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- Pedagoga. Escritora Afrofuturista. Pesquisadora. Orientadora de Pesquisa temporária CCBJ/Ceará. Site:
https://brasil2408.com.br/
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- Egito: História Antiga da Filosofia Africana, de Théophile Obenga. Disponível em < https://filosofia-
africana.weebly.com/uploads/1/3/2/1/13213792/obengat._egito_hist%C3%B3ria_antiga_da_filosofia_a
fricana_2004.pdf >.
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- Théophile Obenga - discípulo e amigo de Cheikh Anta Diop, Obenga tem defendido uma perspectiva
da história africana reorientada para as preocupações dos investigadores e intelectuais africanos.
Egiptólogo, filosofo, historiador, etc. Atualmente, Obenga é professor na San Francisco State University,
na Califórnia/EUA, onde dirige também o Departamento de Estudos Africanos. É ainda o Diretor da revista
ANKH – Revista é Egiptologia e das Civilizações Africanas. Obenga está indiscutivelmente entre os grandes
intelectuais africanos contemporâneos.
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- Amenemope, o Escriba, filho de Kanakht, escreve um dos mais simples exemplos da filosofia ética
egípcia antiga. As Instruções, ou Seboyet, frequentemente referidas como Sabedoria, foram escritas
durante o século 10a.C. e representam a culminação de muitas ideias filosóficas e humanísticas.
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- Aparecida Sueli Carneiro é uma filósofa, escritora e ativista antirracismo do movimento social negro
brasileiro. Sueli Carneiro é fundadora e atual diretora do Geledés — Instituto da Mulher Negra e
considerada uma das principais autoras do feminismo negro no Brasil
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No âmbito dos estudos Africana e da afrocentricidade, o termo “africano” se refere aos
afrodescendentes e a seu legado amplo no continente e na diáspora em qualquer parte do mundo. Nessa
concepção não entra o entendimento de estar deslocado ou centrado.
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UNIPERIFERIAS - IMJA 2021 - Lu Ain-Zaila
Sankofia: epistemologias Negras em Foco
(Txt – Grupo de Estudos Baixada fluminense)
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- No contexto de ser parte de um povo.
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- Filosofias Africanas: no ensaio trato tanto da kemética, Dogon, kwaida, ubuntu. São inúmeras e as
reconhecemos na análise do cotidiano dos povos negros em África e diáspora.
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UNIPERIFERIAS - IMJA 2021 - Lu Ain-Zaila
Sankofia: epistemologias Negras em Foco
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- Afrofuturismo, movimento em vias de ser global. Tem início em 1960, mas se firma em 1990
inicialmente através da literatura especulativa negra. É um movimento estético-político e o primeiro
movimento pan-africanista deflagrado por pessoas negras em todos os continentes. É uma experiência
revolucionária que implica na arte de todas as formas e do pensamento negro por um olhar realmente
negro. É uma proposta de reordenação para as pessoas negras a partir de seus próprios meios. Seu
coração é a afrocentricidade. Primeiros aurores BR: Fábio Kabral, Lu Ain-Zaila, Waldson Souza.
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- No contexto de autoconhecimento, onde que é faz sentido como um todo.
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UNIPERIFERIAS - IMJA 2021 - Lu Ain-Zaila
Sankofia: epistemologias Negras em Foco
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africanos, onde dimensões fazem parte natural de quem somos, entre o visível
e o invisível, então estamos nos movendo em circularidade, onde presente
passado e futuro se esbarram construindo quem somos a cada passo desde
muito longe. Há filosofias africanas aqui.
E também é interessante ir percebendo como tudo parece convergir para
nos levar de volta à nossa essência de pessoa negra, a partir do momento em
nos vemos como uma pessoa entendendo a sua centralidade/localização, ou
melhor, a reconstituindo a partir de uma agência de pensamento11 que a nutri de
forma favorável.
Mas, algo que supera saber como tudo começou é saber quem se é
enquanto caminha e o que verá ao olhar para trás antes do último passo. Essa
é uma questão e exercício filosófico (Rekhet/Cardiografia12) sobre o que significa
filosofar a si e sua relação de observação e interação com tudo e todes ao redor.
E eu realmente me perco nesses pensamentos, como por exemplo... é
interessante pensar em como esquecemos do primeiro passo, mas dificilmente
da coletividade que ele carrega. Me lembro da estante de livros de autores
negros, dos que tive a honra de ouvir, das pessoas que conheci, dos eventos
onde apresentei pesquisa acadêmica, de homenagens, lançamentos, de toda a
espécie de encontros, mas não lembro claramente das conversas, o que não
significa que não tenha aprendido. Pelo contrário, sei e posso falar de muita
coisa, emaranhar esses conhecimentos de forma muito tranquila, mas
dificilmente seria capaz de cataloga-los de forma mecânica. E o que isso significa
para uma pessoa negra pesquisadora ou em caminhada a ser? Acredito que tem
a ver com o aprendizado sobre a natureza das coisas, como bem diz a filosofia
africana.
Tudo isso, novamente nos leva ao ato de pensar o que é ser um
pesquisador, pesquisadora se formando, entre o contato, a observação e a
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- africana – significa estar centrado por perspectivas negras. Toda a sua elaboração e modo de ver o
mundo é reorientado pelo conhecimento africano, nos termos globais da palavra.
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- Amenemope, o coração e a filosofia, ou a cardiografia (do pensamento), de Renato Noguera, revista
Semna – Estudos de Egiptologia II (2015). Disponível em: https://seshat.museunacional.ufrj.br/wp-
content/uploads/2019/12/Semna-%E2%80%93-Estudos-de-Egiptologia-II-2019_02_28-17_14_54-
UTC_compressed.pdf
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UNIPERIFERIAS - IMJA 2021 - Lu Ain-Zaila
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