for brasileira
e o autor, estrangeiro.
B Conforme previsto na denominada Lei de Drogas, o prazo prescricional para os delitos referentes ao usuário ou
dependente de drogas, específico, é de quatro anos tanto para a prescrição da pretensão punitiva quanto da pretensão
executória.
C Os condenados por crimes hediondos devem iniciar o cumprimento da pena em regime fechado, havendo possibilidade
de progressão, em caso de merecimento, após cumprido um sexto da pena.
D Para a configuração da conduta tipificada no Estatuto do Desarmamento como comércio ilegal de arma de fogo,
exige-se habitualidade do exercício de atividade comercial, mesmo que em sua forma equiparada.
E Constitui crime de tortura a conduta do penalmente imputável que, mediante o emprego de violência, impõe intenso
sofrimento físico a outrem, por sadismo.
Resposta D.

I. SUJEITO ATIVO: pessoa que exerce atividade comercial ou industrial. (CRIME PRÓPRIO)
II. SUJEITO PASSIVO: A coletividade. (CRIME VAGO)
III. OBJETO MATERIAL: Arma de fogo, acessório ou munição uso permitido ou de uso proibido (restrito). Mas
se for de uso proibido ou restrito, haverá aumento de metade da pena. (Artigo 19, lei 10.826)
IV. OBJETO JURÍDICO: Bem jurídico tutelado é a segurança pública, incolumidade pública, segurança nacional e
paz social.
V. ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo.
VI. CONSUMAÇÃO: no momento da prática de umas das catorze condutas descritas no tipo penal.
 Crime Permanente: transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito e expor a venda.

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ATENÇÃO!! Como falado anteriormente, sobrevindo lei penal mais gravosa, antes de cessada a
permanência, aplica-se ao caso concreto sem qualquer ofensa ao princípio da anterioridade.
Súmula 711 do STF
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao CRIME
PERMANENTE, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da
permanência.

 Crime instantâneo: demais condutas


VII. TENTATIVA: Possível. Exemplos: tentar adquirir arma de fogo.
VIII. AÇÃO PENAL: Pública incondicionada.
Pontos importantes alterados pelo pacote anticrime.
 Alteração (majoração) da pena referente ao delito.
 Especificação a respeito da hipótese de flagrante preparado e hipótese de crime antecedente já consumado.
Vamos entender essa última hipótese:
No direito processual penal, especificamente no tema prisão em flagrante, estudamos o tema: flagrante preparado e seu
assunto correlato, crime impossível.
Flagrante preparado, provocado, crime de ensaio, delito de experiência ou delito putativo por obra do agente provocador
 Ocorre quando alguém (particular ou autoridade policial), de forma insidiosa, instiga o agente à prática do delito com o
objetivo de prendê-lo em flagrante, ao mesmo tempo em que adota todas as providências para que o delito não se consume.
Como adverte a doutrina, nessa hipótese de flagrante o suposto autor do delito não passa de um protagonista inconsciente
de uma comédia, cooperando para a ardilosa averiguação da autoria de crimes anteriores, ou da simulação da exterioridade
de um crime.
Assim, as hipóteses de flagrante preparado configuram-se como clara hipótese de crime impossível, motivo pelo qual não
seria possível a prisão e nem a persecução penal daí decorrente.
Ocorre que, no mesmo sentido, a doutrina, apesar da existência do flagrante preparado e do consequente crime impossível,
sempre admitiu a prisão e a persecução penal em relação aos delitos já consumados e preexistentes, os quais independem
de qualquer intervenção do agente provocador.
Ex. Traficante de drogas que tinha as substâncias em depósito e fosse incitado a vender a droga a agentes policiais. Observe
que, em relação a venda da droga, trata-se de crime impossível, contudo, no que diz respeito ao armazenamento prévio da
droga, o crime já estaria consumado e, portanto, a prisão seria tranquilamente possível.
É justamente nesse sentido que o dispositivo do pacote anticrime foi incluído no Estatuto do Desarmamento, vejamos:
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em
desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.” (NR) (Dispositivo incluído pelo pacote anticrime).

Desse modo, se o infrator, apesar de incitado pelo agente policial a vender ou entregar a droga, já houver praticado
infração penal preexistente, como por exemplo ter a droga em depósito, a prisão em flagrante pelo crime preexistente
será possível, logicamente, desde que presentes os requisitos próprios para a prisão em flagrante.
TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMAS DE FOGO
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório
ou munição, sem autorização da autoridade competente:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa. (Pena alterada pelo pacote anticrime).
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, em operação de
importação, sem autorização da autoridade competente, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.” (dispositivo incluído pelo pacote anticrime).
CONSIDERAÇÕES INICIAIS:

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 Competência da justiça federal:


Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de
suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça
Militar e da Justiça Eleitoral;
Por haver lesão a interesse da União no que tange ao seu exercício de fiscalização sobre a zona alfandegária.
 Tipo misto alternativo - A prática de duas ou mais condutas descritas no tipo não gera concurso de crimes,
respondendo o agente por apenas um delito.
 Princípio da especialidade:
O art. 18 da lei de armas constitui tipo penal especial em relação aos art. 334 (nas condutas importar e exportar) e
art.318 (na conduta favorecer) do Código Penal, afastando, dessa forma, a sua incidência quando se tratar de armas
de fogo, acessório ou munição.
 Importação ou exportação de explosivo - Tendo em vista que o artigo 18 da lei de armas não contempla explosivo,
a conduta será tipificada no art. 334 do Código Penal.
 Arma de brinquedo, simulacros ou réplicas de armas de fogo:
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos,
réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir.
Logo, tais objetos passaram a ter a importação proibida, tornando-se mercadoria proibida no país. Assim, a importação de
brinquedos, réplicas e simulacros de arma de fogo configura o delito de contrabando, previsto no art. 334-A do Código
Penal.
I. SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa (CRIME COMUM)
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III. OBJETO MATERIAL: Arma de fogo, acessório ou munição. Mas se for de uso proibido ou restrito, haverá
aumento de metade da pena. (Artigo 19, lei 10.826)
IV. OBJETO JURÍDICO: Bem jurídico tutelado é a segurança pública, incolumidade pública, segurança nacional e
paz social.
V. ELEMENTO SUBJETIVO: É o dolo.
VI. CONSUMAÇÃO:
 Nas condutas de exportar e importar, o crime se consuma com a efetiva saída ou entrada do
objeto no Brasil. (Crime material/ exige resultado naturalístico).
 Nas condutas de facilitar a entrada ou a saída, o crime se consuma com a simples facilitação, ainda
que o favorecido não consiga entrar ou sair com a arma. (Crime formal, que não exige resultado
naturalístico).
VII. TENTATIVA: Possível em todas as condutas.
VIII. AÇÃO PENAL: Pública incondicionada.
ALTERAÇÕES REFERENTE AO PACOTE ANTICRIME.
Pontos importantes alterados pelo pacote anticrime.
 Alteração (majoração) da pena referente ao delito.
 Especificação a respeito da hipótese de flagrante preparado e hipótese de crime antecedente já consumado.
Os comentários a respeito desse último tópico foram feitos no dispositivo anterior.
DE OLHO NO INFORMATIVO
INFORMATIVO 577, STJ - Configura crime de contrabando (art. 334-A do CP) a importação de colete à prova de balas sem
prévia autorização do Comando do Exército. STJ. 6ª Turma. RHC 62.851-PR, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em
16/2/2016.

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No mesmo sentido, o STJ entende que a importação de pistola de ar comprimido será considerado contrabando, previsto
no art. 334-A do Código Penal. Senão, vejamos:
RECURSO ESPECIAL. PENAL E PROCESSO PENAL. IMPORTAÇÃO DE ARMA DE PRESSÃO. DECRETO Nº 3.665/2000 E PORTARIA
Nº 006/2007 DO MINISTÉRIO DA DEFESA. PROIBIÇÃO RELATIVA. CONTRABANDO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.
INAPLICABILIDADE.
(...)
3. A arma de pressão, seja por ação de gás comprimido ou por ação de mola, é mercadoria de proibição relativa e sua
importação à margem da disciplina legal configura contrabando, não tendo aplicação o PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
ainda que se trate de arma de calibre inferior a 6mm, sendo por isso despicienda a realização de perícia visando à aferição
do calibre para fins de tipificação do crime de contrabando.
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição
forem de uso proibido ou restrito.
Os comentários atinentes a esse artigo, foram feitos de maneira oportuna nos artigos 17 e 18 acima citados, no que tange ao
objeto material do crime.

CAUSAS DE AUMENTO DA PENA

Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se:
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou
II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.” (NR) (Dispositivo incluído pelo pacote anticrime).

Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda
ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e
em desacordo com determinação legal ou regulamentar

Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas
adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha
como finalidade a prática de outro crime

Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter
sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou
AUMENTO DA restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar
PENA ATE A
METADE 1/2 Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito,
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer
forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou
industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo
com determinação legal ou regulamentar

Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a


qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da
autoridade competente

Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de
uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de
sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que
seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa
NÃO INCIDE AS
CAUSAS DE
AUMENTO DA
PENA Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18
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(dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de23
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fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade
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Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória. (ADIN 3112-1 declarou
inconstitucional o referido artigo)

O Supremo Tribunal Federal reconheceu a inconstitucionalidade na ADIN 3112-1 dos p.ú dos artigos
14 e 15 do Estatuto do desarmamento, além do artigo 21, ora em comento, do mesmo diploma legal.

Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios com os Estados e o Distrito Federal para o cumprimento do
disposto nesta Lei.
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e demais produtos controlados, de
usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico serão disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo
Federal, mediante proposta do Comando do Exército.
§ 1o Todas as munições comercializadas no País deverão estar acondicionadas em embalagens com sistema de código de
barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do fabricante e do adquirente, entre outras informações
definidas pelo regulamento desta Lei.
§ 2o Para os órgãos referidos no art. 6o, somente serão expedidas autorizações de compra de munição com identificação do
lote e do adquirente no culote dos projéteis, na forma do regulamento desta Lei.
§ 3o As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da data de publicação desta Lei conterão dispositivo intrínseco de
segurança e de identificação, gravado no corpo da arma, definido pelo regulamento desta Lei, exclusive para os órgãos
previstos no art. 6o.
§ 4o As instituições de ensino policial e as guardas municipais referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6o desta Lei e no
seu § 7o poderão adquirir insumos e máquinas de recarga de munição para o fim exclusivo de suprimento de suas atividades,
mediante autorização concedida nos termos definidos em regulamento.
Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao Comando do Exército autorizar e fiscalizar a
produção, exportação, importação, desembaraço alfandegário e o comércio de armas de fogo e demais produtos
controlados, inclusive o registro e o porte de trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores.
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais
interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exército, no prazo máximo de 48
(quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do
regulamento desta Lei.
DESTRUIÇÃO
ARMAS COMANDO DO OU DOAÇÃO
48H AOS ORGÃOS
APREENDIDA EXÉRCITO
S DE SEG.
PÚBLICA OU ÀS
FORÇAS
ARMADAS
§ 1o As armas de fogo encaminhadas ao Comando do Exército que receberem parecer favorável à doação, obedecidos o
padrão e a dotação de cada Força Armada ou órgão de segurança pública, atendidos os critérios de prioridade estabelecidos
pelo Ministério da Justiça e ouvido o Comando do Exército, serão arroladas em relatório reservado trimestral a ser
encaminhado àquelas instituições, abrindo-se-lhes prazo para manifestação de interesse.
§ 2o O Comando do Exército encaminhará a relação das armas a serem doadas ao juiz competente, que determinará o seu
perdimento em favor da instituição beneficiada.
§ 3o O transporte das armas de fogo doadas será de responsabilidade da instituição beneficiada, que procederá ao seu
cadastramento no Sinarm ou no Sigma.

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§ 4o (VETADO)
§ 5o O Poder Judiciário instituirá instrumentos para o encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se trate de arma de
uso permitido ou de uso restrito, semestralmente, da relação de armas acauteladas em juízo, mencionando suas
características e o local onde se encontram.
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas
de fogo, que com estas se possam confundir.
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção
de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do Exército.
Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar, excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso restrito.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às aquisições dos Comandos Militares.
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades
constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6o desta Lei.
Art. 29. As autorizações de porte de armas de fogo já concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) dias após a publicação desta
Lei.
Parágrafo único. O detentor de autorização com prazo de validade superior a 90 (noventa) dias poderá renová-la, perante a
Polícia Federal, nas condições dos arts. 4o, 6o e 10 desta Lei, no prazo de 90 (noventa) dias após sua publicação, sem ônus
para o requerente.
(...)
TEMAS IMPOSTANTES!!
ABOLITIO CRIMINIS TEMPORÁRIA
Lei 11.922/09 - Art. 20. Ficam prorrogados para 31 de dezembro de 2009 os prazos de que tratam o § 3o do art. 5o e o art.
30, ambos da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003. (13 de abril de 2009)

LINHA DO TEMPO DA ABOLITIO CRIMINIS TEMPORÁRIA

Abolitio Criminis temporária em Abolitio Criminis temporária


relação a POSSE de arma de fogo de somente em relação a POSSE de
uso PERMITIDO e também arma de fogo de uso PERMITIDO
RESTRITO.

Lei 10.826/03 Lei 10.884/04 Lei 11.118/05 Lei 11.191/06 Lei 11.706/08 Lei 11.922/09

Possuidores Data limite Prorrogado, Fica prorrogado Até o dia 31 Ficam


e para tendo por até 23 de de dezembro prorrogados
proprietários publicação termo final o outubro de de 2008 para 31 de
de arma do Decreto dia 23 de 2005 dezembro de
Regulament junho de 2005 2009
fogo não
ar - 23 de
registradas
junho de
poderão, no
prazo de 2004.
180 dias SÚMULA 513 - STJ
Armas de
A 'abolitio criminis' temporária prevista na
uso
PERMITIDO, Lei n. 10.826/2003 aplica-se ao crime de
RESTRITO E
POSSE de arma de fogo de uso permitido
EQUIPARAD
OS com numeração, marca ou qualquer outro
sinal de identificação raspado, suprimido
ou adulterado, praticado somente até
23/10/2005.

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É preciso atentar para dois marcos definidores em relação a Abolitio Criminis temporária:
 Dia 23/10/2005 – data limite de aplicação da Abolitio Criminis temporária para a posse de arma de fogo de uso
permitido com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado. (Arma
de uso restrito)
 Dia 31/12/2009 – data limite de aplicação da Abolitio Criminis temporária em relação as armas de fogo de uso
permitido (não restrito), uma vez que, em relação as armas de uso restrito, já não poderia mais ser aplicado, como
acima citado.
Informações importantes:
a. A Abolitio Criminis temporária sempre foi aplicada para os crimes de POSSE de arma de fogo, seja de uso PERMITO
ou RESTRITO, mas nunca para os crimes de PORTE de arma de fogo.
b. A Abolitio Criminis temporária também estende a sua aplicação em relação a POSSE DE MUNIÇÃO seja de uso
permitido ou não.
SÚMULA 513 - STJ A 'abolitio criminis' temporária prevista na Lei n. 10.826/2003 aplica-se ao crime de
posse de arma de fogo de uso permitido com numeração, marca ou qualquer outro
sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado, praticado somente até
23/10/2005.

De olho no informativo!!

INFORMATIVO 506, STJ - É atípica a conduta de possuir munição, seja de uso permitido ou restrito, sem
autorização ou em desconformidade com determinação legal ou regulamentar, no período abrangido pela abolitio
criminis temporária prevista no art. 30 da Lei n. 10.826/2003, na redação anterior à Lei n. 11.706/2008.

Bom meus amigos, estamos chegando ao fim do nosso estudo acerca do Estatuto do Desarmamento. Mas, não
poderia deixar de abordar uma questão muito interessante que de maneira indireta corresponde ao tema em questão.
Imagine o examinador, na tua prova dissertativa ou até mesmo oral, te fazendo a seguinte indagação:
Doutor (a), é possível a edição de Medidas Provisórias versando sobre direito penal e também sobre as legislações esparsas
vigentes no ordenamento jurídico pátrio?
Com certeza, muitos dirão que NÃO!!
ATENÇÃO, não subestime a pergunta!
Vamos lá, de acordo com a Constituição Federal:
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei,
devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I – relativa a:
b) direito penal, processual penal e processual civil
De fato, a Constituição Federal/88, em seu (Art. 62, §1°, I, b) veda expressamente a edição de medidas provisórias relativas a
matéria de Direito Penal e processual penal e civil.
Muitos candidatos, e com razão, por esse motivo, dirão que será impossível a edição de medidas provisórias tratando sobre o
tema.
O Supremo Tribunal Federal entende que, se a medida provisória for editada para beneficiar o réu, poderá SIM a medida
provisória trata de matérias relativas a Direito Penal.
É justamente nesse ponto que encontramos pertinência com a matéria ora estudada.
O prazo inicial estabelecido pelo artigo 30, da Lei 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento) na sua redação original, previa um
prazo de 180 dias para que os possuidores e proprietários de arma de fogo solicitassem o registro. Ocorre, que esse prazo foi

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prorrogado inúmeras vezes justamente por medidas provisórias, que posteriormente seriam convertidas em leis, findando
exatamente no dia 31/12/2009, prazo final de aplicação final da chamada Abolitio Criminis temporária.

Art. 31. Os possuidores e proprietários de armas de fogo adquiridas regularmente poderão, a qualquer tempo, entregá-las à
Polícia Federal, mediante recibo e indenização, nos termos do regulamento desta Lei.
Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma de fogo poderão entregá-la, espontaneamente, mediante recibo, e,
presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na forma do regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual posse
irregular da referida arma.

O artigo 32 da Lei nº 10.826/2003, com a redação dada pela Lei nº 11.706/2008, instituiu, segundo entendimento
firmado pelo STJ, uma CAUSA PERMANENTE DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE consubstanciada na
entrega espontânea de arma de fogo que se possui de modo irregular. Neste sentido, leia-se o trecho do seguinte
acórdão proferido pela Corte Superior:
“(...) 4. Aplica-se o entendimento firmado em recurso representativo de controvérsia: "(...) 2. A nova redação do
art. 32 da Lei n.10.826/2003, trazida pela Lei n. 11.706/2008, não mais suspendeu, temporariamente, a vigência da
norma incriminadora ou instaurou uma abolitio criminis temporária - conforme operado pelo art. 30 da
mesma lei -, mas instituiu uma causa permanente de exclusão da punibilidade, consistente na entrega espontânea
da arma. 3. A causa extintiva da punibilidade, na hipótese legal, consiste em ato jurídico (entrega espontânea da
arma), e tão somente se tiver havido a sua efetiva prática é que a excludente produzirá seus efeitos. Se
isso não ocorreu, não é caso de aplicação da excludente" (REsp 1.311.408/RN, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS
JÚNIOR, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13/3/2013, DJe 20/5/2013)." (HC 347487 / RS; Ministro RIBEIRO
DANTAS; QUINTA TURMA; Publicado no DJe de 25/05/2016)

Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme especificar o
regulamento desta Lei:
I – a empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente, por qualquer
meio, faça, promova, facilite ou permita o transporte de arma ou munição sem a devida autorização ou com inobservância
das normas de segurança;
II – a empresa de produção ou comércio de armamentos que realize publicidade para venda, estimulando o uso indiscriminado
de armas de fogo, exceto nas publicações especializadas.
Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com aglomeração superior a 1000 (um mil) pessoas, adotarão, sob
pena de responsabilidade, as providências necessárias para evitar o ingresso de pessoas armadas, ressalvados os eventos
garantidos pelo inciso VI do art. 5o da Constituição Federal.
Parágrafo único. As empresas responsáveis pela prestação dos serviços de transporte internacional e interestadual de
passageiros adotarão as providências necessárias para evitar o embarque de passageiros armados.
DISPOSITIVO PENAL INCLUÍDO PELO PACOTE ANTICRIME.
“Art. 34-A. Os dados relacionados à coleta de registros balísticos serão armazenados no Banco Nacional de Perfis
Balísticos.
§ 1º O Banco Nacional de Perfis Balísticos tem como objetivo cadastrar armas de fogo e armazenar características de
classe e individualizadoras de projéteis e de estojos de munição deflagrados por arma de fogo.
§ 2º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será constituído pelos registros de elementos de munição deflagrados por
armas de fogo relacionados a crimes, para subsidiar ações destinadas às apurações criminais federais, estaduais e
distritais.
§ 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será gerido pela unidade oficial de perícia criminal.
§ 4º Os dados constantes do Banco Nacional de Perfis Balísticos terão caráter sigiloso, e aquele que permitir ou promover
sua utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão judicial responderá civil, penal e
administrativamente.
§ 5º É vedada a comercialização, total ou parcial, da base de dados do Banco Nacional de Perfis Balísticos.
§ 6º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional de Perfis Balísticos serão regulamentados em ato do Poder
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Executivo federal.”
Vamos analisar esse dispositivo penal?
Qual a finalidade da norma?
Criar o banco nacional de perfis balísticos.
Qual o objetivo?
Tem por objetivo cadastrar armas de fogo e armazenar características de classe e individualizadoras de projéteis e de estojos
de munição deflagrados por arma de fogo.
Como esse banco de dados de perfis balísticos será constituído?
Será constituído pelos registros de elementos de munição deflagrados por armas de fogo relacionados a crimes, para
subsidiar ações destinadas às apurações criminais federais, estaduais e distritais.
Por quem o banco de dados de perfis balísticos será gerido?
Será gerido pela unidade oficial de perícia criminal.
Algumas observações importantes:
 Os dados serão sigilosos e a utilização para finalidades diversas das permitidas pela norma sujeitarão os
responsáveis à responsabilidade civil, criminal e administrativa.
 É vedada a comercialização do banco de dados.
 A formação, gestão e acesso serão regulamentados por ato do poder executivo.

DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades
previstas no art. 6o desta Lei.
§ 1o Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em outubro
de 2005.
§ 2o Em caso de aprovação do referendo popular, o disposto neste artigo entrará em vigor na data de publicação de seu
resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 36. É revogada a Lei no 9.437, de 20 de fevereiro de 1997.
Art. 37. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

BONS ESTUDOS!

REVISÃO DOS INFORMATIVOS


Informativo 572, STJ - Não configura o crime de posse ilegal de arma de fogo (art. 12 da Lei nº 10.826/2003) a conduta do
agente que mantém sob guarda, no interior de sua residência, arma de fogo de uso permitido com registro vencido.
Informativo 572, STJ - O Conselheiro do Tribunal de Contas Estadual que mantém sob sua guarda arma ou munição de uso
restrito não comete o crime do art. 16 da Lei 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento). Os Conselheiros dos Tribunais de
Contas são equiparados a magistrados e o art. 33, V, da LC 35/79 (LOMAN) garante aos magistrados o direito ao porte de
arma de fogo. STJ. Corte Especial. APn 657-PB, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 21/10/2015 (Info 572).
Informativo 597, STJ - Delegado de Polícia que mantém arma em sua casa sem registro no órgão competente pratica crime
de posse irregular de arma de fogo.
É típica e antijurídica a conduta de policial civil que, mesmo autorizado a portar ou possuir arma de fogo, não observa as
imposições legais previstas no Estatuto do Desarmamento, que impõem registro das armas no órgão competente.
Informativo 884, STF - A posse (art. 12 da Lei nº 10.826/2003) ou o porte (art. 14) de arma de fogo configura crime mesmo
que ela esteja desmuniciada. Da mesma forma, a posse ou o porte apenas da munição (ou seja, desacompanhada da arma)
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configura crime. Isso porque tal conduta consiste em crime de perigo abstrato, para cuja caracterização não importa o
resultado concreto da ação. STF. 1ª Turma. HC 131771/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 18/10/2016.
Informativo. 699, STF - O porte de arma de fogo (art. 14, Lei 10.826/03) configura crime, mesmo que esteja desmuniciada.
Trata-se de posição, atualmente, pacífica tanto no STF como no STJ. O porte ilegal de arma de fogo desmuniciada, por ser
delito de perigo abstrato, cujo objeto jurídico imediato é a segurança pública e a paz social subsume-se ao tipo descrito no
art. 14 da Lei nº 10.826/03, não havendo se falar em atipicidade da conduta.
Informativo 544, STJ - Para que haja condenação pelo crime de posse ou porte NÃO é necessário que a arma de fogo tenha
sido apreendida e periciada. Assim, é irrelevante a realização de exame pericial para a comprovação da potencialidade lesiva
do artefato. Isso porque os crimes previstos no arts. 12, 14 e 16 da Lei 10.826/2003 são de perigo abstrato, cujo objeto
jurídico imediato é a segurança coletiva. No entanto, se a perícia for realizada na arma e o laudo constatar que a arma não
tem nenhuma condição de efetuar disparos não haverá crime. Para o STJ, no julgado noticiado neste Informativo, não está
caracterizado o crime de porte ilegal de arma de fogo quando o instrumento apreendido sequer pode ser enquadrado no
conceito técnico de arma de fogo, por estar quebrado e, de acordo com laudo pericial, totalmente inapto para realizar
disparos. STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 397.473-DF, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 19/8/2014.
Informativo. 699, STF - O porte de arma de fogo (art. 14, Lei 10.826/03) configura crime, mesmo que esteja desmuniciada.
Trata-se de posição, atualmente, pacífica tanto no STF como no STJ. O porte ilegal de arma de fogo desmuniciada, por ser
delito de perigo abstrato, cujo objeto jurídico imediato é a segurança coletiva, subsume-se aos tipos descritos nos arts.14 e
15 da Lei nº 10.826/03, não havendo se falar em atipicidade da conduta.
Informativo 540, STJ - Pratica o crime do art. art. 14 da Lei n. 10.826/2003 o praticante de tiro desportivo que transporta,
municiada, arma de fogo de uso permitido em desacordo com os termos de sua guia de tráfego, a qual autorizava apenas o
transporte de arma desmuniciada. STJ. 6ª Turma. RHC 34.579-RS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em
24/4/2014.
Informativo 581, STJ - O fato de o empregador obrigar seu empregado a portar arma de fogo durante o exercício das
atribuições de vigia não caracteriza coação moral irresistível (art. 22 do CP) capaz de excluir a culpabilidade do crime de
"porte ilegal de arma de fogo de uso permitido" (art. 14 da Lei nº 10.826/2003) atribuído ao empregado que tenha sido
flagrado portando, em via pública, arma de fogo, após o término do expediente laboral, no percurso entre o trabalho e a sua
residência. STJ. 5ª Turma. REsp 1.456.633-RS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 5/4/2016.
Informativo 775, STF - Se o agente, utilizando arma de fogo, atira e mata alguém, haverá homicídio e porte de arma de fogo
ou apenas homicídio? Se uma pessoa pratica homicídio com arma de fogo, a acusação por porte deverá ser absorvida?
Aplica-se o princípio da consunção? Depende da situação:
• Situação 1: NÃO. O crime de porte não será absorvido se ficar provado nos autos que o agente portava ilegalmente a arma
de fogo em outras oportunidades antes ou depois do homicídio e que ele não se utilizou da arma tão somente para praticar o
assassinato. Ex: a instrução demonstrou que João adquiriu a arma de fogo três meses antes de matar Pedro e não a comprou
com a exclusiva finalidade de ceifar a vida da vítima.
• Situação 2: SIM. Se não houver provas de que o réu já portava a arma antes do homicídio ou se ficar provado que ele a
utilizou somente para matar a vítima. Ex: o agente compra a arma de fogo e, em seguida, dirige-se até a casa da vítima, e
contra ela desfere dois tiros, matando-a.
No caso concreto julgado pelo STF, ficou provado que o réu havia comprado a arma 3 meses antes da morte da vítima. Além
disso, também se demonstrou pelas testemunhas que o acusado, várias vezes antes do crime, passou na frente da casa da
vítima, mostrando ostensivamente o revólver utilizado no crime. Desse modo, restou provado que os tipos penais
consumaram-se em momentos distintos e que tinham desígnios autônomos, razão pela qual não se pode reconhecer o
princípio da consunção entre o homicídio e o porte ilegal de arma de fogo. STF. 1ª Turma. HC 120678/PR, rel. orig. Min. Luiz
Fux, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, julgado em 24/2/2015.
Informativo 554, STJ - O porte de arma de fogo a que têm direito os policiais civis não se estende aos policiais aposentados.
Isso porque, de acordo com o art. 33 do Decreto 5.123/2004, que regulamentou o art. 6º da Lei 10.826/2003, o porte de
arma de fogo está condicionado ao efetivo exercício das funções institucionais por parte dos policiais, motivo pelo qual não
se estende aos aposentados. STJ. 5ª Turma. HC 267.058-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 4/12/2014.
Informativo 570, STJ - Para que haja condenação pelo crime de posse ou porte NÃO é necessário que a arma de fogo tenha
sido apreendida e periciada. Assim, é irrelevante a realização de exame pericial para a comprovação da potencialidade lesiva
do artefato. Isso porque os crimes previstos no arts. 12, 14 e 16 da Lei 10.826/2003 são de mera conduta ou de perigo
abstrato, cujo objeto jurídico imediato é a segurança coletiva. No entanto, se a perícia for realizada na arma e o laudo
constatar que a arma não tem nenhuma condição de efetuar disparos não haverá crime. Para o STJ, não está caracterizado o
crime de porte ilegal de arma de fogo quando o instrumento apreendido sequer pode ser enquadrado no conceito técnico de
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arma de fogo, por estar quebrado e, de acordo com laudo pericial, totalmente inapto para realizar disparos. Assim,
demonstrada por laudo pericial a total ineficácia da arma de fogo e das munições apreendidas, deve ser reconhecida a
atipicidade da conduta do agente que detinha a posse do referido artefato e das aludidas munições de uso proibido, sem
autorização e em desacordo com a determinação legal/regulamentar. STJ. 6ª Turma. REsp 1.451.397-MG, Rel. Min. Maria
Thereza de Assis Moura, julgado em 15/9/2015.
Informativo 493, STJ - O porte de arma de fogo com numeração raspada (art. 16, parágrafo único, IV, da Lei n° 10.826/2003)
configura crime mesmo estando desmuniciada.
Informativo 826, STF - É atípica a conduta daquele que porta, na forma de pingente, munição desacompanhada de arma.
STF. 2ª Turma. HC 133984/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 17/5/2016. Obs: vale ressaltar que, em regra, a
jurisprudência não aplica o princípio da insignificância aos crimes de posse ou porte de arma ou munição.
Informativo 827, STF - O agente que é preso com duas granadas de uso exclusivo do Exército que seriam utilizadas para
roubar um banco NÃO PRATICA CRIME DO ART. 12 DA LEI Nº 7.170/83. Isso porque não há, no presente caso, a motivação
política, que consiste no "dolo específico" (elemento subjetivo especial do tipo) exigido para a configuração dos crimes de
que trata a Lei de Segurança Nacional. Se o sujeito praticar uma conduta semelhante a esta, em tese, ele deverá responder
pelo crime do art. 16 do Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003). STF. Plenário. RC 1472/MG, Rel. Min. Dias Toffoli,
julgado em 25/5/2016.
(Transporte de granada sem motivação política não configura crime contra a segurança nacional)
Informativo 599, STJ - A conduta de portar granada de gás lacrimogêneo ou granada de gás de pimenta não se subsume
(amolda) ao delito previsto no art. 16, parágrafo único, III, da Lei nº 10.826/2003. Isso porque elas não se enquadram no
conceito de artefatos explosivos. STJ. 6ª Turma. REsp 1627028/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em
21/02/2017.
(Portar granada de gás lacrimogêneo ou de pimenta não configura crime do Estatuto do Desarmamento)
Informativo 577, STJ - Configura crime de contrabando (art. 334-A do CP) a importação de colete à prova de balas sem prévia
autorização do Comando do Exército. STJ. 6ª Turma. RHC 62.851-PR, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 16/2/2016.
Informativo 506, STJ - É atípica a conduta de possuir munição, seja de uso permitido ou restrito, sem autorização ou em
desconformidade com determinação legal ou regulamentar, no período abrangido pela abolitio criminis temporária
prevista no art. 30 da Lei n. 10.826/2003, na redação anterior à Lei n. 11.706/2008.

QUESTÕES GABARITADAS
01. Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2019 - PRF - Policial Rodoviário Federal - No item a seguir é
apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada considerando-se o Estatuto do
Desarmamento, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas.
Em uma operação da PRF, foram encontradas, no veículo de Sandro, munições de arma de fogo de uso permitido e, no
veículo de Eurípedes, munições de uso restrito. Nenhum deles tinha autorização para o transporte desses artefatos.
Nessa situação, considerando-se o previsto no Estatuto de Desarmamento, Sandro responderá por infração
administrativa e Eurípedes responderá por crime.

02. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE - 2018 - PC-SE - Delegado de Polícia - Julgue o item seguinte,
referente a crimes de trânsito e a posse e porte de armas de fogo, de acordo com a jurisprudência e legislação
pertinentes.
Situação hipotética: Um policial militar reformado foi preso em flagrante delito por portar arma de fogo de uso
permitido, sem autorização legal e sem o devido registro do armamento. Assertiva: Nessa situação, a autoridade policial
não poderá conceder fiança, porquanto o Estatuto do Desarmamento prevê que o fato de a arma não estar registrada
no nome do agente torna inafiançável o delito.

03. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE - 2018 - PC-SE - Delegado de Polícia - Julgue o item seguinte,
referente a crimes de trânsito e a posse e porte de armas de fogo, de acordo com a jurisprudência e legislação
pertinentes.
O porte de arma de fogo de uso permitido sem autorização, mas desmuniciada, não configura o delito de porte ilegal
previsto no Estatuto do Desarmamento, tendo em vista ser um crime de perigo concreto cujo objeto jurídico tutelado é
a incolumidade física.

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04. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal -
Julgue o item que se segue, relativos a execução penal, desarmamento, abuso de autoridade e evasão de dívidas.
O registro de arma de fogo na PF, mesmo após prévia autorização do SINARM, não assegura ao seu proprietário o
direito de portá-la.

05. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Provas: CESPE - 2018 - Polícia Federal - Perito Criminal Federal -
Conhecimentos Básicos - Todas as Áreas
Em cada item que segue, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Samuel disparou, sem querer, sua arma de fogo em via pública. Nessa situação, ainda que o disparo tenha sido de forma
acidental, culposamente, Samuel responderá pelo crime de disparo de arma de fogo, previsto no Estatuto do
Desarmamento.

06. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Ainda conforme o disposto no Estatuto do
Desarmamento, julgue o próximo item.
O mero disparo de arma de fogo nas adjacências de lugar habitado é crime punido com reclusão, estando seu autor
sujeito a um aumento de pena se for integrante dos órgãos elencados na lei.

07. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência - Ainda conforme o disposto
no Estatuto do Desarmamento, julgue o próximo item.
Comete crime o agente que deixa de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de dezoito anos de idade
se apodere de arma de fogo que esteja sob a sua posse, ainda que não haja consequências graves.

08. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência - À luz do disposto no Estatuto
do Desarmamento — Lei n.º 10.826/2003 —, julgue o item que se segue.
É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente, sendo o comando do Exército o responsável pelo
registro de armas de uso restrito.

09. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência - À luz do disposto no Estatuto
do Desarmamento — Lei n.º 10.826/2003 —, julgue o item que se segue.
Compete à Polícia Federal a autorização de porte de arma de fogo de uso permitido em todo território nacional, ao
Ministério da Justiça a autorização aos responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita ao Brasil e ao
comando do Exército a autorização para o porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e
caçadores e de representantes estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada no território nacional.

10. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência - À luz do disposto no Estatuto
do Desarmamento — Lei n.º 10.826/2003 —, julgue o item que se segue.
Os agentes operacionais da ABIN têm o direito de portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela
instituição, em todo o território nacional, desde que esteja em serviço

11. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Segurança
e Transporte - Considerando o que dispõe a Lei n.º 10.826/2003 — Estatuto do Desarmamento — sobre a posse e o
porte de armas de fogo e de munição para determinados servidores dos quadros de pessoas do Poder Judiciário, julgue
o item a seguir.
Os servidores que efetivamente exerçam função de segurança de tribunal terão direito de portar

12. Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2015 - STJ - Analista Judiciário - Administrativa ( Segurança ) Julgue o
próximo item, acerca do Estatuto do Desarmamento (Lei n.º 10.826/2003), da Resolução Conjunta CNJ/CNMP n.º
4/2014 e do Código Internacional Q.
O ato de montar ou desmontar uma arma de fogo, munição ou um acessório de uso restrito, sem autorização, no
exercício de atividade comercial constitui crime de comércio ilegal de arma de fogo, com a pena aumentada pela
metade.

13. Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: MPU Prova: CESPE - 2015 - MPU - Técnico do MPU - Segurança Institucional e
Transporte - Conhecimentos Específicos - Com referência ao Estatuto do Desarmamento, julgue o item subsecutivo.
Se uma pessoa for flagrada portando um punhal que tenha mais de 12 cm e dois gumes, ela poderá responder pelo
crime de porte ilegal de arma, previsto no Estatuto do Desarmamento.

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14. Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: MPU Prova: CESPE - 2015 - MPU - Técnico do MPU - Segurança Institucional e
Transporte - Conhecimentos Específicos - Com referência ao Estatuto do Desarmamento, julgue o item subsecutivo.
As armas das polícias militares deverão ser registradas no Sistema Nacional de Armas.

15. Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: DPE-PE Prova: CESPE - 2015 - DPE-PE - Defensor Público - Tales foi preso em flagrante
delito quando transportava, sem autorização legal ou regulamentar, dois revólveres de calibre 38 desmuniciados e com
numerações raspadas.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item que se segue, com base na jurisprudência dominante dos tribunais
superiores relativa a esse tema.
A apreensão das armas de fogo configurou concurso formal de crimes.

16. Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: DPE-PE Prova: CESPE - 2015 - DPE-PE - Defensor Público - Tales foi preso em flagrante
delito quando transportava, sem autorização legal ou regulamentar, dois revólveres de calibre 38 desmuniciados e com
numerações raspadas.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item que se segue, com base na jurisprudência dominante dos tribunais
superiores relativa a esse tema.
O fato de as armas apreendidas estarem desmuniciadas não tipifica o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de
uso restrito em razão da total ausência de potencial lesivo da conduta.

17. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: DPE-AC Prova: CESPE - 2017 - DPE-AC - Defensor Público - Com o intuito de assegurar
sua proteção pessoal, Jonas adquiriu, de maneira informal, uma arma de fogo de uso permitido, com numeração
raspada, e guardou-a no bar em que trabalha. Duas semanas depois, arrependido da aquisição, Jonas procurou a DP,
com o objetivo de resolver, juridicamente, essa situação e escapar das sanções cabíveis previstas na legislação
pertinente.
Nessa situação hipotética, considerando-se o entendimento dos tribunais superiores acerca do tema, o DP deverá
orientar Jonas a

a) Retornar ao local da aquisição imediatamente e requerer que o vendedor entregue recibo da compra e comprovação da
origem lícita da arma para que seja efetuado o seu registro.
b) Limpar suas digitais e descartar a arma imediatamente, uma vez que, de acordo com a lei, poderá ser preso em
flagrante, a qualquer momento, no local de trabalho.
c) Procurar a delegacia da cidade e proceder à entrega espontânea da arma, visto que esse ato é causa permanente de
exclusão de punibilidade.
d) Requerer a autorização para o porte da arma, por ser de uso permitido, e, posteriormente, apresentar a arma na
delegacia de polícia para regularização definitiva.
e) Comparecer à delegacia, uma vez que a posse de arma de fogo, de per si, constitui crime, sendo inviável, nesse caso, a
extinção da punibilidade, obtendo-se o benefício da confissão.

18. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Escrivão de Polícia - De acordo
com a Lei n° 10.826/03 (estatuto do desarmamento), o sujeito que for preso em via pública portando arma de fogo, que
não contém mecanismo de acionamento, terá sua conduta considerada como atípica em razão do instituto

a) Da legítima defesa.
b) Do crime impossível.
c) Do erro sobre elementos do tipo.
d) Da discriminante putativa.
e) Da relação de causalidade.

19. Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) -
Técnico Judiciário - Segurança - Um Técnico Judiciário Especialidade Segurança do Tribunal Regional do Trabalho está
portando uma arma de fogo durante o seu serviço e reclama com um amigo da periculosidade criminal de seu bairro,
dizendo estar propenso a manter-se com a arma mesmo após o cumprimento de sua escala, a fim de se deslocar até a
sua residência com segurança. Nessa situação, é correto afirmar que

a) Ele pode se manter com a arma, já que possui documento de porte funcional.
b) Ele poderá se deslocar com a arma da instituição porque seu bairro é perigoso.
c) Ele deverá entregar a arma na seção responsável do tribunal após o serviço, já que não possui autorização expressa
para carregá-la consigo para além das atividades funcionais.

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d) Mesmo entregando a arma, ele poderá ficar com o porte funcional para poder usar sua arma particular no
deslocamento.
e) Ele poderá deixar de dar saída formal de seu turno de serviço, justificando o deslocamento à sua residência armado.

20. Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) -
Técnico Judiciário - Segurança - A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território
nacional e após prévia autorização do SINARM (Sistema Nacional de Amas), é de competência de qual entidade?
a) Polícia Federal.
b) Polícia Rodoviária Federal.
c) Agência Brasileira de Inteligência.
d) Polícia Militar dos Estados-Federados.
e) Forças Armadas.

21. Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) -
Técnico Judiciário - Segurança - Segundo o Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), é proibido o porte de arma
de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para
a) Analistas do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
b) Deputados federais e Senadores da República.
c) Procuradores-Gerais dos Estados Federados.
d) Médicos legistas do Instituto Médico Legal.
e) Integrantes da Carreira de Auditoria-Fiscal do Trabalho.

22. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Delegado de Polícia - É correto afirmar a
respeito do crime de disparo de arma de fogo, previsto na Lei n o 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), que:
a) É inafiançável, de perigo abstrato e que não admite a suspensão condicional do processo.
b) Se trata de crime comum, de perigo abstrato e que não admite a suspensão condicional do processo.
c) Se trata de crime próprio, afiançável e que admite a suspensão condicional do processo.
d) Não admite a suspensão condicional do processo, é afiançável e trata-se de crime de mão-própria.
e) É inafiançável, de perigo concreto e que admite a suspensão condicional do processo.

23. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Investigador de Polícia - Assinale a alternativa
que possui um crime da Lei n° 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento) apenado com detenção.
a) Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
b) Disparo de arma de fogo.
c) Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
d) Comércio ilegal de arma de fogo.
e) Posse irregular de arma de fogo de uso permitido.

24. Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RJ Prova: VUNESP - 2016 - TJ-RJ - Juiz Substituto - Bonaparte, com o objetivo de
matar Wellington, aciona o gatilho com o objetivo de efetuar um disparo de arma de fogo na direção deste último.
Todavia, a arma não dispara na primeira tentativa. Momentos antes de efetuar uma segunda tentativa, Bonaparte ouve
“ao longe" um barulho semelhante a “sirenes" de viatura e, diante de tal fato, guarda a arma de fogo que carregava,
deixando o local calmamente, não sem antes proferir a seguinte frase a Wellington: “na próxima, eu te pego".
Momentos após, Bonaparte é abordado na rua por policiais e tem apreendida a arma de fogo por ele utilizada. A arma
de fogo era de uso permitido, estava registrada em nome de Bonaparte, mas este não possuía autorização para portá-
la. No momento da abordagem e apreensão, também foi constatado pelos policiais que a arma de fogo apreendida em
poder de Bonaparte estava sem munições, pois ele havia esquecido de municiá-la.
Diante dos fatos narrados e da atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que Bonaparte
poderá ser responsabilizado
a) Pelos crimes de ameaça e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido.
b) Pelos crimes de ameaça e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
c) Pelos crimes de homicídio tentado, ameaça e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
d) Pelo crime de ameaça, mas não poderá ser responsabilizado pelo crime de porte ilegal de arma de fogo em virtude da
arma estar desmuniciada no momento da apreensão.
e) Pelo crime de homicídio tentado, mas não poderá ser responsabilizado pelo crime de posse ilegal de arma de fogo em
virtude da arma estar desmuniciada no momento da apreensão.

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25. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil de 1a Classe - Sobre o
Estatuto do Desarmamento (Lei n o 10.826/2003), está correto afirmar que
a) A posse e guarda de arma de fogo no interior da residência ou no local de trabalho é autorizada, desde que a arma de
fogo seja de uso permitido.
b) O estatuto do desarmamento só regula condutas envolvendo armas de fogo de uso permitido
c) O artigo 14 do estatuto do desarmamento dispõe sobre o porte de arma de fogo de uso permitido e o artigo 16 da
mesma lei dispõe sobre o porte de arma de fogo de uso restrito.
d) O crime de disparo de arma de fogo previsto no artigo 15 do estatuto admite tanto a conduta dolosa (disparo
proposital), como culposa (disparo acidental).
e) O estatuto do desarmamento não pune o porte ou a posse de acessório ou munição para armas de fogo.

26. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Escrivão de Polícia Civil de 1a Classe -É
cominada pena de detenção aos seguintes crimes da Lei no 10.826/03:
a) Posse de arma de fogo de uso permitido e posse de arma de fogo de uso restrito.
b) Disparo de arma de fogo e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
c) Posse irregular de arma de fogo de uso permitido e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
d) Posse irregular de arma de fogo de uso permitido e omissão de cautela.
e) Disparo de arma de fogo e omissão de cautela.

27. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Delegado de Polícia Civil de 1a Classe - Com
relação ao Estatuto do Desarmamento, Lei n o 10.826/2003, assinale a alternativa correta.
a) É proibida a conduta de portar arma de fogo de uso permitido ou proibido, não se punindo, no estatuto, a conduta de
portar ou possuir acessório ou munição para arma de fogo.
b) O porte de arma de fogo com numeração raspada, previsto no parágrafo único, inciso IV, do artigo 16, refere-se tanto à
arma de fogo de uso permitido como à arma de fogo de uso proibido/restrito.
c) O artigo 16 prescreve que é proibido possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo de uso
permitido sem autorização legal.
d) O crime de disparo de arma de fogo, previsto no artigo 15 do estatuto, é autônomo, sendo que, na hipótese de o agente
tentar matar a vítima com disparos de arma de fogo, responderá por tentativa de homicídio e pelo crime de disparo de
arma de fogo em concurso material de delitos.
e) A vedação à concessão de fiança prevista no parágrafo único do artigo 15 (disparo de arma de fogo) foi declarada
constitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação direta de constitucionalidade.

28. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2018 - TJ-SC - Analista Jurídico - Em cumprimento de mandado de
busca e apreensão no local de trabalho de João, que era um estabelecimento comercial de sua propriedade e de
sociedade em que figurava como administrador e principal sócio, foram apreendidas duas armas de fogo, de calibre
permitido, com numeração aparente, devidamente municiadas. João esclareceu que tinha as armas para defesa
pessoal, apesar de não possuir autorização e nem registro das mesmas.
Diante disso, foi denunciado pela prática de dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido (art. 14 da Lei nº
10.826/03), em concurso material.
No momento de aplicar a sentença, o juiz deverá reconhecer que:
a) Ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da lei nº 10.826/03) em concurso material;
b) Ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da lei nº 10.826/03) em concurso formal;
c) Ocorreram dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso formal;
d) Ocorreu crime único de porte de arma de fogo de uso permitido, afastando-se o concurso de delitos;
e) Ocorreu crime único de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12, lei nº 10.826/03), afastando-se o concurso de
delitos.

29. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2018 - TJ-SC - Oficial de Justiça e Avaliador - Jorge recebeu mandado
de citação em ação penal para cumprimento em localidade violenta da cidade em que atuava. Temendo por sua
integridade física, compareceu ao local para cumprimento da diligência em seu próprio carro, levando escondido no
porta-luvas duas armas de fogo diferentes de uso permitido. Ocorre que Jorge foi abordado por policiais militares,
sendo as armas de fogo encontradas e apreendidas, além de ser verificado que ele não possuía autorização para portar
aquele material bélico.
De acordo com a jurisprudência majoritária do Superior Tribunal de Justiça, a conduta de Jorge:
a) Configura dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso formal;
b) Configura dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso material;

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c) Está amparada pela causa de exclusão da culpabilidade de inexigibilidade de conduta diversa;


d) Está amparada pela causa de exclusão da ilicitude de legítima defesa;
e) Configura crime único de porte de arma de fogo de uso permitido.

30. Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: CODEBA Prova: FGV - 2016 - CODEBA - Guarda Portuário -De acordo com o Estatuto do
Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), assinale a afirmativa correta.
a) A aquisição de munição no calibre correspondente à arma registrada é ilimitada, mas, em outro calibre, a quantidade
deve ser registrada.
b) A empresa que comercializa arma de fogo em território nacional é obrigada a comunicar a venda à autoridade
competente.
c) A empresa que comercializa armas de fogo e acessórios responde legalmente por essas mercadorias que, mesmo
depois de vendidas, ficam registradas como de sua propriedade.
d) A empresa que comercializa arma de fogo em território nacional está desobrigada a manter banco de dados com as
características das armas vendidas.
e) A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas obedece à lei da oferta e da procura e
de autorização do SINARM.

GABARITO

1. E 6. C 11. E 16. E 21. E 26. D


2. E 7. C 12. C 17. C 22. B 27. B
3. E 8. C 13. E 18. B 23. E 28. E
4. C 9. C 14. E 19. C 24. B 29. E
5. E 10. E 15. E 20. A 25. C 30. B
Legislação.

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI No 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003.


Regulamento
Regulamento
Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de
Regulamento
fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas –
Regulamento
Sinarm, define crimes e dá outras providências.
Regulamento
Regulamento
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS
Art. 1o O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem
circunscrição em todo o território nacional.
Art. 2o Ao Sinarm compete:
I – identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro;
II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País;
III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela Polícia Federal;
IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os dados
cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de empresas de segurança privada e de transporte de valores;
V – identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de arma de fogo;

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VI – integrar no cadastro os acervos policiais já existentes;


VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais;
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a atividade;
IX – cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e importadores autorizados de armas de
fogo, acessórios e munições;
X – cadastrar a identificação do cano da arma, as características das impressões de raiamento e de microestriamento de projétil
disparado, conforme marcação e testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante;
XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de porte de
armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro atualizado para consulta.
Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, bem como as
demais que constem dos seus registros próprios.
CAPÍTULO II
DO REGISTRO
Art. 3o É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento desta
Lei.
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender aos
seguintes requisitos:
I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça
Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser
fornecidas por meios eletrônicos; (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
II – apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa;
III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma
disposta no regulamento desta Lei.
§ 1o O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos anteriormente estabelecidos, em
nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível esta autorização.
§ 2o A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma registrada e na quantidade
estabelecida no regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 3o A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada a comunicar a venda à autoridade
competente, como também a manter banco de dados com todas as características da arma e cópia dos documentos previstos neste
artigo.
§ 4o A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde legalmente por essas mercadorias, ficando
registradas como de sua propriedade enquanto não forem vendidas.
§ 5o A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente será efetivada mediante
autorização do Sinarm.
§ 6o A expedição da autorização a que se refere o § 1o será concedida, ou recusada com a devida fundamentação, no prazo de
30 (trinta) dias úteis, a contar da data do requerimento do interessado.
§ 7o O registro precário a que se refere o § 4o prescinde do cumprimento dos requisitos dos incisos I, II e III deste artigo.
§ 8o Estará dispensado das exigências constantes do inciso III do caput deste artigo, na forma do regulamento, o interessado
em adquirir arma de fogo de uso permitido que comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas características daquela a
ser adquirida. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a
manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de
trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa. (Redação dada pela Lei nº
10.884, de 2004)
§ 1o O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do Sinarm.
§ 2o Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art. 4 o deverão ser comprovados periodicamente, em período não
inferior a 3 (três) anos, na conformidade do estabelecido no regulamento desta Lei, para a renovação do Certificado de Registro de
Arma de Fogo.
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§ 3o O proprietário de arma de fogo com certificados de registro de propriedade expedido por órgão estadual ou do Distrito
Federal até a data da publicação desta Lei que não optar pela entrega espontânea prevista no art. 32 desta Lei deverá renová-lo
mediante o pertinente registro federal, até o dia 31 de dezembro de 2008, ante a apresentação de documento de identificação
pessoal e comprovante de residência fixa, ficando dispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigências
constantes dos incisos I a III do caput do art. 4o desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) (Prorrogação de prazo)
§ 4o Para fins do cumprimento do disposto no § 3o deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá obter, no
Departamento de Polícia Federal, certificado de registro provisório, expedido na rede mundial de computadores - internet, na
forma do regulamento e obedecidos os procedimentos a seguir: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
I - emissão de certificado de registro provisório pela internet, com validade inicial de 90 (noventa) dias; e (Incluído pela Lei
nº 11.706, de 2008)
II - revalidação pela unidade do Departamento de Polícia Federal do certificado de registro provisório pelo prazo que estimar
como necessário para a emissão definitiva do certificado de registro de propriedade. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se residência ou domicílio toda a
extensão do respectivo imóvel rural. (Incluído pela Lei nº 13.870, de 2019)
CAPÍTULO III
DO PORTE
Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e
para:
I – os integrantes das Forças Armadas;
II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144 da Constituição Federal e os da Força
Nacional de Segurança Pública (FNSP); (Redação dada pela Lei nº 13.500, de 2017)
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil)
habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei; (Vide ADIN 5538) (Vide ADIN 5948)
IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 (cinqüenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos
mil) habitantes, quando em serviço; (Redação dada pela Lei nº 10.867, de 2004) (Vide ADIN 5538) (Vide ADIN 5948)
V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança do Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência da República; (Vide Decreto nº 9.685, de 2019)
VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal;
VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas
portuárias;
VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos desta Lei;
IX – para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades esportivas demandem o uso de
armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a legislação ambiental.
X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal
e Analista Tributário. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e dos
Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de
segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério
Público - CNMP. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 1o As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput deste artigo terão direito de portar arma de fogo de propriedade
particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, nos termos do regulamento desta Lei,
com validade em âmbito nacional para aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 1o-A (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais poderão portar arma de fogo de propriedade
particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, desde que estejam: (Incluído pela Lei
nº 12.993, de 2014)
I - submetidos a regime de dedicação exclusiva; (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
II - sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento; e (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno. (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)

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§ 1º-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)


§ 2o A autorização para o porte de arma de fogo aos integrantes das instituições descritas nos incisos V, VI, VII e X do caput
deste artigo está condicionada à comprovação do requisito a que se refere o inciso III do caput do art. 4o desta Lei nas condições
estabelecidas no regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 3o A autorização para o porte de arma de fogo das guardas municipais está condicionada à formação funcional de seus
integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial, à existência de mecanismos de fiscalização e de controle interno,
nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei, observada a supervisão do Ministério da Justiça. (Redação dada pela Lei
nº 10.884, de 2004)
§ 4o Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais e estaduais e do Distrito Federal, bem como os militares dos
Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito no art. 4 o, ficam dispensados do cumprimento do disposto nos incisos
I, II e III do mesmo artigo, na forma do regulamento desta Lei.
§ 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma de
fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria
caçador para subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre
igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser
anexados os seguintes documentos: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
I - documento de identificação pessoal; (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
II - comprovante de residência em área rural; e (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
III - atestado de bons antecedentes. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 6o O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente de outras tipificações penais,
responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso permitido. (Redação dada pela Lei nº
11.706, de 2008)
§ 7o Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram regiões metropolitanas será autorizado porte de
arma de fogo, quando em serviço. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança privada e de transporte de valores,
constituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente podendo ser
utilizadas quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão
competente, sendo o certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome da empresa.
§ 1o O proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança privada e de transporte de valores responderá pelo crime
previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei, sem prejuízo das demais sanções administrativas e civis, se deixar de registrar
ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de fogo, acessórios e
munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato.
§ 2o A empresa de segurança e de transporte de valores deverá apresentar documentação comprobatória do preenchimento
dos requisitos constantes do art. 4o desta Lei quanto aos empregados que portarão arma de fogo.
§ 3o A listagem dos empregados das empresas referidas neste artigo deverá ser atualizada semestralmente junto ao Sinarm.
Art. 7o-A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das instituições descritas no inciso XI do art. 6 o serão de propriedade,
responsabilidade e guarda das respectivas instituições, somente podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo estas observar
as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e a autorização de
porte expedidos pela Polícia Federal em nome da instituição. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 1o A autorização para o porte de arma de fogo de que trata este artigo independe do pagamento de taxa. (Incluído
pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 2o O presidente do tribunal ou o chefe do Ministério Público designará os servidores de seus quadros pessoais no exercício
de funções de segurança que poderão portar arma de fogo, respeitado o limite máximo de 50% (cinquenta por cento) do número
de servidores que exerçam funções de segurança. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 3o O porte de arma pelos servidores das instituições de que trata este artigo fica condicionado à apresentação de
documentação comprobatória do preenchimento dos requisitos constantes do art. 4 o desta Lei, bem como à formação funcional em
estabelecimentos de ensino de atividade policial e à existência de mecanismos de fiscalização e de controle interno, nas condições
estabelecidas no regulamento desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 4o A listagem dos servidores das instituições de que trata este artigo deverá ser atualizada semestralmente no Sinarm.
(Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)

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§ 5o As instituições de que trata este artigo são obrigadas a registrar ocorrência policial e a comunicar à Polícia Federal
eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua guarda,
nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
Art. 8o As armas de fogo utilizadas em entidades desportivas legalmente constituídas devem obedecer às condições de uso e de
armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, respondendo o possuidor ou o autorizado a portar a arma pela sua guarda na
forma do regulamento desta Lei.
Art. 9o Compete ao Ministério da Justiça a autorização do porte de arma para os responsáveis pela segurança de cidadãos
estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao Comando do Exército, nos termos do regulamento desta Lei, o registro e a
concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e caçadores e de representantes estrangeiros em
competição internacional oficial de tiro realizada no território nacional.
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da
Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
§ 1o A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida com eficácia temporária e territorial limitada, nos termos de atos
regulamentares, e dependerá de o requerente:
I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade física;
II – atender às exigências previstas no art. 4o desta Lei;
III – apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro no órgão competente.
§ 2o A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso o portador dela
seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas.
Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores constantes do Anexo desta Lei, pela prestação de serviços relativos:
I – ao registro de arma de fogo;
II – à renovação de registro de arma de fogo;
III – à expedição de segunda via de registro de arma de fogo;
IV – à expedição de porte federal de arma de fogo;
V – à renovação de porte de arma de fogo;
VI – à expedição de segunda via de porte federal de arma de fogo.
§ 1o Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e à manutenção das atividades do Sinarm, da Polícia Federal e do Comando
do Exército, no âmbito de suas respectivas responsabilidades.
§ 2o São isentas do pagamento das taxas previstas neste artigo as pessoas e as instituições a que se referem os incisos I a VII e
X e o § 5o do art. 6o desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 11-A. O Ministério da Justiça disciplinará a forma e as condições do credenciamento de profissionais pela Polícia Federal
para comprovação da aptidão psicológica e da capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo. (Incluído pela Lei nº
11.706, de 2008)
§ 1o Na comprovação da aptidão psicológica, o valor cobrado pelo psicólogo não poderá exceder ao valor médio dos
honorários profissionais para realização de avaliação psicológica constante do item 1.16 da tabela do Conselho Federal de
Psicologia. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 2o Na comprovação da capacidade técnica, o valor cobrado pelo instrutor de armamento e tiro não poderá exceder R$ 80,00
(oitenta reais),acrescido do custo da munição. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 3o A cobrança de valores superiores aos previstos nos §§ 1o e 2o deste artigo implicará o descredenciamento do profissional
pela Polícia Federal. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
CAPÍTULO IV
DOS CRIMES E DAS PENAS
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde
que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Omissão de cautela
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Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de
deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte de
valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de
extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de
ocorrido o fato.
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do
agente. (Vide Adin 3.112-1)
Disparo de arma de fogo
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a
ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. (Vide Adin 3.112-1)
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito,
sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou
para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar;
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de
identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou
adolescente; e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
Comércio ilegal de arma de fogo
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar,
vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou
industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de
serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência.
Tráfico internacional de arma de fogo
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou
munição, sem autorização da autoridade competente:
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

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Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem
de uso proibido ou restrito.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se forem praticados por integrante
dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 8o desta Lei.
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória. (Vide Adin 3.112-1)
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios com os Estados e o Distrito Federal para o cumprimento do disposto
nesta Lei.
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e demais produtos controlados, de usos
proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico serão disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo Federal,
mediante proposta do Comando do Exército. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 1o Todas as munições comercializadas no País deverão estar acondicionadas em embalagens com sistema de código de
barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do fabricante e do adquirente, entre outras informações definidas pelo
regulamento desta Lei.
§ 2o Para os órgãos referidos no art. 6o, somente serão expedidas autorizações de compra de munição com identificação do
lote e do adquirente no culote dos projéteis, na forma do regulamento desta Lei.
§ 3o As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da data de publicação desta Lei conterão dispositivo intrínseco de
segurança e de identificação, gravado no corpo da arma, definido pelo regulamento desta Lei, exclusive para os órgãos previstos no
art. 6o.
§ 4o As instituições de ensino policial e as guardas municipais referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6 o desta Lei e no seu
§ 7o poderão adquirir insumos e máquinas de recarga de munição para o fim exclusivo de suprimento de suas atividades, mediante
autorização concedida nos termos definidos em regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao Comando do Exército autorizar e fiscalizar a
produção, exportação, importação, desembaraço alfandegário e o comércio de armas de fogo e demais produtos controlados,
inclusive o registro e o porte de trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores.
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais
interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exército, no prazo de até 48 (quarenta
e oito) horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do regulamento desta
Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 1o As armas de fogo encaminhadas ao Comando do Exército que receberem parecer favorável à doação, obedecidos o
padrão e a dotação de cada Força Armada ou órgão de segurança pública, atendidos os critérios de prioridade estabelecidos pelo
Ministério da Justiça e ouvido o Comando do Exército, serão arroladas em relatório reservado trimestral a ser encaminhado àquelas
instituições, abrindo-se-lhes prazo para manifestação de interesse. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 1º-A. As armas de fogo e munições apreendidas em decorrência do tráfico de drogas de abuso, ou de qualquer forma
utilizadas em atividades ilícitas de produção ou comercialização de drogas abusivas, ou, ainda, que tenham sido adquiridas com
recursos provenientes do tráfico de drogas de abuso, perdidas em favor da União e encaminhadas para o Comando do Exército,
devem ser, após perícia ou vistoria que atestem seu bom estado, destinadas com prioridade para os órgãos de segurança pública e
do sistema penitenciário da unidade da federação responsável pela apreensão. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 2o O Comando do Exército encaminhará a relação das armas a serem doadas ao juiz competente, que determinará o seu
perdimento em favor da instituição beneficiada. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 3o O transporte das armas de fogo doadas será de responsabilidade da instituição beneficiada, que procederá ao seu
cadastramento no Sinarm ou no Sigma. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§5o O Poder Judiciário instituirá instrumentos para o encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se trate de arma de
uso permitido ou de uso restrito, semestralmente, da relação de armas acauteladas em juízo, mencionando suas características e o
local onde se encontram. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas de
fogo, que com estas se possam confundir.
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção de
usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do Exército.

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Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar, excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso restrito.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às aquisições dos Comandos Militares.
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades
constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6o desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 29. As autorizações de porte de armas de fogo já concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) dias após a publicação desta
Lei. (Vide Lei nº 10.884, de 2004)
Parágrafo único. O detentor de autorização com prazo de validade superior a 90 (noventa) dias poderá renová-la, perante a
Polícia Federal, nas condições dos arts. 4o, 6o e 10 desta Lei, no prazo de 90 (noventa) dias após sua publicação, sem ônus para o
requerente.
Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma de fogo de uso permitido ainda não registrada deverão solicitar seu registro
até o dia 31 de dezembro de 2008, mediante apresentação de documento de identificação pessoal e comprovante de residência
fixa, acompanhados de nota fiscal de compra ou comprovação da origem lícita da posse, pelos meios de prova admitidos em direito,
ou declaração firmada na qual constem as características da arma e a sua condição de proprietário, ficando este dispensado do
pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigências constantes dos incisos I a III do caput do art. 4o desta Lei.
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) (Prorrogação de prazo)
Parágrafo único. Para fins do cumprimento do disposto no caput deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá obter, no
Departamento de Polícia Federal, certificado de registro provisório, expedido na forma do § 4 o do art. 5o desta Lei. (Incluído
pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 31. Os possuidores e proprietários de armas de fogo adquiridas regularmente poderão, a qualquer tempo, entregá-las à
Polícia Federal, mediante recibo e indenização, nos termos do regulamento desta Lei.
Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma de fogo poderão entregá-la, espontaneamente, mediante recibo, e,
presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na forma do regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual posse irregular
da referida arma. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme especificar o
regulamento desta Lei:
I – à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente, por qualquer
meio, faça, promova, facilite ou permita o transporte de arma ou munição sem a devida autorização ou com inobservância das
normas de segurança;
II – à empresa de produção ou comércio de armamentos que realize publicidade para venda, estimulando o uso indiscriminado
de armas de fogo, exceto nas publicações especializadas.
Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com aglomeração superior a 1000 (um mil) pessoas, adotarão, sob pena
de responsabilidade, as providências necessárias para evitar o ingresso de pessoas armadas, ressalvados os eventos garantidos pelo
inciso VI do art. 5o da Constituição Federal.
Parágrafo único. As empresas responsáveis pela prestação dos serviços de transporte internacional e interestadual de
passageiros adotarão as providências necessárias para evitar o embarque de passageiros armados.
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades
previstas no art. 6o desta Lei.
§ 1o Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em outubro
de 2005.
§ 2o Em caso de aprovação do referendo popular, o disposto neste artigo entrará em vigor na data de publicação de seu
resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 36. É revogada a Lei no 9.437, de 20 de fevereiro de 1997.
Art. 37. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 22 de dezembro de 2003; 182o da Independência e 115o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Márcio Thomaz Bastos

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José Viegas Filho


Marina Silva
Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.12.2003
ANEXO
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
TABELA DE TAXAS
ATO ADMINISTRATIVO R$
I - Registro de arma de fogo:
- até 31 de dezembro de 2008 Gratuito
(art. 30)
- a partir de 1o de janeiro de 2009 60,00
II - Renovação do certificado de registro de arma de fogo:
Gratuito
- até 31 de dezembro de 2008 (art. 5o, § 3o)

- a partir de 1o de janeiro de 2009 60,00


III - Registro de arma de fogo para empresa de segurança privada e de transporte 60,00
de valores
IV - Renovação do certificado de registro de arma de fogo para empresa de
segurança privada e de transporte de valores:

- até 30 de junho de 2008 30,00

- de 1o de julho de 2008 a 31 de outubro de 2008 45,00

- a partir de 1o de novembro de 2008 60,00


V - Expedição de porte de arma de fogo 1.000,00
VI - Renovação de porte de arma de fogo 1.000,00
VII - Expedição de segunda via de certificado de registro de arma de fogo 60,00
VIII - Expedição de segunda via de porte de arma de fogo 60,00
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