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Autora:
Alice Mashanda
Chimoio
Setembro de 2021
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
ORIENTADORA:
SUZANA CUDZICA
REALIZADO POR:
ALICE MASHANDA
Chimoio
Setembro de 2021
ÍNDICE
Conteúdo
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.................................................................................................. 1
1.1Contextualizaco ................................................................................................................. 1
1.1Contextualizaco
Reconhecemos que cada ciência, cada área do conhecimento, tem seu próprio conjunto de
termos para se referir aos objectos de seu campo. Assim, a actividade de nomear, de dar um
nome às coisas, é “uma actividade constitutiva da relação entre o homem e o mundo, e,
simbolicamente, esteve presente desde a inauguração dessas relações, quando „o homem foi
chamado a dar nomes às coisas‟”. (Antunes, 2007, p. 77).
De acordo com Ilari e Basso (2011), “o estudo das classes de palavras nasce da constatação de
que há em toda a língua conjuntos numerosos de palavras que possuem as mesmas propriedades
morfológicas e sintácticas e, portanto, podem ser descritas da mesma maneira” (p. 108). E
ainda, conforme Perini (1991), “o objectivo da separação das palavras em classes é permitir a
descrição económica e coerente de seu comportamento gramatical” (p.74), ou seja, facilitar o
trabalho de descrição da língua pelo gramático.
1.1.2 Específicos
1.2 Metodologia
A pesquisa bibliográfica foi elaborada por meio de livros, internet, artigos já publicados, de
maneira qualitativa, em que é um estudo não-estatístico. Segundo Vergara (2016), os dados
qualitativos são codificados, analisados e expostos de maneira mais estruturada. As pesquisas
bibliográficas contribuirão para compreensão dos possíveis encalces relacionados a Didáctica
Geral. O material foi colectado nas bases electrónicas de Google académico e SciELO. Foram
seleccionados os periódicos com textos completos, na área a fim.
O presente trabalho está organizado em capítulos, com isso para uma melhor ilustração segue
abaixo o resumo da estrutura: Capitulo I: Introdução contendo os objectivos, a estrutura do
trabalho e Metodologia; Capitulo II: Revisão da Literatura; Capitulo III: Considerações
finais; Capitulo IV: Referências Bibliográficas (segundo a regra de APA).
Segundo Pinilla (2011), o estudo das classes de palavras está presente desde as primeiras séries
da vida escolar e continua sendo o assunto principal e dos mais estudados nas aulas de
português, tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio. “A partir de consultas a
programas escolares e a livros didácticos, nota-se que, muitas vezes, o estudo das classes se
restringe a um conhecimento da nomenclatura apenas” (p. 169).
Em relação à questão das classes de palavras, Neves (2010) afirma que se o objectivo principal
do ensino da gramática é o uso adequado da língua, não tem sentido a dedicação quase exclusiva
ao próprio reconhecimento e catalogação das classes de palavras.
Não há
razão para o ensino da gramática desligado do desenvolvimento das habilidades ecompetências
de leitura, da escrita e da oralidade, sobretudo no ensino fundamental. Talvez no nível médio
fosse mais adequado aprofundar a reflexão sobre a língua, visto que os alunos já teriam um
domínio maior do sistema linguístico.
As classes de palavras são vistas como elementos que, isolados em uma forma
visível (palavras), devem também ser analisados enquanto elementos isolados,desvinculados da
própria linguagem; o fato de se destacarem de textos as palavras (como os professores insistem
em destacar que fazem) em nada muda a questão, já que, destacadas do texto, as palavras
assumem uma autonomia que as torna como peças avulsas, não pertencentes a um sistema
amarrado, que provê para elas funções complementares entre si, embora com zonas de
intersecção (Neves, 2010, p. 66).
Enfim, a reflexão sobre a estrutura e o funcionamento da língua é importante e deve ter seu lugar
na escola, pois permitirá ao aluno, no momento certo, desenvolver sua habilidade intelectual de
produzir conhecimento. “Mas não são regras; não regem esse ou aquele padrão. Não implicam,
portanto, competências para alguém falar e escrever melhor, como acreditam alguns que
ensinam essa 'gramática'” (Antunes, 2007, p. 78)
(i) Variáveis:
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1) Substantivo;
2) Artigo;
3) Adjectivo;
4) Numeral;
5) Pronome;
6) Verbo.
(ii) Invariáveis:
1) Advérbio;
2) Preposição;
3) Conjunção;
4) Interjeição.
a. Os substantivos;
b. Adjectivos;
c. Verbos;
d. Advérbios.
2.1.1 Substantivos
2.1.1.1 Conceito
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical que nomeia
os seres:
1. Primitivo: palavras que não derivam de outras. Ex.: flor, pedra, moto, jardim.
2. Derivado: vem de outra palavra existente na língua. O substantivo que dá origem ao
derivado (substantivo primitivo) é denominado radical. Ex: floreira, pedreira, motorista,
jardineiro.
3. Simples: tem apenas um radical. Ex: água, couve, sol
4. Composto: tem dois ou mais radicais. Ex: água-de-cheiro, couve-flor, girassol, lança-
perfume.
5. Concreto: designa seres que existem ou que podem existir por si só. Ex: casa, cadeira.
Também são concretos os substantivos que nomeiam divindades (Deus, anjos, almas) e
seres fantásticos (fada, duende), pois, existentes ou não são sempre considerados como
seres com vida própria.
6. Abstracto: designa idéias ou conceitos, cuja existência está vinculada a alguém ou a
alguma outra coisa. Ex: justiça, amor, trabalho, etc.
7. Comum: denomina um conjunto de seres de maneira geral, ou seja, um ser sem
diferenciar dos outros do mesmo conjunto. Ex: lobo, pizza, mascara.
8. Próprio: denota um elemento individual que tenha um nome próprio dentro de um
conjunto, sendo grafado sempre com letra maiúscula. Ex: Pedro, Fernanda, Giovanna,
Portugal, Brasília, Fusca.
9. Colectivo: um substantivo colectivo designa um nome singular dado a um conjunto de
seres. No entanto, vale ressaltar que não se trata necessariamente de quaisquer seres
daquela espécie. Alguns exemplos: cardume (de peixes), arquipélago (de ilhas) alcatéia
(de lobos).
Quanto ao género
Os substantivos flexionam-se nos géneros masculino e feminino e quanto às formas, podem ser:
Substantivos uniformes: apresentam a mesma forma para os dois géneros, podendo ser
classificados em:
Quanto ao número
b) Sintético: modifica o substantivo através de sufixos que podem representar além de aumento
ou diminuição, o desprezo ou um sentido pejorativo (no aumentativo sintético: gentalha,
beiçorra), o afecto ou sentido pejorativo (no diminutivo sintético: filhinho, livreco).
Sapato/sapatinho/sapatão;
Casa/casebre/casarão;
Cão/cãozinho/canzarrão;
Homem/homenzinho/homenzarrão;
Gato/gatinho/gatarrão;
Bigode/bigodinho/bigodaço;
Vidro/vidrinho/vidraça;
Boca/boquinha/bocarra;
Muro/mureta/muralha;
Pedra/pedregulho/pedrona;
Rocha/rochinha/rochedo.
2.1.2 Adjectivo
Adjectivo é a palavra que expressa características, qualidades ou defeitos) e estados dos seres.
“Eu não tinha esse rosto de hoje. Assim calmo, assim triste, assim magro” Observe que as
palavras calmas, triste e magro estão caracterizando o substantivo rosto.
Locução adjectiva: A locução adjectiva é toda expressão constituída, em geral, por preposição
(com, sem, de) + substantivo, que serve para caracterizar o substantivo. “Eu não tinha estas mãos
sem força”
Grau do adjectivo
O grau de um adjectivo pode ser flexionado em três níveis: normal, comparativo e superlativo.
1. Grau normal: no grau normal, o adjectivo caracteriza um ou mais seres, sem indicar
intensidade.
Alguns adjectivos formam o grau comparativo de superioridade de modo irregular, com formas
sintéticas.
Grau superlativo absoluto sintético = adjectivo + sufixo (-íssimo; -imo; - ílimo; -érrimo)
A sobremesa é dulcíssima.
O teste foi facílimo.
2.1.3 O Advérbio
Os advérbios são, geralmente, palavras invariáveis que têm como principal função modificar o
sentido de outras palavras. Podem modificar:
As locuções adverbiais, constituídas por grupos de palavras intimamente ligadas entre si,
funcionam como os advérbios.
Locuções adverbiais
Os advérbios bem e mal têm ainda as formas mais bem e mais mal, usadas geralmente antes de
particípios. Ex. O espectáculo de hoje foi mais bem organizado que o anterior. Esta refeição está
mais mal servida do que a de ontem.
O superlativo absoluto sintético dos advérbios pode ser expresso por meio Do sufixo – inho. Ex.
Este cinema fica aqui pertinho. (=pertíssimo, muito perto). Adoram levantar-se cedinho
(=cedíssimo, muito cedo).
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2.1.4 Verbos
O verbo é uma classe de palavra dentre as muitas outras da Língua Portuguesa. É ele que
apresenta as noções de acção, estado, fenómeno da natureza e também de processo. Em quase
todas as construções gramaticais que criamos utilizamos algum verbo, por isso, para saber como
ele é formado e como funciona, vamos explorar diversos caminhos. O verbo é uma palavra que
exprime um fato -geralmente uma acção, um estado, um processo ou um fenómeno natural -e
localiza-o no tempo.
Exemplos
2.1.4.1 Conjugações
Cada verbo da Língua Portuguesa possui sua conjugação, ou seja, cada verbo se flexiona
utilizando as desinências, que são os elementos que, associados aos verbos, nos dizem em que
tempo, pessoa, número e modo eles estão.
1ª Conjugação (AR);
2ª Conjugação (ER);
3ª Conjugação (IR). Os verbos pertencem a uma mesma conjugação dependendo da sua
desinência.
Flexão verbal: O verbo é uma palavra variável, ou seja, é flexionado e pode exprimir
acontecimentos, situar eventos, exprimir acções, manifestar sentimentos etc.
Modo indicativo: indica acção ou estado. Pode ser utilizado para fazer referência ao
presente, passado ou ao futuro. Nesse modo, o fato é considerado como certo, real.
Modo subjuntivo: apresenta uma possibilidade, incerteza de existência ou não
existência. Nesse modo, o foco é acção ainda não realizada.
Modo imperativo: a palavra vem do latim “imperare”. Tem como significado comandar,
estimular fazer algo, conselho, convite, induzir, animar.
Singular Plural
EU NÓS
TU VÓS
ELE ELES
1. Verbos Regulares - Não têm o seu radical alterado. Exemplos: falar, torcer, tossir.
2. Verbos Irregulares - Nos verbos irregulares, por sua vez, o radical é
alterado. Exemplos: dar, caber, medir. Quando as alterações são profundas, eles são
chamados de Verbos Anómalos; é o caso dos verbos ser e vir.
3. Verbos Defectivos - Os verbos defectivos são aqueles que não são conjugados em todas
as pessoas, tempos e modos. Eles podem ser de três tipos:
Impessoais - Quando os verbos indicam, especialmente, fenómenos da natureza
(não tem sujeito) e são conjugados na terceira pessoa do singular, são verbos
impessoais. Exemplos: chover, trovejar, ventar.
Unipessoais - Quando os verbos indicam vozes dos animais e são conjugados na
terceira pessoa do singular ou do plural, são verbos
unipessoais. Exemplos: ladrar, miar, surtir.
Conclui-se o substantivo é a palavra que dá nome aos seres, indicando pessoas, lugares,
sentimentos, estados, qualidades, acções. De acordo com a gramática portuguesa, um
substantivo é determinado pelo seu género, número e grau. As palavras que determinam,
especificam ou modificam um verbo, um adjectivo ou outro advérbio são chamadas de
Advérbios.
O verbo é uma classe de palavra dentre as muitas outras da Língua Portuguesa. É ele que
apresenta as noções de acção, estado, fenómeno da natureza e também de processo. Em quase
todas as construções gramaticais que criamos utilizamos algum verbo, por isso, para saber
como ele é formado e como funciona, vamos explorar diversos caminhos. Adjectivo é a
palavra que expressa características, qualidades ou defeitos) e estados dos seres. Após os
conceitos foram feitas as classificações das classes das palavras em causa, caracterizou-se a
sua formação assim como a flexão.
Ataliba T. de Castilho, Rodolfo Ilari, Maria Helena de Moura Neves, and Renato Miguel
Basso. O advérbio. In Rodolfo Ilari, editor. Gramática do Português Culto Falado no Brasil.
Palavras de Classe Aberta (Vol. III), pages 267_344. Contexto, São Paulo, 2014.