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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

UNIDADE ORGÂNICA DE CHIMOIO

AS CLASSES DAS PALAVRAS

Autora:

Alice Mashanda

LICENCIATURA EM ENSINO DE INGLÊS

Chimoio

Setembro de 2021
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

UNIDADE ORGÂNICA DE CHIMOIO

AS CLASSES DAS PALAVRAS

ORIENTADORA:

SUZANA CUDZICA

REALIZADO POR:

ALICE MASHANDA

LICENCIATURA EM ENSINO DE INGLÊS

Chimoio

Setembro de 2021
ÍNDICE

Conteúdo

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.................................................................................................. 1

1.1Contextualizaco ................................................................................................................. 1

1.1 Objectivos .................................................................................................................... 2

1.1.1 Geral ..................................................................................................................... 2

1.1.2 Específicos ............................................................................................................ 2

1.2 Metodologia ...................................................................................................................... 2

1.3 Estrutura do trabalho ......................................................................................................... 2

CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................ 3

2.1 Classes das palavras .......................................................................................................... 3

2.1.1 Substantivos ................................................................................................................... 4

2.1.2 Adjectivo .................................................................................................................... 7

2.1.3 O Advérbio ............................................................................................................... 10

2.1.4 Verbos ................................................................................................................. 13

CAPÍTULO III: CONCLUSÃO ............................................................................................... 17

CAPÍTULO IV: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 18


CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.1Contextualizaco

Reconhecemos que cada ciência, cada área do conhecimento, tem seu próprio conjunto de
termos para se referir aos objectos de seu campo. Assim, a actividade de nomear, de dar um
nome às coisas, é “uma actividade constitutiva da relação entre o homem e o mundo, e,
simbolicamente, esteve presente desde a inauguração dessas relações, quando „o homem foi
chamado a dar nomes às coisas‟”. (Antunes, 2007, p. 77).

De acordo com Ilari e Basso (2011), “o estudo das classes de palavras nasce da constatação de
que há em toda a língua conjuntos numerosos de palavras que possuem as mesmas propriedades
morfológicas e sintácticas e, portanto, podem ser descritas da mesma maneira” (p. 108). E
ainda, conforme Perini (1991), “o objectivo da separação das palavras em classes é permitir a
descrição económica e coerente de seu comportamento gramatical” (p.74), ou seja, facilitar o
trabalho de descrição da língua pelo gramático.

As nomenclaturas, de modo geral, ampliam a possibilidade de uma comunicação mais coerente,


ajustada ao contexto de produção, pois possibilitam que as unidades ou funções da língua sejam
designadas pelos seus nomes correspondentes. Para Basílio (2009), as classes de
palavras são de crucial importância na descrição de uma língua porque expressampropriedades
gerais das palavras: “é impossível descrever os mecanismos gramaticais mais óbvios, como a
concordância de género e número do artigo com o substantivo, se não determinarmos o que é
substantivo e artigo” (p. 21).

Evidentemente, as palavras podem ser classificadas de diversas maneiras. De fato há várias


classificações na gramática, podemos classificar palavras quanto à acentuação em átonas ou
tónicas, e as tónicas, por sua vez, podem ser classificadas quanto à posição na sílaba em
oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas. Todavia, o que chamamos de classes de palavras
corresponde a uma classificação específica, a partir de critérios lexicais ou gramaticais. Segundo
Perini (2010), existe uma confusão entre classe e função: “o problema se
manifesta com frequência em afirmações de que elementos de determinada classe“funcionam”
como se pertencessem a outra classe em determinado contexto” (p. 290).

O presente artigo objectiva-se em compreender as classes das palavras.

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1.1 Objectivos
1.1.1 Geral

 Compreender as classes das palavras.

1.1.2 Específicos

 Conceituar os substantivos, verbos, adjectivos e advérbios;


 Classificar os substantivos, verbos, adjectivos e os advérbios;
 Caracterizar a flexão dos substantivos, verbos, adjectivos e os advérbios.

1.2 Metodologia

De acordo com Furlanetti e Nogueira (2013), a metodologia é a sequência dos procedimentos


que são fundamentais para descrever a forma como será elaborado a pesquisa, em razão de que
responderá como é possível atingir as metas estabelecidas. Assim sendo, metodologia exibe o
universo em que é feito a pesquisa, o tipo, o método de análise e qual instrumento utilizado para
a colecta de dados para realizar a pesquisa.

A pesquisa bibliográfica foi elaborada por meio de livros, internet, artigos já publicados, de
maneira qualitativa, em que é um estudo não-estatístico. Segundo Vergara (2016), os dados
qualitativos são codificados, analisados e expostos de maneira mais estruturada. As pesquisas
bibliográficas contribuirão para compreensão dos possíveis encalces relacionados a Didáctica
Geral. O material foi colectado nas bases electrónicas de Google académico e SciELO. Foram
seleccionados os periódicos com textos completos, na área a fim.

1.3 Estrutura do trabalho

O presente trabalho está organizado em capítulos, com isso para uma melhor ilustração segue
abaixo o resumo da estrutura: Capitulo I: Introdução contendo os objectivos, a estrutura do
trabalho e Metodologia; Capitulo II: Revisão da Literatura; Capitulo III: Considerações
finais; Capitulo IV: Referências Bibliográficas (segundo a regra de APA).

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CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Classes das palavras

Segundo Pinilla (2011), o estudo das classes de palavras está presente desde as primeiras séries
da vida escolar e continua sendo o assunto principal e dos mais estudados nas aulas de
português, tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio. “A partir de consultas a
programas escolares e a livros didácticos, nota-se que, muitas vezes, o estudo das classes se
restringe a um conhecimento da nomenclatura apenas” (p. 169).

Em relação à questão das classes de palavras, Neves (2010) afirma que se o objectivo principal
do ensino da gramática é o uso adequado da língua, não tem sentido a dedicação quase exclusiva
ao próprio reconhecimento e catalogação das classes de palavras.

Não há
razão para o ensino da gramática desligado do desenvolvimento das habilidades ecompetências
de leitura, da escrita e da oralidade, sobretudo no ensino fundamental. Talvez no nível médio
fosse mais adequado aprofundar a reflexão sobre a língua, visto que os alunos já teriam um
domínio maior do sistema linguístico.

As classes de palavras são vistas como elementos que, isolados em uma forma
visível (palavras), devem também ser analisados enquanto elementos isolados,desvinculados da
própria linguagem; o fato de se destacarem de textos as palavras (como os professores insistem
em destacar que fazem) em nada muda a questão, já que, destacadas do texto, as palavras
assumem uma autonomia que as torna como peças avulsas, não pertencentes a um sistema
amarrado, que provê para elas funções complementares entre si, embora com zonas de
intersecção (Neves, 2010, p. 66).

Enfim, a reflexão sobre a estrutura e o funcionamento da língua é importante e deve ter seu lugar
na escola, pois permitirá ao aluno, no momento certo, desenvolver sua habilidade intelectual de
produzir conhecimento. “Mas não são regras; não regem esse ou aquele padrão. Não implicam,
portanto, competências para alguém falar e escrever melhor, como acreditam alguns que
ensinam essa 'gramática'” (Antunes, 2007, p. 78)

Contudo existem dez classes gramaticais são:

(i) Variáveis:
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1) Substantivo;
2) Artigo;
3) Adjectivo;
4) Numeral;
5) Pronome;
6) Verbo.

(ii) Invariáveis:

1) Advérbio;
2) Preposição;
3) Conjunção;
4) Interjeição.

Para o presente trabalho foram desenvolvidas as seguintes classes de palavras:

a. Os substantivos;
b. Adjectivos;
c. Verbos;
d. Advérbios.

2.1.1 Substantivos

2.1.1.1 Conceito

Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical que nomeia
os seres:

 Objectos: O avião chegou.


 Pessoas: João vai estudar.
 Lugares: Moro em Campinas.
 Sentimentos: O amor nos engrandece.
 Estados: Todos necessitam de alegria.
 Qualidades: A honestidade é essencial.
 Acções: A pescaria foi divertida.
 Fenómenos da natureza: Chuva é importante.

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2.1.1.2 Classificação dos substantivos

1. Primitivo: palavras que não derivam de outras. Ex.: flor, pedra, moto, jardim.
2. Derivado: vem de outra palavra existente na língua. O substantivo que dá origem ao
derivado (substantivo primitivo) é denominado radical. Ex: floreira, pedreira, motorista,
jardineiro.
3. Simples: tem apenas um radical. Ex: água, couve, sol
4. Composto: tem dois ou mais radicais. Ex: água-de-cheiro, couve-flor, girassol, lança-
perfume.
5. Concreto: designa seres que existem ou que podem existir por si só. Ex: casa, cadeira.
Também são concretos os substantivos que nomeiam divindades (Deus, anjos, almas) e
seres fantásticos (fada, duende), pois, existentes ou não são sempre considerados como
seres com vida própria.
6. Abstracto: designa idéias ou conceitos, cuja existência está vinculada a alguém ou a
alguma outra coisa. Ex: justiça, amor, trabalho, etc.
7. Comum: denomina um conjunto de seres de maneira geral, ou seja, um ser sem
diferenciar dos outros do mesmo conjunto. Ex: lobo, pizza, mascara.
8. Próprio: denota um elemento individual que tenha um nome próprio dentro de um
conjunto, sendo grafado sempre com letra maiúscula. Ex: Pedro, Fernanda, Giovanna,
Portugal, Brasília, Fusca.
9. Colectivo: um substantivo colectivo designa um nome singular dado a um conjunto de
seres. No entanto, vale ressaltar que não se trata necessariamente de quaisquer seres
daquela espécie. Alguns exemplos: cardume (de peixes), arquipélago (de ilhas) alcatéia
(de lobos).

2.1.1.3 Flexão do substantivo

Quanto ao género

Os substantivos flexionam-se nos géneros masculino e feminino e quanto às formas, podem ser:

1. Substantivos biformes: apresentam duas formas originadas do mesmo radical.


Exemplos: menino - menina, traidor - traidora, aluno - aluna.
2. Substantivos heterónimos: apresentam radicais distintos e dispensam artigo ou flexão
para indicar género, ou seja, apresenta duas forma uma para o feminino e outra para o

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masculino. Exemplos: arlequim - colombina, arcebispo - arquiepiscopisa, bispo -
episcopisa, bode - cabra.

Substantivos uniformes: apresentam a mesma forma para os dois géneros, podendo ser
classificados em:

1. Epicenos: referem-se a animais ou plantas, e são invariáveis no artigo precedente,


acrescentando as palavras macho e fêmea, para distinção do sexo do animal. Exemplos: a
onça macho - a onça fêmea; o jacaré macho - o jacaré fêmea; a foca macho - a foca
fêmea.
2. Comuns de dois géneros: o género é indicado pelo artigo precedente. Exemplos: o
dentista, a dentista.
3. Sobrecomuns: invariáveis no artigo precedente. Exemplos: a criança, o indivíduo (não
existem formas como "crianço", "indivíduo", nem "o criança", "a indivíduo").

Quanto ao número

Os substantivos apresentam singular e plural. Os substantivos simples, para formar o plural,


substituem a terminação em n, vogal ou ditongo oral por s. Ex: electrão/ electrões, povo/ povos,
caixa/ caixas, cárie/ cáries; a terminação em ão, por ões, ães, ou ãos; as terminações em s, r, e z,
por es; terminações em x são invariáveis; terminações em al, el, ol, ul, trocam o l por is, com as
seguintes excepções: "mal" (males), "cônsul" (cônsules), "mol" (mols), "gol" (gols); terminação
em il, é trocado o l por is (quando oxítono) ou o il por eis (quando paroxítono).

Os substantivos compostos flexionam-se da seguinte forma quando ligados por hífen:

 Se os elementos são ligados por preposição, só o primeiro varia (mulas-sem-cabeça);


 Se os elementos são formados por palavras repetidas ou por onomatopéia, só o segundo
elemento varia (tico-ticos, pingue-pongues);
 Nos demais casos, somente os elementos originariamente substantivos, adjectivos e
numerais variam (couves-flores, guardas-nocturnos, amores-perfeitos, bem-amados, ex-
alunos).

Quanto ao grau: os substantivos possuem três graus, o aumentativo, o diminutivo e o normal


que são formados por dois processos:

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a) Analítico: o substantivo é modificado por adjectivos que indicam sua proporção (rato grande,
gato pequeno);

b) Sintético: modifica o substantivo através de sufixos que podem representar além de aumento
ou diminuição, o desprezo ou um sentido pejorativo (no aumentativo sintético: gentalha,
beiçorra), o afecto ou sentido pejorativo (no diminutivo sintético: filhinho, livreco).

Exemplos de diminutivos e aumentativos sintéticos:

 Sapato/sapatinho/sapatão;
 Casa/casebre/casarão;
 Cão/cãozinho/canzarrão;
 Homem/homenzinho/homenzarrão;
 Gato/gatinho/gatarrão;
 Bigode/bigodinho/bigodaço;
 Vidro/vidrinho/vidraça;
 Boca/boquinha/bocarra;
 Muro/mureta/muralha;
 Pedra/pedregulho/pedrona;
 Rocha/rochinha/rochedo.

2.1.2 Adjectivo

Adjectivo é a palavra que expressa características, qualidades ou defeitos) e estados dos seres.
“Eu não tinha esse rosto de hoje. Assim calmo, assim triste, assim magro” Observe que as
palavras calmas, triste e magro estão caracterizando o substantivo rosto.

Locução adjectiva: A locução adjectiva é toda expressão constituída, em geral, por preposição
(com, sem, de) + substantivo, que serve para caracterizar o substantivo. “Eu não tinha estas mãos
sem força”

Grau do adjectivo

O grau de um adjectivo pode ser flexionado em três níveis: normal, comparativo e superlativo.

1. Grau normal: no grau normal, o adjectivo caracteriza um ou mais seres, sem indicar
intensidade.

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 Minha mãe é bonita.
 O vestido é preto.
 Eles são bagunceiros.
2. Grau comparativo

No grau comparativo é feita a comparação da mesma característica em dois ou mais seres ou de


duas ou mais características do mesmo ser.

i. Grau comparativo de inferioridade

Grau comparativo de inferioridade = menos (adjectivo) que/do que

 Alice é menos preguiçosa que João.


 A revista é menos pesada do que o livro.
ii. Grau comparativo de igualdade

Grau comparativo de igualdade = tão (adjectivo) quanto/ como/ quão

 Cláudia é tão educada como Patrícia.


 Matemática é tão importante quanto português.
 Ele é tão decidido quão teimoso.

iii. Grau comparativo de superioridade

 Grau comparativo de superioridade = mais (adjectivo) que/ do que


 Igor é mais atento que Rodrigo.
 O lápis é mais comprido do que a borracha.

iv. Grau comparativo de superioridade irregular

Alguns adjectivos formam o grau comparativo de superioridade de modo irregular, com formas
sintéticas.

 (mais) bom = melhor


 (mais) mau = pior
 (mais) grande = maior
 (mais) pequeno = menor

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3. Grau superlativo: No grau superlativo é feita a caracterização de um ou mais seres,
atribuindo qualidades em grau muito elevado ou em maior ou menor grau que os demais
seres.

i. Grau superlativo relativo: O grau superlativo relativo caracteriza um ou mais seres


em maior ou menor grau que os demais seres.

a. Grau superlativo relativo de inferioridade: grau superlativo relativo de


inferioridade = o menos (adjectivo)

 Pedro é o menos inteligente da turma.


 Ana é a menos faladora das amigas.

b. Grau superlativo relativo de superioridade

Grau superlativo relativo de superioridade = o mais (adjectivo)

 Ela é a pessoa mais educada deste mundo!


 Meu irmão é o mais rápido dos corredores.

ii. Grau superlativo absoluto: O grau superlativo absoluto caracteriza um ou mais


seres, atribuindo qualidades em grau muito elevado.

a. Grau superlativo absoluto analítico

Grau superlativo absoluto analítico = palavra intensificadora (muito; extremamente;


excessivamente; imensamente) + adjectivo.

 A sobremesa é muito doce.


 O teste foi extremamente fácil.
 O professor é imensamente sábio.

b. Grau superlativo absoluto sintético

Grau superlativo absoluto sintético = adjectivo + sufixo (-íssimo; -imo; - ílimo; -érrimo)

 A sobremesa é dulcíssima.
 O teste foi facílimo.

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 O professor é sapientíssimo.

Tabela com os graus dos adjectivos Grau dos Adjectivo inteligente


adjectivos
Grau normal Inteligente
Grau comparativo de inferioridade Menos inteligente que
Grau comparativo de igualdade Tão inteligente quanto
Grau comparativo de superioridade Mais inteligente que
Grau superlativo relativo de inferioridade O menos inteligente
Grau superlativo relativo de superioridade O mais inteligente
Grau superlativo absoluto analítico Muito inteligente
Grau superlativo absoluto sintético Inteligentíssimo

2.1.3 O Advérbio

Os advérbios são, geralmente, palavras invariáveis que têm como principal função modificar o
sentido de outras palavras. Podem modificar:

a. Um verbo. Os meus avós chegaram ontem.


b. Um adjectivo. Todos ficámos muito contentes.
c. Outro advérbio. Os alunos portaram--‐se muito bem.
d. Um grupo nominal. Apenas um colega faltou à aula.
e. Um grupo preposicional. O grupo teatral distribuiu bilhetes exclusivamente aos amigos.
f. Uma frase Felizmente, todos foram bem-sucedidas naquela tarefa.

De acordo com a alteração de sentidos que introduzem, os advérbios podem pertencer,


tradicionalmente, a diferentes subclasses:

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A locução adverbial

As locuções adverbiais, constituídas por grupos de palavras intimamente ligadas entre si,
funcionam como os advérbios.

 Ela sofria em silêncio. (= silenciosamente) -modo;


 O Cláudio mora ao lado da Patrícia – lugar;
 Os meus pais viajarão em breve-tempo;
 De maneira nenhuma posso aceitar o presente-negação;
 Com efeito foi um sucesso-afirmação;
 De pouco valeu o nosso contributo-quantidade.

A locução adverbial é formada, normalmente, a partir da associação de uma preposição com


um nome, de uma preposição com um adjectivo e de uma preposição com um advérbio.

Locuções adverbiais

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Alguns advérbios apresentam flexão de grau, tal como os adjectivos.

Alguns advérbios apresentam formas sintéticas no comparativo e no superlativo.

Os advérbios bem e mal têm ainda as formas mais bem e mais mal, usadas geralmente antes de
particípios. Ex. O espectáculo de hoje foi mais bem organizado que o anterior. Esta refeição está
mais mal servida do que a de ontem.

O superlativo absoluto sintético dos advérbios pode ser expresso por meio Do sufixo – inho. Ex.
Este cinema fica aqui pertinho. (=pertíssimo, muito perto). Adoram levantar-se cedinho
(=cedíssimo, muito cedo).
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2.1.4 Verbos

O verbo é uma classe de palavra dentre as muitas outras da Língua Portuguesa. É ele que
apresenta as noções de acção, estado, fenómeno da natureza e também de processo. Em quase
todas as construções gramaticais que criamos utilizamos algum verbo, por isso, para saber como
ele é formado e como funciona, vamos explorar diversos caminhos. O verbo é uma palavra que
exprime um fato -geralmente uma acção, um estado, um processo ou um fenómeno natural -e
localiza-o no tempo.

Exemplos

 Minha avó fez um bolo (acção).


 Maria está cansada (estado).
 Choveu durante a noite (fenómeno da natureza).

2.1.4.1 Conjugações

Cada verbo da Língua Portuguesa possui sua conjugação, ou seja, cada verbo se flexiona
utilizando as desinências, que são os elementos que, associados aos verbos, nos dizem em que
tempo, pessoa, número e modo eles estão.

 1ª Conjugação (AR);
 2ª Conjugação (ER);
 3ª Conjugação (IR). Os verbos pertencem a uma mesma conjugação dependendo da sua
desinência.

Flexão verbal: O verbo é uma palavra variável, ou seja, é flexionado e pode exprimir
acontecimentos, situar eventos, exprimir acções, manifestar sentimentos etc.

2.1.4.2 Modo e tempo

 Modo indicativo: indica acção ou estado. Pode ser utilizado para fazer referência ao
presente, passado ou ao futuro. Nesse modo, o fato é considerado como certo, real.
 Modo subjuntivo: apresenta uma possibilidade, incerteza de existência ou não
existência. Nesse modo, o foco é acção ainda não realizada.
 Modo imperativo: a palavra vem do latim “imperare”. Tem como significado comandar,
estimular fazer algo, conselho, convite, induzir, animar.

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Exemplos

 Eu sempre estudo (modo indicativo).


 Talvez eu estude amanhã (modo subjuntivo)
 Estude agora, menino! (modo imperativo).

Tempo -modo indicativo

 Presente: expressa um fato actual.


 Pretérito imperfeito: expressa um fato ocorrido num momento anterior ao actual, mas
que não foi completamente terminado.
 Pretérito perfeito: expressa um fato ocorrido num momento anterior ao actual e que foi
totalmente terminado.
 Pretérito-mais-que-perfeito: expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado.
 Futuro do presente: enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação
ao momento actual.
 Futuro do pretérito: enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um
determinado fato passado.

PRESENTE PRETÉRITO PRETÉRITO PRETÉRITO FUTURO DO FUTURO DO


PERFEITO IMPERFEITO MAIS-QUE- PRESENTE PRETÉRITO
PERFEITO
Eu canto Eu cantei Eu cantava Eu cantara Eu cantarei Eu cantaria
Tu cantas Tu cantaste Tu cantavas Tu cantaras Tu cantarás Tu cantarias
Ele canta Ele cantou Ele cantava Ele cantara Ele cantará Ele cantaria
Nós cantamos Nós cantamos Nós cantávamos Nós cantáramos Nós cantaremos Nós cantaríamos
Vós cantais Vós cantais Vós cantáveis Vós cantareis Vós cantareis Vós cantaríeis
Eles cantam Eles cantaram Eles cantavam Eles cantaram Eles cantarão Eles cantariam

Tempo -modo subjuntivo

 Presente: expressa um fato que pode ocorrer no momento actual.


 Pretérito imperfeito: expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido.
 Futuro: enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao actual.

PRESENTE PRETÉRITO FUTURO


IMPERFEITO
Que eu cante Se eu cantasse Quando eu cantar
Que tu cantes Se tu cantasses Quando tu cantares
Que ele cante Se ele cantasse Quando ele cantar
Que nós cantemos Se nós cantássemos Quando nós cantarmos
Que nós cantemos Se nós cantássemos Quando nós cantarmos
Que eles cantem Se eles cantassem Quando eles cantarem

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Tempo -modo imperativo

 O imperativo é indeterminado em tempo. Supõe-se que, como se trata de uma ordem, a


acção se dará no futuro.

PRESENTE DO IMPERATIVO PRESENTE DO IMPERATIVO


INDICATIVO AFIRMATIVO SUBJUNTIVO NEGATIVO
Eu canto - Que eu cante -
Tu cantas Canta tu Que tu cantes Não cantes tu
Ele canta Cante você Que ele cante Não cante você
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos Não cantemos nós
Vós cantais Cantai vós Que vós canteis Não canteis vós
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem Não cantem vocês

2.1.4.3 Número e pessoa

 O número é a flexão do verbo em singular ou plural.


 Para fazer a concordância com o sujeito, o verbo apresenta três pessoas no singular e três
pessoas no plural:

Singular Plural
EU NÓS
TU VÓS
ELE ELES

2.1.4.5 Classificação dos Verbos

Os verbos são classificados da seguinte forma:

1. Verbos Regulares - Não têm o seu radical alterado. Exemplos: falar, torcer, tossir.
2. Verbos Irregulares - Nos verbos irregulares, por sua vez, o radical é
alterado. Exemplos: dar, caber, medir. Quando as alterações são profundas, eles são
chamados de Verbos Anómalos; é o caso dos verbos ser e vir.
3. Verbos Defectivos - Os verbos defectivos são aqueles que não são conjugados em todas
as pessoas, tempos e modos. Eles podem ser de três tipos:
 Impessoais - Quando os verbos indicam, especialmente, fenómenos da natureza
(não tem sujeito) e são conjugados na terceira pessoa do singular, são verbos
impessoais. Exemplos: chover, trovejar, ventar.
 Unipessoais - Quando os verbos indicam vozes dos animais e são conjugados na
terceira pessoa do singular ou do plural, são verbos
unipessoais. Exemplos: ladrar, miar, surtir.

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4. Pessoais - Quando os verbos têm sujeito, mas não são conjugados em todas as pessoas,
são verbos pessoais. Exemplos: banir, falir, reaver.
5. Verbos Abundantes - Os verbos abundantes são aqueles que aceitam duas ou mais
formas. É comum ocorrer no Particípio. Exemplos: aceitado e aceito, inserido e inserto,
segurado e seguro.

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CAPÍTULO III: CONCLUSÃO

Conclui-se o substantivo é a palavra que dá nome aos seres, indicando pessoas, lugares,
sentimentos, estados, qualidades, acções. De acordo com a gramática portuguesa, um
substantivo é determinado pelo seu género, número e grau. As palavras que determinam,
especificam ou modificam um verbo, um adjectivo ou outro advérbio são chamadas de
Advérbios.

O verbo é uma classe de palavra dentre as muitas outras da Língua Portuguesa. É ele que
apresenta as noções de acção, estado, fenómeno da natureza e também de processo. Em quase
todas as construções gramaticais que criamos utilizamos algum verbo, por isso, para saber
como ele é formado e como funciona, vamos explorar diversos caminhos. Adjectivo é a
palavra que expressa características, qualidades ou defeitos) e estados dos seres. Após os
conceitos foram feitas as classificações das classes das palavras em causa, caracterizou-se a
sua formação assim como a flexão.

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CAPÍTULO IV: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Angélica Furtado da Cunha. Funcionalismo. In Mário Eduardo Martelotta, editor. Manual de


Linguística. Pages 157_176. Contexto, São Paulo, 2008.

Ataliba T. de Castilho, Rodolfo Ilari, Maria Helena de Moura Neves, and Renato Miguel
Basso. O advérbio. In Rodolfo Ilari, editor. Gramática do Português Culto Falado no Brasil.
Palavras de Classe Aberta (Vol. III), pages 267_344. Contexto, São Paulo, 2014.

Erotilde Goreti Pezatti. O funcionalismo em linguística. In Fernanda Mussalim and Anna


Cristina Bentes, editors, Introdução à Linguística _ 3. Fundamentos Epistemológicos, pages
165_218. Cortez, São Paulo, 2004.

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